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DE OBRAS PÚBLICAS RELATIVOS AOS COMPLEXOS DESPORTIVOS MUNICIPAIS DOS OLIVAIS, DO CAMPO GRANDE E DO AREEIRO, BEM

COMO AS RESPECTIVAS PEÇAS PROCESSUAIS, E DELEGAR COMPETÊNCIAS DO SENHOR VEREADOR MANUEL BRITO, NOS TERMOS DA PROPOSTA, AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA R) DO Nº 1 DO ART.º 53.º DA LEI N.º 169/99, DE 18 DE SETEMBRO, COM A REDACÇÃO DADA PELA LEI N.º 5-A/2002, DE 11 DE JANEIRO. --- --- PROPOSTA 142/2010 --- --- Pelouro: Desporto – Vereador Manuel Brito --- --- Serviços: Departamento de Desporto --- --- “Considerando que: --- --- - As instalações desportivas municipais dos Olivais, do Campo Grande e do Areeiro, actualmente encerradas ao público, se encontram em avançado estado de degradação; --- --- - A importância que tais instalações detém, enquanto referências desportiva e histórica da cidade, determina a necessidade urgente de as devolver à população, proporcionando-lhe a fruição destes espaços em condições aprazíveis face às exigências da vida moderna, nomeadamente pela aquisição de um estilo de vida activo e saudável; --- --- - Qualquer intervenção a efectuar para a requalificação destas instalações envolveria necessariamente diversos serviços do Município, foi constituído, ainda no mandato anterior, pelo à data Vice-Presidente Marcos Perestrello, um Grupo de Trabalho com representantes desses serviços (DD, DPU, DPE, DPI, RSB, DMAU, DMPO, DSRT) com a incumbência de elaborar as peças processuais e concursais para o lançamento de um procedimento que assegurasse essa requalificação; --- --- - Os constrangimentos de ordem financeira que o Município atravessava, e que se mantêm, não permitiam o investimento de recursos próprios em projectos da dimensão dos necessários, o Grupo de Trabalho foi também incumbido de procurar uma solução que permitisse minimizar o investimento financeiro do Município; --- --- - Através da Proposta n.º 68/2009, a Câmara Municipal em 4 de Fevereiro e a Assembleia Municipal em 31 de Março, aprovaram os elementos que haveriam de constituir o Concurso Público Internacional para a celebração de Contrato Administrativo de Concessão de Obras Públicas relativo aos Complexos Desportivos Municipais dos Olivais, do Campo Grande e do Areeiro; --- --- - Nesse concurso não foi apresentada qualquer proposta, mantendo-se, contudo, os pressupostos com base nos quais o mesmo foi preparado, nomeadamente a incapacidade financeira do Município para assumir os elevados encargos de requalificação das instalações desportivas dos Olivais, Campo Grande e Areeiro; --- --- - A junção, no mesmo contrato, dos três Complexos Desportivos Municipais e do grande investimento inerente às obras iniciais nas instalações desportivas a que tal obrigaria o concessionário, terá sido um dos factores determinantes para, na época de acentuada crise económica mundial que se atravessava no primeiro semestre do ano transacto, o concurso ter ficado deserto; ---

