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Os enfermeiros delegam funções de enfermagem noutros profissionais

ENFERMAGEM: A ROOT CAUSE ANALYSIS

2.5 Os enfermeiros delegam funções de enfermagem noutros profissionais

menos preparados 1 5 2 2 2.07 .92

3.1 O risco de quedas é avaliado (…) de acordo com protocolo instituído. 1 5 5 4 3.84 1.30 3.2 Os procedimentos de prevenção de quedas são ajustados tendem em

consideração a avaliação do risco 1 5 4 4 4.01 .98

3.3 A vigilância do doente é ajustada ao risco avaliado 1 5 4 4 4.03 .88

4.1 No início do internamento é realizada uma avaliação clínica global (…). 1 5 5 5 4.46 .76 4.2 É realizada a inspeção periódica da pele em áreas de risco ou de úlceras prévias 3 5 5 5 4.58 .55

4.3 São utilizadas escalas de estratificação do risco (…) 1 5 5 5 4.27 1.10

4.4 São implementadas medidas preventivas ajustadas aos fatores de risco 1 5 4 4 4.35 .66 4.5 Os cuidados gerais à pele são adequados às necessidades identificadas 1 5 4 4 4.36 .58

4.6 O suporte nutricional é ajustado às necessidades 1 5 4 4 3.85 .69

4.7 Os reposicionamentos são ajustados às necessidades 2 5 4 4 4.24 .65

5A.1 Existirem medicamentos com rótulo e embalagem semelhantes 1 5 2 2 2.36 .96

5A.2 Existirem muitos medicamentos no mesmo horário 1 5 4 3 2.83 1.17

5A.3 A farmácia enviar o medicamento com apresentação errada 1 5 2 2 2.10 .72

5A.4 Medicamento não disponível em tempo oportuno 1 5 2 2 2.46 .83

5A.5 O enfermeiro ser interrompido durante a atividade 1 5 3 3 2.87 1.00

5A.6 Distração do enfermeiro 1 4 2 2 2.06 .66

5B.1 Falhas na comunicação sobre mudanças na acomodação do doente 1 5 2 2 1.63 .62 5B.2 Falhas na comunicação entre médico e equipa de enfermagem sobre

alteração da prescrição médica 1 5 2 2 2.30 .81

5B.3 Falhas na comunicação (Prescrição médica oral ou por telefone) 1 5 2 2 2.05 .74 5B.4 Falhas na comunicação (ausência de registo da administração anterior) 1 4 2 2 1.90 .64

5B.5 Má identificação do medicamento preparado 1 5 2 2 1.71 .62

5B.6 Incumprimento de procedimentos de identificação do doente 1 5 2 2 1.68 .62

5B.7Falhas na execução da técnica de administração 1 5 2 2 1.64 .59

5C.1Falhas na vigilância dos ritmos das perfusões 1 5 2 2 2.25 .73

5C.2Falhas na vigilância dos efeitos da medicação 1 5 2 2 2.06 .66

6.3.1HM antes e após o contacto com o doente 1 5 4 4 4.12 .77

6.3.2HM antes de procedimentos que exijam assepsia 1 5 5 5 4.56 .66

6.3.3 HM após o contacto com sangue e fluidos corporais 1 5 5 5 4.73 .59

6.4 Os Equipamento de Proteção Individual (EPI) são selecionados e ajustados aos

procedimentos a realizar 1 5 4 4 4.11 .76

6.5 Na manipulação de material corto/perfurante são evitados procedimentos

inadequados (…) 1 5 4 4 3.91 .91

6.6 Os objetos cortam/perfurantes (...) são acondicionados em contentores rígidos,

localizados próximo da realização do procedimento 1 5 5 5 4.41 .79

6.7 A acomodação dos doentes realiza-se de acordo com a suscetibilidade

imunológica e condição clínica do doente (…) 1 5 4 4 3.80 .90

6.8 Os resíduos hospitalares são objeto de tratamento apropriado. consoante o grupo

a que pertencem 1 5 5 5 4.42 .61

6.9 A roupa suja é triada junto do local de proveniência, acondicionada em saco

próprio e transportada para a lavandaria em carro fechado 1 5 5 5 4.44 .76

173 A análise das percentagens observadas em cada descritivo da escala (nunca,

raramente, algumas vezes, frequentemente e sempre) fornece-nos uma indicação dos

níveis de adesão às práticas em estudo, aspeto que consideramos importante para a reflexão e proposta de melhoria das mesmas.

