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Um conceito importante para o contexto sobre empresas inovadoras vem de Drucker (1989). Segundo ele, uma empresa para inovar com êxito precisa ser gerida de maneira diferente da empresa bem administrada, seja ela grande ou pequena. A empresa inovadora compreende que a inovação começa com uma ideia. As ideias nascem pequenas, imaturas e disformes, são promessas e não realizações.

Hamel (2000) destaca alterações quanto às principais preocupações das empresas inovadoras. Verificou-se que as empresas de maior sucesso não estavam obcecadas pelos concorrentes, ao contrario, norteavam-se pela estrela polar de algumas aspirações verdadeiramente nobres. O mais importante não era como se posicionavam em relação a alguns rivais tradicionais, mas, sim, a criatividade com que usavam suas competências essenciais para criar mercados inteiramente novos.

As características de empresas inovadoras são mais bem apresentadas por Tidd et al (2008), sendo que, para esses autores, a inovação está essencialmente na aprendizagem e na mudança e é, frequentemente, disruptiva, arriscada e dispendiosa. Os autores apresentam as principais características-chaves de uma empresa inovadora. Essas características são apresentadas no quadro 2.

Nesse contexto, a controladoria precisa acompanhar e fazer parte da cultura da empresa podendo encontrar dificuldades, não ser ouvida, ser uma área considerada secundária, mas não pode esmorecer quanto à sua importância estratégica para as decisões da organização. Os seus procedimentos, as suas ofertas de serviços dependem da empresa em propiciar a realização de seu trabalho e, principalmente, cultivar atitude empresarial voltada para a inovação.

COMPONENTES DA EMPRESA INOVADORA

COMPONENTE CARACTERISTICAS CHAVES

Visão, liderança e vontade Claramente articulada, com visão moderna. Liderança para a inovação de inovar é fortemente creditada dentro da empresa. O compromisso da alta administração é uma prescrição comum associada com o sucesso da

inovação.

Estrutura apropriada Desenho da organização permite alto nível de criatividade. Principal objetivo é encontrar um equilíbrio apropriado entre administração orgânica e mecanicista para contingências particulares.

Indivíduos chaves Promotores, campeões, gatekeepers e outros papéis que potencializam

ou facilitam a inovação.

Equipes de trabalho Uso apropriado de equipes (em nível local, matricial e Interorganizacional Efetivas para resolver problemas. Requer investimento na construção e seleção de

equipes.

Desenvolvimento Compromisso de longo prazo para educação e treinamento para individual continuo assegurar alto nível de competência e habilidades para aprender

efetivamente.

Comunicação extensiva Dentro e entre a organização e agentes externos. Internamente, a

comunicação deve ser em três direções: para cima, para baixo e lateralmente. Alto envolvimento em Participação em vastas atividades de melhoria continua dentro

Inovação da organização.

Foco no cliente Orientação para cliente interno e externo. Cultura da qualidade total. Clima de criatividade Abordagem positiva para criar ideias, suportada por sistema de premiação;

uma cultura de vencedores.

Aprendizagem Processos, estruturas e culturas que ajudam a institucionalizar a Organizacional aprendizagem individual. Gestão do conhecimento.

Quadro 2: Componentes da organização inovadora

O sucesso da controladoria dentro desse contexto pode implicar mudanças culturais ou adaptação à cultura existente na empresa. Sua participação, em uma cultura inovadora, nunca deverá prescindir de apoio ao processo decisório de planejamento, controle econômico- financeiro e análise e avaliação do desempenho da empresa quanto aos resultados obtidos.

Poderá atuar focando suas preocupações que vão desde a eliminação de desperdícios, minimização de riscos, maximização de resultados, até uma sinergia com as demais áreas da empresa, providenciando o cumprimento de prazos, elaboração de relatórios que dizem respeito à eficiência e ao desempenho.

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A pesquisa analisou as demonstrações contábeis das empresas vencedoras do Prêmio Transparência promovido pela FIPECAFI – Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras da FEA/USPe pela ANEFAC Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade nos últimos dez anos, procurando identificar possíveis inovações e se essas inovações contribuíram para a qualidade das informações contábeis.

