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TEORIA, HISTÓRIA E CRÍTICA DA ARQUITETURA E DO URBANISMO II TH 2

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TEORIA, HISTÓRIA E

CRÍTICA DA

ARQUITETURA E DO

URBANISMO II – TH 2

Profª. Ana Paula de O. Zimmermann Curso de Arquitetura e Urbanismo Escola de Artes e Arquitetura

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IDADES DE

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ORTUGUESA

Há uma grande diferença

entre

o

Portugal

nortenho, rural e de

formação religiosa cristã,

e a região sul do país,

de organização urbana e

tendências paganizantes.

Essa diferença será a

responsável

pela

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IDADES DE

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ORTUGUESA

Antes da formação do Estado português,

várias cidades, além daquelas de origem

moura, já existiam em seu território, plantadas

pela dominação romana ou mesmo pelas

anteriores a esta, sendo por ela apropriadas e

organizadas dentro de seus princípios estéticos.

Da dominação visigótica pouco se sabe no que

se refere à organização de centros urbanos além

do fato de reaproveitarem as cidades já

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IDADES DE

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ORTUGUESA

Período bárbaro: redução da urbanização.

As cidades vêm-se reduzidas na sua superfície,

em vias de despovoamento e privadas de muitos

dos seus equipamentos e funções urbanas.

A exceção a esta decadência urbana são as

funções religiosas e administrativas das cidades

que subsistiram como sedes episcopais 

Lisboa, Santarém e Braga.

As cidades portuguesas apresentam

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IDADES DE

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ORTUGUESA

Esta especificidade formal resulta de múltiplos

fatores:

as diferentes influências e concepções de espaço

que estão na origem da cultura urbana portuguesa;

a seleção de locais topograficamente dominantes

como núcleos iniciais dos aglomerados urbanos;

a íntima articulação dos traçados das cidades com

as particularidades topográficas locais;

a estruturação das cidades em núcleos distintos,

com malhas urbanas diferenciadas,

(7)

 a localização de edifícios singulares em sintonia com

a topografia, e o importante papel destes edifícios na estruturação dos traçados urbanos;

 a lenta estruturação formal das praças urbanas,

associadas a diferentes núcleos geradores e a funções distintas;

 a constância da estrutura de loteamento e das

tipologias de construção a ela associadas;

 o processo de planejamento e de construção da

cidade portuguesa, que é sempre projetada no sítio e com o sítio, isto é, quer a cidade se desenvolva

gradualmente quer se desenvolva a partir de um plano pré-definido, o seu traçado apenas se

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IDADES DE

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ORTUGUESA

Século VIII - domínio muçulmano: expansão urbana.  A rede de cidades estabelecida pelos romanos

revitaliza-se, através do restabelecimento das suas funções administrativas e do renovar da atividade comercial.

 Santarém, Lisboa, Setúbal, Évora, Alcácer do Sal, Mértola

e Silves surgem-nos como as principais cidades do centro e do sul do território neste período.

 Algumas delas desenvolvem em torno de si constelações

de núcleos urbanos de menor dimensão, estruturando uma rede urbana densa e bem hierarquizada.

 Lisboa começa neste período a assumir-se como grande

metrópole comercial. A norte do Tejo, Coimbra era a

(9)

Reconquista  volta do poder cristão

 Uma das primeiras preocupações foi eliminar

qualquer influência ou elemento que pudesse lembrar a presença muçulmana em parte do seu território por tempo tão significativo.

 Mesquitas foram demolidas ou transformadas para

atender a ofícios religiosos cristãos e os edifícios públicos foram de tal forma descaracterizados que em nada podiam lembrar as técnicas, os

elementos decorativos ou mesmo as características próprias da arquitetura muçulmana.

 Dentro da área de influência árabe, tais elementos

não puderam ser eliminados do conhecimento

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Antiga mesquita de Mértola, no sul de Portugal, hoje Igreja

de Santa Maria da Assunção.

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ORTUGUESA

 Expulsar daí as pessoas de sangue mouro ou

eliminar de sua arquitetura as técnicas construtivas de origem muçulmana seriam tarefas impossíveis, transformando-se na base de formação da

nacionalidade portuguesa.

 Exemplo de

(11)
(12)

 Novos espaços foram ocupados, novas cidades

construídas, e a influência da Europa cristã passou a predominar nas novas edificações implantadas.

