• Nenhum resultado encontrado

4. RESULTADOS

4.2 Orientações cognitivas

No quadro 14 são apresentados a média, desvio padrão, os valores mínimo e máximo, o Skewness e Kurtosis das orientações cognitivas da população em estudo.

Quadro 14 – análise descritiva das orientações cognitivas

Mínimo Máximo Média Desvio

Padrão

Skewness Kurtosis

Estatística Erro Estatística Erro Orientação

Tarefa 3.00 4.86 4.03 .37 -.10 .32 -.07 .62

Orientação

Ego 2.50 4.67 3.78 .49 -.40 .32 .15 .62

Uma vez que o TEOSQp contempla uma escala tipo Likert de 5 pontos, pode-se afirmar que os andebolistas participantes nesta investigação têm uma forte orientação para a tarefa, apresentando uma média de 4.03 (± .37). A orientação para o ego tem uma média inferior à orientação para a tarefa (3.78± .49). Analisando o Skewness e Kurtosis verifica-se a normalidade das distribuições.

4.2.1 Escalão competitivo

Quanto à comparação entre escalões no que toca às orientações cognitivas, a análise de variância multivariada (Manova a um factor) revelou existir um efeito diferenciador significativo [ de Wilks = .788, F(3,53) = 2.193, p = .049 e ηp2 = .112]. Tal como revelou o teste de Levene, a igualdade entre grupos foi assumida em ambas as escalas, relativamente ao escalão competitivo.

Apesar de apenas a orientação para a tarefa (p = .007) mostrar diferenças significativas, ambas as dimensões do TEOSQp parecem evidenciar algumas relações causa-efeito. Foi obtido efeito forte, sugerindo que 20% da variação na combinação linear da orientação para a tarefa pode ser atribuído ao escalão competitivo. Foram obtidos efeitos médios, sugerindo que 10% da variação na combinação linear da orientação para o ego pode ser atribuído ao escalão competitivo.

As diferenças significativas entre os escalões foram localizadas com os testes Post-Hoc, na orientação para a tarefa (quadro 15).

33 Quadro 15 – comparação e diferenciação das orientações cognitivas em função do escalão

Iniciados (I) (n=14) Juvenis (J1) (n=21) Juniores (J2) (n=8) Seniores (n=14) F ≠ significativas entre grupos

Média DP Média DP Média DP Média DP (Post-Hoc)

Orientação

Tarefa 4.17 .45 3.86 .29 3.89 .20 4.22 .35 4.56 S > J1

Orientação Ego 3.95 .50 3.60 .42 3.69 .23 3.93 .63 2.10 --

Os seniores evidenciam médias superiores na orientação para a tarefa e os iniciados evidenciam uma média mais alta na orientação para o ego. Os juvenis são aqueles que apresentam médias mais baixas nas orientações cognitivas, havendo diferenças significativas entre este grupo e o grupo de seniores, especialmente na orientação para a tarefa em que o escalão superior apresenta médias mais altas do que o escalão inferior.

4.2.2 Anos de prática da modalidade

Para diferenciar a experiência competitiva quanto às dimensões do TEOSQp, procedeu-se a uma Manova (a um factor) que denunciou não existir um efeito diferenciador significativo por parte da variável anos de prática da modalidade [ de Wilks = .859, F(3,53) = 1.368, p = .234 e ηp2 = .073]. O teste de Levene demonstrou que a igualdade de variâncias entre os grupos pode ser assumida em ambas as orientações cognitivas.

Apesar de nenhuma das orientações cognitivas mostrar diferenças significativas, ambas parecem evidenciar algumas relações causa-efeito. Foram obtidos efeitos médios, sugerindo que 12% (orientação para a tarefa) e 6% (orientação para o ego) das variações na combinação linear das variáveis dependentes podem ser atribuídos aos anos de prática da modalidade.

Não se verificaram diferenças significativas entre os escalões após a emissão dos testes Post-Hoc (quadro 16).

