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OUTROS ASPECTOS IMPORTANTES SOBRE ESTE DOM

No documento Quem sou eu Antes de qualquer coisa... 5 (páginas 126-134)

Dom de Línguas

OUTROS ASPECTOS IMPORTANTES SOBRE ESTE DOM

1. A gritaria não pode fazer parte da manifestação de qualquer dom – Efésios 40:30, 31;

2. A pessoa tomada pelo Espírito Santo tem paz e domínio próprio (Gálatas 5:22, 23), ou seja, não cai no chão.

3. O dom de línguas não provoca desordem na igreja. Em 1 Coríntios 14:33, 40 é dito que “Deus não é de confusão e sim de ordem e paz.” A obra de Deus sempre se caracteriza pela calma e a dignidade. Havendo barulho, choca os sentidos (ler Mateus 6:6; Gálatas 5:22, 23). Lembremos de que Deus não é surdo. 4. O Espírito Santo somente é concedido aos que obedecem a Deus (Atos 5:32). Será que os que se dizem possuidores do Espírito Santo guardam todos os mandamentos de Deus? (ver Tiago 2:10). A pessoa que conhece a Palavra e de livre vontade desobedece a Deus, não tem o Espírito Santo, mesmo que possa parecer! “O que desvia os ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável.” Provérbios 28:9.

5. O fato de alguém falar em línguas não é prova de tenha sido batizado(a) pelo Espírito Santo. A Bíblia apresenta diversas pessoas que receberam o Espírito Santo e, contudo, não falaram em línguas, pois não era necessário. São elas:

• Os samaritanos (Atos 8:17); • Maria (Lucas 1:35);

• Estevão (Atos 6:5; 7:55);

• Saul, o primeiro rei de Israel (l Samuel 10:10); • Gideão, juiz de Israel (Juízes 6:34);

• Sansão, outro juiz (Juízes 15:14);

• Zacarias, pai de João Batista (Lucas 1:67); • Bezalel, em tempos remotos (Êxodo 31:1-3); • João Batista e sua mãe (Lucas 1:15 e 41); • Os sete diáconos (Atos 6:1-7);

• Jesus Cristo (Lucas 3:22).

Vemos que Jesus nunca falou em línguas. Claro que tinha! Ele não usou esse dom porque não havia uma necessidade

evangelística para tal. Exigir que todos os irmãos falem em línguas é querer dirigir o Espírito. É ir contra a soberania dEle, pois somente Deus Espírito Santo é quem distribui os dons como Ele quer: “Porém é um só e o mesmo Espírito quem faz tudo isso. Ele dá um dom diferente para cada pessoa, conforme ele quer.” 1 Coríntios 12:11.

6. O termo “língua dos anjos” só aparece em l Coríntios 13:1, quando Paulo afirma: “Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine.” O apóstolo está apenas destacando que, mais importante que falar a língua dos homens e dos anjos, é ter amor. Não está afirmando que essa manifestação estranha de língua angélica fizesse parte de nossa pregação (leia

Gênesis 18 e Apocalipse 22:8, 9, onde os próprios anjos falaram idiomas humanos para que pudessem ser compreendidos! Leia também Gênesis 19:15; Lucas 2:8-14; 1:16-18).

7. Em Marcos 16:17 é dito: “Estes sinais hão de acompanhar aqueles que creem: em meu nome, expelirão demônios: falarão novas línguas.” O que significa “falar uma nova língua” na Bíblia? O texto original grego responde. Há duas palavras gregas

diferentes para descrever o termo “novas” línguas: neós e kainós.

• Neós é algo novo que não existia antes. • Kainós é algo novo que já existia.

A palavra empregada em Lucas 16:17 é kainós, indicando assim que as “novas línguas” faladas pelos discípulos de Jesus seriam novas apenas para eles que não as conheciam, mas elas já existiam!

ILUSTRAÇÕES

Ilustração 1: A pessoa tinha um carro, ano 2007, e trocou por um 2008. Para a pessoa que comprou, o carro é novo. Significa novo na “experiência”, pois o carro já existia. Assim é o dom de línguas em Marcos 16:17. Para a pessoa que aprendeu a nova língua, é nova (Kainós), mas o idioma já existia, era falado por um grupo de pessoas.

