• Nenhum resultado encontrado

Com esse pano de fundo conceitual, podemos, finalmente, definir l´ogica enquanto uma categoria. Formalmente,

Defini¸c˜ao 4.2.1 A categoria CON das estruturas de consequˆencia consiste em:

(i) Objetos de CON : hX, Cni; (ii) Morfismos de CON : tradu¸c˜oes

Como estamos interessados em definir a contraparte paraconsistente de um sistema n˜ao-paraconsistente, reformularemos a l´ogica paracl´assica P com este novo campo conceitual.

Defini¸c˜ao 4.2.2 Sejam hX, Cni uma estrutura de consequˆencia e A ⊆ X, CnP(A) =[{Cn(A′

) : A′

⊆ A, Cn(A′

) 6= X}. Em particular, a ∈ CnP(A) ⇔existe A

⊆ A, Cn−Consistente, tal que a ∈ Cn(A′).

O ´ultimo passo ´e definir um m´etodo de paraconsistentiza¸c˜ao de l´ogica. Para isto, utilizaremos o conceito de funtor, visto que “um funtor ´e uma transforma¸c˜ao de uma categoria em outra que ‘preserva’ a estrutura cate- gorial de sua origem”6. Portanto, o Funtor de Paraconsistentiza¸c˜ao ser´a

respons´avel por definir, para uma l´ogica explosiva, sua contraparte paracon- sistente. Formalmente:

Defini¸c˜ao 4.2.3 Definimos o Funtor de Paraconsistentiza¸c˜ao P em CON , denotado por CON −→ CON , tal que:P

(i) P hX, Cni =X, CnP .

(ii) P(t) = t.

Evidenciaremos a constru¸c˜ao da al´ınea (ii). Visto que P(t) = t, mostra- remos que hX, Cni −→t X′

, Cn′P ´e uma tradu¸c˜ao, isto ´e, preserva os ope-

radores de consequˆencia. Assim, precisamos mostrar que para todo A ⊆ X, temos que (t(CnP(A))) = Cn′P(t(A)).

Prova. t(CnP(A)) = t(S{Cn(A′ ) : A′ ⊆ A, Cn − Consistente}) = S{t(Cn(A′ )) : A′ ⊆ A, Cn − Consistente} = S{Cn′ (t(A′ )) : t(A′ ) ⊆ t(A), Cn′− Consistente} = Cn′P(t(A)) 

Para garantir queP ´e um funtor, note que ele possui as seguintes propri- edades:

(a)P(Ida) = IdP(a)

(b)P(a ◦ b) = P(a) ◦ P(b)

6

Prova. (a)P(IdX) = IdX = IdP(X). (b) Sejam hX, Cni t1 −→ hX′, Cni t2 −→ hX′′, Cn′′i. Segue-se que P(t 2 ◦ t1) =

P(t2(Cn′(t1(A)))) = t2(Cn′(t1(A))) = Cn′′(t2(t1(A))) = Cn′′((t2◦ t1)(A)) =

Cn′′

((P(t2) ◦P(t1))(A)). 

Com isto, temos uma nova abordagem para estudar a l´ogica paracl´assica. Vimos, no cap´ıtulo anterior, que ela preserva algumas propriedades cl´assicas, como compacidade e monotonicidade. Podemos nos perguntar quais outras propriedades podem ser determinadas do ponto de vista categorial.

Notem que, ao definir o conjunto das consequˆencias de P , n˜ao fizemos referˆencia a uma l´ogica subjacente espec´ıfica. Portanto, o funtor de paracon- sistentiza¸c˜ao P pode ser aplicado, a princ´ıpio, em qualquer sistema l´ogico.

Seria interessante analisar a preserva¸c˜ao de propriedades desse funtor em diversos l´ogicas. Ademais, poder´ıamos aplicar P seguidas vezes numa mesma l´ogica, e estudar as caracter´ısticas das l´ogicas resultantes, ou ainda, descobrir se faz sentido repetir esta opera¸c˜ao, isto ´e, se cada aplica¸c˜ao de P gera uma l´ogica diferente.

