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CAPÍTULO II SOBRE OS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DA

2.2 Os sujeitos da pesquisa

Para compreendermos a trajetória desenvolvida no Subprojeto de Matemática no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência como espaço de constituição de professores de Matemática, foi constituído um coletivo composto pelo pesquisador (colaborador

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do Projeto), pelo bolsista coordenador, responsável pelo subprojeto Matemática, pelo bolsista supervisor, por bolsistas licenciandos da Faculdade de Matemática da Universidade Federal de Uberlândia, e por alguns colaboradores voluntários. O foco foi a Formação inicial desses licenciandos bolsistas do Projeto.

Na formação desse coletivo, tivemos sempre em mente as considerações de Rey (2005):

[...] não é o tamanho do grupo que define os procedimentos de construção do conhecimento, mas sim as exigências de informação quanto ao modelo em construção que caracteriza a pesquisa. Quando o modelo tem por objetivo um conhecimento institucional ou comunitário fica evidente que o trabalho com grupos significativos nesses espaços sociais é essencial, pois esses grupos se desenvolvem no curso da própria pesquisa e responderão a critérios essencialmente qualitativos (REY, 2005, p.110).

Somo guiados por Souza Júnior (2000), quando assegura que “o trabalho coletivo é um espaço privilegiado para o processo de reflexão dos professores e o diálogo é fundamental para a produção e socialização dos saberes profissionais”. Também afirma que “o trabalho coletivo possibilita a criação ou consolidação de um espaço de busca de autonomia e emancipação coletiva dos professores”.

Assim sendo, o subprojeto se iniciou em meados de agosto de 2011, com um grupo de dez bolsistas, divididos igualmente entre as duas escolas de Uberlândia, participantes do subprojeto. Na opção por uma das escolas, foi feita, automaticamente, a escolha pelos cinco sujeitos da pesquisa. Já com o Projeto em andamento, consequentemente também a pesquisa, mais seis licenciandos foram agregados ao subprojeto, três para a escola onde essa pesquisa foi desenvolvida. Além disso, um dos licenciandos que iniciaram o Projeto se transferiu para outro Programa, o que fez com que outro licenciando tomasse seu lugar no grupo. Dessa forma, no total, tivemos nove sujeitos inseridos nessa pesquisa, alguns durante todo o tempo e outros parcialmente. Lembramos que, na descrição dos sujeitos, tomamos o cuidado de utilizar pseudônimos em lugar dos nomes originais. Tais pseudônimos foram escolhidos pelos próprios alunos.

Segue a descrição de cada um na Tabela 1. TABELA 1 Descrição dos sujeitos de pesquisa

Pibidiano Descrição Informações em suas palavras

Semestres participantes do PIBID

Calvin

Calvin nasceu na cidade de Uberlândia no ano de 1991. Morou na cidade a vida toda. Estudou praticamente todo o Ensino Fundamental em escolas da rede pública. Na antiga oitava série foi para o colégio particular Anglo e ficou lá até o segundo ano, terminando o Ensino Médio no colégio Quality, hoje conhecido como Universitário.

Em 2008/1 eu ingressei na UFU para o Curso de Matemática, pois gostava muito, só que chegando aqui não era nada do que eu imaginava, reprovei algumas vezes, até firmar no curso. Em 2010/1 fui selecionado para fazer parte do Projeto PIBID e fui encaminhado para a Escola XXXXXXXXX (que fica próxima à minha casa). Em 2011 fui selecionado para fazer parte do novo Projeto PIBID e convidado por um professor para fazer Iniciação Científica. Escolhi o pseudônimo Calvin em homenagem a um teólogo francês chamado João Calvino (John Calvin) que teve uma grande influência na Reforma Protestante. 2011/2º 2012/1º 2012/2º 2013/1º Pitágoras

Pitágoras tinha 19 anos de idade quando entrou para esse subprojeto de Matemática do PIBID. Também nascido em

Escolhi esse pseudônimo por fazer referência ao pai da Geometria, matéria que vou desenvolver meu Projeto

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Uberlândia, considera-se um rapaz bem tranquilo e, muitas vezes, tímido. Seu esporte favorito é natação, e time do coração é o Corinthians.

dentro do PIBID. Citação: “Viver, viver e ser livre saber dar valor para as coisas mais simples” Charlie Brown Jr.

Pascoalina

Pascoalina tinha 19 anos quando ingressou no subprojeto de Matemática. Nascida também em Uberlândia, no ano de 1992, estudou no CAIC GUARANI durante todo o Fundamental, depois na escola Neuza Rezende durante o Ensino Médio . Formada técnica de contabilidade, ingressou na UFU por meio do antigo PAIES no primeiro semestre de 2010.

