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errado: a organização pós-burocrática (gerencialismo) tem como características a descentralização, a horizontalização (diminuição de níveis

hierárquicos) com as informações correndo de forma vertical ou horizontal. IV. correto: as organizações pós-burocráticas dão ênfase às demandas dos cidadãos (solução de problemas) como a prestação de serviços de qualidade. Esse modelo está fundamentado na confiança (ainda que limitada) nos servidores públicos e no incentivo à participação e ao compromisso de todos na gestão do patrimônio público.

V. errado: temos dois erros. Primeiro que o tipo organizacional pós-burocrático é construído em torno de resultados. Segundo que está baseado na impessoalidade e não no personalismo.

Apenas os itens II e IV estão corretos. Gabarito: alternativa B.

11. (FCC – AFM/Prefeitura de SP/2012) O diagnóstico sobre o qual se baseou o

Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado de 1995 indicava que

a) o excesso de burocratização da administração pública federal deveria ser corrigida com a terceirização das atividades de planejamento e controle.

b) a centralização fiscal do estado autoritário tinha gerado um excesso de arrecadação que poderia ser utilizado na modernização do aparelho do estado. c) as fases patrimonialistas e burocráticas da administração brasileira estavam superadas, cabendo, então, introduzir um modelo de administração gerencial.

d) a predominância do modelo patrimonialista de administração pública poderia ser uma vantagem a ser aproveitada para implantar uma administração do tipo gerencial.

e) o caráter incompleto do modelo burocrático exigiria um aperfeiçoamento da profissionalização do estado através da universalização do concurso público para as funções gerenciais.

Comentário: questão mal elaborada. Vamos marcar a “menos errada”:

a) errada: as atividades de planejamento e controle não devem ser terceirizadas, essas permanecem sob domínio do Estado (sem destacar o controle social);

b) errada: o país passava por um momento de crise fiscal, não existia excesso de arrecadação;

c) correta: o item não ficou muito claro, mas o que ele quer dizer é que os modelos patrimonialista e burocrático já não atendiam mais aos anseios da sociedade e, portanto, deveria ser substituídos pelo modelo gerencial;

d) errada: no momento da implantação do gerencialismo, predominava a administração pública burocrática. Além disso, os resquícios do patrimonialismo representam desvantagens na implantação da administração gerencial; e

e) errada: o concurso público é a regra, mas temos (várias) exceções para os cargos de direção, chefia e assessoramento.

Gabarito: alternativa C.

12. (FCC – AM/MPE-AP/2012) Ao relacionar os modelos de análise histórica da

gestão pública ao longo do tempo, é correto afirmar que:

a) A etapa patrimonialista da gestão pública perdurou por cerca de cinco décadas, circunscrevendo-se ao final do período monárquico e início do republicano.

b) O modelo burocrático é circunscrito ao início do século XX até os anos 60, dado o necessário controle da coisa pública e o baixo uso de tecnologias de informação. c) O modelo patrimonial tem sido imprescindível no início deste século, para a efetividade da administração pública frente às crises econômicas planetárias.

d) O modelo gerencial foi uma etapa importante do desenvolvimento da administração pública brasileira, surgida no Estado Novo de Getúlio Vargas.

e) O modelo gerencial é o modelo contemporâneo, que enfoca resultados e uma gestão pública pautada em competências, além do foco no cliente.

Comentário:

a) errada: a administração patrimonialista no Brasil teve uma duração bem mais longa. Este modelo predominou no país desde o período colonial (1500-1822) – inclusive da chegada da família real ao final desse período (1808-1822) –; entendeu-se por todo o período monárquico (1822-1889); abrangendo ainda toda a Primeira República (República Velha – 1889-1930); sendo substituído somente com a chegada de Vargas ao poder (1930) e o Estado Novo (1937). b) errada: o modelo burocrático no Brasil se estendeu até 1995 com a publicação do Pdrae e a reforma gerencial;

c) errada: o modelo gerencial que tem sido imprescindível desde o início deste século (apesar de vir desde o final do século passado);

d) errada: o modelo burocrático que surgiu no Estado Novo de Vargas (1937); e) correto: o gerencialismo é o modelo contemporâneo (atual) e apresenta entre suas características a ênfase nos resultados das ações do governo, o foco no cliente (cidadão-usuário) e a gestão pautada em competências.

Gabarito: alternativa E.