 Séculos XI e XII  “renascer urbano”.

 Os tempos que se seguiram à criação do Estado

português, se bem que encontrando sua população no empenho desse renascer urbano e no propósito de uma ocupação definitiva do território, não foram de paz.

 De forma acirrada, continuaram as disputas com os

árabes no sentido de garantir fronteiras, além de não haverem sido menos violentas as guerras com os

demais reinos cristão da Espanha, que não

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IDADES DE

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ORTUGUESA

Com relação à questão urbana, o que se pode

observar é a coexistência de uma infinidade

origens e formas de organização impressos às

vezes em um único núcleo urbano.

Aparecem desde elementos característicos das

dominações pré-romanas até influências vindas da

Europa cristã medieval.

Mesmo os núcleos implantados após a

(14)

 Ao estar definitivamente demarcado, Portugal incluiu

em seu território nacional regiões que por cerca de quinhentos anos estiveram sob domínio mouro, o

que fez com que tais populações assumissem como seus os conhecimentos adquiridos no contato com os dominadores.

 Em todas as cidades portuguesas encontramos

articuladas uma componente vernácula e uma componente erudita.

 A componente vernácula corresponde à cidade que é

(15)
(16)

 Este modelo de cidade tende a ser menos regular e a

ser estruturado fundamentalmente a partir de funções e de edifícios singulares, civis ou religiosos, situados em locais proeminentes da malha urbana.

 Estes edifícios localizados em posições dominantes

assumem uma importância primordial, dando sentido e estruturando os espaços urbanos envolventes.

 A componente erudita corresponde à participação de

técnicos especializados, detentores de um saber intelectual, no desenho da cidade.

 Esta componente erudita, geralmente associada ao

poder, está presente nos traçados regulares

(17)
(18)

Este modelo de cidade tende a ser mais regular,

planejado e construído de acordo com um

esquema racional:

uma ordem geométrica pré-definida que estrutura

um traçado urbano, em cuja ordem se vêm inserir

os diferentes tipos de edifícios e de funções.

Neste caso, mais do que os edifícios, é o espaço

urbano em si mesmo, definido por um traçado

regular, que é o elemento fundamental.

Nas cidades de origem portuguesa cada uma

destas concepções espaciais acentua-se ou

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IDADES DE

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ORTUGUESA

 A tradição de regularidade da cidade romana vai ser

uma componente importante da cultura urbana portuguesa por via erudita.

 A adoção de modelos racionais na cidade portuguesa é

uma constante ao longo dos séculos, sempre

associadas a ações de planejamento promovidas pelo poder.

 Para além das cidades, a influência da civilização de

Roma estendia-se a todo o território, modelando a paisagem:

 aquedutos, estradas e pontes

 definição de um cadastro rural, baseado numa

(20)
(21)

 Em Portugal estas duas componentes, vernácula e

erudita, vão-se sobrepondo e articulando ao longo dos séculos, enquanto nas cidades ultramarinas, esta

dualidade está muitas vezes presente simultaneamente nas suas várias fases de construção.

 A cidade portuguesa caracteriza-se sempre pela síntese

destas duas componentes, harmonizando num todo coerente estas duas formas de fazer cidade.

(22)

A cidade portuguesa deve muitas das suas

características à cultura urbana mediterrânica.

De entre estas características podemos destacar:

 a sua localização privilegiada na costa marítima;

 a escolha de sítios elevados para a implantação dos núcleos defensivos;

 a estruturação da cidade em dois níveis: a cidade alta, institucional e política, e a cidade baixa, portuária e

comercial;

 a cuidadosa adaptação do traçado das ruas às características topográficas locais;

 um perímetro de muralhas, quando existia, que não

(23)

 uma concepção de espaço urbano em que eram os edifícios localizados em posições dominantes que

davam sentido e estruturavam os espaços envolventes.

Na cidade portuguesa, os edifícios públicos, civis

ou religiosos, localizados em pontos proeminentes

do território e associados a uma arquitetura mais

cuidada que os destacava na malha urbana, tinham

um papel estruturante fundamental na organização

da cidade.

São estas características que observamos em

cidades como Lisboa, Porto ou Coimbra, já

(24)
(25)

A SEGURANÇA

 Característica fundamental das cidades surgidas a

partir da reconquista é a preocupação com a segurança.