--- - A única possibilidade de, mantendo a mesma solução de contratação pública, minimizar o volume de investimento privado a exigir aos eventuais interessados seria individualizar os referidos Complexos Desportivos de modo a que, para cada um, pudesse ser celebrado um contrato autónomo; --- --- - A abertura de três concursos públicos em tudo idênticos, excepto na instalação desportiva seu objecto, resultaria em grande parte num desnecessário dispêndio de recursos, humanos e financeiros, tanto do Município como das entidades privadas eventualmente interessadas a concorrer à exploração de mais do que um dos Complexos Desportivos; --- --- - Neste contexto, a solução encontrada foi reformular o concurso anterior, prevendo a divisão dos Complexos Desportivos por lotes individuais, admitindo a apresentação de propostas individualizadas a cada um deles, aproveitando-se para introduzir, além de algumas melhorias de forma, as alterações decorrentes da publicação do Decreto-Lei n.º 278/2009, em 2 de Outubro, bem como de alguns diplomas, entretanto publicados, que introduziram diferente terminologia em matéria de desporto; --- --- Assim, tenho a honra de propor que a Câmara Municipal delibere o seguinte: --- --- 1. Declarar extinto o procedimento relativo ao Concurso Público Internacional para a celebração de Contrato Administrativo de Concessão de Obras Públicas relativo aos Complexos Desportivos Municipais dos Olivais, do Campo Grande e do Areeiro, nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 112.º do Código de Procedimento Administrativo, dado que no mesmo não foi apresentada qualquer proposta; --- --- 2. Aprovar, ao abrigo do disposto na alínea q) do n.º 1 do artigo 64.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redacção que lhe foi dada pela Lei n.º 5-A/2002 de 11 de Janeiro, em conjugação com os artigos 36.º e 38.º e com o n.º 2 do artigo 40.º do Código dos Contratos Públicos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de Janeiro, as peças processuais em anexo que constituem o “Concurso Público Internacional para celebração de Contratos Administrativos de Concessão de Obras Públicas relativos aos Complexos Desportivos Municipais dos Olivais, do Campo Grande e do Areeiro”; --- --- 3. Aprovar, de acordo com o disposto no artigo 67.º do Código dos Contratos Públicos, a designação do Júri, que conduzirá o procedimento, constituído pelos elementos a seguir indicados, devendo o Presidente, nas suas faltas ou impedimentos, ser substituído pelo 1.º Vogal Efectivo: --- --- Membros Efectivos: --- --- Presidente – Arq.º Pedro Brandão --- --- 1.º Vogal – Eng.º António Cabral Faria --- --- 2.º Vogal – Arq.º João Paulo Bessa --- --- 3.º Vogal – Dr. Paulo Frischknecht --- --- 4.º Vogal – Dr. Mário Guimarães --- --- Suplentes: --- --- 1.º Vogal – Arq.º Pedro Meireles ---

--- 2.º Vogal – Dra. Maria da Glória Sarmento --- --- 4. Delegar, com a faculdade de subdelegação no Júri do Concurso, no Vereador Manuel Brito, a competência para a prática de todos os actos necessários à condução do presente procedimento incluindo, nos termos do n.º 1 do artigo 109.º do Código dos Contratos Públicos, todas as competências legalmente atribuídas ao órgão competente para a decisão de contratar, com excepção das relativas à decisão de adoptar uma fase de negociação e à de adjudicar; --- --- 5. Submeter, em conformidade com o estabelecido na alínea a) do n.º 6 do artigo 64.º, conjugado com a alínea q) do n.º 2 do artigo 53.º da referida Lei n.º 169/99, a autorização da Assembleia Municipal, a abertura do “Concurso Público Internacional para celebração de Contratos Administrativos de Concessão de Obras Públicas relativos aos Complexos Desportivos Municipais dos Olivais, do Campo Grande e do Areeiro”. --- --- O Deputado Municipal Pessanha da Silva (PSD), na qualidade de Presidente da Comissão Permanente de Administração, Finanças, Património, Desenvolvimento Económico e Turismo, apresentou o Parecer que a seguir se transcreve: --- --- PARECER --- --- “A Comissão Permanente de Administração, Finanças, Património, Desenvolvimento Económico e Turismo reuniu no dia 6 de Maio de 2010, a fim de apreciar a Proposta n.º 142/2010, reunião esta que teve a presença do Senhor Vereador Manuel Brito, que analisou a matéria em apreço e prestou todos os esclarecimentos às questões levantadas por vários Deputados Municipais. --- --- Com a presente Proposta, a Câmara Municipal de Lisboa pretende recolocar em concurso a requalificação dos referidos equipamentos, dado que no anterior (Proposta nº. 68/2009), não foi apresentada qualquer proposta. --- --- De salientar que, o actual concurso, ao contrário do anterior, prevê candidaturas autónomas para os três Complexos Desportivos, a fim de facilitar a apresentação de propostas, uma vez que se trata de um investimento global de trinta milhões de euros. - --- Neste contexto, a Proposta nº. 142/2010 está em condições para ser apreciada e votada em plenário da Assembleia Municipal de Lisboa. --- --- O presente Parecer foi aprovado por unanimidade, estando ausente na votação o BE.” --- --- A Deputada Municipal Luísa Vicente Mendes (PS), na qualidade de Presidente da Comissão Permanente de Cultura, Educação, Juventude e Desporto, apresentou o Parecer que a seguir se transcreve: --- --- PARECER --- --- “A Comissão Permanente de Cultura, Educação, Juventude e Desporto reuniu em 24 de Maio de 2010, para análise da Proposta nº. 142/2010 (Concurso Público Internacional para celebração de Contratos Administrativos de Concessão de Obras Públicas relativos aos Complexos Desportivos Municipais dos Olivais, do Campo Grande e do Areeiro). Esta reunião contou com a presença do Sr. Vereador Manuel Brito, que se fez acompanhar por elementos do seu Gabinete. ---

