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Pseudoperma olivacea sp nov (Figs 99, 114-123, 165 e 227)

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Ó . Fronte, vértice, pós-genas, pronoto e escutelo com tegumento oliváceo-escuro. Mesosterno, mesocoxas, metasterno e pleuras castanho­ avermelhados escuros. Genas castanho-avermelhadas escuras, clareando inferiormente. Labro vinho escuro. Metade basal das mandíbulas vinho. Maxilas testáceas, com wna listra preta submediana ao longo da gálea. Submento, palpos, prosterno e trocânteres testáceos. Premento castanho-escuro. Fêmures castanhos. Urosternitos visíveis passando gradualmente de castanho a testáceo quanto mais próximos ao ápice abdominal. Pro- e metacoxas castanhos, discretamente amarelados. Escapo e tíbias castanhos, levemente esverdeados. Antenômeros II-XI e tarsos castanho-claros, flagelômero III mais claro que os demais, IV-XI gradualmente mais escuros quanto mais próximos aos ápices antenais. Élitros oliváceos, clareando posteriormente.

Pilosidade decwnbente predominantemente olivácea, mais clara nos élitros. ·Pronoto densamente revestido. Fronte, lados do prosterno, das procoxas, pleuras e lados dos urosternitos revestidos de pubescência oliváceo­ amarelada. Élitros com wna listra sutural larga, conspícua, wna listra epipleural e oito listras discais finas, longitudinais, procedentes da base, prolongadas até as proximidades dos ápices elitrais e gradualmente mais próximas entre si em

137 sentido lateral. 2/9 anteriores, nas proximidades do bordo sutural, com larga área longitudinal subglabra. Abdome subglabro medianamente do primeiro ao quarto urosternitos visíveis; último urosternito visível pubescente em toda a superfície, com evidente esparsamento da pubescência na região mediana. Tarsos revestidos de pilosidade decumbente amarelada.

Mandíbulas relativamente robustas. Suturas frontogenais subretas. Suturas suboculares sem pontos. Genas levemente côncavas, com pontos escassos e subgrossos. Lobo ocular inferior com cerca de 2/5 do comprimento da gena, ligado ao superior por cinco fileiras de omatídios. Tubérculos anteníferos levemente elevados medianamente; distantes entre si cerca de 3,4 vezes a largura de um lobo ocular superior. Antenas atingindo os ápices elitrais na extremidade distal do antenômero VI, com pilosidade ereta em todos os antenômeros; flagelômeros VI-XI com apenas um a quatro pêlos esparsos. Antenômero III mais longo do que os demais, cerca de 1,2 vezes o comprimento do escapo; XI, aproximadamente 1,2 vezes o comprimento do X.

Protórax com lados ligeiramente arqueados; bordo posterior claramente mais largo do que o anterior. Pronoto com rugas transversais grosseiras.

Élitros claramente estreitados para trás. Superfície com pontuação organizada em séries longitudinais. Tubérculo umeral discreto, apenas distinto. Declividade apical atenuada; ápices elitrais levemente afastados, estreitamente arredondados.

r

Processo prosterna! de largura subigual à largura de uma cavidade cotilóide anterior. Processo mesosternal com cerca de 0,8 vezes a largura de uma cavidade cotilóide intermédia; extremo anterior fortemente projetado para frente em conspícuo tubérculo subhemisférico; bordo posterior entalhado em ângulo obtuso.

Fêmures clara e gradualmente subclavados. Ápices dos metafêmures atingindo o bordo posterior do quarto urosternito visível.

Terminália (Figs 1 14-123 e 165):

Urotergito VIII mais largo do que longo; apódema ventral do urômero VIII com cerca de 0,2 vezes o comprimento do segmento. Gonopharsum A: esclerito ventral com cerca de 1,2 vezes o comprimento do urômero VIII. Gonopharsum B: esclerito dorsal com cerca de 0,8 vezes o comprimento do esclerito ventral; lobos laterais do esclerito dorsal subretos, com cerdas na superfície ventral e no terço distal da superfície dorsal; ápice do esclerito ventral com uma reentrância mediana. Gonopharsum C: com comprimento subigual ao do gonopharsum B; esclerito ventral estreitado para trás na metade distal, abruptamente no ápice; este, estreitamente arredondado; metade proximal com lados subparalelos. Phal/us com textura granular no terço distal; hastes componentes da esclerificação distal afiladas em ambas as extremidades.