 Mesmo nos menores núcleos, a construção ou mesmo

a manutenção da muralha tem lugar de destaque, o que faz desse elemento parte decisiva da paisagem que se pretende urbana .

 A muralha vai ser também elemento utilizado para

demonstrar o surto de crescimento das cidades,

tendo em vista a constante construção de novas cintas abarcando áreas cada vez maiores do que aquelas contidas no interior do sítio primitivo.

 A área amuralhada constituía um precioso indicativo

(26)
(27)

Em Portugal, a segunda metade do século XVII,

correspondendo ao período da guerra da

Restauração, após o domínio filipino, vai determinar a fortificação de muitas vilas e cidades fronteiriças, de acordo com as modernas regras de fortificação, e provocar a reestruturação das sua malhas urbanas.

 Mas o grande campo de desenvolvimento do

urbanismo português, dos séculos XVI a XVIII, foram os territórios ultramarinos, através da fundação de fortes, de feitorias e de núcleos

urbanos ao longo das costas da África, do Brasil, da

(28)

O Castelo de Silves, no Algarve, em

Portugal. Constitui-se no maior castelo da região algarvia, sendo considerado como o mais belo exemplo da

arquitetura militar islâmica no país. Castelo dos Mouros em Sintra

em Portugal - Construído pelos mulçumanos no século IX.

Castelo de Mértola que a partir do século VIII conheceu a dominação muçulmana, os quais foram

(29)

Outra característica relacionada com a defesa é

o fato de estarem situadas sempre em um sítio

elevado, o que compromete seu traçado de

forma inequívoca, pela topografia do terreno.

A irregularidade das ruas e a distribuição das

diversas atividades econômicas dentro da malha

urbana, assim como o uso que se faz das vias,

acontecem de forma diferente em cada cidade.

Os traçados urbanos de origem muçulmana e os

princípios que lhes deram forma constituem

(30)

A civilização islâmica foi essencialmente urbana,

tendo dado forma a um tipo de cidade com uma

estrutura uniforme, apesar da sua aparente

desordem.

As interpretações da cidade islâmica que a

caracterizam pela ausência de ordem e de

planejamento resultam da sua comparação com a

cidade romana de colonização, onde essa ordem

é muito mais aparente para os olhos ocidentais.

Os muçulmanos tinham preocupações com a

escolha do sítio para a implantação das suas

cidades, que só se construíam em locais de

(31)

R

ECORDANDO

: C

IDADE

M

UÇULMANA

Características da cultura urbana muçulmana:

 a tradição dos espaços fechados, a sinuosidade dos

traçados

 existência de rossios (espaços largos) de feira (extramuros ou junto às portas das muralhas)

 estilo de vida não ostensivo prescrito pelo Corão contribuíam para o caráter íntimo das suas ruas,

tortuosas, das quais saíam ruas em cotovelo ou becos que davam acesso a pequenos conjunto de casas

 o sombreamento e a pouca largura das ruas

(32)
(33)

T

RAÇADO URBANO

P

ORTUGUÊS

articulação com as características físicas do

território.

A escolha do sítio era a primeira forma de relação

com o território.

muitas cidades portuguesas - incluindo Lisboa,

Porto, Coimbra - tinham o seu núcleo primitivo

localizado no topo de uma colina proeminente, a

partir do qual a cidade se desenvolvia.

A localização destes núcleos urbanos em pontos

dominantes do território, em locais de difícil

acesso e facilmente defensáveis, bem como as

cortinas de muralhas que geralmente os

(34)

 Muitas cidades portuguesas eram construídas na costa

marítima ou nas margens de rios, dadas as atividades comerciais a que estavam associadas.

 Esta localização costeira, associada à escolha de sítios

elevados para a implantação do núcleo original, levou a que a maior parte destas cidades estivesse organizada em dois níveis - a cidade alta e a cidade baixa – com funções e características bem distintas.

 A cidade alta era a

sede do poder civil e religioso, enquanto a cidade baixa era o

local onde se

(35)

O ESPAÇO URBANO DA RUA

 Para o muçulmano, a rua não é o espaço vivo e

dinâmico onde a cidade se organiza. É o caminho

que leva à casa, que passa a ser o local de vida, o elemento de maior importância estrutural urbana.

 Para o cristão, ao contrário, o espaço livre possui uma

carga de valor muito mais forte, o que leva à

implantação de um considerável número de locais públicos com usos distintos dentro da malha urbana.