Os procedimentos metodológicos adotados têm como meta responder ao problema de pesquisa, assim como procurar atingir os objetivos geral e específicos. Dessa maneira, será elaborada uma pesquisa com um paradigma fenomenológico que se interessa em entender o comportamento humano a partir da estrutura de referência do participante. A proposta qualitativa enfatiza os aspectos subjetivos da atividade humana focando o significado, e não a mensuração, de fenômenos sociais (COLLIS e HUSSEY 2006).

Os estudos de pesquisa qualitativa diferem entre si quanto ao método, à forma e aos objetivos. Godoy (1995) ressalta a diversidade existente entre os trabalhos qualitativos e enumera um conjunto de características essenciais capazes de identificar uma pesquisa desse tipo, a saber:

 O ambiente natural como fonte direta de dados e o pesquisador como instrumento fundamental;

 O caráter descritivo;

 O significado que as pessoas dão às coisas e à sua vida como preocupação do investigador;

 Enfoque indutivo.

A expressão "pesquisa qualitativa" assume diferentes significados no campo das ciências sociais. Compreende um conjunto de diferentes técnicas interpretativas que visam a descrever e a decodificar os componentes de um sistema complexo de significados. Tem por objetivo traduzir e expressar o sentido dos fenômenos do mundo social; trata-se de reduzir a distância entre indicador e indicado, entre teoria e dados, entre contexto e ação (MAANEN, 1979).

Em sua maioria, os estudos qualitativos são feitos no local de origem dos dados; não impedem o pesquisador de empregar a lógica do empirismo científico (adequada para fenômenos claramente definidos), mas partem da suposição de que seja mais apropriado empregar a perspectiva da analise fenomenológica, quando se trata de fenômenos singulares e dotados de certo grau de ambiguidade.

O desenvolvimento de um estudo de pesquisa qualitativa supõe um corte temporal-espacial de determinado fenômeno por parte do pesquisador. Esse corte define o campo e a dimensão em que o trabalho se desenvolverá, isto é, o território a ser mapeado. O trabalho de descrição tem caráter fundamental em um estudo qualitativo, pois é por meio dele que os dados são coletados (MANNING, 1979).

Em certa medida, os métodos qualitativos assemelham-se a procedimentos de interpretação dos fenômenos que se empregam no dia a dia, que têm a mesma natureza dos dados que o pesquisador qualitativo emprega em sua pesquisa. Tanto em um como em outro caso, trata-se de dados simbólicos, situados em determinado contexto; revelam parte da realidade ao mesmo tempo que escondem outra parte.

Maanen (1979) comenta que, para não atravessar uma rua, basta que se veja aproximar-se um caminhão; não é necessário saber seu peso exato, a velocidade a que corre, de onde vem etc. Nessa situação, o caminhão pode ser entendido como um símbolo de velocidade e força, e, para a finalidade de atravessar a rua, outras informações seriam imprescindíveis.

Existem problemas e situações cuja análise pode ser feita sem quantificação de certos detalhes, delimitação precisa do tempo em que ocorreram, lugar, causas, procedência dos agentes etc.; tais detalhes, embora obteníveis, seriam de pouca utilidade.

Os métodos qualitativos e quantitativos não se excluem. Embora difiram quanto à forma e à ênfase, os métodos qualitativos trazem como contribuição ao trabalho de pesquisa uma mistura de procedimentos de cunho racional e intuitivo capazes de contribuir para a melhor compreensão dos fenômenos. Pode-se distinguir o enfoque qualitativo do quantitativo, mas não seria correto afirmar que guardam relação de oposição (POPE e MAYS, 1995).

Nas ciências sociais, os pesquisadores, ao empregarem métodos qualitativos estão mais preocupados com o processo social do que com a estrutura social; buscam visualizar o contexto e, se possível, ter uma integração empática com o processo objeto de estudo que implique melhor compreensão do fenômeno.

Embora se possa contrastar os métodos quantitativos e qualitativos enquanto associados a diferentes visões da realidade, não se pode afirmar que se oponham ou que se excluam mutuamente como instrumentos de análise. Uma pesquisa pode revelar a preocupação em diagnosticar um fenômeno (descrevê-lo e interpretá-lo); o autor poderia, também, estar preocupado em explicar esse fenômeno, a partir de seus determinantes, isto é, as relações de nexo causal. Tais pontos de vista não se contrapõem; na verdade, complementam-se e podem contribuir, em um mesmo estudo, para um melhor entendimento do fenômeno estudado.

