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GRUPO 4 Descritor 4 Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido.

5.2.8 Oitava Roda de Conversa – Avaliações Municipais

1º momento:

A oitava roda de conversa aconteceu no dia 01/12/2017, na Biblioteca Pública Municipal, com duração de 2h. A Roda teve como objetivo analisar as avaliações propostas pelas escolas da rede municipal de ensino, seus problemas, seus pontos positivos.

2º momento:

Propus que as participantes se reunissem por escola e apresentassem a forma vigente de avaliação, bem como a avaliação utilizada pela professora em sala de aula, às vezes diferente do que trazem o documento da escola (regimento). Trouxe aqui alguns exemplos:

Escola C: Avaliação da escola é média ponderada, sendo que o primeiro e o segundo

bimestres valem vinte pontos, o terceiro e o quarto bimestre valem trinta pontos. A média da escola é 60 pontos e, ao final do ano letivo, se o aluno for reprovado terá uma nova chance e precisa alcançar cinquenta pontos.

Percebi que a escola usa médias diferentes no decorrer do ano letivo. Embora saibamos que os documentos já não trazem a questão quantitativa ainda prevalece e, fortemente, essa avaliação nas escolas de nosso município.

As professoras da Escola C relatam que em sala de aula distribuem os valores de forma a contemplar várias habilidades, distribuindo os valores nos seguintes instrumentos: prova, trabalho de produção textual, avaliação diária e auto avaliação.

Segundo Luckesi (2011, p. 298),

[...] os instrumentos poderão variar de uma simples observação sistemática, baseada em um conjunto de indicadores intencionalmente para isso, a testes escritos, redações, papers, monografias, demonstrações práticas em laboratórios ou situações reais, além de sofisticados simuladores que orientam e registram os resultados da ação do aprendiz, entre outros instrumentos possíveis. Importa que todos sejam adequados às finalidades para as quais são utilizados.

Todos os instrumentos de coleta de dados são úteis e importantes, desde que sejam adequados para verificar os objetivos propostos e que sejam adequadas as necessidades dos alunos. Os instrumentos servem de coleta de dados para que de fato efetivemos uma avaliação, uma coleta de informações sobre o desempenho do aluno

Escola D: Avaliação da escola é feita por bimestres sendo a média cinquenta (50)

pontos. Orienta seus professores a fazerem uma prova valendo sessenta e o restante distribuir em trabalhinhos visando auxiliar o aluno a obter um bom resultado.

A professora da Escola D relata que faz uma prova valendo sessenta pontos (Leitura e interpretação, gramática) e que faz trabalhinhos de produção textual, avaliando também o comportamento e o caderno de seus alunos.

Escola A: A avaliação da escola também é feita por bimestres e também tem como

média sessenta (60) pontos. Os professores têm liberdade de usar a pontuação para a realização de trabalhinhos desde que a prova bimestral tenha valor cinquenta (50).

Uma das professoras trouxe para discussão o fato de não ter liberdade em estipular os valores de suas avaliações, o que em Língua Portuguesa é prejudicial uma vez que a disciplina possibilita diversas atividades de produção escrita, tão importantes quanto à prova do bimestre que se restringe a questões mais objetivas de gramática.

As contribuições foram muito valiosas porque pude perceber que nossas professoras gostariam de ter autonomia ao realizar as atividades e avaliações dentro de sua aula, podendo as mesmas dar maior ênfase aos conteúdos ou atividades propostas, conforme o caso e a disciplina. Às vezes, durante as aulas é possível perceber através das manifestações e argumentações dos alunos o quanto estão progredindo e aprendendo, sem que isso precise quantificado em uma folha de papel.

3º momento:

A falta de uma avaliação diária e qualitativa limita nossos alunos e proporciona a simples “decoreba” de conteúdos, impossibilitando de exercerem sua criticidade, de trazerem valiosas contribuições para a sala de aula, bem como limitando-os em suas reflexões acerca das atividades propostas pelas professoras.

Hoffmann (2012, p. 46) escreve que:

[...] para que se reconstrua o significado da ação avaliativa, é necessário revitalizá-lo no dinamismo que encerra de ação-reflexão-ação no dia a dia das salas de aula. Ou seja, concebê-la como indissociável da educação – uma ação de observação e reflexão permanentes no sentido de descobrir como favorecer e ampliar as possibilidades de cada aluno avançar na construção do conhecimento. O que significa o professor manter-se atento e curioso sobre as manifestações dos alunos para agir no sentido de oportunizar-lhe desafios significativos.

4º momento:

Nesse instante as professoras conversaram informalmente sobre a avaliação de suas escolas enquanto tomavam um lanchinho e confraternizavam.

Avaliação do Encontro: Consigna: “O que você aprendeu hoje e o que lhe ensinaram?”

Nesse encontro pude perceber o quanto as avaliações do município não possuem uma unidade, o que dificulta o trabalho nas escolas no momento de efetivar as transferências de nossos alunos.

P3 – “Hoje compartilhamos as formas que utilizamos em sala de aula para nossas avaliações e quais instrumentos utilizamos. Trocamos experiências e, o mais importante, percebemos o quanto é importante a continuação desses encontros”.

S5 – “Como supervisora pude compartilhar com as minhas colegas alguns anseios quanto as formas de avaliação da minha escola e das demais escolas. Sugiro que continuemos com essa troca de experiências até mesmo através de Messenger”.

Acredito ser esse o desafio do professor, desconstruir formas de avaliação que não contribuem para o aprendizado de nosso aluno trazendo novas maneiras de avaliar, adotando metodologias capazes de construir novos saberes auxiliando na consolidação da aprendizagem, conhecendo os mecanismos - legislação - que dão sustentação para essa avaliação contínua, para que não reduzamos a avaliação ao registro de notas finais acerca do desempenho de nossos alunos.