Resolvi escolher esse pseudônimo por ser o nome de uma das alunas com quem eu trabalho no PIBID e ela ter-me contado que não gosta do nome, pois é vítima de gozação por parte dos coleguinhas da escola. 2011/2º 2012/1º 2012/2º 2013/1º Ester

Ester, também natural de Uberlândia, passou a infância em fazendas do município de Monte Alegre de Minas, uma cidadezinha perto. Até a quarta série do Ensino Fundamental, estudou em uma escola rural da região. Com dez anos de idade, mudou-se para Uberlândia, onde concluiu os estudos, prestou vestibular e começou a cursar Matemática na UFU no segundo semestre de 2008.

Escolhi como meu pseudônimo Ester, pois ela foi uma rainha doce, gentil, sábia, inteligente e de pulso firme.

Uma citação: “A mente que se abre a uma nova ideia jamais volta ao seu tamanho original” Albert Einstein.

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Rosana

Rosana, a exemplo de todos, nasceu em Uberlândia. Estudou na ESEBA - Escola de Educação Básica da UFU – até a oitava série, e de lá foi para o INEICOC, passando para Matemática pelo antigo Programa PAIES no primeiro semestre de 2009.

Escolhi esse pseudônimo por me parecer com uma professora que tive em minha vida acadêmica. 2011/2º 2012/1º 2012/2º 2013/1º Maria

Maria se considera uma pessoa tranquila. Gosta de ensinar. Fez seu Ensino Básico na escola Colégio Sagrado Coração de Jesus - COC (Araguari). A aula mais marcante foi de Português, porque odiava. Em 2008 ingressou na UFU para o Curso de Matemática. Resolveu fazer Matemática porque sempre quis ser professora de Matemática.

Escolhi Licenciatura porque sempre quis ser professora. Vejo-me no futuro da seguinte maneira: quero estudar para fazer a diferença na área da Educação Matemática. Escolhi o apelido de Maria porque foi o primeiro que veio à minha cabeça e é também o nome da minha mãe.

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Pedro

Pedro se considera uma pessoa batalhadora, que gosta de ensinar.Em 2010 ingressou na UFU para o Curso de Matemática. Resolveu fazer Matemática porque sempre se identificou com o assunto e ensinar é o que mais gosta de fazer.

Fiz meu Ensino Básico na

escola pública

municipal/estadual. A aula mais marcante foi aula de Matemática, porque sempre gostei do assunto e nessa aula marcante estudamos e construímos um relógio do sol, que deu origem aos relógios conhecidos hoje em dia.

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Escolhi Licenciatura porque pretendo trabalhar, desenvolver e contribuir com a formação de muitas pessoas por meio do ensino da Matemática. Vejo- me no futuro da seguinte maneira: um profissional batalhador, dedicado e aberto a aprender cada vez mais. Escolhi o apelido de forma aleatória.

Stallone

Stallone se considera uma pessoa observadora. Fez seu Ensino Básico na escola Colégio Anglo. A aula mais marcante, segundo ele, foi sobre Radiciação, por causa das propriedades. Em 2005/2 ingressou na UFU para o Curso de Matemática. Resolveu fazer Matemática por gostar da matéria e por ser a disciplina que mais se deu bem no Ensino Básico. A escolha pela Licenciatura se deu durante o curso, percebendo que, em suas palavras, é legal ser educador.

Escolhi o apelido Stallone porque é o mesmo apelido que me deram no curso.

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Nicolau

Nicolau se considera uma pessoa objetiva. Gosta de viajar e de conversar com os amigos. Fez seu

Vejo-me no futuro da seguinte maneira: sendo professor de curso preparatório para entrar

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Ensino Básico na escola Professor José Ignácio de Souza. Para ele, a aula mais marcante foi no laboratório de Química da escola, porque além de conhecer vários tipos de sais, pôde ver os efeitos, sendo alguns corrosivos, que causam em determinado objeto. Em 2009/2 ingressou na UFU para o Curso de Matemática. Segundo ele, resolveu fazer Matemática por não ter base para tentar cursos mais concorridos. A escolha pela Licenciatura se deu por acreditar poder mudar o cenário em que a Matemática está perante a sociedade. Segundo ele, a matéria é mal vista pela sociedade.

na Universidade, caso não consiga entrar no Mestrado. Escolhi o apelido de Nicolau porque gosto das ideias de Nicolau Maquiavel.

2.2.1 Processo de Seleção dos bolsistas

O processo de seleção dos bolsistas se dá por processo seletivo dentro da Universidade de acordo com os moldes do Projeto. Após a seleção, tendo esse subprojeto duas escolas, foi a metade dos bolsistas selecionada para cada escola. Essa escolha pela escola foi feita pelos próprios bolsistas por critério de classificação. Os primeiros colocados escolheram primeiro o destino, até que uma das escolas completasse cinco licenciandos (metade do total selecionado pela disputa). Vale ressaltar que depois de um ano de execução, outros seis bolsistas foram

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incorporados ao Projeto, sendo três para cada escola. Ainda houve uma substituição na Escola Verde.

Como iremos tratar das atividades de apenas uma das duas escolas, naturalmente, fazemos a redução dos sujeitos de pesquisa para oito (nove, depois da substituição), sendo quatro deles desde o início do Projeto.