Jick (1979) chama a combinação de métodos quantitativos e qualitativos de "triangulação". Faz referência a outros autores, como Campbell e Fiske, que, em 1959, propuseram a denominação “validação convergente” ou “multimétodo", com sentido semelhante. A triangulação pode estabelecer ligações entre descobertas obtidas por diferentes fontes, ilustrá- las e torná-las mais compreensíveis; pode, também, conduzir a paradoxos, dando nova direção aos problemas a serem pesquisados. Um plano de emprego cuidadoso de métodos quantitativos e qualitativos deve supor que a análise dos dados se dê ao longo da execução do estudo, o que eventualmente pode provocar seu redirecionamento.

Morse (l991) propõe o emprego da expressão "triangulação simultânea" para o uso ao mesmo tempo de métodos quantitativos e qualitativos. Ressalta que, na fase de coleta de dados, a interação entre os dois métodos é reduzida, mas, na fase de conclusão, eles se complementam. Em contraposição a essa forma de combinar os dois métodos, o autor sugere o que chama de "triangulação sequenciada", na qual os resultados de um método servem de base para o planejamento do emprego do outro método que o segue, complementando-o.

Combinar técnicas quantitativas e qualitativas torna uma pesquisa mais forte e reduz os problemas de adoção exclusiva de um desses grupos; por outro lado, a omissão no emprego de métodos qualitativos, num estudo em que se faz possível e útil empregá-los, empobrece a

visão do pesquisador quanto ao contexto em que ocorre o fenômeno.

Duffy (1987) indica como benefícios do emprego conjunto dos métodos qualitativos e quantitativos os seguintes:

 Possibilidade de congregar controle dos vieses (pelos métodos quantitativos) com compreensão da perspectiva dos agentes envolvidos no fenômeno (pelos métodos qualitativos);

 Possibilidade de congregar identificação de variáveis específicas (pelos métodos quantitativos) com uma visão global do fenômeno (pelos métodos qualitativos);  Possibilidade de completar um conjunto de fatos e causas associados ao emprego de

metodologia quantitativa com uma visão da natureza dinâmica da realidade;

 Possibilidade de enriquecer constatações obtidas sob condições controladas com dados obtidos dentro do contexto natural de sua ocorrência;

 Possibilidade de reafirmar validade e confiabilidade das descobertas pelo emprego de técnicas diferenciadas.

A pesquisa está concentrada em análise de conteúdo que, segundo Collis e Hussey (2006) é um método formal para a análise de dados qualitativos.

3.1 Análise de Conteúdo

A análise de conteúdo é considerada uma técnica para o tratamento de dados que tem como objetivo identificar o que está sendo dito a respeito de um assunto especifico (BARDIN, 2005).

A autora define como: “conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter, por procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens, indicadores (quantitativos ou não) que permitam a interferência de conhecimentos relativos às condições de produção/ recepção destas mensagens”.

Pode–se dizer que a análise de conteúdo compreende três etapas básicas (BARDIN, 2005): 1. Pré-análise: considerada a fase de organização dos dados, corresponde a um período

de intuições, mas tem como objetivo tornar operacionais e sistematizar as ideias iniciais, de maneira conduzir a um esquema preciso do desenvolvimento das operações sucessivas em num plano de análise. Bardin (2005) divide essa etapa da análise de conteúdo em três fases: a escolha dos documentos a serem submetidos à análise, a formulação das hipóteses e dos objetivos e a elaboração de indicadores que fundamentem a interpretação final.

2. Exploração do Material: Consiste, essencialmente, de operações de codificação, desconto ou enumeração, em função de regras previamente formuladas. O momento da codificação consiste na transformação dos dados brutos em formas organizadas, ou seja, "agregadas em unidades, as quais permitem uma descrição das características pertinentes do conteúdo"

Bardin (2005) indica que a codificação compreende de três etapas:

a) Escolha de unidades de registro: que consiste na unidade a ser codificada podem ser um tema ou uma frase; ela é extraída do texto em função da unidade de registro. Todas as palavras podem ser levadas com unidades de registro podendo ser elas, um verbo, um adjetivo, um substantivo etc.;

b) Seleção de regras de contagem: é necessário fazer a distinção entre a unidade de registro – o que se conta – e a regra de enumeração – o modo de contagem. Deve se estabelecer uma forma para contagem podendo ser uma medida frequêncial, frequência ponderada ou por intensidade;

c) Escolha de categorias: é uma operação de classificação de elementos constitutivos de um conjunto, por diferenciação e, seguidamente por reagrupamento segundo o gênero. Na análise de conteúdo, as categorias são rubricas ou classes que reúnem um grupo de elementos (unidades de registro) em razão de características comuns (BARDIN, 2005).