--- Considerando ser necessário o combate ao sedentarismo e que a prática da actividade física é a base de uma vida saudável e que a recuperação das piscinas em causa irá permitir a existência de mais complexos desportivos na Cidade, a Comissão solicitou ao Sr. Vereador o esclarecimento de alguns pontos da proposta: --- --- - Qual a razão do desdobramento do Concurso Público em relação às três piscinas em causa; --- --- - Qual a necessidade de uma parceria público-privada; --- --- - Como pretende a CML, no futuro, salvaguardar o interesse público; --- --- - Como está a CML a ser salvaguardada em relação a prejuízos futuros das empresas privadas que irão explorar esses complexos desportivos; --- --- - Quais as contrapartidas que a CML exigirá às empresas e como será feita a fiscalização da utilização pública das piscinas; --- --- - Como pretende a CML salvaguardar o interesse das crianças, nomeadamente as das Escolas, da população mais idosa e das pessoas com deficiência; --- --- - Como será assegurado, se necessário, o prolongamento do horário das actividades promovidas pela CML; --- --- - Sendo a concessão da exploração das piscinas por um período de 40 anos, como garante a CML que os preços a praticar serão sempre os preços municipais. --- --- O Sr. Vereador apresentou sobre estas questões a visão da CML e a Comissão considerou que a proposta está apta a ser discutida e votada em plenário. --- --- - Este relatório foi aprovado por maioria com os votos favoráveis do PS, PSD, MPT e da Deputada Municipal Independente; com os votos contra do PCP; com a abstenção do CDS/PP. Esteve ausente na votação o BE.” --- --- O Senhor Vereador Manuel Brito, no uso da palavra para apresentação da proposta, disse que tinham agora o concurso público internacional para os contratos de concessão de obras públicas relativos aos complexos desportivos municipais dos Olivais, Campo Grande e Areeiro, equipamentos que eram muito importantes na Cidade e estavam a fazer muita falta porque estavam encerrados desde 2006, por não reunirem condições de segurança e funcionalidade, e estavam nesta altura num estado muito avançado de degradação dado os actos de vandalismo que entretanto foram ocorrendo. --- --- Disse que esses equipamentos eram referências desportivas, históricas e patrimoniais muito importantes e, portanto, era urgente devolvê-los à Cidade. Eles estavam encerrados, de nada serviam, pelo que a Câmara, no mandato anterior, constituíra um grupo de trabalho com representantes de muitos serviços do Município para se encontrar uma solução para a requalificação dessas instalações, e essa requalificação estava estimada em cerca de 30 milhões de euros. --- --- Na altura, como alguns certamente se recordariam, o contrato previa que fossem os três equipamentos a concurso em simultâneo, e esse concurso ficara deserto pois apesar de algumas empresas terem adquirido o caderno de encargos elas depois não se apresentaram à fase de concurso. --- --- Algumas explicações para esse facto decorriam da situação financeira, enfim dificuldades junto da banca, mas sobretudo dificuldades de carácter político porque na