Em suma, este cap´ıtulo estabelece as bases para a formula¸c˜ao e inves- tiga¸c˜ao de diversas quest˜oes interessantes referentes `a paraconsistentiza¸c˜ao e preserva¸c˜ao de propriedades de operadores de consequˆencia.

As I told earlier, I never repeat anything.

- Autor desconhecido

A l´ogica paraconsistente, apesar de ter pouco mais de meio s´eculo de existˆencia, constitui-se como um campo bem estabelecido de pesquisa, com v´arios congressos e publica¸c˜oes espalhados pelo mundo . No entanto, tamb´em pela sua pouca idade, ainda h´a muito trabalho a ser feito.

Do ponto de vista filos´ofico, a separa¸c˜ao entre inconsistˆencia e trivialidade ainda n˜ao est´a completamente estabelecida e, com frequˆencia, encontramos fil´osofos recha¸cando determinada posi¸c˜ao simplesmente porque esta cont´em informa¸c˜oes contradit´orias. O mesmo se d´a no campo das teorias cient´ıficas. Isto mostra que o motto “de contradi¸c˜ao, tudo se segue”ainda tem lugar especial nos fundamentos de teorias filos´oficas e cient´ıficas.

Obviamente, n˜ao queremos dizer que contradi¸c˜oes n˜ao constituem pro- blemas. Em determinadas situa¸c˜oes, ´e necess´ario removˆe-las, caso estas apare¸cam na teoria. Imaginem, por exemplo, uma triagem m´edica computa- dorizada que apresenta, para um paciente, o diagn´ostico de que ele corre risco de vida, e que ele n˜ao corre risco de vida. Neste caso, um dos diagn´osticos precisa ser removido. N˜ao obstante, a presen¸ca de contradi¸c˜oes n˜ao pode ser vista como condi¸c˜ao suficiente para rejeitar uma teoria. Afinal, contradi¸c˜oes n˜ao implicam, necessariamente, tudo.

Mesmo no exemplo anterior, o m´edico n˜ao deduz, a partir do diagn´ostico contradit´orio que, se o paciente tomar um copo d’´agua, enquanto salta de paraquedas com os olhos vendados, estar´a curado. Tal dedu¸c˜ao seria v´alida na l´ogica cl´assica mas, obviamente, n˜ao ajudaria em nada. Portanto, mesmo neste caso em que as contradi¸c˜oes devam ser removidas, a melhor forma de analisar as informa¸c˜oes ´e mediante o uso de l´ogicas paraconsistentes.

Essas l´ogicas tamb´em forneceram um novo aparato para estudar os con- ceitos centrais da l´ogica. Se, durante certo tempo, a nega¸c˜ao paraconsistente n˜ao era considerada uma nega¸c˜ao propriamente dita, isto se deu pela falta de entendimento do conceito de nega¸c˜ao, e n˜ao da formula¸c˜ao da l´ogica pa- raconsistente.

Ainda que, no in´ıcio de seu desenvolvimento, a paraconsistˆencia esteve, algumas vezes, erroneamente relacionada com a refuta¸c˜ao da lei de n˜ao- contradi¸c˜ao, este equ´ıvoco tamb´em deu frutos. Por ser considerada a lei mais segura de todas, a possibilidade l´ogica de sua refuta¸c˜ao levou os l´ogicos a questionarem a pr´opria existˆencia de uma lei universal l´ogica, ou ainda, de uma lei universal do pensamento7. Esse questionamento levou ao desen-

volvimento de uma nova e promissora linha de pesquisa, a L´ogica Universal, que aborda a l´ogica de um ponto de vista abstrato inimagin´avel h´a poucas d´ecadas.