A categorização permite reunir maior número de informações à custa de uma esquematização e, assim, correlacionar grupos de acontecimentos para classificá-los, sendo possível, contudo, que os critérios insistam noutros aspectos de analogia, talvez modificando, consideravelmente, a repetição anterior. O processo de categorização é de tipo estruturalista comportando, assim, duas etapas: a do inventário que tem como objetivo isolar os elementos e a classificação que visa repartir os elementos impondo certa organização à mensagem (BARDIN, 2005).

Ainda para Bardin (2005), a partir do momento em que a análise de conteúdo decide codificar o seu material, deve se produzir um sistema de categorias, permitindo, dessa forma, fornecer por condensação uma representação simplificada dos dados brutos, já que a categorização representa a passagem dos dados brutos a dados organizados.

Bardin (2005) afirma que “um bom analista será, talvez, em primeiro lugar, cuja capacidade de categorizar – e categorizar em função de um material sempre renovado e de teorias evolutivas – está desenvolvida”.

Para Bardin (2005) existem categorias más e boas e para serem consideradas boas, elas devem possuir certas qualidades como: a exclusão mútua em que cada elemento só pode existir em uma categoria; homogeneidade já que para definir uma categoria, é preciso haver só uma dimensão na análise.

Caso existam diferentes níveis de análise, deve-se separá-los em diferentes categorias, pertinência no que diz a respeito às intenções do investigador, aos objetivos da pesquisa às questões norteadoras, às características da mensagem, objetividade e fidelidade que são princípios considerados importantíssimos visto que eles têm como objetivo analisar se as categorias foram bem definidas, se os índices e indicadores que classificam a um determinado elemento em uma determinada categoria foram bem claros, de modo a não distorções devido à subjetividade dos analistas e, por fim, a produtividade que consiste em analisar se as categorias criadas produzirão resultados significativos.

3. Tratamento dos dados e interpretação : por sua vez referem-se à geração de inferências e dos resultados da investigação em que as suposições poderão ser confirmadas ou não.

3.2 Pesquisa Documental

A pesquisa documental, devido às suas características pode ser confundida com a pesquisa bibliográfica. Gil (1999), destaca como principal diferença entre esses tipos de pesquisa a natureza das fontes de ambas. A pesquisa bibliográfica utiliza-se, principalmente, das contribuições de vários autores sobre determinada temática de estudo, já a pesquisa documental baseia-se em materiais que ainda não receberam um tratamento analítico ou que podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa.

Segundo Silva e Grigolo (2002), a pesquisa documental vale-se de materiais que ainda não receberam nenhuma análise aprofundada. Esse tipo de pesquisa visa, assim, selecionar, tratar e interpretar a informação bruta, buscando extrair dela algum sentido e introduzir algum valor, podendo, desse modo, contribuir com a comunidade cientifica a fim de que outros possam voltar a desempenhar futuramente o mesmo papel.

Este trabalho teve como base de análise, documentos eletrônicos retirados dos sites oficiais das empresas vencedoras do Prêmio Transparência FIPECAFI/ANEFAC nos exercícios de 1999 a 2008, com os acessos realizados durante o ano de 2010.

4 O PREMIO TRANSPARÊNCIA

Criado em 1997, o Prêmio Transparência promovido pela Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FIPECAFI) e pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (ANEFAC) é um reconhecimento público das melhores demonstrações contábeis publicadas no país e tem por objetivo incentivar a transparência corporativa no mercado, mediante o fornecimento de informações claras e de qualidade. (ANEFAC, 2010)

Mais do que um prêmio, o Troféu Transparência é visto pelo mercado como um certificado de idoneidade das empresas vencedoras. Afinal, hoje a Transparência não é mais um diferencial, e, sim, uma obrigação das empresas diante das necessidades de um mercado global. O mercado reconhece e premia com oportunidades as empresas transparentes, ao mesmo tempo em que penaliza as que “escondem o jogo”, como foi o caso dos escândalos contábeis que marcaram o início desta década nos Estados Unidos.