2 .

Abdome subglabro na região mediana de todos os urosternitos visíveis.

Lobo ocular inferior com cerca de metade do comprimento da gena, ligado ao superior por quatro fileiras de omatídios. Tubérculos anteníferos distantes entre si cerca de 4,4 vezes a largura de um lobo ocular superior. Antenas atingindo os ápices elitrais na metade do flagelômero VIII. Antenômero III mais longo do que os demais, cerca de 1, 1 vezes o comprimento do escapo; X e XI subiguais em comprimento.

Processo mesostemal com cerca de O, 7 vezes a largura de uma cavidade cotilóide intermédia.

Último urosternito visível com um sulco medianolongitudinal nos 2/3 anteriores e uma depressão subtriangular mediana que se alarga para trás e se prolonga do bordo anterior ao posterior.

Ápices dos metafêmures atingindo os 2/5 anteriores do quarto urostemito visível.

l""'I r-. 0\ ,.. Dimensões, em mm:

ó

2

Comprimento total 13,3 - 15,2 13,6 - 16,6 Comprimento do protórax 2,2 - 2,4 2,1 - 2,6

Maior largura do protórax 3,0 - 3,5 3,0 - 3,5 Comprimento do élitro 9,5 - 11,2 10,0 - 12,4

Largura umeral 4,6 - 4,9 4,6 - 5,9

Material-tipo e localidade-tipo:

Descrição fundamentada em dois machos e cmco fêmeas procedentes de Itatiaia, Rio de Janeiro, Brasil. Holótipo macho (1-XI-1947, H. Zellibor col.) e seis parátipos ( um macho e cinco fêmeas), depositados no Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Material examinado:

BRASIL. Rio de Janeiro: Itatiaia (Maromba, 1200 m), 1 Ó , 2-1- 1954, ex-col. CACS (MNRJ); 2

2 2 ,

26-XIl-1953, Seabra e Alvarenga cols, ex-col. CACS (MNRJ); 1

2 ,

2-1-1954, ex-col. CACS (MNRJ); (900 m), 1 Ó ,

CACS (MNRJ); (P. N. Itatiaia), 1

2 ,

5-XI-1953, S. A. F. col., ex-col. SFRJ (MNRJ).

Distribuição geográfica (Fig. 227):

BRASIL (Rio de Janeiro).

Comentários:

Pseudoperma o/ivacea sp. nov. assemelha-se a P. chalcogramma (Bates, 1887), pelo disco elitral com oito listras longitudinais finas de pilosidade decumbente; pelos tubérculos anteníferos levemente elevados medianamente; pelo bordo posterior do protórax claramente mais largo do que o anterior; pela pontuação elitral organizada em séries longitudinais; pelo tubérculo umeral discreto, apenas distinto; pelos ápices elitrais levemente afastados e pelo extremo anterior do processo mesostemal fortemente projetado para a frente em conspícuo tubérculo subhemisférico. Distingue-se de P. chalcogramma (a) pelos élitros subglabros anteriormente nas proximidades do bordo sutural; (b) pela listra sutural conspícua; ( c) pela região mediana de todos os urosternitos visíveis sub glabra nas fêmeas; ( d) pelas antenas, nos machos, atingindo os ápices elitrais na extremidade distal do antenômero VI; nas fêmeas, atingindo os ápices elitrais na metade do flagelômero VIII e (e) pelo bordo posterior do processo mesostemal entalhado em ângulo obtuso. Em P.

chalcogramma: (a) élitros irregulannente pubescentes anteriormente nas proximidades do bordo sutural; (b) listra sutural pouco distinta; ( c) último urosternito visível, nas fêmeas, pubescente em toda a superfície, sem esparsamento da pubescência na região mediana; ( d) antenas, nos machos, atingindo os ápices elitrais no terço distal do antenômero VII; nas fêmeas, atingindo os ápices elitrais na extremidade distal do antenômero X; (e) bordo posterior do processo mesostemal semicirculannente emarginado.

Etimologia:

O epíteto proposto, olivacea, refere-se à coloração do tegumento elitral e da pilosidade decumbente predominante.