Do ponto de vista formal, tamb´em h´a muitas quest˜oes em aberto. Ainda n˜ao h´a uma defini¸c˜ao un´ıvoca de paraconsistˆencia. Tampouco h´a um crit´erio positivo para caracterizar tais l´ogicas. Ademais, falta um estudo pormenori- zado das caracter´ısticas comuns `as m´ultiplas l´ogicas paraconsistentes parti- culares. Este ´e o objetivo da Paraconsistentiza¸c˜ao.

Os dois ´ultimos cap´ıtulos deste trabalho apresentam poss´ıveis pesquisas futuras. O tratamento conjuntista utilizado no terceiro cap´ıtulo pode ser am- pliado, estabelecendo uma dimens˜ao sint´atica para as l´ogicas paracl´assica e

7

Visto que, durante muito tempo, se acreditou que a l´ogica tinha como tarefa estabe- lecer as leis gerais do pensamento.

paracl´assica com inclus˜ao. Assim, seria poss´ıvel estudar outras propriedades l´ogicas, como corre¸c˜ao e completude. Outra pesquisa interessante seria definir a rela¸c˜ao de consequˆencia paracl´assica a partir de outro sistema. Vimos que T |=P α ⇔ existe U ⊆ T , C-Consistente, tal que U |=B α. Poder´ıamos subs-

tituir o crit´erio ‘C-Consistente’ por outra l´ogica, e analisar as propriedades preservadas, bem como as particulares de cada sistema.

O quarto cap´ıtulo constitui-se como uma contribui¸c˜ao promissora para a paraconsistentiza¸c˜ao de l´ogicas. Trata-se de um arcabou¸co te´orico que per- mite definir a contraparte paraconsistente de uma l´ogica explosiva, e estudar a preserva¸c˜ao de propriedades l´ogicas.

Esta abordagem poderia ser utilizada, ainda, para explorar outros pro- blemas filos´oficos e cient´ıficos, como, por exemplo, a teoria atˆomica de Bohr. Isto, pois, “n˜ao h´a ramo das matem´aticas, n˜ao importa qu˜ao abstrato, que n˜ao possa, algum dia, ser aplicado a fenˆomenos do mundo real”8.

8

[1] ALCHOURR ´ON, C.E.; G ¨ARDENFORS, P.; MAKINSON, D. On the Logic of Theory Change: Partial Meet Contraction and Revision Func- tions. The Journal of Symbolic Logic, Vol. 50, No. 2, 1985, pp. 510-530. [2] ARMOUR-GARB, B. Diagnosing Dialetheism. In: The Law of Non- Contradiction, PRIEST, G., BEALL, J.C., ARMOUR-GARB, B. (org.), pp.113-25. Oxford: Oxford University Press, 2004.

[3] ARIST ´OTELES. Completed Works of Aristotle, Vol 1 e 2. BARNES, J. (org.). Princeton: Princeton University, 1984.

[4] ARRUDA, A.I. N.A. Vasiliev e a L´ogica Paraconsistente. Campinas: Centro de L´ogica, Epistemologia e Hist´oria da Ciˆencia - UNICAMP, 1990.

[5] BEZIAU, J.-Y. 13 Questions about universal logic. Bulletin of the Sec- tion of Logic, 35, 2006, pp.133-150.

[6] BEZIAU, J.-Y. From consequence operator to universal logic: a survey of general abstract logic. In: Logica Universalis: Towards a general theory of logic. J.-Y.B´eziau (org.). Basel: Birkh¨auser, 2005, pp.3-17.

[7] BEZIAU, J.-Y. From paraconsistent to universal logic. Sorites, 12, 2001, pp.5-32.

[8] BEZIAU, J.-Y. Paraconsistent logic!(A reply to Slater). Sorites, 17, 2006, pp. 17-25.

[9] BEZIAU, J.-Y. Universal Logic. Proceedings of the 8th International Colloquium - Logica’94. CHILDERS, T.; MAJER, O. (org.) Prague: Czech Academy of Sciences, 2004, pp. 73-93.

[10] BEZIAU, J.-Y.What is paraconsistent logic? In: Frontiers of paracon- sistent logic, BATENS, D. et al. (org.). Baldock: Research Studies Press, 2000, pp.95-111.

