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8.1 – As ânforas Mañá-Pascual A4 em Castro Marim: Leituras e significados

No Castelo de Castro Marim, as ânforas Mañá-Pascual A4 surgem em torno ao século V a.C., estando bem representadas pelas várias variantes da série 11, em especial as variantes 11.2.1.3 e 11.2.1.4. Neste sítio encontra-se bem documentado todo o período de produção e utilização desta família anfórica, desde os referidos modelos iniciais, até aos modelos mais tardios, que surgem ainda durante a segunda metade do século I a.C.

Este sítio algarvio apresenta uma ocupação da Idade do Ferro que remonta ao século VII a.C., destacando-se, contudo, o esplendor alcançado durante o século V a.C. Neste momento podemos observar a chegada a Castro Marim de um abundante conjunto de material importado, dos quais se destacam as cerâmicas áticas (Arruda, 1997a) e os produtos envasados em ânforas, onde se incluem as Mañá-Pascual A4. É durante este período que se inserem os exemplares mais antigos desta forma em Castro Marim. Podendo estender-se a meados do século IV a.C., estes surgem, de um modo geral, associados contextualmente a materiais como cerâmica ática, cerâmica de engobe vermelho, cerâmica pintada ou ânforas como as B/C de Pellicer.

Entre os finais do século IV e século II a.C. a informação sobre as ânforas Mañá- Pascual A4, mais concretamente os exemplares iniciais da série 12, é pouco clara, sendo também pouco expressivos os exemplares que possivelmente se enquadram dentro do século IV a.C. Estas ânforas, da série 12, apenas surgem em contextos Romanos Republicanos, associadas, de modo geral, a materiais como cerâmica campaniense ou cerâmica de paredes finas. Esta aparente ausência pode relacionar-se com o conhecimento pouco claro do sítio durante este período. Aparentemente, durante o século III a.C. o povoado parece ter sido abandonado, para voltar a ser ocupado apenas durante o período tardo-republicano (Arruda, 1999/2000, p. 42-43). Este momento de abandono pode ter sido provocado por uma deslocação do povoado para uma área diferente do topo do castelo. Tal deslocação pode observar-se na diferença entre a ocupação do Corte e Sector 1, maioritariamente da Idade do Ferro, e a do Corte 3, donde provêm a maioria dos dados do Período Romano. Esta diferenciação parece fazer supor que na transição da Idade do Ferro para o Período Romano o povoado mudou o seu posicionamento na topografia do Castelo de Castro Marim. Assim, esta falta de

informação pode estar relacionada com uma provável deslocação do ponto de povoamento, assim como uma possível diminuição do volume de importação destes contentores anfóricos face à continua comercialização de outros recipientes, como as B/C de Pellicer, por exemplo, cujos modelos mais tardios poderão ter circulado durante este período, sendo possível que transportassem conteúdos semelhantes.

Mas, é durante o Período Romano que se verifica o auge da importação destes contentores anfóricos, mais concretamente em Época Romana Republicana. Neste período surgem, de forma abundante, em contextos datados da segunda metade do século I a.C., com especial destaque para os exemplares da variante 12.1.1.1, maioritários no conjunto. Nestes contextos assite-se á chegada a Castro Marim de materiais como a cerâmica campaniense ou a cerâmica de paredes finas, ás quais surgem associados os exemplares mais tardios das ânforas Mañá-Pascual A4.

Esta presença mais significativa deve estar relacionada com um novo incremento da capacidade económica de Castro Marim, assim como da sua aproximação com a região gaditana. Pois, embora a produção, e consequente exportação, de preparados piscícolas da Baía de Cádis verifique, entre o século II e I a.C., um período de diminuição, com o abandono de um número considerável de fábricas de preparados piscícolas púnicas, tal como acontece com os centros oleiros (Garcia Vargas e Ferrer Albelda, 2006), neste período regista-se em Castro Marim um considerável aumento da presença de ânforas Mañá-Pascual A4, associados a materiais de tipologia romana, possivelmente redistribuídos a partir da Baía Gaditana.

