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Os Simuladores em Excel Relativos a este Capítulo

No documento Pinhais bravos. Ecologia e gestão (páginas 55-60)

No CD, existe a pasta EXCEPB, onde se encontram vários simuladores para povoamentos com Pb, inscritos em ficheiros Excel. Escolhi esta folha de cálculo porque quase todas as outras folhas abrem os seus ficheiros, embora com alguma dificuldade os que têm macros escritos em Visual Basic for Applications. A estrutura desta pasta ilustra-se na figura 3.4.

As folhas do Excel são auto-explicativas, e a sua utilização não oferece qualquer dificuldade. O leitor deve meter os dados do povoamento que quer simular nas células que têm números em cor verde, substituindo os que lá se encontram. Após isto, a folha refaz os seus cálculos e apresenta os novos valores. As variáveis são explicitadas nas unidades já mencionadas.

Os simuladores relacionados com este capítulo encontram-se nos ficheiros BRAKHABA, BRAKHABA2; ESTRUT e VOLARV, guardados na pasta REGULARES. No quadro 3.10, apresento uma descrição tabelada dos simuladores.

Figura 3.4. Estrutura da pasta EXCEPB. Os ficheiros Excel encontram-se todos nas pastas do nível mais baixo. A pasta EBMIX2 tem os simuladores de povoamentos mistos de duas espécies; a pasta EBMIX3 tem os simuladores de povoamentos mistos de três espécies

Repito que todos estes simuladores admitem que os PPAR de Pb se comportam deterministicamente, o que não acontece na realidade, por isso não dão com rigor os futuros valores das variáveis projectadas. Não é possível estabelecer um simulador que faça isto.

O leitor verificará que o valor de expectativa do solo é sempre decrescente. Isto é uma consequência da estratégia bionómica do Pb, e este assunto será aprofundado no capítulo seguinte.

Pasta EXCEPB

Pasta

MISTOS PUROSPasta

Pasta

Quadro 3.10. Descrição sumária dos simuladores conexos a este capítulo, disponíveis na pasta REGULARES

Simulador O que pede O que fornece

BRAKHABA Idade, densidade, dap médio,

altura média, altura dominante, volume em pé

Tabela de produção clássica com valores decenais, ACAM e idade de ocorrência. Vários gráficos

BRAKHABA2 Os mesmos do simulador, mais

dados para calcular o valor de expectativa do solo (preço da madeira, custo da regeneração, custos fixos anuais, taxa de juro)

Valores anuais do 10 aos 80 anos da tabela de produção clássica, volumes do auto- desbaste, valor de expectativa do solo. Vários gráficos

ESTRUT Estrutura dimensional do

povoamento, por classes de dap

Projecta as classes de diâmetro, de 10 em 10 anos

SOBA2H Pede valores da altura

dominante as 40 anos e de Fw

Estabelece a estrutura do correspondente PPAR, projecta- o anualmente, estima os volume do auto-desbaste, o valor de expectativa do solo e traça vários gráficos

VOLARV Dap, altura, opcionalmente a

classe de qualidade e o Fw Calcula o volume da árvore

Bibliografia

Barreto, L. S. 1988. The Form Factor of Stands Following the “3/2 Power Law”. Centro de Estudos Florestais, INIC, Lisboa.

Barreto, L. S. 1995a. The Fractal Nature of the Geometry of Self-Thinned Pure Stands. Silva Lusitana, 3(1):37-52.

Barreto, L. S, 2003 A Unified Theory for Self-Thinned Pure Stands. A Synoptic Presentation.

Research Paper SB-03/03. Departamento de Engenharia Florestal, Instituto Superior de Agronomia.

Barreto, L. S. 2004. A Inteligibilidade da Equação do Volume da Árvore. Research Paper SB- 04/04, Departamento de Engenharia Florestal, Instituto Superior de Agronomia.

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A ECONOMIA E A SILVICULTURA DOS PINHAIS BRAVOS REGULARES

4.1. Introdução

Este capítulo aproveita, em grande extensão, de Barreto (2004c).

Juntei neste capítulo a silvicultura e a economia do pinhal bravo regular porque entendo estarem elas intimamente ligadas: só vale a pena ao empresário florestal (EF) fazer intervenções no seu arvoredo, se a valorização dos produtos melhorados pelo mercado (preço) for compensatório. De outra maneira o EF perde dinheiro.

