• Nenhum resultado encontrado

CAPÍTULO 4 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO NA OFICINA DE

4.5 Os encontros

Para se ter uma ideia do desenrolar do projeto foi apresentado um resumo de cada encontro e foram analisados, mais detalhadamente alguns deles. Vamos começar por apresentar o 2º encontro.

2º ENCONTRO

Nesse encontro os mediadores de matemática, física e língua portuguesa aproveitaram para formar as equipes que foram divididas em quatro, cada uma com quatro estudantes:

1) Equipe “A” foi composta pelos estudantes ALEZ, DDIAS, VUAS e DNE; 2) Equipe “B” foi composta pelos estudantes FRAL, FRA, GTA e GDS; 3) Equipe “C” foi composta pelos estudantes GAS, GHO, ITAS e ILY; 4) Equipe “D” foi composta pelos estudantes JES, MNES, MANA, SIRA.

Obs: O estudante ITAS do 9º ano havia desistido, logo depois do primeiro encontro.

Formadas as equipes, passou-se a discutir as ideias sobre o que pesquisar, como e por que. Essas responsabilidades foram transferidas aos estudantes no primeiro encontro. Eles tiveram muitas propostas, das quais, cinco foram selecionadas e colocadas em uma planilha do Excel a votação:

1) estudar sobre os hospitais públicos; 2) estudar sobre violência e droga; 3) estudar sobre tsunamis;

4) estudar a violência e as mortes nos morros; 5) estudar sobre o trânsito de Vitória.

Com a ajuda do mediador de matemática os votos foram sendo inseridos individualmente chegando a um resultado final com o tema trânsito de Vitória em primeiro lugar com 90% dos votos. Os estudantes acharam incrível a rapidez com que tiveram o resultado, incluindo o percentual, com o uso de uma planilha eletrônica. O mediador de matemática aproveitou para iniciar outra discussão do porque optaram pelos estudos do trânsito de Vitória. O estudante JES informou que ele tem trauma do trânsito de Vitória porque fica horas no ponto de ônibus e que devido aos congestionamentos chegava muito tarde em casa, todos os dias. Outros foram por caminhos parecidos.

O pesquisador, responsável pelo desenvolvimento desse projeto se manifestou parabenizando a todos pelos ótimos temas e os incentivou falando dos seus potenciais, competências, responsabilidades e características que serão importante quando iniciarem o trabalho em equipe. Enfatizou que juntos darão conta dos problemas que surgirem durante as pesquisas, e com certeza concluirão cada atividade que juntos planejarem.

O mediador de língua portuguesa disse:

(...) agora vamos deixar de blá-blá-blá e realmente começar nosso trabalho analisando os estudos de vocês de sala de aula. Por favor, abram os cadernos. Começaremos por matemática (...) e perguntou: que conteúdo teórico de matemática vocês estão estudando? Quais recursos computacionais poderão utilizar para aplicar na prática a programação com um resultado satisfatório? Como transferir o sistema programado no computador para os robôs? Se o sistema não executar satisfatoriamente o que queremos o que vamos fazer? (...) lembrem-se de que o referido conteúdo deve ser de interesse dos grupos e que nós precisamos fazer interferência sempre que for necessário para que os trabalhos sejam os melhores e o tempo não seja perdido (...). Todos juntos somos os responsáveis pela produção e reprodução das atividades, bem como pela qualidade dos resultados de cada uma delas (...).

Após a seleção de um dos conteúdos de matemática, passou-se a discutir sobre os recursos de tecnologias computacionais e escolhido:

1) Sistema NXT para a programação do conteúdo de matemática;

2) Transferência dos dados do computador para os robôs via blutuf e porta USB; 3) Utilização dos sistemas de controle digital dos robôs.

Não, se preocupem porque vamos aprender juntos, passo a passo, a utilização dos recursos escolhido (...). (...) vocês ainda não os conhecem e o que quero dizer é dependerá de muita dedicação durante cada encontro, evitando brincadeiras desnecessárias e que as modificações de cada tarefa serão em conjunto, vamos procurar tomar decisões sozinhos, por que as discutições em grupo enriquece muito os trabalhos. (...) os combinados com os colegas e com os mediadores precisam fazer parte de nossas rotinas para diminuir os erros. Para nós os erros serão, também, muito importantes tendo em vista que são com eles que iremos tentar até dar certo e como consequência todos ganharão (sic) maior tempo para novos estudos e novas pesquisas, além de ser muito prazerosa a realização de tarefas e a busca por solução de problemas, ou seja, eles teriam o saber deles como desencadeador de outros saberes no decorrer dos encontros.