13. (FCC – AJ/TRE-CE/2012) A busca por prestação de serviços de qualidade para

o cidadão na gestão pública flexibilizada como estratégia para alcançar a satisfação do consumidor, em que o cidadão deixa de ser visto como mero financiador do sistema, por meio de pagamento de impostos, e passa a ser a razão de existir dos serviços públicos, caracterizou o estágio da administração pública conhecido por

a) modelo racional-legal. b) gerencialismo puro. c) consumeirismo. d) patrimonialismo. e) empreendedorismo.

Comentário: os três estágios da administração pública gerencial foram o gerencialismo puro, o consumerísmo (consumerism) e o public servi

orientation (PSO). A questão trata desses estágios do gerencialismo, portanto

podemos eliminar as opções A, D e E.

O modelo racional-legal surge com a burocracia weberiana. O patrimonialismo imperou no Brasil até 1930 e era uma forma de administração em que ocorria a confusão entre o patrimônio público e o privado. O empreendedorismo (governamental) é um movimento que ganhou forças com a obra Reinventanto

o Governo de David Osborne e Ted Gaebler em que se propõe uma redefinição

do papel do Estado.

No gerencialismo puro a ênfase era na economia e na eficiência. O objetivo era diminuir os gastos do governo e aumentar a produtividade. Neste momento, as pessoas são vistas como contribuintes, financiadores da máquina pública.

O consumerísmo veio em um momento posterior, caracterizando-se pela preocupação com a efetividade e a qualidade dos serviços públicos. As pessoas deixam de ser contribuintes (financiadores) e se tornam clientes ou consumidores dos serviços públicos que devem ter qualidade.

Gabarito: alternativa C.

14. (FCC – TJ/TRE-CE/2012) Na chamada Nova Gestão Pública há três principais

vertentes, ou correntes conceituais importantes, as quais possuem vários traços em comum como, por exemplo, uma ênfase significativa nos resultados da ação governamental, ou seja, um deslocamento do foco nos processos para enfatizar os resultados. Uma delas tem sido denominada como um "neotaylorismo", isto é, uma proposta calcada na busca da produtividade e na implantação do modelo de gestão da empresa privada no setor público, outra busca a flexibilização da gestão pública, em que se observa a passagem da lógica do planejamento para a lógica da estratégia e nesta são levadas em conta as relações entre os atores envolvidos em cada política, de modo a montar cenários que permitam a flexibilidade necessária para eventuais alterações nos programas governamentais. A terceira utiliza-se de conceitos como accountability, transparência, participação política, equidade e justiça, em que é preciso que no processo de aprendizado social na esfera pública se consiga criar uma nova cultura cívica, que congregue políticos, funcionários e cidadãos.

Esta última corrente é conhecida como a) Balanced Scorecard − BSC.

b) Activity Based Management − ABM. c) Consumerísmo.

d) Gerencialísmo Puro.

e) Public Service Orientation − PSO.

Comentário: na questão acima, já explicamos os conceitos de consumerísmo e do gerencialismo puro. De acordo com Fernando Abrucio,

―Toda a reflexão realizada pelos teóricos do PSO leva aos temas republicanos e da democracia, utilizando-se de conceitos como

accountability, transparência, participação política, equidade e justiça,

questões praticamente ausentes do debate do modelo gerencial‖.

Nesse novo estágio, as pessoas são vistas como cidadãos, titulares da coisa pública, e a accountability (prestação de contas, transparência e responsabilização) e a equidade (distribuição justa dos serviços públicos) são valores cada vez mais presentes. Assim, concluímos que a opção correta é a letra E.

Gabarito: alternativa E.

15. (FCC – AFM/Prefeitura de SP/2007) O Plano Diretor da Reforma do Aparelho

do Estado, elaborado pelo Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado (MARE), implementado nos anos 90, teve, entre seus principais objetivos e diretrizes,

a) propiciar a reforma do Aparelho do Estado, estabelecendo condições para que o Governo possa aumentar sua governança, fortalecendo as funções de coordenação e regulação.

b) aumentar a eficiência da gestão pública, privilegiando e fortalecendo os sistemas de controle a priori da atividade administrativa.

c) a profissionalização dos setores estratégicos da Administração e a ampliação da participação direta do Estado nos diversos setores da sociedade e da economia. d) a reforma do Estado, mediante a substituição do modelo burocrático pela administração gerencial, com foco no cidadão, prescindindo, assim, de sistemas de controles a priori e a posteriori.

e) o fortalecimento do núcleo estratégico do Estado, com a modernização das estruturas organizacionais, ampliando e fortalecendo os sistemas centralizados de controle de processos.