 As ruas de grandes dimensões, como as avenidas e

alamedas da cidade moderna, inexistiam nessa época mas em todo o período encontramos vias de

importância fundamental dentro dos núcleos,

(36)

 Com a função precípua de eixo ordenador,

encontramos em praticamente todas as povoações portuguesas da Idade Média a denominada Rua

Direita, que em princípio faz a ligação das duas principais portas da cidade, transformando-se, a

partir daí, na estrada que leva ao núcleo mais próximo, podendo ser ainda aquela que liga pontos importantes como a igreja, a feira, o rossio ou a cadeia.

 A partir dos anos finais do século XIII vai surgir também

como elemento de grande valor urbano a chamada

“rua nova”, que vem a se constituir no principal núcleo de comércio e que vai se transformar no verdadeiro

coração da cidade.

 No geral, o que se tem em relação às ruas é que cada

(37)

A PRAÇA

 Outro elemento que muito bem caracteriza a cidade

cristã desse período é exatamente a existência dessa praça central, destinada principalmente ao mercado ou à igreja, além de outras manifestações e usos públicos.

 Em várias cidades reconquistadas, principalmente

naquelas de origem moura, várias edificações tiveram de ser demolidas para que tal praça pudesse existir.

 Em muitas cidades, principalmente no sul de

Portugal, essa praça, pela maneira como está

implantada, se apresenta de forma extremamente

(38)

A DIVISÃO DOS BAIRROS

 As cidades cristãs do medievo português estavam

organizadas em paróquias, cada uma com sua igreja, seu cemitério, suas confrarias etc, constituindo

pequenos mundos, ou microcosmos, dentro da própria cidade.

 Outra forma de divisão interna dos núcleos urbanos era

aquele relacionado à segregação dos grupos étnicos minoritários, notadamente dos mouros e judeus, cujos bairros recebiam os nomes de mouraria e judiaria.

 As mourarias mais concentradas na região sul,

enquanto as judiarias podiam ser vistas com uma distribuição mais regular por todo o país. Ambos

(39)

FUNDAÇÃO DE CIDADES NOVAS

Em Portugal a fundação de cidades novas estava

ligada aos processos de reconquista e de

repovoamento dos territórios conquistados aos

Mouros e da necessária reorganização política e

econômica do Reino.

Estas cidades foram construídas principalmente

em zonas de fronteira, ou em áreas que

necessitavam de ser consolidadas e colonizadas.

D. Afonso III e D. Diniz, fundaram várias destas

povoações, em alguns casos reordenando

(40)
(41)

Q

UARTEIRÕES E

L

OTES

 Os traçados regulares, concebidos de acordo com um

padrão geométrico, tendem para uma organização ortogonal de ruas e quarteirões.

 Conjunto de quarteirões com forma retangular alongada,

cada um deles constituído por uma sucessão de

estreitos lotes urbanos paralelos, orientados no mesmo sentido, com uma face para uma rua principal e outra face para uma rua de traseiras.

 Cada quarteirão era composto por um número idêntico

de lotes e as dimensões (das ruas, dos quarteirões e dos lotes) eram constantes dentro de cada cidade.

 Os lotes urbanos variavam geralmente entre os 25 e os

(42)
(43)

C

IDADES DE

E

XPANSÃO

U

LTRAMARINHA

 No momento em que se inicia o desenvolvimento das

cidades atlânticas, os novos conceitos de cidade e as novas formas urbanas que irão resultar da pesquisa

teórica renascentista não estavam ainda sistematizados.

 Os sítios escolhidos para a implantação inicial destes

núcleos urbanos apresentam características idênticas em muitos casos: amplas baías abrigadas viradas a Sul, com ótimas condições de porto natural, protegidas nos extremos por morros, promontórios ou ilhas que

(44)

 Um caminho ao longo da costa, paralelo ao mar,

constituía a estrutura primordial de ocupação do território, ligando núcleos de ocupação primitivos, casas do donatário ou capelas localizadas nos extremos deste caminho.

 Uma forma de povoamento linear desenvolvia-se ao

longo deste caminho que, em muitos casos, virá a transformar-se na rua principal do aglomerado e

continuará a ser, até hoje, a rua principal da cidade.

