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Onocephala albosignata sp nov (Figs 3, 27-36, 59 e 223)

Onocephala obliquata, DILLON & DILLON, 1946a: 30, est. 3, fig. 5 (non

LACORDAIRE, 1872).

Descrição:

Ó . Cabeça, mandíbulas (metade basal), pronoto e escutelo com tegumento vinho-escuro. Pedicelo, labro e palpos maxilares castanhos; os últimos, apresentando o segmento apical mais escuro do que os segmentos precedentes, claro no terço distal. Escapo, procoxas, mesocoxas, trocânteres anteriores, profêmures e tarsos vinho. Flagelômero IV amarelo-ocráceo na metade proximal, castanho-claro na distal. Antenômeros V-XI castanho-claros. Antenômero III e élitros oliváceo-acastanhados. Maxilas, lábio, palpos labiais e protíbias testáceos. Mesotíbias castanho-oliváceas na superficie anterior, testáceas na posterior. Metatíbias oliváceo-acastanhadas na superficie anterior, castanho-claras na posterior. Meso- e metafêmures castanhos, sutilmente oliváceos. Pleuras, esternos torácicos, urosternitos, metacoxas, trocânteres intermédios e posteriores castanho-avermelhados.

Pilosidade decumbente da cabeça, do pronoto e do escutelo amarelada. Fronte com quatro listras longitudinais, as externas mais largas do que as internas; genas com uma listra ao longo do comprimento; pós-genas com

três listras longitudinais; restante da superficie da cabeça apresentando wna listra medianolongitudinal larga, dorsal, prolongada do vértice ao occiput e duas listras dorsolaterais estreitas, curtas e oblíquas. Escapo escassamente revestido de pubescência amarelada. Pronoto com larga listra medianolongitudinal, de largura subconstante ao longo do comprimento, prolongada do bordo anterior ao posterior, e duas listras laterais curtas e estreitas, presentes apenas na metade posterior; estas subdivergentes para trás; lados do protórax com larga listra de pubescência esbranquiçada, que descende obliquamente do extremo anterior ao posterior. Élitros com wna listra sutural de pilosidade decwnbente esbranquiçada, duas listras longitudinais discretas de pubescência castanho-clara procendentes da base, mais distintas nos extremos anterior e posterior e nas proximidades destes; a interna atingindo os ápices elitrais; a externa terminando no 1/5 posterior; duas listras longitudinais dorsolaterais de pubescência esbranquiçada, que têm início na região pós­ mediana, convergem posteriormente e atingem os ápices elitrais, e wna mácula branca, estreita e alongada, que se origina lateralmente nas proximidades dos úmeros, projeta-se obliquamente para o centro, afila-se gradualmente para trás na metade posterior, termina nos 2/5 distais do disco e apresenta o bordo interno, o ápice e curta região a meio comprimento do bordo externo margeados por discreta e estreita concentração de pilosidade decwnbente castanho-escura. Pleuras revestidas de pubescência esbranquiçada compacta; no metepisterno com densidade reduzindo-se gradualmente em sentido posterior. Esternos torácicos, urosternitos (lados) e pernas revestidos de pilosidade

decumbente esbranquiçada, escassa nas pernas. Metastemo, urostemitos visíveis (lados), fêmures, meso- e metatíbias mosqueados por pequenas áreas glabras, relativamente numerosas, pouco distintas nas tíbias.

Fronte pontuada ao longo da região mediana na metade supenor. Suturas frontogenais subretas, divergentes para crma, subparalelas entre os olhos. Suturas suboculares subretas, encurvadas para trás inferiormente, finamente enrugadas. Genas sem pontuação distinta. Pós-genas com pontos grossos, muito escassos; regiões superiores com uma ou duas rugas discretas. Lobo ocular inferior com cerca de 2/5 do comprimento da gena; ligado ao superior por duas fileiras de omatídios. Tubérculos anteníferos afastados, distantes entre si cerca de 4, 7 vezes a largura de um lobo ocular superior. Antenas atingindo os ápices elitrais no terço proximal do antenômero VI, com pilosidade ereta nos antenômeros 1-VI, densa do escapo ao flagelômero IV; antenômeros 1-111 com pêlos bicolores; cada pêlo, castanho na metade basal, amarelo-ocráceo na metade apical; escapo e pedicelo pilosos nos lados e ventralmente; III, em volta do 1/3 proximal e nos lados e na superficie ventral dos 2/3 distais; IV com pilosidade disposta apenas ventralmente, com pêlos unicolores amarelo-ocráceos na metade proximal do antenômero e castanhos na metade distal do mesmo. Escapo gradual e sutilmente dilatado para o ápice, sem rugas distintas. Antenômero III com cerca de 1,3 vezes o comprimento do escapo; XI, aproximadamente 1,6 vezes o comprimento do X.

53 Protórax fina e desordenadamente pontuado dorsal e lateralmente ( exceto na região mediano longitudinal), sem constrição posterior distinta; lados subretos; bordo anterior levemente mais largo do que o posterior.