Na Tabela 7.28, podemos observar as frequências das práticas de vigilância, advocacia, prevenção de quedas e de úlceras de pressão. Verificamos que os enfermeiros assinalam elevada frequência de cumprimento das práticas de vigilância, observando-se valores percentuais de frequentemente ou sempre superiores a 87% nos itens “os

doentes são adequadamente vigiados” e “as alterações do estado clínico são oportunamente detetadas”.

Já no que se refere às práticas de advocacia, observamos que 20.95% dos enfermeiros referem que apenas algumas vezes “os enfermeiros se assumem como advogados na

defesa dos interesses do doente e família” e 33.1% dos respondentes consideram que

algumas vezes “os enfermeiros questionam a prática de outros profissionais quando

estão em causa interesses do doente/família”.

Relativamente às práticas de privacidade e confidencialidade, 87.9% dos enfermeiros considera que se respeita sempre ou frequentemente a privacidade do doente e 93% referem que os enfermeiros respeitam sempre ou frequentemente a confidencialidade do doente.

No que se refere às práticas de prevenção de quedas, verificamos que apenas 70.5% dos enfermeiros consideram que sempre ou frequentemente se avalia o risco de queda de acordo com protocolo, 11.3% dos enfermeiros referem que esta prática é realizada algumas vezes e cerca de 18 dos enfermeiros admitem que nunca ou raramente este risco é avaliado. As práticas de “ajustamento dos procedimentos de prevenção de quedas e de ajustamento da vigilância do doente ao risco avaliado”, são mais frequentes, contudo uma percentagem importante dos enfermeiros (12.8 e 15.5%, respetivamente) refere que apenas algumas vezes se realiza o ajustamento das práticas preventivas ao risco de quedas.

Quando nos focamos nas práticas preventivas de úlceras de pressão, verificamos que os enfermeiros percecionam uma boa adesão na maioria destas práticas, apresentando valores de sempre ou frequentemente superiores a 90%. Valores mais críticos encontram-se no item “o suporte nutricional é ajustado às necessidades”, onde 2% dos enfermeiros referem que nunca ou raramente isto acontece e 26.2% dos enfermeiro considera que apenas algumas vezes se realiza esta prática.

Política de segurança e eventos adversos associados aos cuidados de Enfermagem

Relativamente às práticas de avaliação do risco de úlceras de pressão, 10.2% dos enfermeiros consideram que nunca ou raramente “são utilizadas escalas de

estratificação do risco de úlceras de pressão” e 7.6% referem que esta prática é realizada

apenas algumas vezes.

Tendo em consideração os pressupostos de análise usados na avaliação da cultura de segurança, salientamos como práticas a necessitar de particular atenção (valores de respostas frequentemente ou sempre inferiores a 75%) os itens “Os enfermeiros

questionam a prática de outros profissionais quando está em causa o interesse do doente” e “ O risco de quedas é avaliado em todos os doentes, de acordo com protocolo”.

Tabela 7.28 – Práticas de vigilância, advocacia, prevenção de quedas e de úlceras de pressão: Frequência de respostas em percentagem (n=798)