Comentário: entre os objetivos e diretrizes do Pdrae temos o de propiciar a reforma do Aparelho do Estado, estabelecendo condições para o aumento da governança (capacidade de implementar políticas públicas), substituindo o modelo em que o Estado é o responsável direto pela prestação de serviços por um sistema de coordenação e regulação. A opção A está correta.

Vejamos o erro das demais alternativas. B – os controles são a posteriori; C – ocorre a diminuição da participação direta do Estado; D – os sistemas de controle permanecem, o que ocorre é a predominância dos controles a

posteriori em detrimento dos controles a priori; E – ocorre o fortalecimento dos controles por resultados.

16. (FCC – AFM/Prefeitura de SP/2007) O modelo de Administração Burocrática,

que tem entre seus principais expoentes Max Weber, caracteriza-se

a) pela criação de uma estrutura própria e estável, imune à alternância dos governantes, submetida a rígidos controles de resultado e de qualidade, sendo comumente criticada pelo excesso de formalismo e falta de flexibilidade.

b) pela consolidação do patrimonialismo, fazendo com que o Aparelho do Estado atue como extensão do poder dos governantes, sendo comumente criticada pelo clientelismo, nepotismo e ausência de controles efetivos.

c) pelo fortalecimento do Aparelho do Estado, que passa a atuar de forma paralela e imune ao poder dos governantes, sendo comumente criticada pelo inchaço dos quadros de servidores públicos e ausência de eficiência na correspondente atuação. d) pela ênfase na idéia de carreira, hierarquia funcional, impessoalidade e formalismo, sendo comumente criticada pela rigidez do controle dos processos, de forma auto-referenciada e sem compromisso com os resultados para o cidadão. e) como reação à Administração Pública patrimonialista, buscando instituir mecanismos de controle da atuação dos governantes, com ênfase nos resultados, sendo comumente criticada pela ausência de controles eficazes dos processos.

Comentário:

a) errada: os controles eram de processos;

b) errada: o modelo burocrático tinha a finalidade de substituir o patrimonialismo;

c) errada: não há como um modelo atuar de forma paralela e imune ao poder de seus governantes;

d) correta: a opção descreve as características do modelo de administração burocrática de Weber: ideia de carreira, hierarquia funcional, impessoalidade e formalismo. Além disso, o modelo passou a ser criticada pela rigidez no controle de processos, ausência do compromisso com os resultados e por tornar-se autorreferenciada (preocupada com si mesma);

e) errada: os controles eram por processos e a crítica era a ausência de controle por resultados.

Gabarito: alternativa D.

17. (FCC – AFM/Prefeitura de SP/2007) A partir da segunda metade do século XX,

começa a verificar-se a erosão do modelo de Administração Púbica Burocrática, seja em função da expansão das funções econômicas e sociais do Estado, seja

em face do desenvolvimento tecnológico e do fenômeno da globalização. Surge, então, o modelo da Administração Pública Gerencial, cujas características são: a) concentração dos processos decisórios, aumento dos controles de processos e ênfase no cidadão.

b) descentralização dos processos decisórios, redução dos níveis hierárquicos, competição administrativa no interior das estruturas organizacionais e ênfase no cidadão.

c) inversão do conceito clássico de hierarquia, com redução dos níveis inferiores e aumento dos intermediários, dando a estes mais poder decisório, com ênfase no controle dos processos internos.

d) acentuação da verticalização das estruturas organizacionais, com aumento dos níveis hierárquicos superiores, onde se concentra o poder decisório, ênfase nos controles interno e externo da atuação dos escalões inferiores.

e) descentralização dos processos decisórios, horizontalização das estruturas organizacionais, substituição dos mecanismos de controle de processos por mecanismos de controle de resultados, com foco no cidadão.

Comentário: descentralização do poder decisório para os níveis mais baixos, redução de níveis hierárquicos, competição no interior das estruturas organizacionais (quando isso for possível) e ênfase nas demandas dos cidadãos são algumas das características da Administração Pública Gerencial. (opção B).

a) errada: desconcentração do processo decisório e controle por resultados; c) errada: o que ocorreu foi a diminuição de níveis hierárquicos, maior poder decisório nos níveis mais baixos e controle por resultados;

d) errada: ocorreu a diminuição dos níveis hierárquicos (além dos erros vistos na opção anterior);

e) errada: na verdade, o que ocorreu foi a predominância de controle de resultados sobre os controles de processos. Porém, o item ficou bem confuso, mais uma para o rol das questões mal elaboradas.

Gabarito: alternativa B.