[11] BIRKHOFF, G., von NEUMANN, J. The Logic of Quantum Mechanics. The Annals Of Mathematics, Second Series, Vol. 37, No. 4 (Oct., 1936), pp. 823-43.

[12] BOURBAKI, N. The Architecture of Mathematics. The American Mathematical Monthly, Vol. 57, No. 4, 1950, pp. 221-232.

[13] BUENO, O., COLYVAN, M. Logical Non-Apriorism and the ‘Law’ of Non-Contradiction, In: The Law of Non-Contradiction: New Phi- losophical Essays, PRIEST, G., BEALL, J.C., ARMOUR-GARB, B. (org.). Oxford: Oxford University Press, 2004, pp. 157-175

[14] BUENO, O., da COSTA, N. Consistency, Paraconsistency and Truth (Logic, the Whole Logic and Nothing but the Logic. Ideas y Valores 100, 1996, pp. 48-60.

[15] BUENO, O., da COSTA, N., B´EZIAU, J.-Y. On The Usefulness of Pa- raconsistent Logic. In: Logic, Thougth and Action, VANDERVEKN, D. (org.). Dordrecht: Springer, 2005, pp. 465-78.

[16] BUENO, O., da COSTA, N., B´EZIAU, J.Y. Paraconsistent Logic in Historical Perspective. Logique et Analyse 150-151-152, 1995, pp. 111- 25.

[17] COSTA-LEITE, A. Interactions of metaphysical and epistemic concepts. 2007. Tese (Doutorado em Filosofia) - Universit´e de Neuchˆatel, Switzer- land.

[18] da COSTA, N.C.A. Nota Sobre o Conceito de Contradi¸c˜ao. Anu´ario da Sociedade Paranaense de Matem´atica, Vol.1, 1958, pp. 6-8.

[19] da COSTA, N.C.A. Sistemas Formais Inconsistentes. Curitiba: Univer- sidade Federal do Paran´a, 1963.

[20] da COSTA, N.C.A.; B´EZIAU, J-Y.; BUENO, O. Elementos de Teoria Paraconsistente de Conjunto. Campinas: Centro de L´ogica, Epistemo- logia e Hist´oria da Ciˆencia - UNICAMP, 1998.

[21] da COSTA, N.C.A; BUENO, O.; FRENCH, S. The Logic Of Pragmatic Truth. Journal of Philosophical Logic, 27, 1998, pp. 603-20.

[22] da COSTA, N.C.A.; FRENCH, S. On the Logic of Belief. Philosophy and Phenomenologica Research, Vol. 49, No. 3, 1989, pp. 431-446. [23] de SOUZA, E.G. Consequencia L´ogica e Invariˆancia. Cognitio: Revista

de Filosofia, vol. 7, n. 2. Departamento de Filosofia da PUC-SP. S˜ao Paulo: EDUC/Editora Angra, 2001, pp. 207-216.

[24] de SOUZA, E.G. Lindenbaumologia I: a teoria geral. Cognitio: Re- vista de Filosofia, 2. Departamento de Filosofia da PUC-SP. S˜ao Paulo: EDUC/Editora Angra, 2001, pp. 213-219.

[25] de SOUZA, E.G. O Problema de Destouches e as L´ogicas Heterodo- xas: ensaio sobre o uso de l´ogicas n˜ao cl´assicas no tratamento de in- consistˆencias em teorias f´ısicas. 1995. Tese (Doutorado em Filosofia) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciˆencias Humanas, Universidade de S˜ao Paulo, S˜ao Paulo.

[26] De SOUZA, E.G. Remarks on Paraclassical Logic. Boletim da Sociedade Paranaense de Matem´atica, Curitiba, v. 18, n. 1-2, 1998, pp. 107-112. [27] DUNN, M. Intuitive Semantics for First Degree Entailment and Coupled

[28] FREGE, G. Begriffsschrift. In: Frege and G¨odel. Two Fundamental Texts in Mathematical Logic. van HEIJENOORT, J. (org.). Lincoln: to- Excel, 1999, pp.5-85.

