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P RÁTICA DE E NSINO S UPERVISIONADA (P.E.S.)

No documento Um olhar sobre dois mundos (páginas 52-54)

B) O papel do Tutor (IEGR)

II. Metodologias: tarefas e prolongamento do trabalho em casa

9. P RÁTICA DE E NSINO S UPERVISIONADA (P.E.S.)

A) ESCCB

Numa base de cooperação mútua entre a orientadora e o mestrando, a minha P.E.S. foi desde início planificada de modo a que tudo corresse de acordo com o previsto. Planificar surge neste contexto como um “fio condutor” que nos orienta e auxilia na busca de um determinado objectivo, embora por vezes se tenha de fazer certos “desvios” nesse percurso. Ao longo de todo o ano lectivo foram realizadas vários tipos de planificações, desde as de curto prazo, passando pelas de médio prazo e acabando nas de longo prazo.

Nas planificações de longo prazo (cf. Anexos pág. 79-81), auxiliámo-nos das Orientações Curriculares estabelecidas pelo Ministério da Educação e procurámos dar uma perspectiva global dos temas e assuntos a desenvolver ao longo do ano lectivo. Para além de explicitar as competências que se pretende que os alunos adquiram, definimos o tempo dado a cada Unidade ou tema a abordar.

No que toca às planificações de médio prazo, (cf. Anexos pág. 82-86) estas foram realizadas tendo em conta as diferentes sequências e também segundo as diferentes tipologias de texto, que seriam abordadas ao longo do ano lectivo. De uma forma mais detalhada procurou-se definir e estabelecer quais os pontos que seriam abordados, sobretudo no que diz respeito ao Tempo dispendido em cada uma, às Competências específicas que seriam desenvolvidas, ao processo de Operacionalização das actividades, a sua Avaliação e os Materiais a utilizar.

Tendo em conta uma sequência lógica de trabalho, foram desenvolvidos ao longo de toda a minha prática lectiva inúmeras planificações de curto prazo (planos de aula: cf. Anexos pág. 87-98), que serviram como suporte às actividades a desenvolver. O que pude constatar nesta situação de prática lectiva propriamente dita, foi que a

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planificação de uma aula é um elemento bastante importante para um desenvolvimento eficaz de determinado ponto do programa que pretendemos levar a cabo. A planificação e preparação de aulas funciona também como uma estratégia de gestão prévia à condução das actividades na sala de aula. Daí que uma boa planificação e programação favoreça a relação com os alunos não devendo nunca confiar-se na improvisação.

Para além das planificações, outra tarefa que tive a meu cargo foi a da realização de provas escritas (cf. Anexos pág.71-76). Tendo em conta as orientações da professora cooperante, as provas deveriam ter como base o modelo de exame nacional de 9º ano, para que os alunos se fossem familiarizando com uma nova estrutura de prova. Este tipo de avaliação teria sempre obrigatoriamente dois textos de análise, em que um seria totalmente desconhecido para os alunos e outro seria relacionado com a obra que estivesse a ser leccionada. Apesar desta nova tipologia de teste a receptividade foi grande e não houve grandes problemas por parte dos alunos em assimilarem estas novas ideias, como se comprovou nas avaliações.

Sendo que a minha P.E.S. não se resumiu à planificação e à elaboração de testes, visto as aulas terem funcionado desde o início em regime de cooperação, é de referir que inúmeras actividades foram desenvolvidas durante o ano lectivo como são descritas anteriormente.

Posso concluir que em todo o período que durou, do início do ano lectivo até à última reunião de avaliação, a P.E.S. foi uma experiência extremamente enriquecedora quer a nível pessoal, quer a nível profissional, em que o excelente ambiente revelado entre todos os intervenientes tornou a tarefa muito mais fácil e agradável.

B) IEGR

Apesar do sistema de cooperação ter sido bastante distinto em relação à P.E.S. na área de Português, devo dizer que a experiência foi bastante enriquecedora.

A minha P.E.S. no Instituto Espanhol, resumiu-se à observação das aulas da minha professora cooperante, à participação em actividades desenvolvidas com os grupos de trabalho e à planificação (cf. Anexos pág. 99-121) de algumas aulas e sua leccionação. Pese embora algumas dificuldades encontradas, pois teria de preparar actividades para alunos que tinham a Língua Espanhola como Língua Materna, o apoio dado por parte da orientadora foi essencial para que essas mesmas dificuldades pudessem ser ultrapassadas.

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Descrevendo um pouco as aulas que ministrei ao 2º Grupo da ESO, o equivalente ao 8º ano do percurso português, estas incidiram como as planificações o comprovam em aspectos que podem ser úteis no ensino de Espanhol como Língua Estrangeira, pois abordaram a questão das Línguas em Espanha. Para além das questões linguísticas estas aulas serviram para abordar e realçar determinados aspectos da cultura espanhola, desconhecidos apesar de tudo para a maioria dos alunos.

De realçar a aceitação que os discentes revelaram desde o início no que toca à presença de um elemento estranho às suas aulas, aspecto que permitiu desde logo um bom ambiente de trabalho e uma motivação extra para todos.

Para além das aulas que abordavam a temática do panorama linguístico espanhol, ministrei também 2 aulas que tinham como pano de fundo a questão do cinema. Nestas aulas procurei rever um pouco a verdadeira história da denominada Sétima Arte, desde os seus primórdios, aos dias de hoje, nunca esquecendo o panorama do cinema espanhol.

É de referir que em todas as minhas aulas recorri às novas tecnologias, sobretudo o uso de Powerpoint’s e à visualização de pequenos vídeos, como forma de motivar e cativar os alunos para a matéria a desenvolver.

Tratando-se de um tipo de Prática Lectiva diferente do habitual, pois as aulas e as actividades teriam de ser preparadas para alunos em que a Língua é considerada “Materna”, tratou-se de uma “prova de fogo” que me será bastante útil quer a nível pessoal quer a nível profissional.

No documento Um olhar sobre dois mundos (páginas 52-54)

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