Élitros com pontos finos e subgrosseiros intercalados, de distâncias variáveis entre si e organizados em subséries longitudinais. 1/5 basal com grandes tubérculos que aumentam gradualmente de tamanho em sentido anterior, mais numerosos nas proximidades da extrema base e nas adjacências dos úmeros, muito escassos nas proximidades da sutura; todos menores que o tubérculo umeral e organizados, juntamente com a pontuação adjacente, em fileiras longitudinais sinuosas; menores tubérculos pouco maiores ou subiguais aos maiores pontos da mesma área. Extrema base ligeiramente sinuosa. Úmeros proeminentes; tubérculo umeral fortemente protuberante. Ápices elitrais apenas acuminados.

Processo prosternai de largura subigual à largura de uma cavidade cotilóide anterior, subarredondado em vista lateral; curvatura apenas levemente acentuada na região ânteroposterior; bordos laterais simples. Processo mesostemal com cerca de 0,9 vezes a largura de uma cavidade cotilóide intermédia; bordo posterior rasamente entalhado.

Tubérculo procoxal obtuso, discreto, apenas distinto. Fêmures gradual e discretamente subclavados. Profêmures sutilmente enrugados proximalmente ao longo do bordo ânteroventral, lisos no restante da superficie. Ápices dos metafêmures atingindo a metade do último urosternito visível.

Terminália (Figs 27-36 e 59):

Apódema ventral do urômero VIII com cerca de 0,4 vezes o comprimento do segmento. Gonopharsum A: esclerito ventral com cerca de 1,6 vezes o comprimento do urômero VIII. Gonopharsum B: esclerito dorsal com cerca de 1,4 vezes o comprimento do esclerito ventral; lobos laterais do esclerito dorsal com cerdas na superficie ventral e na metade distal da superficie dorsal; ápice do esclerito ventral subtruncado. Gonopharsum C: com cerca de 0,9 vezes o comprimento do gonopharsum B; esclerito ventral discretamente estreitado em sentido distal, fortemente estreitado nas proximidades do ápice. Phallus com textura granular na região anteapical; esclerificação distal em forma de fita gradualmente estreitada para o ápice, e de "Y'', com a base ligeiramente sinuosa e os ramos da bifurcação arqueados.

2 .

Tubérculos anteníferos distantes entre si cerca de 4,5 vezes a largura de um lobo ocular superior. Antenas atingindo os ápices elitrais na extremidade distal do antenômero VII. Antenômero III com cerca de 1,2 vezes o comprimento do escapo; XI aproximadamente 1, 1 vezes mais longo do que o

X.

Processo prosternai cerca de 1,2 vezes mais largo do que uma cavidade cotilóide anterior. Processo mesosternal aproximadamente 1, 1 vezes mais largo do que uma cavidade cotilóide intermédia.

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55 Último urostemito visível sulcado medianolongitudinalmente em todo o comprimento.

Ápices dos metafêmures atingindo o bordo posterior do quarto urostemito visível.

Dimensões, em mm:

ó

2

Comprimento total 12,6 - 1 8, 1 15,5 - 1 8,6

Comprimento do protórax 2,3 - 3,3 2,7 - 3,3

Maior largura do protórax 2,7 - 4,3 3,4 - 4,2

Comprimento do élitro 9, 1 - 12,2 1 1,5 - 13,8

Largura umeral 4,3 - 6,8 5,2 - 6,8

Material-tipo e localidade-tipo:

Descrição fundamentada em 16 machos e 2 1 fêmeas, procedentes de Cantareira, São Paulo; Rolandia, Paraná; e Corupá, Mafra, Pinhal, Rio Natal, Rio Negrinho, Rio Vermelho, São Bento e São Bento do Sul, Santa Catarina. Holótipo macho (Corupá, III/1965) e 36 parátipos ( 15 machos e 2 1 fêmeas) depositados no Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro.

n

Material examinado:

BRASIL. São Paulo: Cantareira, 1 Ó , 0 l/Xl/1950, H. Zellibor col., ex-col. CACS (MNRJ). Paraná: Rolandia, 1

2 ,

Xll/1937, A. Maller col., ex­ col. CACS (MNRJ). Santa Catarina: Corupá, 1 Ó , IV/1939, A. Maller col., ex-col. CACS (MNRJ); 1 Ó (60 m), 111/1965 (MNRJ); 1 Ó , Xll/1950, A. Maller col., ex-col. CACS (MNRJ); 1

ó.,

Xll/1965, S. A. F. col. ex-col. SFRJ (MNRJ); 1

2 ,

X/1937, A. Maller col., ex-col. CACS (MNRJ); 1

2 ,

Xll/1937, A. Maller col., ex-col. CACS (MNRJ); 1

2 ,

11/1938, A. Maller col., ex-col. CACS (MNRJ); 1

2 ,

111/1938, A. Maller col., ex-col. CACS (MNRJ); 1

2 ,

1/1943, A. Maller col., ex-col. CACS (MNRJ); 1

2

(60 m), XI/1960 (MNRJ); 1

2 ,

XIl/1968 (MNRJ); 1

2

(60 m), XI/1959 (MNRJ). Mafra, 1

2 ,

IV/1941, A. Maller col., ex-col. CACS (MNRJ). Pinhal, 1 Ó , XIl/1951, A. Maller col., ex­ col. CACS (MNRJ); 1