Itens Nunca Rara

mente Algumas vezes Frequen- temente Sempre

Os doentes são adequadamente vigiados .4 1.4 10.4 58.0 29.8

As alterações do estado clínico são oportunamente detetadas 0 .9 9.8 66.4 22.9 Os enfermeiros assumem-se como verdadeiros advogados dos

interesses do doente e família .9 2.4 20.9 56.5 20.0

Os enfermeiros questionam a prática de outros profissionais

quando está em causa o interesse do doente .3 5.8 33.1 49.8 11.0

Os enfermeiros respeitam a privacidade do doente .3 .6 11.3 57.5 30.4

Os enfermeiros respeitam a confidencialidade do doente .1 .1 8.4 48.4 42.9

O risco de quedas é avaliado em todos os doentes, de acordo

com protocolo… 9.3 8.9 11.3 29.2 41.3

Os procedimentos de prevenção de quedas são ajustados tendo

em consideração a avaliação do risco 3.5 4.3 12.8 46.3 33.1

A vigilância do doente é ajustada ao risco avaliado 2.4 2.3 15.5 49.2 30.5

No início do internamento é realizada uma avaliação clínica global .6 1.4 8 31 58.9 É realizada inspeção periódica da pele em áreas de risco ou de

úlceras prévias 0 0 2.8 36.8 60.4

São utilizadas escalas de estratificação do risco (escalas de

Braden e/ou de Norton) 4.2 6 7.6 22.8 59.4

São implementadas medidas preventivas ajustadas aos fatores

de risco .5 .8 5.1 50.6 43.0

Os cuidados gerais da pele são adequados às necessidades .1 .4 3.6 55.1 40.9

O suporte nutricional é ajustado às necessidades .1 1.9 26.2 56.9 14.9

Na Tabela 7.29, apresentamos as frequências de repostas observadas nos itens que avaliam as falhas na preparação, administração e vigilância da medicação.

Numa primeira análise, salienta-se uma perceção mais elevada da frequência de falhas nos itens relacionados com preparação da medicação, particularmente nos itens

“Existirem muitos medicamentos no mesmo horário” (37.2% de frequentemente ou

sempre), e “o enfermeiro ser interrompido durante a atividade” (29.9% de frequentemente ou sempre). Nestes itens as percentagens de respostas positivas

(nunca ou raramente) são inferiores a 50%, indiciando áreas prioritárias a ter em atenção.

175 Apresentam respostas positivas entre 50 e 75% (indiciando aspetos críticos que necessitam de melhoria) os itens “Medicamentos com rótulo e embalagem semelhantes”

(60% de nunca ou raramente) e “o medicamento não está disponível em tempo oportuno” (51.6% de nunca ou raramente)

Observando os valores obtidos nas falhas de administração de medicação, verificamos que estas ocorrem sobretudo por “falhas na comunicação médico/enfermeiro, sobre

alteração da prescrição médica”. Apesar de 61.25% dos enfermeiros considerarem que

estas falhas nunca ou raramente ocorrem, 31.7% dos enfermeiros consideram que estas falhas ocorrem algumas vezes. Relativamente às falhas de comunicação decorrentes da prescrição médica oral ou por telefone, 20.2% dos enfermeiros consideram que estas ocorrem algumas vezes.

Na vigilância de medicação observam-se sobretudo “falhas na vigilância dos ritmos das

perfusões”, com 67.2% dos enfermeiros a responderem que estas falhas ocorrem

raramente ou nunca e 28.4% dos enfermeiros a percecionarem que estas falhas

ocorrem algumas vezes.

Tabela 7.29- Falhas na preparação, administração e vigilância da medicação: Frequência de respostas em percentagem (n= 798)

P Itens Nunca Rara-

mente Algumas vezes Frequente- mente Sempre

Existirem medicamentos com rótulo e embalagem semelhantes 18.9 41.1 25.6 14 .4

Existirem muitos medicamentos no mesmo horário 15.3 28 19.5 33 4.2

A farmácia enviar o medicamento errado 17.9 57.3 21.5 3.2 .1

O medicamento não estar disponível em tempo oportuno 12.3 39.3 38.7 9.5 .1

O enfermeiro ser Interrompido durante a atividade 8.5 29 32.6 26.8 3.1

Distração do enfermeiro 16.4 62.8 18.7 2 .1

Falhas na comunicação sobre mudanças na acomodação de

doentes 43.9 50 5.4 .5 .1

Falhas na comunicação médico /enfermeiro sobre alteração da prescrição médica

15.2 46.6 31.7 6.4 .1

Falhas na comunicação (prescrição médica oral ou por telefone) 22.1 54.5 20.2 3 .1 Falhas na comunicação (ausência de registo da administração

anterior)