18. (FCC – AJ/TRT 23/2011) O modelo de administração gerencial no Brasil

a) foi introduzido pelo Decreto-Lei nº 200/1967, visando profissionalizar a administração federal, reduzindo o nível de autonomia das empresas e autarquias e implantando o Orçamento de Base Zero.

b) foi implementado com a criação do Departamento de Administração do Serviço Público (DASP), em 1936, tendo por meta flexibilizar as funções gerenciais nas autarquias federais.

c) teve seu auge na segunda metade dos anos 1990, visando ao processo de fortalecimento da responsabilização e autonomia dos níveis gerenciais e tentando implantar a gestão por resultados na administração federal.

d) foi um movimento político iniciado no fim dos anos 1980 orientado para a privatização das políticas sociais e fortalecimento dos controles externos formais da administração federal.

e) foi introduzido no Brasil através do Programa Nacional de Desburocratização, tendo como meta extinguir a burocracia formal e implantar a burocracia gerencial, voltada exclusivamente para os processos.

Comentário: o DL 200/67 foi apenas a primeira tentativa de implementar a administração gerencial. O Dasp foi o órgão encarregado da reforma burocrática. O movimento da reforma gerencial previu a privatização da prestação de serviços, jamais das políticas sociais. Além disso, nos tempos recentes, ocorre o incentivo aos controles externos informais como o controle social. A proposta do PND era de simplificação e privatização, não de extinguir a burocracia; a reforma gerencial veio com o Pdrae e não com o PND.

Sobrou a opção C, o auge da reforma ocorreu com o Pdrae e as emendas constitucionais 18 e 19 de 1998. Os níveis gerenciais foram fortalecidos e ganharam mais responsabilidades. Esse modelo introduziu a gestão por resultados.

Gabarito: alternativa C.

19. (FCC – TJ/TRT 23/2011) Por administração gerencial entende-se um modelo de

gestão que

a) privilegia a descentralização, a autonomia dos níveis gerenciais na aplicação da lei aos casos concretos e a desburocratização de toda a estrutura administrativa. b) enfatiza a aplicação rigorosa das leis contra corrupção e centralização dos processos de controle formal para garantir a eficiência do governo.

c) procura alcançar resultados financeiros crescentes com base na privatização e nomeação por critérios políticos de indicação dos níveis gerenciais.

d) incentiva a profissionalização do corpo operacional da administração descentralizada e a elevação horizontal dos níveis médios de remuneração dos gerentes.

e) pressupõe a transferência das funções de planejamento e controle para os níveis operacionais, mas preserva o controle centralizado das funções finalísticas.

Comentário: algumas palavras para guardar do modelo gerencial: descentralização, autonomia e desburocratização (quando a opção fala em desburocratização, não quer dizer eliminar a burocracia, mas flexibilizar e simplificar os procedimentos). A opção A está perfeita.

Os erros das outras opções são: B – ocorre a descentralização e a diminuição de formalismos; C – os critérios de nomeação são baseados no mérito; D – nem sei o que é “elevação horizontal dos níveis médios de remuneração”, a opção é total invenção da banca; E – o planejamento deve ocorrer dentro da esfera de atribuição de cada nível de Governo e o controle deve ocorrer tanto pelos órgãos públicos como pela população (controle social).

Gabarito: alternativa A.

20. (FCC – AJ/TRE-RN/2011) O principal objetivo do Plano Diretor de Reforma do

Aparelho do Estado, proposta pelo Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado (MARE), publicado em 1995, foi

a) reduzir o planejamento centralizado, transferindo os instrumentos de coordenação e regulação do Aparelho de Estado federal para os governos estaduais.

b) implantar a gestão por resultados, fortalecendo os sistemas de controle a posteriori da ação governamental.

c) aprofundar a participação direta do Estado nos diversos setores da sociedade e da economia.

d) propor a substituição do modelo patrimonial pela administração pública, com foco no cidadão, reforçando os sistemas de controles burocráticos.

e) fortalecer os órgãos centrais de planejamento estratégico do Estado, ampliando os sistemas de controle de processos.

Comentário:

a) errada: o planejamento não foi reduzido, o que ocorreu foi a transferência das atividades de caráter local para os governos estaduais e municipais;

b) correta: os controles, na administração gerencial, são preferencialmente a

posteriori e por resultados;

c) errada: a proposta foi diminuir a intervenção direta do Estado;

d) errada: o modelo propôs a substituição do modelo burocrático pelo gerencial, reforçando os sistemas de controle de resultados; e

e) errada: novamente, ampliação dos sistemas de controle de resultados. Gabarito: alternativa B.