O mediador de matemática informou que os desafios apareceriam em cada encontro e que esperava união para resolvê-los, porque dessa forma que se vence na vida, buscando ajuda quando necessário. Ele disse que quem tem mais chances de resolver problemas é aquele está aberto para o trabalho em equipe e que as atividades serão criadas, organizadas e planejadas por todos os envolvidos no projeto. Então houve o início das discussões das atividades e de como as mesmas poderiam ser trabalhadas:

1) MATEMÁTICA

Um círculo foi formada pelos estudantes e mediadores e iniciou-se uma discussão de como poderia ser trabalhada a matemática estudada em sala de aula, utilizando o tema que foi escolhido para o projeto “Trânsito de Vitória”. O grupo decidiu fazer um levantamento na Internet. Alguns pontos foram escolhidos na discussão para dar início aos trabalhos:

1.1) Tipos de multa no trânsito;

1.2) Número de pontos perdidos pelos motoristas em cada multa;

1.3) Valor cobrado por cada multa e o quanto isso representa em receita para o município; 1.4) Número de multas aplicadas no ano de 2009;

1.5) Número de vítimas fatais em 2009;

1.6) Número de sequelados por acidentes de trânsito em 2009 1.7) Número de veículos em circulação em 2009.

Os programas escolhidos para registro, cálculo e análise dos dados foram: MS-Excel para a as planilhas eletrônicas, MS-Word, para registrar os resultados, Internet Explorer e Monzilla

Firefox para pesquisa, MSN para troca de informação e comunicação entre os membros da

pesquisa e o NXT para programar as ações dos robôs. Os estudantes construíram gráficos e tabelas para a visualização dos dados a partir da análise das situações-problema.

Nas discussões atividades envolvendo conteúdos de outras áreas de conhecimento como ciências foram contempladas.

2) CIÊNCIAS

O mediador de língua portuguesa/inglesa pediu sugestão de temas aos estudantes, que fossem importantes para a sobrevivência do homem. Alguns foram selecionados:

2.1) Meio ambiente;

2.2) Gases poluentes emitidos pelos veículos; 2.3) Poluição sonora das buzinas;

2.4) Equipamentos de segurança dos veículos; 2.5) Saúde: estresse no trânsito;

2.6) Bebidas alcoólicas e outras substâncias que modifica uma ou mais funções do organismo;

2.7) Acessibilidade nas ruas, calçamentos e avenidas

Durante as discussões, a aplicação prática dos conteúdos teóricos de ciências de sala de aula levou os estudantes a pensarem no problema que seria trabalhar em equipe: ficou claro que seus desejos sempre tiveram prioridade e que tinham muita dificuldade em lidar com perdas e, principalmente, em dividir com alguém a possibilidades de aprender com colegas da mesma faixa etária e, no nosso caso, o problema foi, ainda, maior, tendo em vista que esse projeto incluiu uma turma seriada de 5º ao 9º ano do ensino fundamental.

3) FÍSICA

O mediador da área de física provocou os estudantes com questões do seu dia a dia para ver suas lógicas relacionadas ao cotidiano:

Vamos falar de física, o que sabem? Responderam: Não sabemos nada, porque ainda não estudamos física. Então o mediador provocou mais ainda: “Nada de física? Então vamos ver se é isto mesmo (...). Se um carro bater em outro que estiver parado, nosso corpo ficará parado?” Imediatamente a aluna DDIAS respondeu: “A gente é jogado para frente e bate no vidro do carro”. Então o mediador: “Viram! Foi só começar e já vimos que sabemos física [...]”. Vocês sabiam que a física está presente em nossa vida o tempo todo? Vamos pesquisar na Internet como o trânsito poderá fazer parte dos nossos estudos”.

Os registros mostraram os maiores interesses dos estudantes no Código de Trânsito Brasileiro:

3.1) Cinto de segurança;

3.2) Movimentos, velocidade e aceleração dos veículos 3.3) Cálculos para multar motoristas infratores;

3.4) Direitos dos deficientes físicos no trânsito;

3.5) Desafio: criar uma ideia nova ou inovar uma para ajudar os deficientes físicos; 3.6) Pesquisar sobre a evolução dos automóveis em Vitória desde 1960.