34 Quadro 16 – comparação e diferenciação das orientações cognitivas em função dos anos de

prática da modalidade ≤ 3 (E1) (n=18) 4-8 (E2) (n=17) 9-13 (E3) (n=14) ≥ 14 (E4) (n=8) F M DP M DP M DP M DP Orientação Tarefa 4.09 .44 3.89 .31 3.98 .26 4.29 .40 2.45 Orientação Ego 3.80 .52 3.62 .43 3.83 .37 4.00 .71 1.22

De um modo geral não houve um aumento progressivo das médias de ambas as orientações cognitivas com o aumento dos anos de prática da modalidade. Contudo, o grupo dos que praticam a modalidade há mais tempo evidenciou médias superiores aos restantes grupos tanto para a orientação para a tarefa como na orientação para o ego. O grupo 2 (4-8) evidenciou médias mais baixas para ambas as orientações cognitivas.

4.2.3 Tempo de presença no clube

Quanto à comparação entre grupos no que toca às orientações cognitivas, a análise de variância multivariada (Manova a um factor) revelou não existir um efeito diferenciador significativo [ de Wilks = .828, F(3,53) = 1.713, p = .125 e ηp2 = .090]. Relativamente ao tempo de presença no clube, a igualdade entre grupos foi assumida em ambas as escalas, tal como revelou o teste de Levene.

Apesar de apenas a orientação para a tarefa (p = .03) mostrar diferenças significativas, ambas as dimensões do TEOSQp parecem evidenciar algumas relações causa-efeito. Foi obtido efeito forte, sugerindo que 15% da variação na combinação linear da orientação para a tarefa pode ser atribuído ao tempo de presença no clube. Foram obtidos efeitos médios, sugerindo que 7% da variação na combinação linear da orientação para o ego pode ser atribuído ao tempo de presença no clube.

Emitidos os testes Post-Hoc verificou-se que as diferenças significativas entre grupos não foram encontradas (quadro 17).

35 Quadro 17 – comparação e diferenciação das orientações cognitivas em função do tempo de

presença no clube ≤ 1 (n=17) 2-4 (n=27) 5-7 (n=5) ≥ 8 (n=8) F M DP M DP M DP M DP Orientação Tarefa 3.87 .36 4.15 .32 3.77 .30 4.13 .45 3.21 Orientação Ego 3.63 .50 3.85 .45 3.63 .74 3.98 .44 1.29

De uma forma generalizada não se verificou um aumento ou diminuição graduais nas orientações cognitivas com o aumento do tempo de presença no clube. O grupo2 (2-4 anos) mostrou média mais alta na orientação para a tarefa; quanto à orientação para o ego, aqueles que se encontram há mais tempo no clube apresentaram média mais alta do que os restantes grupos. O grupo 3 (5-7) evidenciou médias mais baixas para ambas as orientações cognitivas.

4.2.4 Posição competitiva

Com o objectivo de comparar as diferentes posições competitivas, efectuou-se uma Manova (a um factor) que revelou não existir um efeito diferenciador significativo por parte da variável posição competitiva [ de Wilks = .832, F(5,51) = .965, p = .478 e ηp2

= .088]. O estudo da homogeneidade das variâncias realizado com o teste de Levene demonstrou que a igualdade entre grupos pode ser assumida em ambas as orientações cognitivas.

Apesar de nenhuma das orientação cognitivas mostrar diferenças significativas, ambas as dimensões do TEOSQp parecem evidenciar algumas relações causa-efeito. Foram obtidos efeitos médios, sugerindo que 9% (orientação para o ego) e 6% (orientação para a tarefa) das variações na combinação linear das variáveis dependentes podem ser atribuídos à posição competitiva.

Na emissão dos testes Post-Hoc também não se verificaram diferenças significativas entre as posições competitivas (quadro 18).

36 Quadro 18 – comparação e diferenciação das orientações cognitivas em função da posição

competitiva GR (n=9) C (n=10) L (n=11) P (n=11) Piv (n=10) U (n=6) F M DP M DP M DP M DP M DP M DP Orientação Tarefa 4.05 .36 3.87 .29 4.03 .33 4.13 .41 3.99 .50 4.17 .31 .69 Orientação Ego 3.72 .62 3.63 .31 3.77 .59 4.05 .49 3.80 .53 3.61 .17 .98

De uma forma geral não existem diferenças evidentes entre as várias posições competitivas no que toca a ambas às orientações cognitivas. Os jogadores universais são aqueles que apresentam uma média superior na orientação para a tarefa e inferior na orientação para o ego. Os pontas são os jogadores que apresentam uma média superior na orientação para o ego, e os centrais os que têm uma média inferior na orientação para a tarefa.

Documentos relacionados