Nos capítulos anteriores, apresentei instrumentos para caracterizar a população do Pb, e depois caracterizei-a no capítulo 3. Este capítulo tem um cariz diferente: pretende utilizar o conhecimento atrás exposto para intervir no PBR (=pinhal bravo regular, lembrando).

Posto este esclarecimento preliminar, explano sumaria e graficamente, na figura 4.1, o esquema de gestão em que se insere a análise deste capítulo. Este diagrama tem implícito o seguinte: a) o EF deve instalar o uso do computador na gestão do seu património florestal; b) as simulações para serem fiáveis têm de se apoiar num sólido edifício teórico. Esta estratégia de abordagem tem implicações na organização do capítulo.

No meu entender, na perspectiva deste livro, encaramos dois tipos de intervenção no PBR: as que visam dominantemente a prevenção do risco do fogo, e as que procuram melhorar a qualidade final do produto lenhoso. As primeiras não caiem dentro do escopo deste livro, mas entendo que o EF deve fazer tudo que lhe seja racionalmente possível, para proteger o seu património florestal deste flagelo.

Quanto ao segundo tipo de intervenções - limpezas, desramações, e desbastes - só me ocuparei dos últimos. Em relação às limpezas e desramações, antes de aplicadas devem também ser submetidas à análise económica.

Este texto é uma convergência de trabalhos meus, já divulgados, nos propósitos deste capítulo: o desbaste e a economia do pinhal bravo.

Os seus vectores principais são

1. A caracterização da dinâmica do pinhal bravo com o modelo KHABA (Barreto, 1990). 2. A minha reinterpretação do modelo r-K, para as estratégias bionómicas, enriquecida pelos índices de crescimento, regeneração e sobrevivência, que estabeleci quase simultaneamente (Barreto, 2003a,b). É aqui pertinente assinalar a conveniência do leitor recorrer à capacidade ilustrativa do meu software SB-CRESCER, divulgado em Maio de 2003 (Barreto, 2003e), para melhor contextuação de parte do que adiante exporei.

3. O método SOBA (Barreto, 1995), e os simuladores atinentes já divulgados, no software BRAVO 1 e BRAVO 2, divulgado em Janeiro de 2002.

4. As minhas anteriores abordagens da condução do pinhal bravo, sobretudos os artigos dedicados ao desbaste (Barreto, 1994, 2001). Em complemento a estes textos, divulguei uma disquete com o simulador SB-BARTHIN (Abril de 2002), programado em Visual Basic 6. O método SB-BARTHIN (MBT) culmina uma preocupação inquisidora que durou uma década. Só depois de dispor do simulador SOBA (Barreto, 2000), e posteriormente o ter aperfeiçoado, alcancei uma solução para o problema que me atenazava (é o termo): esclarecer de forma abrangente o efeito de desbaste sobre o crescimento das árvores, derivar daqui instrumentos de aplicação e ensaiá-los com o Pb.

5. Para melhor perspectivar a análise do Pb, cotejo-a com a dos povoamentos puros auto- desbastados regulares (PPAR) de pinheiro da Córsega (PC; Pinus nigra ssp. laricio), beneficiando de Barreto (1988a,b; 1993; 1998; 1999; 2004b) e do software NIGRA, que divulguei em Março de 2003 (Barreto, 2003d).

6. Menos vincadamente, merecem também referência Barreto (1969a,b; 1970a,b; 1971; 1972; 1994).

Figura 4.1. Esquema conceptual onde se insere a análise expendida neste capítulo

Em extensão digna de registo, a análise que se apresenta, pelo enquadramento e pelas conclusões, diverge do discurso habitual neste domínio. São elaborações com fundamento teórico, e argumentativo coerentes, que pretendem chamar a tenção para a necessidade de se continuar a aprofundar a economia da silvicultura do Pb, sob esta nova perspectiva, mormente quando se procura levar os proprietários rurais a intensificá-la. Como não tenho dados

Empresário (estratégia e objectivos de gestão) Alternativas de intervenção cultural Mercado Simuladores Avalia - ção das Não satisfaz Satisfaz Aplicação ao pinhal Conhecimento - Teoria -Caracterização do Pb Contribuição neste livro

empíricos exaustivos que suportem os meus resultados, com humildade e prudência, encaro esta análise como um acervo de conjecturas a que darei o devido enquadramento no fim do capítulo.

No documento Pinhais bravos. Ecologia e gestão (páginas 55-60)

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