altura havia eleições para a Assembleia da República e eleições para os órgãos municipais, e então seria difícil para um concurso com tal volume financeiro haver concorrentes disponíveis para o mesmo. --- --- Esta situação era insustentável, não podiam olhar tranquilamente para aqueles complexos que muita falta faziam à Cidade e vê-los desertos, abandonados e de nada servirem, tanto mais que, segundo a Carta Desportiva, alguns recordar-se-iam disso, por exemplo o complexo desportivo dos Olivais pertencia à zona oriental de Lisboa que era a mais carente em equipamentos desportivos em toda a Cidade. Portanto urgia voltar a pôr em funcionamento esses equipamentos, e agora a tentativa era que o concurso fosse único mas fossem três peças separadas, isto é, as empresas podiam concorrer a um, a dois ou a três equipamentos. --- --- Disse que em relação ao concurso anterior houve alteração da legislação e consequentemente foi tudo actualizado no caderno de encargos do ponto de vista da legislação e das recomendações construtivas e especificações técnicas. Houve a introdução de novos elementos, o programa funcional foi aligeirado e, portanto, foi feita uma reformulação profunda do documento, mantendo, no essencial, os traços. --- --- Mas, tal como referira na Comissão, gostava de dizer que os membros do júri eram distintas personalidades da área da arquitectura e da engenharia. O Arqtº Pedro Brandão é o Presidente, foi bastonário da Ordem dos Arquitectos, era um conhecidíssimo arquitecto; o Eng.º Cabral Faria é Director de Serviços do Instituto do Desporto de Portugal e, do seu ponto de vista, talvez o maior especialista em equipamentos desportivos em Portugal em termos de equipamentos construídos e de matéria publicada sobre isso; o Arqtº João Paulo Bessa, que é Vice-Presidente do Instituto do Desporto, foi durante mais de dez anos o responsável pelo programa do Quadro Comunitário de Apoio na área dos equipamentos desportivos, portanto era uma pessoa que estava muito por dentro destes assuntos; e o Dr. Paulo Frischknecht é o Presidente da Federação Portuguesa de Natação, membro do Comité Olímpico, treinador olímpico e atleta olímpico, portanto no campo específico da natação era uma das maiores, senão a maior autoridade em Portugal; e, por fim, o quarto vogal era o Director do Departamento de Desporto. --- --- Aludindo ao relatório da Comissão Permanente de Cultura, Educação, Juventude e Desporto, começou por dizer, quanto ao desdobramento do concurso público em relação às três piscinas, que tal como já referira se tratava do segundo lançamento desse concurso, no primeiro houvera interesse de alguns concorrentes mas o elevado investimento tê-los-ia afastado de chegarem até à fase do concurso propriamente dito. Acreditavam que esta divisão por lotes que agora se fazia, permitia que os concorrentes pudessem ajustar os seus interesses e a capacidade de investimento, e possibilitava a participação de empresas com capacidade e com recursos mais limitados. Para o Município era muito vantajoso a existência de mais concorrentes, mas era um factor de maior risco porque também podia ficar alguma instalação sem interessados. --- --- Portanto, como a tentativa anterior não vingara, esta opção tornava-se justificada, sendo certo que havia aí uma questão essencial, não podiam olhar para aqueles

equipamentos, por exemplo passar na Av. da Roma e assobiar para o lado como nada se passasse. Era absolutamente impensável que um decisor político ficasse tranquilo sabendo o que se estava ali a passar e que neste momento estava à guarda da Polícia Municipal, com gratificados. Portanto, era pago, a segurança era cara, mas nada servia do ponto de vista da utilidade pública. --- --- Sobre a necessidade de uma parceria público-privada, disse que a Câmara tem tido uma experiência diversa. A gestão era pública se os equipamentos eram directamente geridos pelo Município, ou uma gestão indirecta com parcerias público- privadas associativas, e agora esta que era público-privada empresarial. Público- privadas associativas já tinham três: uma com a Associação de Atletismo no caso da pista de atletismo, outra com o Ginásio Clube Português e uma outra ainda com o Atlético Clube de Portugal, experiências que têm corrido muito bem, sobretudo na piscina de Campo de Ourique em pouco mais de dois meses passara-se de 400 utentes regulares para cerca de 2.000, o que decorria da boa gestão que o Ginásio Clube Português tem feito em relação a esse equipamento, mantendo as premissas que foram fixadas que eram os preços municipais e as horas de ensino às crianças. --- --- Seguidamente, disse que a questão que se colocava era que os equipamentos estavam degradados e a Câmara não tinha 30 milhões de euros, pelo que alguma coisa teria de ser feita, e dificilmente o movimento associativo teria 30 milhões de euros para investir numa parceria com o Município para a requalificação desses equipamentos. --- --- Mas havia ainda uma outra questão que era muito importante. Mesmo que a Câmara investisse os 30 milhões de euros, o custo da manutenção dos três equipamentos era de um milhão de euros por ano, só de gestão. --- --- Portanto, tratava-se de verbas elevadíssimas para as quais a Câmara não tinha, francamente, orçamento. Mas não podiam olhar para o lado e fingir que nada se passava, tinham que encontrar uma solução para este assunto. --- --- Disse que este modelo das parcerias público-privadas era o modelo que estava actualmente mais em vigor por toda a Europa. Paris era um caso notável. Em Espanha: Madrid, Barcelona, Valência, Málaga e Sevilha, piscinas com estas características de património, enfim, esta requalificação estava a ser feita um pouco por todo o lado e era transversal no que respeitava à orientação política dos Executivos municipais: PP, PSOE, IU, etc. --- --- Quanto à questão como pretendia a Câmara salvaguardar no futuro o interesse público, disse que ao lançarem este concurso já tinham a experiência daquilo que tem ocorrido nas parcerias que fizeram com os clubes e com a Associação de Atletismo. Portanto, os equipamentos desportivos eram propriedade do Município, isso ficaria salvaguardado, e tinham que oferecer à população exactamente os mesmos serviços que os equipamentos municipais prestavam, e aos mesmos custos. --- --- Por outro lado, o Município iria beneficiar imediatamente porque, mal as obras de reconstrução estivessem efectivadas, veria o seu património protegido, salvaguardado e enriquecido. ---

