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Organiza¸c˜ao do Curso e dos N´ıveis de Representa¸c˜ao

3.4 Comportamento do Modelo do Aluno

4.1.1 Curso

4.1.1.1 Organiza¸c˜ao do Curso e dos N´ıveis de Representa¸c˜ao

O curso criado ´e constitu´ıdo por quatro etapas, s˜ao elas:

• Introdu¸c˜ao – apresenta uma vis˜ao geral sobre o MER, contextualizando-o dentro do processo de projeto de banco de dados;

• Question´ario do hist´orico do aluno – pequeno question´ario (apresentado no Apˆendice B) em que s˜ao coletadas informa¸c˜oes que podem afetar o desempenho do aluno no curso. Estas quest˜oes avaliam qual ´e a proximidade ou familiaridade que o aluno tem em rela¸c˜ao ao dom´ınio que ser´a abordado no curso (MER), em rela¸c˜ao a banco de dados e `a Orienta¸c˜ao a Objetos (que tamb´em podem influenciar nos resultados); • Atividades de ensino – ´e a principal etapa, em que os 10 conceitos selecionados s˜ao

ensinados, seguindo a metodologia apresentada no cap´ıtulo anterior;

• Question´ario de avalia¸c˜ao do curso – pequeno question´ario (apresentado no Apˆendice B) que busca avaliar a satisfa¸c˜ao do usu´ario em rela¸c˜ao ao curso que foi apresentado.

Para orientar os alunos durante a realiza¸c˜ao do curso, foi criado um mecanismo de mensagens que tem por objetivo indicar ao aluno qual ser´a a pr´oxima atividade a ser realizada (apresenta¸c˜ao de conte´udo ou teste). Quando a atividade ´e um conte´udo, ´e indicado se ele ´e o primeiro conte´udo referente ao conceito envolvido (ap´os a resposta do pr´e-teste), uma atividade de refor¸co ou um conte´udo simplificado. Quando a atividade ´e um teste, o mecanismo indica se ele ´e de pr´e ou p´os-teste e, quando o aluno o responde, ´e indicado se ele o acertou ou n˜ao. O mecanismo tamb´em indica quando uma nova etapa do curso ´e alcan¸cada.

O curso tamb´em apresenta um mecanismo para a visualiza¸c˜ao de “dicas”, que podem ser visualizadas pelos alunos durante a leitura do texto posicionando o mouse sobre os links existentes (colocados em destaque) na p´agina. Este mecanismo explica algum termo ou cen´ario existente no sistema. Ele ´e ´util quando ´e preciso fazer referˆencia a um termo que foi apresentado em um momento muito anterior do curso.

Os mecanismos de mensagens e de visualiza¸c˜ao de dicas, al´em de orientarem e torna- rem o processo de ensino mais intuitivo e f´acil, formam uma ferramenta de intera¸c˜ao entre

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o sistema (representado pelo curso) e o aluno, aproximando-os e tornando a experiˆencia do aluno com o sistema mais agrad´avel. Exemplos de mensagens e dicas apresentadas aos alunos podem ser vistos no Apˆendice B.

Os conte´udos criados para os conceitos selecionados n˜ao s˜ao extensos, de modo a n˜ao sobrecarregar os alunos com excesso de informa¸c˜oes. Estes conte´udos s˜ao compostos por texto e imagens. Outros tipos de m´ıdias, como v´ıdeos e anima¸c˜oes, n˜ao foram utilizados. Para a elabora¸c˜ao do curso e dos conte´udos foram utilizados alguns dos princ´ıpios presentes na Teoria da Elabora¸c˜ao (REIGELUTH; STEIN, 1983). Esta teoria constitui um modelo de desenho instrucional para organiza¸c˜ao e sequˆencia de conte´udos para aprendi- zagem. Nela, o aprendiz desenvolve um contexto significativo, no qual ideias e habilidades subsequentes podem ser assimiladas e integradas.

Os princ´ıpios da Teoria da Elabora¸c˜ao utilizados foram:

• Estrutura do curso - o curso deve possuir uma estrutura de organiza¸c˜ao que reflita o seu foco principal, seguindo um dos seguintes tipos: conceitual (utilizado quando s˜ao ensinados conceitos, eventos ou ideias que se relacionam), procedimental (utili- zado quando tem-se uma tarefa ou informa¸c˜ao complexa a ser ensinada) ou te´orica (utilizado quando s˜ao ensinados regras ou princ´ıpios que se relacionam);

• Sequˆencia de li¸c˜oes (conte´udos) apresentadas - a partir da defini¸c˜ao da estrutura do curso, para que a aprendizagem se processe de modo mais eficiente e adequado, a apresenta¸c˜ao das li¸c˜oes precisa seguir a seguinte sequˆencia: da li¸c˜ao mais simples para a mais complexa, da li¸c˜ao geral para a particular;

• Sequˆencia interna das li¸c˜oes - os elementos presentes em cada li¸c˜ao tamb´em devem ser apresentados do mais simples para o mais complexo e do geral para o particular; • Analogias - fazem a liga¸c˜ao entre o conte´udo apresentado e o conhecimento pr´evio do aluno. Elas se utilizam de um conceito ou ideia que ´e familiar para introdu- zir ou definir um novo conceito ou ideia. Elas auxiliam o aluno a construir seu conhecimento;

• Ativadores das estrat´egias cognitivas - trata-se do uso de v´arios dispositivos (dia- gramas, organogramas, ilustra¸c˜oes, etc.) que podem ativar as estrat´egias cognitivas necess´arias para que o aluno processe adequadamente os conte´udos apresentados.

Diante disto, o tipo de estrutura utilizado pelo curso ministrado pelo SHAE foi o con- ceitual. Neste curso, os conte´udos foram criados e apresentados seguindo o princ´ıpio “do

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simples para o complexo”. Estes conte´udos tamb´em fizeram uso de analogias e ilustra¸c˜oes como recursos que visam melhorar o processo de ensino-aprendizagem.

Nos n´ıveis de representa¸c˜ao criados, os termos considerados importantes (palavras- chave) foram colocados em destaque, atrav´es dos seguintes recursos de formata¸c˜ao de texto: negrito e it´alico. Este destaque facilita a identifica¸c˜ao dos termos que s˜ao mais importantes e para os quais deve ser dada uma maior aten¸c˜ao.

Os conte´udos simplificados criados, em geral, eram compostos por dois ou trˆes pa- r´agrafos. Para dois conceitos, 8 e 9, n˜ao foram criados conte´udos simplificados para o n´ıvel avan¸cado, devido `a falta de elementos adicionais que poderiam ser adicionados a este n´ıvel. Deste modo, nestes conceitos, os conte´udos intermedi´ario e avan¸cado possuem os mesmos elementos, apenas expressos de formas distintas.

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