24.4 61.9 12.4 1.3

Falhas na identificação do medicamento preparado 36.8 56.3 6.3 .5 .1

Incumprimento dos procedimentos de identificação do doente 40.4 52.0 7.3 .1 .1

Falhas na execução da técnica de administração 40.8 55.5 2.9 .6 .1

Ocorrem falhas noa vigilância dos rimos das perfusões 12.3 54.9 28.4 4.2 .3 Ocorrem falhas na vigilância dos efeitos da medicação 16.8 62.2 19.2 1.5 .3

Quando analisamos as práticas de controlo/prevenção das IACS, conforme Tabela 7.30, encontramos uma perceção de cumprimento das práticas recomendadas bastante elevada, com valores de respostas positivas superiores a 80% na maioria das práticas. Mais de 90% dos enfermeiros considera que frequentemente ou sempre se realiza a higienização das mãos antes de procedimentos que exijam assepsia e após o contacto com sangue e fluídos corporais. Contudo, relativamente à higienização das mãos antes e

Política de segurança e eventos adversos associados aos cuidados de Enfermagem

após contato com o doente, existe uma perceção de que esta é menos frequente, referindo 12.5% dos enfermeiros que esta prática se realiza apenas algumas vezes e cerca de 3% que nunca ou raramente se realiza.

Nas práticas de higiene ambiental (cuidados com resíduos e roupa suja) os enfermeiros manifestam uma elevada perceção do cumprimento de práticas adequadas (percentagem de respostas frequentemente ou sempre superiores a 93%). Os itens onde se observam percentagem de respostas positivas (frequentemente ou sempre) inferiores a 75 %, alertando para a necessidade de ações de melhoria, referem-se aos cuidados com a manipulação de corto-perfurantes “Na manipulação de objetos corto perfurantes são

evitados procedimentos inadequados” (70.8% de frequentemente ou sempre) e à

acomodação de doentes “A acomodação dos doentes realiza-se de acordo com a

suscetibilidade imunológica e condição clínica do doente” (67.1% de frequentemente ou

sempre).

Tabela 7.30- Práticas de controlo/prevenção das IACS:Frequência de respostas em percentagem (n=798)

Itens Nunca Rara

mente Algumas vezes Frequente- mente Sempre

A higieniza as mãos realiza-se antes e após contacto com o

doente .6 2.5 12.5 52.9 31.4

A higieniza as mãos realiza-se antes da realização de

procedimentos que exijam assepsia .3 1.3 3.9 31.4 63.2

A higieniza as mãos realiza-se após o contacto com sangue e

fluidos corporais. .4 1.3 1.4 18.9 78.1

Os Equipamento de Proteção Individual (EPI) são

selecionados e ajustados aos procedimentos a realizar .5 2.3 13.7 52.6 31 Na manipulação de objetos corto perfurantes são evitados

procedimentos inadequados (dobrar ou recapsular agulhas) .8 6.7 21.8 42.5 28.3 Os objetos corto/perfurante são acondicionados em contentores

rígidos, localizados próximo da realização do procedimento .4 2.4 9.2 31.7 56.3 A acomodação dos doentes realiza-se de acordo com a

suscetibilidade imunológica e condição clínica do doente 1 7 24.9 44.8 22.3 Os resíduos hospitalares são objeto de tratamento apropriado,

consoante o grupo a que pertencem .4 .5 5.2 44.6 49.3

A roupa suja é triada junto do local de proveniência, acondicionada em saco próprio e transportada para a

lavandaria em carro fechado 1.1 1.1 6.2 35.6 55.9

A análise descritiva dos itens permitiu-nos evidenciar que estes possuem bom poder discriminativo, salientar as melhores práticas e identificar as práticas em que se percecionam percentagens de cumprimento que alertam para a necessidade de uma particular atenção. Assim, consideramos prioritário dar atenção às práticas onde a percentagem de respostas positivas é inferior a 75%. Estas foram observadas nos seguintes itens:

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