Ilustração 2: Certa vez, um pastor foi em um culto para “testar” se realmente aqueles cristãos entendiam o que estavam dizendo. No decorrer da programação ele recitou o Salmo 23 em grego. Um dos membros daquela igreja levantou-se e foi “interpretar” o que o pastor disse. Afirmou que Deus estava pedindo para que todos entregassem o coração a Jesus, sendo que o pastor apenas falou o Salmo 23 em grego, e ainda por três vezes! Imagine que “balde de água fria” foi para a congregação quando o pastor disse o significado verdadeiro das palavras e que o suposto tradutor estava mentindo.

A Bíblia diz que existe o dom de línguas, que nada tem a ver com linguas estranhas.

Dom de línguas: o portador do dom aprende a falar idiomas que não conhecia de uma hora para outra, por um milagre, sua função é pregar o Evangelho, ou seja, fazer com que quem antes não te entendia, passe a entender.

Línguas estranhas: não existe nenhuma referência na Bíblia sobre isso e faz com quem te entendia deixe de entender, inclusive você mesmo.

Entendeu a distinção?

Sobre I Corintios 14: O capítulo se refere ao primeiro que citei, o verdadeiro dom de línguas. Vou te explicar de uma forma bem simples o contexto dessa epistola. Deus concedeu o dom de línguas para os crentes que não tinham estudos evangelizar os gringos, pois imagine só, como um pescador poderia pregar para um cara que não entende seu idioma? Então Deus fez o contrário do que fez na torre de babel, desconfundiu as línguas, ok? Porém, muitos irmãos que receberam o dom, estava usando de forma errada e como Deus concede dons sem arrependimento, ou seja, depois que deu, Deus não tira mais, então Paulo os corrige. Alguns irmãos que tinham o dom, pra se aparecer, ficavam falando em outras linguas mesmo quando não tinha gringo na congregação, e assim ninguém o entendia, só Deus (vers. 2), e só ele se edificava (vers. 4), pois quem prega sabe que o primeiro a ser edificado é o proprio pregador e Paulo

ainda acrescenta que é melhor o dom de Profecia, pois assim a igreja entenderia. E para dar um xeque-mate nesse pessoal, Paulo encerra o vers. 5 dizendo que só podem falar se tiver interprete, ou seja, se é um idioma, existem interpretes.

Para não restar duvidas que o Cap. 14 não se refere a labashurias, mas sim a idiomas, veja que Paulo no vers. 9 diz que se as pessoas não entenderem o idiona que vc estiver falando, vc estará falando ao ar, no vers. 10 ele diz que há vários idiomas no mundo, mas nenhum sem sentido, no vers. 11 ele fala que é estrangeiro para quem fala se ele não entender o idioma, no vers. 16 ele chama aqueles que não entendem o idioma que vc tá falando de "não instruidos", no verso 21 ele deixa claríssimo que não se trata de linguas de anjos, mas de estrangeiros de outros idiomas que ele falaria ao povo e no vers. 22 ensina que o dom de linguas é un sinal para os descrentes. No versiculo 24 ele fala que se cada um estiver falando em outra lingua os nao instruidos ou descrentes vão achar todos loucos.

Batismo do Espírito Santo

Recebemos o Espírito Santo no momento em que cremos em Jesus Cristo como nosso Salvador (conversão). Em I Coríntios 12:13 fala o seguinte: “Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito.” Romanos 8:9 nos diz que se uma pessoa não tem o Espírito Santo, não pertence a Cristo: “Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós.

Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.” Efésios 1:13-14 nos ensina que o Espírito Santo é o selo da salvação para todo aquele que crê: “Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa. O qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão adquirida, para louvor da sua glória.”

Gálatas 5:22-23 nos fala: "Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio..." O fruto do Espírito Santo é o resultado da presença do Espírito Santo na vida do Cristão. A Bíblia deixa bem claro que todos recebem o Espírito Santo no momento em que acreditam em Jesus Cristo (Romanos 8:9; 1 Coríntios 12:13; Efésios 1:13-14). Um dos propósitos principais do Espírito Santo ao entrar na vida de um Cristão é transformar aquela vida. É a tarefa do Espírito Santo conformar-nos à imagem de Cristo, fazendo-nos mais e mais como Ele. É evidente que os frutos do Espírito são a marca do Cristão e não os dons, pois alguém pode ser usado pelo dom, sem ter o Espírito Santo habitando propriamente em sua vida.