A profunda ligação à região gaditana é bem visível durante vários momentos da ocupação de Castro Marim, que podem ser bem documentados pelas ânforas Mañá- Pascual A4, presentes no sítio algarvio desde o século V a.C. As produções oriundas da Baía de Cádis constituem 50 % do conjunto. Se a estas produções juntarmos os fabricos que provêm da área da região gaditana, concretamente os Grupos de Fabrico II e III,

estes totalizam 93 % do conjunto estudado, sendo que, o Grupo de Fabrico I é dominado expressivamente por exemplares de modelos mais recentes, o Grupo de Fabrico II apresenta uma maioria de exemplares de modelos mais antigos, e o Grupo de Fabrico III é apenas constituído por exemplares das variantes 11.2.1.3, 11.2.1.4 e 11.2.1.6. Esta relação de grande proximidade pode ser observada ao nível dos espólios cerâmicos, que se apresentam muito semelhantes, não só nas várias produções gaditanas, como em materiais de origens mais longínquas, como a cerâmica ática, que terá chegado ao sítio algarvio possivelmente através de uma redistribuição a partir de Cádis. Factores como os critérios de implantação dos povoados e as características arquitectónicas desses mesmos povoados, associadas à cultura material encontrada, aproximam a região algarvia do horizonte cultural e económico do território gaditano, podendo estender-se a área da Turdetânia também ao actual território algarvio, e não apenas às margens do Guadiana.

Para além destas produções da região gaditana, pudemos identificar um fabrico, o Grupo de Fabrico IV, possivelmente oriundo do Norte de África, muito provavelmente de Kuass. Trata-se de uma produção cuja característica principal é a abundante presença de calcites, característica que se pode encontrar nos materiais produzidos em Kuass, para além de se ter identificado a produção nesse sítio marroquino de diferentes variantes das ânforas Maña-Pascual A4, tanto modelos antigos como variantes mais recentes (Alaoui, 2007, p. 65-100). Em Castro Marim, este Grupo de Fabrico é constituído apenas por exemplares da variante 11.2.1.4. Estes apresentam uma cronologia centrada entre a segunda metade do século V e os finais do século IV a.C., embora também surjam, descontextualizadas, em níveis de Época Romana e Moderna, estando, assim, associados aos primeiros momentos de importação desta forma no sítio algarvio.

A identificação de três Fabricos Raros não permitiu a aferição de grandes conclusões, pois trata-se de materiais representativos de diferentes variantes, surgindo descontextualizados, ou em contextos pouco claros. Assim como a presença de engobe, que embora minoritária no conjunto, está presente em todos os Grupos de Fabrico, sendo, contudo, maioritária nos Grupos de Fabrico III e IV.

No que se refere às variantes encontradas, em Castro Marim regista-se, de um modo geral, todo o desenvolvimento da família anfórica Mañá-Pascual A4, desde os modelos mais antigos, a partir dos inícios do século V a.C., às variantes mais tardias, já em Época Romana, dentro da segunda metade do século I a.C.

Embora não domine o conjunto, a série 11 encontra-se bem documentada, em especial pelas variantes 11.2.1.3 e 11.2.1.4. São estes contentores mais antigos que marcam o inicio da importação, em Castro Marim, dos preparados piscícolas envasados nestas ânforas. Esta primeira fase de importação de ânforas Mañá-Pascual A4 para Castro Marim está balizada entre os inícios do século V e os finais do século IV a.C. Este período é marcado por um maior número de variantes formais, sempre dentro da série 11, assim como uma maior dispersão pelos vários Grupos de Fabrico identificados, não se registando, com excepção do Grupo de Fabrico IV, uma associação entre variante e fabrico. Assim, durante este período, Castro Marim é abastecido de preparados piscícolas com uma origem variada, embora predominem as produções provenientes da região gaditana.