 Numa fase subsequente desenvolviam-se uma ou duas

outras ruas, paralelas à primeira e a curta distância desta para o interior e algumas transversais de

pequena dimensão que as ligavam. Estruturava-se assim um pequeno número de quarteirões, de forma sensivelmente retangular, com a maior dimensão

(45)

Enquanto as fases iniciais de implantação eram da

responsabilidade dos próprios colonos, fases

posteriores de desenvolvimento contariam já

provavelmente com o apoio de especialistas que

faziam a arruação ordenada das novas expansões,

adotando princípios urbanizadores e referências

(46)

O

CUPAÇÃO

T

ERRITORIAL DO

B

RASIL

 Até 1530  não houveram iniciativas no sentido de

povoar as terras.

 Existiam somente as feitorias – entreposto comercial,

construído com fortificações e instalado em regiões costeiras a fim de policiar o litoral brasileiro, para intimidar contrabandistas.

 Fortificações defensivas e depósito de produtos,

geralmente madeira (pau-brasil).

 1530 ~1580  Tentativa de Ocupação da Colônia  Produção agrícola e descoberta de jazidas

 A implantação dos núcleos urbanos eram tarefa dos

donatários e colonizadores, sendo que á coroa cabia seu controle e a urbanização.

(47)

 Pontos estratégicos para controle e centralização da

população.

 Fundação de várias vilas: função de defesa de caráter

militar, em posição de destaque em relação à topografia, à beira mar, protegidos por fortificações: casa forte e

galpão de depósito de materiais de exportação.

 Fundados sem preocupação com um plano prévio,

os aglomerados surgidos nesse período apresentam basicamente as características gerais das cidades

portuguesas. As vilas como São Paulo, Olinda e Vitória tinham traçados irregulares.

 Com relação aos edifícios: eram todos edificados em

taipa de mão e cobertos de palha. De traçado

irregular, e bem ao gosto lusitano, diferem esses

(48)

O

CUPAÇÃO

T

ERRITORIAL DO

B

RASIL

 União Portugal e Espanha sob uma mesma Coroa:

influência e governo espanhol nas terras portuguesas

 Adoção, no Brasil, das determinações Filipinas, tanto

na arquitetura quanto nas questões urbanas.

 Implantação de núcleos urbanos com traçado baseado

na legislação espanhola: traçado regular, tabuleiro de ruas retilíneas, que definem quarteirões iguais, quase sempre quadrados.

 Ao centro forma-se a Praça, na qual estão os edifícios

mais importantes: a igreja, o paço municipal e as casas dos colonos e mercadores mais ricos.

(49)

 A união das coroas facilitou o controle espanhol no

litoral brasileiro.

 O interior ficou fora do controle do poder e inteiramente

nas mãos dos bandeirantes, o que de certa forma vai interferir, ou definir, os limites entre as colônias

portuguesa e espanhola, no momento seguinte.

 Os núcleos urbanos remanescentes do primeiro século

apresentam uma característica bem peculiar, que é a localização, geralmente no alto de uma colina,

demonstrando a clara preocupação com a defesa.

 O que pode ser considerado como o grande avanço

(50)

 Substituição das construções simples do período

anterior por outras de melhor qualidade, com a substituição do barro pela pedra.

 Cerca de 16 novos núcleos foram implantados em

território brasileiro (exemplos: Parati, Mogi das Cruzes, Santana do Paraíba, Cabo Frio, João Pessoa, Ubatuba, São Sebastião).

 Tornaram-se comuns as vilas e cidades com sítios

(51)

O

CUPAÇÃO

T

ERRITORIAL DO

B

RASIL

 Período constituído pela retomada da coroa pelos portugueses.  Novos objetivos: afirmação territorial das fronteiras e a

ocupação do interior.

Foi criada (1649) a Companhia Geral do Comércio,

providência tomada pelo padre Antonio Vieira, conselheiro do rei. Finalidade: controlar todo o comércio de importação e de exportação da colônia.

 Surgimento de 24 novas vilas devido à população que

abandona as regiões tradicionalmente produtoras para se

instalar com novas unidades agrícolas, também monocultoras, em locais distantes e fora do controle oficial. Isso gera a necessidade de organização dessa população dispersa,

criando novos núcleos de onde se pudesse, exercer novamente o controle de toda a colônia.

(52)

 Incentivo à formação de bandeiras, que passam a atuar

com finalidade mineradora.

 Nas cidades, as exigências administrativas e a

permanência de tropas regulares levam à criação de populações fixas.

