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Até 1530  não houveram iniciativas no sentido de povoar as terras.

Existiam somente as feitorias – entreposto comercial, construído com fortificações e instalado em regiões costeiras a fim de policiar o litoral brasileiro, para intimidar contrabandistas.

Fortificações defensivas e depósito de produtos, geralmente madeira (pau-brasil).

1530 ~1580  Tentativa de Ocupação da Colônia

Produção agrícola e descoberta de jazidas

A implantação dos núcleos urbanos eram tarefa dos donatários e colonizadores, sendo que á coroa cabia seu controle e a urbanização.

Pontos estratégicos para controle e centralização da população.

Fundação de várias vilas: função de defesa de caráter militar, em posição de destaque em relação à topografia, à beira mar, protegidos por fortificações: casa forte e

galpão de depósito de materiais de exportação.

Fundados sem preocupação com um plano prévio, os aglomerados surgidos nesse período apresentam basicamente as características gerais das cidades

portuguesas. As vilas como São Paulo, Olinda e Vitória tinham traçados irregulares.

Com relação aos edifícios: eram todos edificados em taipa de mão e cobertos de palha. De traçado

irregular, e bem ao gosto lusitano, diferem esses

núcleos radicalmente daqueles implantados pela Coroa Espanhola em sua porção colonial da América.

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União Portugal e Espanha sob uma mesma Coroa: influência e governo espanhol nas terras portuguesas

Adoção, no Brasil, das determinações Filipinas, tanto na arquitetura quanto nas questões urbanas.

Implantação de núcleos urbanos com traçado baseado na legislação espanhola: traçado regular, tabuleiro de ruas retilíneas, que definem quarteirões iguais, quase sempre quadrados.

Ao centro forma-se a Praça, na qual estão os edifícios mais importantes: a igreja, o paço municipal e as

casas dos colonos e mercadores mais ricos.

A união das coroas facilitou o controle espanhol no litoral brasileiro.

O interior ficou fora do controle do poder e inteiramente nas mãos dos bandeirantes, o que de certa forma vai interferir, ou definir, os limites entre as colônias

portuguesa e espanhola, no momento seguinte.

Os núcleos urbanos remanescentes do primeiro século apresentam uma característica bem peculiar, que é a localização, geralmente no alto de uma colina,

demonstrando a clara preocupação com a defesa.

O que pode ser considerado como o grande avanço desse período vai ser a presença de arquitetos e de engenheiros militares acompanhando as iniciativas governamentais, promovendo melhores condições e padrões de qualidade nos núcleos urbanos.

Substituição das construções simples do período anterior por outras de melhor qualidade, com a substituição do barro pela pedra.

Cerca de 16 novos núcleos foram implantados em

território brasileiro (exemplos: Parati, Mogi das Cruzes, Santana do Paraíba, Cabo Frio, João Pessoa, Ubatuba, São Sebastião).

Tornaram-se comuns as vilas e cidades com sítios escolhidos em terrenos planos ou quase planos.

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Período constituído pela retomada da coroa pelos portugueses.

Novos objetivos: afirmação territorial das fronteiras e a ocupação do interior.

Foi criada (1649) a Companhia Geral do Comércio,

providência tomada pelo padre Antonio Vieira, conselheiro do rei. Finalidade: controlar todo o comércio de importação e de exportação da colônia.

Surgimento de 24 novas vilas devido à população que

abandona as regiões tradicionalmente produtoras para se

instalar com novas unidades agrícolas, também monocultoras, em locais distantes e fora do controle oficial. Isso gera a necessidade de organização dessa população dispersa,

criando novos núcleos de onde se pudesse, exercer novamente o controle de toda a colônia.

Incentivo à formação de bandeiras, que passam a atuar com finalidade mineradora.

Nas cidades, as exigências administrativas e a

permanência de tropas regulares levam à criação de populações fixas.

A centralização da atividade comercial e a implantação da Companhia Geral do Comércio transformaram várias cidades do litoral em entrepostos, mudando a sua

estrutura interna.

Surgem bairros organizados a partir dos interesses específicos de seus moradores, aglutinando cada um deles uma população vinculada a uma determinada atividade econômica (comerciantes, artesãos, etc).