[29] FREGE, G. Fun¸c˜ao e Conceito. In: L´ogica e Filosofia da Linguagem. S˜ao Paulo: EDUSP, 2009, pp. 81-110.

[30] FREGE, G. Pensamentos compostos. Uma investiga¸c˜ao l´ogica. In: Ca- dernos de Tradu¸c˜ao, 7. Departamento de Filosofia Universidade S˜ao Paulo. S˜ao Paulo: Departamento de Filosofia - USP, 2001, pp. 61-86. [31] FREGE, G. Sobre o Sentido e a Referˆencia. In: L´ogica e Filosofia da

Linguagem. S˜ao Paulo: EDUSP, 2009, pp. 129-58.

[32] GABBAY, D.B., GUENTHNER, F. (edit.) Handbook of Philosophical Logic - 2nd. Edition, Volume 6. Boston: Kluwer Academic Publishers, 2002.

[33] GOLDBLATT, R. Topoi. The Categorial Analysis of Logic. Amsterdam: Elsevier Science Publishers, 1984.

[34] GOMES, E.L.; D’OTTAVIANO, I.M.L. Uma contribui¸c˜ao `a hist´oria do ex falso. In: Abstracts of the XVI Brazilian Logic Conference, p. 55. [35] HAACK, S. Deviant Logic. Fuzzy Logic. Chicago: The University of

Chicago Press, 1996.

[36] HALMOS, P.R. Naive Set Theory. New York: Litton Educational Pu- blishing, 1960.

[37] HORN, L.R. Contradiction. The Stanford Encyclopedia of Philo- sophy (Spring 2012 Edition), Edward N. Zalta (org.). Acess´ıvel em (http://plato.stanford.edu/archives/spr2012/entries/contradiction).

´

[38] JACQUETTE, D. Boole’s Logic. In Handbook of The History of Logic, Volume 4: British Logic in the Nineteenth Century, GABBAY, D.B., WOODS, J. (org.), pp. 331-80. Amsterdam: Elsevier, 2008.

[39] JASKOWSKI, S. A Propositional Calculus for Inconsistent Deductive Systems. Logic and Logical Philosophy, vol. 7, 1999, pp. 35-56.

[40] O’TOOLE, R. R., JENNINGS, R. R. The Megarians and The Stoics In: Handbook of The History of Logic, Volume 1: Greek, Indian and Arabic Logic, GABBAY, D.B., WOODS, J. (org.), pp. 397-522. Amsterdam: Elsevier, 2004.

[41] KNEALE, W., KNEALE, M. The Development of Logic. Oxford: Cla- rendon Press, 1962.

[42] KRAUSE, D.; B´EZIAU, J.-Y. Relativizations os the principle of identity. L. J. of the IGPL 5, pp. 327-338.

[43] LUKASIEWICZ, J. On the history of the logic of propositions. In: Polish Logic: 1920-1939, McCALL, S. (org.), pp. 67-87. Oxford, 1967.

[44] LUKASIEWICZ, J. Sobre a Lei da Contradi¸c˜ao em Arist´oteles. In: Sobre a Metaf´ısica de Arist´oteles, ZINGANO, M. (org.),pp. 1-24. S˜ao Paulo: Odysseus, 2005.

[45] MARCOS, J. Logics of Formal Inconsistency. 2005. Tese (Doutorado em Filosofia) - Instituto de Filosofia e Ciˆencias Humanas, Unicamp, Campinas.

[46] MARTIN, G.E. The Foundations of Geometry and the Non-Euclidean Plane. Albany: Springer, 1982.

[47] MENDELSON, E. Introduction to Mathematical Logic. Calif´ornia: Pa- cific Grove, 1987.

[48] MEINONG. ¨Uber die Stellung der Gegenstandstheorie im System der Wissenschaften. Leipzig, 1907.