 A centralização da atividade comercial e a implantação

da Companhia Geral do Comércio transformaram várias cidades do litoral em entrepostos, mudando a sua

estrutura interna.

 Surgem bairros organizados a partir dos interesses

específicos de seus moradores, aglutinando cada um deles uma população vinculada a uma determinada atividade econômica (comerciantes, artesãos, etc).

 Busca-se imprimir às cidades e aos seus principais

(53)

 Leis proibiam modificações nas fachadas dos edifícios

quando ameaçassem perturbar o alinhamento das ruas ou a composição de conjunto das construções.

 As Câmaras de várias cidades começarão a controlar o

surgimento de novas ruas e construções, impondo regras tanto no que tange ao alinhamento do edifício em relação à rua quanto no que diz respeito à tipologia das edificações e ao aproveitamento do terreno.

 No caso dos edifícios públicos, houve uma quase que total

substituição por edificações mais ambiciosas, que

demonstrassem, através de sua monumentalidade, a nova situação de poder e de dominação.

 As ordens religiosas, influenciadas por essa

monumentalidade, chegam a demolir as antigas edificações e levantar outras com caráter mais grandioso, de influências

barrocas.

 Surge também uma nova tipologia de residência, a habitação

(54)

O

CUPAÇÃO

T

ERRITORIAL DO

B

RASIL

 A queda do preço do açúcar brasileiro no mercado

europeu leva a Coroa a incentivar a formação de

empresas exploradoras com o objetivo de percorrer o interior em busca de minerais preciosos.

 Descoberta de ouro: 1696 - Ouro Preto, São João del

Rey, Mariana e Sabará. 1718 – Cuiabá; 1723 – Itajubá; 1724 - Rio das Contas; 1726 - Vila Boa de Goiás.

 Descobrimento de diamantes: 1730 - Diamantina; 1744

– Paracatú; 1747 - Vila Bela da Santíssima Trindade.

 A descoberta do ouro vai provocar uma corrida de

aventureiros à região das minas, ocorrendo o

surgimento de uma forma diferente de ocupação espacial.

(55)

 Cada minerador estabelece-se com seus lotes de

escravos junto às catas, entrincheirando-se junto ao próprio local do trabalho, aproveitando muitas das vezes as próprias bocas das minas como abrigo.

 Os primeiros povoados se estabeleceram tendo

como referências principais: a estrada, que

geralmente margeava os cursos d’água, e a capela, construída e ocupada de forma democrática e

coletiva.

 A urbanização da região mineradora passa a ser

(56)

 Os primeiros núcleos implantados junto aos pontos de

mineração recebiam o nome de “arraial” e eram estabelecidos próximos uns dos outros.

 Adaptando-se à conformação irregular do terreno,

seguiam as meias encostas e acompanhavam as curvas dos cursos d’água pois eram regiões de topografia acidentada.

 Era reduzido o número de estradas pois facilitava o

controle.

 A estrada é utilizada como eixo principal de estrutura e

organização dos núcleos.

 A construção das residências segue o partido de um

único pavimento, construídas parede-meia e perpendicularmente ao arruamento.

 Tais edificações são implantadas no limite entre o lote e

(57)

B

IBLIOGRAFIA

:

 COELHO, Gustavo Neiva. O Espaço Urbano em Vila

Boa. Goiânia: UCG, 2001.

 FERNANDES, José Manoel. A Arquitectura. Lisboa:

Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 1991.

 VAZ, Maria Diva A. C. e ZÁRATE, Maria Heoísa V. A

casa goiana: documentação arquitetônica. Goiânia: Ed. Da UCG, 2003.

 http://www.nead.unama.br/site/bibdigital/cartografia_po

tuguesa/textos/textos2/textos_06.htm

(58)

A

TIVIDADE

:

ENTREGAR NO DIA

17/05

 Vamos FAZER : LEITURA DO TEXTO A CIDADE

PORTUGUESA NA CULTURA URBANA EUROPEIA (TEIXEIRA, 2012)

 Responda:

 Explique como o desenvolvimento científico e o método

projetual do Renascimento contribui para a busca da regularidade urbana.

 Quais as características mediterrâneas encontradas na

tradição urbana portuguesa?

 De que maneira as formas da administração urbana tiveram

influencia na morfologia das cidades?

 Qual a relação existente entre os acampamentos militares

Referências

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