21. (FCC – ATLE/AL-SP/2010) Com relação à administração pública burocrática

considere.

I. Surge na segunda metade do século XIX, na época do Estado liberal, com o objetivo de combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista.

II. Esse modelo de gestão possui como princípios orientadores a profissionalização, ou seja, a ideia de carreira e hierarquia funcional, a impessoalidade e o formalismo. III. Os pressupostos da administração burocrática são a confiança prévia nos administradores públicos e nos cidadãos que a eles, administradores públicos, dirigem demandas.

IV. O controle pode transformar-se na própria razão de ser do funcionário; voltando-se para si mesmo, perdendo a noção de sua missão básica, que é voltando-servir à sociedade.

V. A administração burocrática tem como principal qualidade a efetividade no alcance dos resultados; seu foco central é a eficiência do Estado.

Está correto o que se afirma APENAS em a) I e II.

b) I, II, III e V. c) II, III e IV. d) II e V. e) III, IV e V.

Comentário: os itens I e II estão corretos, pois a administração pública burocrática surgiu na segunda metade do século XIX, na época do Estado liberal, como forma de combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista. Este modelo tem como princípios orientadores a profissionalização (ideia de carreira), hierarquia funcional, a impessoalidade e o formalismo. Vamos aos erros dos outros itens:

III. errado – esse pressuposto básico é da administração gerencial. O modelo burocrático está fundamentado na desconfiança;

IV. errado – mais um item mal elaborado. Segundo o Pdrae:

―Por outro lado, o controle - a garantia do poder do Estado - transforma-se

na própria razão de ser do funcionário. Em conseqüência, o Estado volta-se para si mesmo, perdendo a noção de sua missão básica, que é volta-servir à

efetividade no controle dos abusos; seu defeito, a ineficiência, a auto-referência, a incapacidade de voltar-se para o serviço aos cidadãos vistos como clientes.‖

Entendeu a banca que quem se volta para si é o Estado, daí o erro do item; e V. errado – a preocupação com efetividade, qualidade, eficiência a alcance dos resultados é característica da administração gerencial.

Gabarito: alternativa A.

22. (FCC – AMP/MPE-SE/2009) NÃO se inclui entre as principais causas que

levaram à Reforma do Aparelho do Estado, implementada no Brasil nos anos 90, a

a) a incapacidade do governo de gerar poupança interna e com isso realizar os investimentos públicos demandados pela sociedade.

b) crise fiscal, caracterizada pela crescente perda de crédito por parte do Estado e pelo esgotamento da poupança pública.

c) intenção de ampliar a intervenção direta do Estado no domínio econômico, dada a crescente demanda da sociedade por bens e serviços públicos.

d) necessidade de implementação de uma política de ajuste fiscal, como consequência do cumprimento de obrigações com organismos internacionais.

e) a crise do modelo burocrático de administração, permeado por práticas patrimonialistas e clientelistas.

Comentário: vamos mais uma vez ao Pdrae:

―A crise do Estado define-se então (1) como uma crise fiscal, caracterizada pela crescente perda do crédito por parte do Estado e pela poupança

pública que se torna negativa; (2) o esgotamento da estratégia estatizante de intervenção do Estado, a qual se reveste de várias formas: o Estado do bem-estar social nos países desenvolvidos, a estratégia de substituição de importações no terceiro mundo, e o estatismo nos países comunistas; e (3) a superação da forma de administrar o Estado, isto é, a

superação da administração pública burocrática.‖ (grifos nossos)

O período pré-reforma foi um momento de crise fiscal no qual o Estado não conseguia fazer poupança e perda de crédito (opção A e B) e ainda precisava atender os compromissos firmados com o FMI (opção D). Por fim, o modelo burocrático, além de ineficiente, não conseguiu eliminar totalmente as práticas patrimonialistas (opção E). Ao invés de aumentar a intervenção, ocorreu o movimento contrário, diminuição da intervenção direta do Estado na economia, daí o erro da alternativa C.

23. (FCC – AMP/MPE-SE/2009) O modelo de Administração Pública Gerencial tem

como principais características

a) descentralização dos processos decisórios, horizontalização das estruturas organizacionais e supressão dos mecanismos de controle de processos.

b) descentralização dos processos decisórios, redução dos níveis hierárquicos, competição administrativa no interior das estruturas organizacionais e ênfase no cidadão-cliente.

c) concentração dos processos decisórios, aumento dos controles formais de processos e ênfase no cidadão-cliente.

d) inversão do conceito clássico de hierarquia, com redução dos níveis superiores e

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