Neste período foi possível identificar um Grupo de Fabrico cuja proveniência se deve situar na região da Campiña Gaditana. Trata-se de um registo pouco frequente, não abundando as referências a este acontecimento. Esta produção é constituída exclusivamente por elementos da série 11, mais concretamente as variantes 11.2.1.3, 11.2.1.4 e 11.2.1.6, com cronologias dentro do século V a.C., estando, por isso, associado a um momento inicial da produção desta tipologia anfórica. Uma vez que tem origem numa zona interior da região gaditana, a sua produção não deve estar relacionada com a produção e exportação de preparados piscícolas, pois parece pouco provável que estas ânforas fossem produzidas numa zona interior para apenas serem, posteriormente, utilizadas numa área costeira para o envase e transporte de produções piscícolas. Assim, a produção destas ânforas deve estar relacionada com o transporte de alguma produção agrícola das férteis terras da Campiña Gaditana, que muito provavelmente seria o vinho. Para tal parecem apontar os dados do povoado do Castillo Doña Blanca e sua área envolvente, uma vez que aí se registou a produção de ânforas Mañá-Pascual A4, para além de se ter verificado a associação de exemplares desta tipologia associados a lagares, possivelmente utilizados na produção de vinho (García Vargas, 1998, p. 203; Ruíz Mata e Niveu de Villedary y Mariñas, 1999). Assim, ao se tratar de um momento inicial da produção destas ânforas, estes fabricos interiores permitem identificar uma fase de alguma indefinição desta tioplogia anfórica, prévia a sua definição como caracterisitico contentor para o transporte de preparados piscicolas. Nesta fase as ânforas Mañá-Pascual A4 apresentam-se como um recipiente bivalente, utilizado no transporte de preparados piscicolas e, ainda que de forma minorítaria, no transporte de vinho produzido na Campiña Gaditana.

Durante o século IV a.C., a importação de ânforas Mañá-Pascual A4 diminui consideravelmente, tornando-se escassos os exemplares desta tipologia anfórica, vindo a desaparecer no século seguinte. Esta diminuição de importações deve estar relacionada com um período de menor esplendor de Castro Marim, cuja capacidade económica poderia não ser suficiente para manter os níveis anteriormente conhecidos. Durante o século III a.C. o povoado parece ter sido abandonado, ou, possivelmente, deslocado no área do cerro do castelo.

A partir do século I a.C., sobretudo já na sua segunda metade, volta a verificar- se a chegada de exemplares de ânforas Mañá-Pascual A4 ao Castelo de Castro Marim. Estes novos contentores vão revelar uma menor dispersão dos centros oleiros de origem, centrando-se, essencialmente, nas produções da Baía de Cádis, caracterizadas no Grupo de Fabrico I, verificando-se ainda a presença de exemplares do Grupo de Fabrico II, com origem, possivelmente, numa área próxima da baía gaditana. Esta segunda fase de importação de ânforas Mañá-Pascual A4 em Castro Marim está relacionada com um novo momento de esplendor, marcado pela grande quantidade de material importado. Neste período, já dentro da Época Romana Republicana, assistimos à frequente presença de materiais claramente romanos, como a cerâmica campaniense ou a cerâmica de paredes finas, assim como a existência de materiais que mantém tradições anteriores, como as ânforas Mañá C2 ou a cerâmica de tipo Kuass (Arruda, 1999/2000, p. 43;

Arruda, et al., 2006; Sousa, 2006). É neste contexto de materiais de tradição púnica que se inserem os modelos mais tardios das Mañá-Pascual A4, incluindo-se nas diferentes variantes da série 12. Estes exemplares surgem, assim, em contextos do Período Romano Republicano, possivelmente desde meados do século I a.C. Tal cronologia pode relacionar-se com a escassa presença de exemplares das variantes 12.1.1.1/2 e 12.1.1.2, cuja cronologia de produção se centra entre o século III e II a.C. (Ramon Torres, 1995, p. 238-239; Sáez Romero, 2002; 2008b). É neste segundo momento, em que se intensifica a importação de Mañá-Pascual A4 para Castro Marim, atingindo-se, assim, o auge da presença destes contentores anfóricos no sítio algarvio. Este momento de maior actividade é representado pelas formas mais evoluídas desta família anfórica, que correspondem a 54 % do conjunto, com especial destaque para a variante 12.1.1.1.