Mas, enquanto nos EUA o crescimento da busca por transparência mostrou-se como uma reação a esses escândalos, com a Lei Sarbannes-Oxley de 2002, desde muito antes, em 1997, a Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (ANEFAC) já criava o Prêmio, com o objetivo de reconhecer publicamente a melhor demonstração financeira publicada no Brasil.

A supervisão técnica da premiação vem sendo realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FIPECAFI), contando com o patrocínio da SERASA. Duas organizações idôneas que, juntas, respondem não só pelo nome, mas pela reputação do prêmio.

4.1 Uma história de contínuo crescimento

A primeira edição do evento foi voltada somente para as companhias abertas de São Paulo. Em 1998, a escolha das empresas abertas passou a ter abrangência nacional, dobrando para dez finalistas.

Em 2001, a premiação, somada a outras iniciativas sociais, representou um grande esforço para incentivar mudanças no país, marcando presença no combate efetivo a crimes como o de colarinho branco, a informação privilegiada, o jeitinho brasileiro e o peculato, entre outros.

Em 2003, demonstrações como valor agregado, balanço social e fluxo de caixa passaram a fazer parte integrante das informações prestadas por grande número de empresas e não apenas das melhores demonstrações indicadas.

Em 2004, pela primeira vez o Troféu Transparência teve duas categorias de premiação: uma para companhias abertas e outra para empresas fechadas e limitadas.

Em 2006, o evento completou seus 10 anos com a consagração das empresas abertas e fechadas. Os destaques da noite foram Sabesp e Furnas. Em 2007, os destaques foram TBG e Gerdau.

Em 2008, os destaques foram a Energisa Borborema na categoria fechada e a Gerdau se consagrou novamente na categoria aberta.

E para a edição de 2009, as portas foram abertas para mais uma inovação: as empresas de capital aberto foram divididas em duas categorias: com faturamento até R$ 4 bilhões / ano e com faturamento acima desse valor. Assim, ao invés de dois destaques, foram consagradas três empresas como as mais transparentes do Brasil.

O importante é que cada vez mais, as demonstrações financeiras apresentem maior qualidade e utilidade nas informações, principalmente aumentando a transparência para os acionistas.

4.2 Critérios de Seleção

Os critérios adotados pelas instituições que compõem o Premio Transparência (ANEFAC – FIPECAFI) responsáveis pela seleção das empresas que poderão concorrer ao premio são:

 Qualidade e grau das informações contidas nas demonstrações e notas explicativas;  Transparência das informações prestadas;

 Qualidade do relatório da administração e sua consistência com as informações divulgadas;

 Aderência aos Princípios Contábeis;

 Ressalvas no parecer dos auditores independentes, levando-se em conta suas naturezas;

Apresentação da divulgação quanto a layout, legibilidade, concisão, clareza etc.;  Divulgação de aspectos relevantes, não exigidos legalmente, mas importantes para o

negócio como: fluxo de caixa, demonstração do valor adicionado, Ebitda, valor econômico agregado, balanço social, efeitos inflacionários etc..

4.3 Processo de Julgamento

Na primeira fase, os alunos dos cursos de Mestrado e Doutorado em Controladoria e Contabilidade da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo

(FEA-USP) selecionam as demonstrações que melhor atendem os critérios, para encaminhamento à comissão.

Na segunda fase são selecionadas as melhores demonstrações, pela comissão julgadora assim composta:

Prof. Ariovaldo dos Santos

Professor da FIPECAFI e Professor Titular da FEA/ USP. Possui 30 anos de experiência profissional nas áreas contábil e financeira em empresas privadas e de economia mista. Foi diretor presidente da FIPECAFI e atualmente preside o IPECAFI - Instituto Brasileiro de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras. É Coordenador Técnico das pesquisas "Melhores e Maiores" e "Anuário do Agronegócio", da Revista Exame, da Editora Abril.

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