Busca-se imprimir às cidades e aos seus principais edifícios um caráter monumental.

Leis proibiam modificações nas fachadas dos edifícios

quando ameaçassem perturbar o alinhamento das ruas ou a composição de conjunto das construções.

As Câmaras de várias cidades começarão a controlar o

surgimento de novas ruas e construções, impondo regras tanto no que tange ao alinhamento do edifício em relação à rua quanto no que diz respeito à tipologia das edificações e ao aproveitamento do terreno.

No caso dos edifícios públicos, houve uma quase que total

substituição por edificações mais ambiciosas, que

demonstrassem, através de sua monumentalidade, a nova situação de poder e de dominação.

As ordens religiosas, influenciadas por essa

monumentalidade, chegam a demolir as antigas edificações e levantar outras com caráter mais grandioso, de influências

barrocas.

Surge também uma nova tipologia de residência, a habitação

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A queda do preço do açúcar brasileiro no mercado europeu leva a Coroa a incentivar a formação de

empresas exploradoras com o objetivo de percorrer o interior em busca de minerais preciosos.

Descoberta de ouro: 1696 - Ouro Preto, São João del Rey, Mariana e Sabará. 1718 – Cuiabá; 1723 – Itajubá; 1724 - Rio das Contas; 1726 - Vila Boa de Goiás.

Descobrimento de diamantes: 1730 - Diamantina; 1744 – Paracatú; 1747 - Vila Bela da Santíssima Trindade.

A descoberta do ouro vai provocar uma corrida de aventureiros à região das minas, ocorrendo o

surgimento de uma forma diferente de ocupação espacial.

Cada minerador estabelece-se com seus lotes de escravos junto às catas, entrincheirando-se junto ao próprio local do trabalho, aproveitando muitas das vezes as próprias bocas das minas como abrigo.

Os primeiros povoados se estabeleceram tendo como referências principais: a estrada, que

geralmente margeava os cursos d’água, e a capela, construída e ocupada de forma democrática e

coletiva.

A urbanização da região mineradora passa a ser efetiva à medida que a corrida de aventureiros em busca do ouro se torna uma constante, fazendo com que a distribuição e a ocupação de áreas urbanas passe a ter um caráter mais definitivo a partir dos primeiros sinais de estabilidade da economia.

Os primeiros núcleos implantados junto aos pontos de mineração recebiam o nome de “arraial” e eram

estabelecidos próximos uns dos outros.

Adaptando-se à conformação irregular do terreno, seguiam as meias encostas e acompanhavam as curvas dos cursos d’água pois eram regiões de topografia acidentada.

Era reduzido o número de estradas pois facilitava o controle.

A estrada é utilizada como eixo principal de estrutura e organização dos núcleos.

A construção das residências segue o partido de um único pavimento, construídas parede-meia e

perpendicularmente ao arruamento.

Tais edificações são implantadas no limite entre o lote e o espaço público, definem e dimensionam a rua.

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IBLIOGRAFIA

:

COELHO, Gustavo Neiva. O Espaço Urbano em Vila Boa. Goiânia: UCG, 2001.

FERNANDES, José Manoel. A Arquitectura. Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 1991.

VAZ, Maria Diva A. C. e ZÁRATE, Maria Heoísa V. A casa goiana: documentação arquitetônica. Goiânia: Ed. Da UCG, 2003.

http://www.nead.unama.br/site/bibdigital/cartografia_po

tuguesa/textos/textos2/textos_06.htm

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TIVIDADE

:

ENTREGAR NO DIA

17/05

Vamos FAZER : LEITURA DO TEXTO A CIDADE

PORTUGUESA NA CULTURA URBANA EUROPEIA (TEIXEIRA, 2012)

Responda:

Explique como o desenvolvimento científico e o método

projetual do Renascimento contribui para a busca da regularidade urbana.

Quais as características mediterrâneas encontradas na

tradição urbana portuguesa?

De que maneira as formas da administração urbana tiveram

influencia na morfologia das cidades?

Qual a relação existente entre os acampamentos militares

romanos e a organização espacial das cidades portuguesas ditas regulares?

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