Os preparados piscícolas, assim como produções agrícolas como o azeite, o vinho e os cereais, constituiriam a base da alimentação das populações de características mediterrânicas, onde se inclui a população de Castro Marim, durante a antiguidade. Assim, verificamos que ao longo da segunda metade do 1º milénio a.C., ainda que com um ritmo irregular, Castro Marim foi receptor de preparados piscícolas envasados em ânforas Mañá-Pascual A4. Este facto parece contrastar com a possibilidade de uma produção local de preparados piscícolas. Embora não se registe durante o período pré- romano indícios directos de produção de preparados piscícolas, como estruturas destinadas a essas actividades, os vestígios indirectos que apontam para essa existência são algo frequentes. Verifica-se, em Castro Marim, a presença frequente de restos ictiológicos de diferentes espécies de peixe, com destaque para espécies de grandes dimensões, como o atum, o golfinho ou o tubarão (Arruda, 2006, p. 393). Associados a estes restos faunísticos foram encontrados utensílios relacionados com a prática piscatória, com destaque para os pesos de rede e anzóis que, aparentemente, se destinavam à pesca de animais de grande porte. Assim, é de supor que a exploração dos recursos marinhos obteve um importante papel na economia de Castro Marim na antiguidade, sendo provável que parte do fruto desta actividade piscatória, nomeadamente a pesca de espécies de grande porte, como o golfinho ou o atum, se destinariam a uma possível indústria conserveira. Esta possível actividade produtora de preparados piscícolas necessitaria, para além de quantidades significativas de peixe, de um abundante abastecimento de sal, imprescindível para a elaboração dos diversos preparados à base de peixe. Embora seja muito difícil de documentar, é provável que o sal marinho tenha sido explorado na área de Castro Marim desde momentos muito

recuados, cuja área envolvente se apresenta propicia para o desenvolvimento desta actividade, que pode, ainda actualmente, ser observada (Figura 19). Desta forma estão reunidas as condições necessárias para a existência de uma actividade relacionada com a produção de preparados piscícolas, estando Castro Marim bem servido das matérias primas necessárias para essa indústria, o peixe e o sal. Até ao momento não foi, ainda, possível identificar os vestígios arquitectónicos dessa unidade conserveira.

Apesar de, provavelmente, terem sido produzidos preparados piscícolas na área de Castro Marim durante a Idade do Ferro, as ânforas destinadas ao transporte destes produtos dominam no conjunto dos contentores anfóricos, tanto durante a Idade do Ferro como em Época Romana, sendo maioritariamente provenientes da região gaditana, sobretudo produções de costeiras. (Arruda, 2006; Arruda, et al., 2006). Esta ligação com área de Cádis visível pelo menos desde o inicio da ocupação da Idade do Ferro em Castro Marim, no século VII a.C., perdurou durante a ocupação do sítio na antiguidade, sendo mais expressiva na II Idade do Ferro e em Época Romana Republicana.

Esta ligação com o território da actual Andaluzia Ocidental é sobretudo visível pela abundante importação de produtos oriundos dessa região, destacando-se o relacionamento com a Baía de Cádis. Desta área provêm diferentes materiais de produção local, como a cerâmica de tipo Kuass, assim como materiais redistribuídos a partir de Cádis, como a cerâmica ática. Para além disso chegam também a Castro Marim produtos alimentares envasados em ânforas, com especial destaque para os preparados piscícolas, onde se inserem as ânforas Mañá-Pascual A4. Para além de apresentar uma mesma cultura material, Castro Marim e o restante território algarvio apresentam fortes semelhanças ao nível do tipo de implantações, características arquitectónicas e economia, permitindo supor que o Algarve corresponderá, durante a Idade do Ferro, a uma extensão para ocidente do território a Este do Guadiana, inserindo-se, assim, no espaço da Turdetânia (Arruda, 1999/2000; 2001; 2006; Sousa, 2006; Arruda, Freitas e Oliveira, 2007).