Após a pesquisa na Internet, o mediador de matemática informou que os itens que tiveram maior interesse pelos grupos deveriam ser contextualizados no Word e utilizar o Excel para gerar os dados estatísticos salvando-os na pasta de cada equipe.

4) GEOGRAFIA

Foi convidado um professor de geografia para colaborar com as ideias dos estudantes ao começar os estudos do trânsito, porque eles precisavam entender a utilização da roda dos ventos para se localizar nos espaços, que apresentarão maiores problemas descobertos nas pesquisas. O resultado foi uma grande discussão por todos; quanto:

4.1) Entroncamento das ruas e avenidas; 4.2) Rotatórias;

4.3) Largura das ruas e avenidas;

Os itens de maior interesse dos estudantes, quando discutidos, os levaram a outras abordagens como:

4.5) Urbanização e paisagens;

4.6) Locais sem ou com difícil acessibilidade;

4.7) Tempo para se locomoverem de casa para a escola e volta para casa; 4.8) Influência econômica do trânsito.

5) ARTES

Os mediadores sugeriram aos estudantes incluir estudos e pesquisas sobre artes, tendo em vista que eles precisariam desenhar: arenas, mapas, construir carros robôs, além de essa disciplina ajudar a todos no desenvolvimento da percepção, reflexão, imaginação e da criatividade, possibilitando o trabalho com diferentes linguagens artísticas: desenhos coloridos e formatos diversos usando os programas de computador e o tema trânsito. Também, foram discutidas várias ideias para visitação a museus e caminhadas pelos bairros da cidade de Vitória-ES, para sentir em equipe os problemas do trânsito, além de confecções de materiais, painéis e exposições com os mais diversos tipos de materiais como arte produzida pelos robôs em papéis. Organização de exposições em murais de artes relativas ao trânsito como, por exemplo: sinalização.

6) EDUCAÇÃO FÍSICA

A estudante MANA questionou sobre a possibilidade de incluir a educação física no tema trânsito em suas atividades. O mediador convidou um professor de educação física que os orientou para os seguintes trabalhos:

6.1) Trabalho com noções de lateralidade e espaciais: esquerda, direita, para frente, para trás etc.;

6.2) Movimentos desordenados: lentidão, falta de controle de partes do corpo; 6.3) Deslocamentos circulares.

7) ENGENHARIA

Na discussão os estudantes observaram a engenharia mecatrônica estava presente em quase todas as atividades como: comandos eletro/eletrônicos, energia, força, motores, engrenagens, torques, cabos elétricos, equipamentos de medição e transferência de dados (cabos de rede, cabos USB, Blutuf) entre muitos outros.

ATIVIDADE DE REFLEXÃO

A física provoca mortes? Um carro a uma velocidade de 100 km/h normalmente em uma situação de emergência demora quantos segundos para parar? Agora imagine um carro a 100km/h parando em fração de segundo como é no caso dos acidentes onde o carro bate em algo fixo (árvore, poste) ou que vem de sentido contrário, o que pode acontecer? Essa desaceleração causa a quebra do pescoço num movimento chamado chicote aonde a cabeça vai para frente e para trás de forma abrupta?

3º ENCONTRO

Esse encontro contou a presença de 15 estudantes, observado que o estudante FRAL havia faltado, sem justificativa. Teve como principal objetivo a seleção de conteúdos para atividades, conforme descrito abaixo:

1) MATEMÁTICA

A seleção dos conteúdos, especialmente de matemática, foi com base nos cadernos de sala de aula e com entrevista com os professores dos estudantes. Inicialmente, eles optaram pela tentativa de programá-los e testá-los, observando se a execução dos robôs para as devidas correções. O mediador de matemática explicou detalhadamente a importância do porque aprender matemática e a necessidade da sua aplicação na sobrevivência do homem:

1) 5º Ano

- As quatro operações - Cálculo mental - Expressões numéricas - Média aritmética - Sistema de numeração decimal - Frações (frações equivalentes, números mistos, operações com fração, frações de quantidade) - Mínimo Múltiplo Comum - Máximo Divisor Comum - Critérios de divisibilidade.