Romanos 8:26 nos ensina: “Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis”. Dois pontos importantes fazem bem improvável com que Romanos 8:26 esteja se referindo a línguas como uma linguagem de oração. (1)

Romanos 8:26 indica que é o Espírito que expressa “gemidos”, e não os Cristãos. (2) Romanos 8:26 indica que esses gemidos do Espírito são “inexprimíveis”. A essência de falar em línguas é expressar palavras.

Isso nos deixa com 1 Coríntios 14:4-17 e versículo 14 especialmente: “Porque, se eu orar em outra língua, o meu espírito ora de fato, mas a minha mente fica infrutífera”. 1 Coríntios 14:14 menciona claramente “orar em outra língua”. O que isso significa? Primeiro, estudar o contexto é de grande valor. 1 Coríntios capítulo 14 é primeiramente uma comparação / contraste entre o dom de falar em línguas e o dom de profecia. Versículos 2-5 deixam bem claro que Paulo enxerga profecia como um dom superior ao dom de línguas. Ao mesmo tempo, Paulo exclama o valor de línguas e declara que se alegra por falar em línguas mais do que qualquer outra pessoa (versículo 18).

Atos capítulo 2 descreve a primeira ocorrência do dom de línguas. No dia de Pentecostes, os apóstolos falaram em línguas. Atos capítulo 2 deixa bem claro que os apóstolos estavam falando em uma linguagem humana (Atos 2:6-8). A palavra traduzida “línguas” em Atos 2 e 1 Coríntios 14 é “glossa”, o que significa “linguagem”. É a palavra da qual temos a palavra moderna “glossário”. Falar em línguas era a habilidade de falar em uma língua que você não conhecia, para comunicar o Evangelho a alguém que falava aquela língua. Na área multicultural de Corinto, parece que o dom de línguas era de grande valor e importância. Os Cristãos de Corinto puderam

comunicar melhor o Evangelho e a Palavra de Deus como resultado do dom de línguas. No entanto, Paulo deixou bem claro, mesmo com esse uso de línguas, que a mensagem era para ser traduzida ou “interpretada” (1 Coríntios 14:13,27). Um crente de Corinto falaria em línguas, ministrando a verdade de Deus para alguém que falava aquela língua, e então aquele crente, ou outro na igreja, era para interpretar o que estava sendo falado, para que toda a assembleia pudesse entender o que estava sendo dito.

O que, então, é orar em línguas e como é diferente de falar em línguas? 1 Coríntios 14:13-27 indica que orar em línguas também é para ser interpretado. Como resultado, aparenta ser o caso que orar em línguas era oferecer uma oração a Deus. Essa oração ministraria a alguém que falava aquela língua, mas também precisaria ser interpretada para que todo o corpo pudesse ser edificado.

Essa interpretação não concorda com uma outra explicação que enxerga orar em línguas como uma linguagem de oração. Essa outra interpretação pode ser resumida de tal forma: orar em línguas é uma linguagem de oração pessoal entre aquele que crê e Deus (1 Coríntios 13:1), que o crente usa para se edificar (1 Coríntios 14:4). Esse interpretação não é bíblica pelos seguintes motivos: (1) Como é que orar em línguas pode ser uma linguagem particular, se é para ser interpretado (1 Coríntios 14:13-17)? (2) Como é que orar em línguas pode ser para auto- edificação quando a Bíblia ensina que os dons espirituais são para a edificação da igreja, não de nós mesmos (1 Coríntios

12:7)? (3) Como é que orar em línguas pode ser uma linguagem particular de oração se é para ser um “sinal para os incrédulos” (1 Coríntios 14:22)? (4) A Bíblia deixa bem claro que nem todo mundo possui o dom de línguas (1 Coríntios 12:11, 28-30). Como é que línguas pode ser um dom de auto-edificação se nem todo crente o possui? Não é verdade que todos nós precisamos ser edificados?

No documento Quem sou eu Antes de qualquer coisa... 5 (páginas 126-134)