2 ,

Xll/1952, A. Maller col., ex-col. CACS (MNRJ). Rio Natal, 1

2 ,

11/1955, R. Maller col., ex-col. CACS (MNRJ). Rio Negrinho, 1 Ó , 1/1970 (MNRJ). Rio Vermelho, 3 Ó Ó e 1

2 ,

111/1938, A. Maller col., ex-col. CACS (MNRJ); 1 Ó , Xll/1941, A. Maller col., ex-col. CACS (MNRJ); 1 Ó , 1/1943, A. Maller col., ex-col. CACS (MNRJ); 1

2 ,

Xll/1943, A. Maller col., ex-col. CACS (MNRJ); 2

2 2 ,

1/1944, A. Maller col., ex-col. CACS (MNRJ). São Bento, 3 Ó Ó , XII/195 1, A. Maller col., ex-col. CACS (MNRJ); 1 Ó e 1

2 ,

11/1952, A. Maller col., ex-col. CACS (MNRJ); 1

2 ,

IV/1952, A. Maller col., ex-col. CACS (MNRJ); 1

2 ,

IV/1937, A. Maller col., ex-col.

CACS (MNRJ); 1

2 ,

1/1966, Maller S. A. F. col. (MNRJ). São Bento do Sul, 1

2 ,

10/II/198 1, G. S. Andrade col. (MNRJ). Distribuição geográfica (Fig. 223):

BRASIL (São Paulo, Paraná e Santa Catarina). Comentários:

Onocephala albosignata sp. nov., assemelha-se a O. obliquata Lacordaire, 1872, pelo aspecto geral; pela pilosidade decumbente da cabeça, do pronoto e do escutelo amarelada; pela cabeça apresentando uma listra medianolongitudinal larga, dorsal, prolongada do vértice ao occiput e duas listras dorsolaterais estreitas, curtas e obliquas; pelo pronoto com larga listra medianolongitudinal, prolongada do bordo anterior ao posterior, e duas listras laterais curtas e estreitas, presentes apenas na metade posterior e subdivergentes para trás; pelos élitros apresentando, além de outras listras, uma listra sutural, duas listras longitudinais dorsolaterais, de origem pós-mediana, e uma mácula lateral alongada, estreita e obliqua; pelas pleuras revestidas de pubescência esbranquiçada compacta; no metepistemo com densidade reduzindo-se gradualmente em sentido posterior; pelos élitros com grandes tubérculos organizados em fileiras longitudinais sinuosas; pelos úmeros proeminentes; pelo tubérculo umeral fortemente protuberante e pelos ápices elitrais

r n

n

·0

acurninados. Distingue-se de O. obliquata (a) pela listra medianolongitudinal do pronoto de largura subconstante ao longo do comprimento; (b) pela listra sutural de pilosidade decumbente esbranquiçada; (e) pela mácula oblíqua dos élitros branca; ( d) pelas listras longitudinais dorsolaterais de origem pós­ mediana dos élitros esbranquiçadas e não-pontuadas; (e) pelas genas sem pontuação distinta; (f) pelos élitros com pontos finos e subgrosseiros intercalados; (g) pelos tubérculos da base elitral mais numerosos nas proximidades da extrema base e nas adjacências dos úmeros, muito escassos nas proximidades da sutura e (h) pelos ápices elitrais apenas acuminados. Em O. obliquata: (a) listra medianolongitudinal do pronoto gradual e ·ligeiramente estreitada para trás; (b) listra sutural de pilosidade decumbente amarelada; ( c) mácula oblíqua dos élitros amarelada; ( d) listras longitudinais dorsolaterais de origem pós-mediana dos élitros amareladas e pontuadas ao longo do comprimento; (e) genas pontuadas; (f) pontuação dos élitros grosseira; (g) tubérculos da base elitral igualmente numerosos em todo o 1/4 basal; (h) ápices elitrais fortemente acuminados.

Variações constatadas em ambos os sexos:

Mácula oblíqua elitral com evidente projeção curta lateral na metade do seu comprimento.

- Região elitral entre a mácula oblíqua e a sutura escurecida, com listras longitudinais pouco distintas.

Região elitral entre a mácula oblíqua e a sutura escurecida, com listras longitudinais esverdeadas, bem distintas.

Antenômero IV unicolor, de coloração castanha.

Antenômero IV sutilmente bicolor, apresentando a metade basal apenas levemente mais clara do que a distal.

Pilosidade ereta antenal castanho-clara ( excetuando-se a parte amarelada da metade basal do antenômero IV).

Etimologia:

O epíteto proposto, albosignata, refere-se à mácula branca dos