6º Ano

- Números Naturais - Sistema de Numeração - Ordens e Classes - Arredondamentos

- Operações com Naturais - Média aritmética - Problemas com Naturais - Potenciação - Raiz quadrada - Expressões numéricas - Propriedades das potências.

7º Ano

- Operações com números naturais - Frações, decimais e porcentagem - Probabilidade e figuras geométricas - Números inteiros - Conjuntos dos números inteiros - Coordenadas: Localização de um ponto - Operações de números inteiros.

Raiz quadrada de números inteiros - Expressões numéricas - Números racionais. Identificação de racionais - Potência de racionais - Propriedades da potenciação. Introdução a geometria - Sólidos geométricos - Regiões planas e contornos - Poliedros

8º Ano

- Potências e raízes - Cálculo algébrico: operações, valor numérico e polinômios.

9º Ano

- Sistema de equações de primeiro e segundo graus - Funções do primeiro e segundo graus - Razões trigonométricas no triangulo retângulo - Estudo dos triângulos retângulos.

2) ENGENHARIA

Pesquisar sobre a engenharia de tráfego e de como ela é importante para a fluidez e de segurança no trânsito, tais como:

a) Estudo do mapa viário do município de Vitória; b) Sinalização;

c) Corredores especiais de trânsito; d) Ruas esburacadas.

3) ECONOMIA

O desafio do grupo foi pesquisar os prejuízos anuais de Vitória/ES com o trânsito e suas principais consequências no desenvolvimento do Estado a partir de:

a) Despesas com internação de pacientes acidentados;

b) Qual o prejuízo da Nação com os acidentes de trânsito, anualmente; c) Prejuízos com os congestionamentos;

d) Qualidade de vida dos motoristas com o estresse; e) Despesas com seguros dos veículos

Os estudantes começaram a aprender a utilizar as ferramentas de matemática do CorelDraw para a confecção das duas arenas com medidas de 2m20cm por 1m20cm, que representasse o trânsito de Vitória-ES. Essas arenas seriam usadas durante a realização das atividades e para testar os carros robôs. Para a realização dos trabalhos, o mediador de matemática combinou que em primeiro haveria necessidade de estudar o mapa da região de Vitória/ES acessando o

GoogleMaps e que a inspiração artística para a definição do design das arenas que

assimilassem as ruas e avenidas, que tivessem um diferencial por cores.

O grupo A ficou com a responsabilidade de gerar um arquivo dos desenhos das arenas em PDF, encaminhando a duas empresas especializadas para o orçamento e que após aprovação fosse por eles autorizada a confecção. A empresa deveria entregar as arenas produzidas na escola.

Nesse encontro foram identificadas muitas dificuldades. O estudante “FRA” ficou transtornado dizendo que os professores não poderiam dar a eles a responsabilidade de criar uma coisa que sabiam que não conseguiriam, porque no grupo ninguém sabia, ainda, dominar os programas, quanto mais trabalhar no CorelDraw. O mediador de matemática tentou acalmá-lo dizendo que todos estavam aprendendo rápido e que ele não precisava se preocupar, por que se fosse necessário ele poderia voltar, também, em outros horários para tirar suas dúvidas. O estudante FRA não aceitou e muito irritado foi para o lado de fora para tentar se acalmar. Ele não retomou a aula.

Conflitos: Os estudantes estavam muito ansiosos por que achavam que precisariam de muito tempo para aprender os programas, para efetivamente dar início à programação. Houve uma grande mobilização quando a estudante DDIAS disse:

[...] não dá para a gente continuar porque vocês não nos ensinaram o básico da computação, eu não sei usar isso, não tenho computador e vocês acham que a gente vai conseguir fazer tudo isso somente nesses encontros; acho que vou desistir, por que desse jeito, não tenho chance de continuar [...].

Surgiu então uma grande discussão sobre o que precisavam aprender de programas de sistemas de programação. O grupo foi tranquilizado pelo mediador de língua portuguesa, que se colocou à disposição para tirar qualquer dúvida durante as aulas, depois delas, inclusive nos sábados, para quem tivesse dificuldade em usar quaisquer das ferramentas computacionais.

