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Parte III – Relatório Monográfico

6. OS PRIMEIROS PASSOS NA MNSL

Conciliando com a venda das rifas, o início oficial das atividades da equipe de comunicação ocorreu em 10 de agosto de 2010. Já neste dia, a Maternidade recebeu a visita da jornalista Luciana Martins, que trabalhava na campanha da então candidata ao senado Lúcia Vânia. Ela veio concretizar o que havia sido estipulado pela produtora da equipe da Senadora, que tinha estado na MNSL na sexta-feira anterior e marcado gravação para o programa eleitoral de Lúcia Vânia.

Gravou-se em frente à fachada da unidade entrevista com a servidora Olga Rodrigues do centro cirúrgico, uma das mais antigas da casa. Ela lembrava-se das melhorias feitas pela candidata na estrutura física da unidade, quando primeira-dama do Estado. Foram ainda capturadas imagens de mães amamentando e da galeria de fotos da maternidade, em que constam homenagens à Lúcia Vânia.

Já as primeiras ações programadas se concentraram em conhecer a cultura organizacional da maternidade e produzir notícias para abastecer o Jornal Mural existente, que no momento apresentava conteúdo defasado e uma decoração decaída (apêndice B). Essa situação se devia à falta de tempo da funcionária Sthella para escrever novos textos e à saída da profissional do Departamento de Recursos Humanos, Karla Cristina, até então responsável pela decoração mensal do jornal.

Desde o princípio do trabalho, o Jornal Mural foi uma das ações eleitas como prioritárias. Trabalhava-se para atender às necessidades do público interno, que muitas vezes colaborou sugerindo pautas para o veículo. Duarte (2002, p.246-247) também acredita nas potencialidades de comunicação do Jornal Mural e critica a sua má utilização:

apesar de potencialmente eficaz, é um instrumento muitas vezes desprezado em razão do seu uso inadequado. Um dos principais equívocos é não existir um processo rotineiro de atualização das informações. Má localização dos quadros de avisos, informações antigas e desorganização tornam os jornais murais confusos e desinteressantes.

Seguindo a linha de pensamento de Duarte, iniciou-se esse processo de atualização das informações do jornal. Divulgou-se a obrigatoriedade do teste da orelhinha e como ele seria feito na MNSL, as atividades realizadas na semana do aleitamento materno, além de notas sobre a vacinação contra a paralisia infantil, a oferta de cursos e palestras de qualificação profissional e a aquisição de novos focos de luz e bisturi elétrico para o centro cirúrgico da maternidade.

A primeira inovação do Jornal Mural, promovida pela Assessoria, foi a decoração inspirada no dia da televisão, comemorada em agosto. Em suas bordas foram afixadas cartolinas de cor preta; na parte superior foi colocada uma antena feita de papel laminado prata; na parte inferior, do lado direito constava botões de isopor para as funções de liga, desliga, volume e canal. Tudo isso para dar a ideia de transformação do mural em uma TV (apêndice B).

Essa mudança não abarcou apenas o visual do Jornal como também renovou o conteúdo dos textos. Para elaborar o especial de TV, os integrantes da Assessoria visitaram os setores da maternidade e conversaram com os funcionários. O objetivo era elencar programas de televisão que marcaram a vida das pessoas, entrevistadas de maneira informal. O resultado foi extremamente positivo, pois os estudantes tiveram a oportunidade de interagir com os

colaboradores e também de promover o diálogo entre eles. A cada momento, um programa era lembrado, sempre acompanhado de uma boa história para contar.

Os programas mais recordados ganharam espaço no jornal sob o título “Pane na TV mural”. O mural foi então comparado a uma TV que estaria teoricamente em pane, a qual a partir do dia 24 até 27 de agosto ficaria sintonizada 24 horas no canal “infância televisiva”. Este canal exibiu uma retrospectiva de programas que marcaram época. Junto ao texto de apresentação foi criado um boxe com breve histórico desse eletroeletrônico e especificada a programação, assim dividida: quarta-feira – O mundo é das crianças e Vila Sésamo; quinta- feira – Sítio do Pica-pau Amarelo e Caverna do Dragão; e sexta-feira – Os Trapalhões e Chaves.

O conteúdo do especial, que ocupava duas folhas de A4 do mural, era trocado a cada dia sempre às 14h, e consistia em sinopse e curiosidades dos programas, além de relatos de histórias interessantes colhidas durante as conversas. Descobriu-se, por exemplo, que Lúcia de Fátima Almeida Avils, telefonista, tinha sido no passado uma das estrelas da TV Anhanguera. Ela participou, durante oito anos, como dançarina mirim do programa regional O Mundo é das Crianças, apresentado por Magda Santos e o pequeno Luiz Antônio.

Com essa nova fase do Jornal Mural foram feitas mudanças no layout das matérias, que passaram a ter mais fotos e desenhos coloridos. Antes disso, as notícias e textos eram em preto e branco. Esse colorido trouxe um novo visual para o Jornal Mural e houve grande aprovação dos colaboradores da MSNL. Além disso, foi realizada uma sessão de fotos da maternidade durante os primeiros dias, com o objetivo de formar um banco de imagens e de registrar o “antes e o depois” do início do projeto. Nesse sentido, Duarte (2002) mostra que a formação de um banco de material fotográfico da organização é um dos serviços da assessoria de imprensa e que pode ser utilizado para acompanhar releases e relatórios dirigidos ao público externo, disponibilizar na Internet, além de auxiliar os jornalistas quando as imagens forem solicitadas.

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