A barreira formada pela serra, de difícil passagem, conduziu a um isolamento e individualização do actual território algarvio. Inserido no que Orlando Ribeiro (19987) designou de «Portugal Mediterrânico», o Algarve revelou-se propenso a contactos por via marítima. Assim, dadas as suas características e posição geográfica, a fachada litoral algarvia potenciou os contactos marítimos, sobretudo de carácter comercial, com a região andaluza, especialmente com a Baía de Cádis, e, em menor escala, com o território norte africano a ocidente do Estreito de Gibraltar. Contactos bem documentados pelo abundante espólio arqueológico registado ao longo do território algarvio, como é o caso do Castelo de Castro Marim.

Já durante o Período Romano, mais concretamente em Época Tardo Republicana, continuam a chegar a Castro Marim, com bastante frequência, materiais importados, sobretudo da região gaditana, que continuam tradições púnicas anteriores. Esta persistência pode ser observada ao nível da importação de cerâmica de tipo Kuass (de Sousa, 2006), mas sobretudo no conjunto dos contentores anfóricos, onde continuam a sobressair os recipientes destinados ao transporte de preparados piscícolas, como as ânforas Maña C2, as 9.1.1.1 ou os exemplares das Mañá-Pascual A4 evoluídas, da série 12 (Arruda, et al., 2006). Esta persistência de formas de tradição anterior, maioritariamente oriundas da Baía de Cádis, pode estar relacionada com a longa tradição de produção oleira da região, cujas formas foram evoluindo até serem substituídas por modelos totalmente romanizados.

Estes modelos mais evoluídos compõem, ainda que forma pouco expressiva, a maioria dos exemplares desta longa família anfórica, revelando neste momento final da sua produção e distribuição uma tentativa de especialização ao nível formal, assim como também uma relativa especialização ao nível dos centros produtores. Assim, verifica-se um menor número de variantes formais, com destaque para a variante 12.1.1.1, ainda que os exemplares apresentem uma relativa heterogeneidade ao nível da forma dos bordos.

Desta forma, as ânforas Mañá-Pascual A4 vão caracterizar genericamente, ainda que não em exclusivo, a importação de preparados piscícolas para o Castelo de Castro Marim durante a segunda metade do 1º milénio. Estas ânforas demonstram, à semelhança do que aconteceu com outros materiais importados, a profunda ligação de Castro Marim com a Baía de Cádiz, revelando-se um importante centro receptor das produções e redistribuições provenientes de Cádis.

Deste modo, a capacidade económica de Castro Marim deveria ser elevada para sustentar um ritmo tão acentuado de importação de bens alimentares e materiais. Como já foi referido a actividade piscatória deverá ter ocupado um papel importante na economia de Castro Marim, ao qual se pode associar a recolecção de moluscos, bem documentada pela presença de fauna malacológica. Também a tecelagem deve ter adquirido uma relativa importância, uma vez que esta actividade se encontra bem documentada por diversos pesos de tear, cossoiros e agulhas. Mas a principal fonte de riqueza de Castro Marim deve ter provido do interior alentejano, rico em minérios. Esta importância pode também relacionar-se com as características da sua implantação, que, simultaneamente com Mértola, controlariam o acesso e o escoamento comercial das riquezas minerais do interior, assim como redistribuiriam por essa mesma região interior diferentes produtos importados, na sua maioria de Cádiz, assim como, possivelmente, algumas das suas produções (Sousa, 2006, p. 119-120).

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