4º ENCONTRO

Ao fazer a chamada, o mediador de letras percebeu que FRAL não se encontrava, perguntado para a estagiária, foi informado da desistência do projeto. A estagiária informou, também, que sabia que foi por problemas familiares. A aula começou com a cobrança pelo mediador, dos orçamentos para a aprovação da confecção das arenas. O grupo havia, como combinado, trazido os orçamentos que foram enviados por e-mail pelas empresas. Após analisados foi considerado o menor preço, que foi imediatamente aprovado pela Coordenação.

Os primeiros protótipos dos carros robôs começaram a ficar prontos, cada um com um design diferente que marcava a identidade de cada equipe, o que gerava certa competição entre elas. As programações continuaram sendo enviadas para os robôs de teste, via blutuf e cabo USB. Inicialmente, os testes foram no piso cerâmico do laboratório, sem as rotas (ruas e avenidas) indispensáveis para ir e vir dos robôs, que eram programados para cumprir as tarefas que continham conteúdos de matemática que haviam sido selecionados.

Para exemplificar, basta observar a correlação entre o uso de tecnologias, o conhecimento específico de algumas disciplinas e sua aplicação às atividades da Oficina. O que se verificou, assim, em uma atividade do projeto “Intelligent Traffic” pensado para o 7º ano, que incluiu dois obstáculos para serem transpostos pelo robô/carro foi que esses constituíram um problema solucionado por meio da programação do dispositivo.

Ao longo do percurso, duas caixas de madeira medindo 5 cm de altura x 4 cm de largura foram posicionadas aleatoriamente cruzando o caminho, o que obrigava o robô a se desviar do obstáculo e retornar à pista. Para obter sucesso nessa empreitada o estudante teve que utilizar na atividade de programação conhecimentos de matemática, listados abaixo, para delimitar o espaço necessário para a manobra exigida e assim fazer com que o dispositivo ultrapassasse as caixas. O modelo de robô adotado para essas tarefas exigiu a consideração de fatores tais como distância entre rodas, altura, largura e comprimento do carro, raio e diâmetro das rodas. Alguns cálculos foram feitos por meio do uso da regra de três, por exemplo.

Os conteúdos do 7º ano do ensino fundamental, relativos à matemática e física, discutidos pelo grupo que ajudou nessa atividade foram: Operações com números naturais, Frações, Números inteiros, Operações com números inteiros, Coordenadas: localização de um ponto, Expressões numéricas, Introdução à geometria, Sólidos geométricos, Regiões planas e contornos, Equação do primeiro grau, Problemas envolvendo equações, Ângulos complementares, Ângulos suplementares, Ângulo interno de um polígono, Soma dos ângulos internos de um polígono, Polígonos regulares, Razão, Proporção, Grandezas diretamente/indiretamente proporcionais, Regra de três simples e composta, Ideia de velocidade constante, Movimento retilíneo uniforme, Gráficos e Circunferências.

Os estudantes começaram perceber a relação do meio lógico com os conteúdos de matemática registrados nos cadernos e o meio físico, quando a programação mostrava probabilidades e porcentuais de erros e acertos, que foram objetos de discussão das equipes com os mediadores. Conversaram com os mediadores sobre as dificuldades de relacionar os ambientes com a lógica e que os resultados observados quando os robôs executavam as tarefas os que não entendiam antes o que era ambiente virtual e sua relação com o ambiente físico e as simulações, os permitia ver tais relações.

Os estudos para a escolha dos conteúdos teóricos que foram aplicados na prática começou, então, a ser um processo natural de discussão entre os estudantes e os mediadores para as programações no sistema NXT, que se intensificavam e exigiam cada vez mais dedicação e concentração dos estudantes. Eles foram informados pelo mediador de que a matemática que as teorias usadas pelos mesmos nas programações precisavam ter maiores critérios e

entendimento do conceito “para que serve” e que seriam desafiados a qualquer momento para utilizá-los.

O mediador informou, ainda, que esse desafio seria de fundamental importância para que pudessem compreender os fenômenos dos erros e dos acertos porque são imprescindíveis na aprendizagem e que essa ideia de desafio os possibilitaria refazer a programação quantas vezes fossem necessárias, todas as vezes que os resultados não fossem os esperados.

Os mediadores voltaram a falar, rapidamente, da necessidade de achar uma solução para os problemas de programação, engenharia mecânica, eletro/eletrônicos entre muitos outros, e que esses não poderiam ser deixados para depois em hipótese alguma para não acumular