--- Sobre a questão como estava a Câmara a ser salvaguardada em relação a eventuais prejuízos futuros das empresas privadas que iriam explorar os complexos, disse que a Câmara não tinha qualquer responsabilidade. Nenhuma! Se fosse um problema de gestão, ou outro, a Câmara não tinha problema absolutamente nenhum. A empresa investira, o concessionário ficara com o equipamento requalificado e, portanto, a boa qualidade dos espaços estava preservada. --- --- De qualquer modo, chamava a atenção, porque poderia ter escapado, quais eram as regras de fiscalização do contrato, regras contratuais que constavam do Capítulo X, e que eram: o resgate, o sequestro, resolução pelo Município, a caducidade, bens do Município, ou seja, havia um conjunto de instrumentos legais que salvaguardavam os interesses do Município. Além disso, tinham no caderno de encargos uma garantia bancária que podia ser substituída pelo seguro equivalente, que ia dar ao mesmo. --- --- E no âmbito do contrato tinham uma caução, portanto a Câmara, mesmo que houvesse, eventualmente, má gestão num ou noutro equipamento não tinha problema nenhum já que o investimento não era seu e o património municipal fora enriquecido. - --- Quanto às contrapartidas que a Câmara exigiria às empresas, disse que a Câmara fazia a supervisão, têm tido a experiência muito positiva com os clubes, que era uma comissão de acompanhamento, comissão essa que vigiaria a execução do contrato, indicadores do serviço prestado, organização da mancha de horários, e no final de cada ano seria elaborado um relatório de execução que seria presente à Câmara para avaliação do desempenho. E cabia ao Executivo, face a esse relatório, decidir sobre os termos da continuidade do contrato. Portanto, a Câmara estava, neste contrato, completamente salvaguardada. --- --- Portanto, o caderno de encargos apresentava uma extensíssima lista de exigências aos concessionários que respondiam a contrapartidas que garantiam a continuidade do serviço. Horas dedicadas à natação para as crianças do 1º Ciclo do ensino básico e outras, porque ao longo dos anos a Câmara determinaria aquilo que achava por bem nas horas que eram gratuitas exclusivamente. Nas outras horas, como o serviço era igual em termos de oferta e de custos àquele que era oferecido pela Câmara de acordo com as taxas fixadas, achavam que esse ponto salvaguardava a acessibilidade aos equipamentos, que era um ponto político essencial. --- --- Relativamente à pergunta sobre sendo a concessão e exploração por um período de 40 anos como garantia a Câmara que os preços a praticar seriam sempre os preços municipais, disse que a exigência era contratual, estava incluída no caderno de encargos e seria vertida no contrato de concessão, portanto os tarifários municipais em vigor em cada ano teriam de ser sempre aplicados nesses equipamentos municipais. --- --- Em suma, achavam que era uma tentativa para resolução de um problema muito difícil que se vinha arrastando e tinha tido alguns desaires ao longo dos anos, como, por exemplo, no ano passado a Câmara ter de devolver 500.000 euros à União Europeia porque uma piscina de 25 metros no complexo dos Olivais não durara o tempo que a União Europeia considerara o tempo útil suficiente. --- --- Portanto, esta era mais uma tentativa para resolver o problema, avançando para uma solução que lhes parecia legítima, justa e legal, e que achavam que poderia dar

uma resposta, em pouco tempo, para a solução de um problema que a Câmara não tem sido capaz de resolver nem tinha meios para isso neste momento. --- --- O Deputado Municipal Diogo Leão (PS), no uso da palavra, depois de referir que o PS via com muito bons olhos a chegada da proposta 142/2010 à Assembleia Municipal, disse que a sua aprovação em Plenário poderia vir a representar, se o concurso internacional chegasse a bom porto, a recuperação e a devolução, em pleno,

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