[49] MORTENSSEN, C. Inconsistent Mathematics. Dordrecht: Kluwer Aca- demic Publishers, 1995.

[50] NELSON, D. Negation and separation of concepts in constructive sys- tems. In: Constructivity in Mathematics:Proceedings of the Colloquium held in Amsterdam, 1957. HEYTING, A. (org.). Amsterdam: North- Holland, 1959, pp. 208-225.

[51] NOVAES, C. D. Logic in the 14th Century after Ockham. In: Handbook of the History of Logic. Volume 2: Mediaeval and Renaissance Logic, GABBAY, D.B., WOODS, J. (org.), pp. 433-504. Amsterdam: Elsevier, 2008.

[52] PRIEST, G. Logic of Paradox. Journal of Philosophical Logic 8, 1979, pp. 219-41.

[53] PRIEST, G. Paraconsistency and Dialetheism. In Handbook of the His- tory of Logic. Volume 8: The Many Valued and Nonmonotonic Turn in Logic, GABBAY, D.B., WOODS, J. (org.), pp. 129-204. Amsterdam: Elsevier, 2007.

[54] PRIEST, G. Paraconsistent Logic. In: Handbook of Philosophical Lo- gic, Volume 6., GABBAY, M., GUENTHNER, F. (org.), pp.287-394. Dordrecht: Kluwer Academic Publishers.

[55] PRIEST, G., BERTO, F. Dialetheism. The Stanford Encyclopedia of Philosophy (Summer 2010 Edition), Edward N. Zalta (org.). Acess´ıvel em (http://plato.stanford.edu/archives/sum2010/entries/dialetheism).

´

Ultimo acesso em 10/08/2012.

[56] PRIEST, G. In Contradiction: A Study of the Transconsistent. Oxford: Oxford University Press, 2006.

[57] PRIEST, G., ROUTLEY, R., NORMAN, G. (org.) Paraconsistent Lo- gic: Essays on the Inconsistent. Munich: Philosophia Verlag, 1989.

[58] Paraconsistent Belief System. Theoria, 67, 2001, pp. 214?228.

[59] PRIEST, G., TANAKA, K. Paraconsistent Logic. The Stanford Ency- clopedia of Philosophy (Summer 2009 Edition), Edward N. Zalta (org.). Acess´ıvel em (http://plato.stanford.edu/archives/sum2009/entries/ logic-paraconsistent). ´Ultimo acesso em 10/08/2012.

[60] PRIEST, G. What’s So Bad About Contradictions?. In: The Law of Non-Contradiction, PRIEST, G., BEALL, J.C., ARMOUR-GARB, B. (org.), pp.23-40. Oxford: Oxford University Press, 2004.

[61] PUTNAM, H. The Logic of Quantum Mechanics. In: Mathematics, Matter and Method. Philosophical Papers, Volume 1. Cambridge: Cam- bridge University Press, pp. 174-98.

[62] RANG, B.; THOMAS, W. Zermelo’s discovery of the “Russell Paradox”. Historia Mathematica, volume 8, 1981, pp. 15-22.

[63] SAINSBURRY, R.M. Paradoxes. Cambridge: Cambridge University Press, 2009.

[64] SANFORD, D.H. If P then Q: Conditionals and the Foundations of Reasoning. London: Routledge, 1989.

[65] SCHIFFER, S. The Things We Mean. Oxford: Oxford University Press, 2003.

[66] SLATER, B.H. Paraconsistent logics? Journal of Philosophical Logic, 24, 1995, pp. 451-454.

[67] TARSKI, A. A Concep¸c˜ao Semˆantica da Verdade. S˜ao Paulo: UNESP, 2006.

[68] TARSKI, A. The Concept of Truth in Formalized Languages. In: Logic, semantics, metamathematics, 2nd edition, CORCORANJ. (org.), pp. 152-278. Indianapolis: Hackett Publishing Company, 1983.

Documentos relacionados