• Nenhum resultado encontrado

a realização de backups de ambientes híbridos. Com ele é possível verificar se um

backup está corrompido ou não antes que seu armazenamento seja efetivado. Em

termos de vantagem em nuvens, o Asigra Hybrid Cloud Backup possui as mesmas vantagens oferecidas pelas aplicações supracitadas.

2.4

Padronização da informação

De acordo com dicionário popular, padronizar é manter algo em estado concreto, é or- ganizar a informação de forma regular, padronizando o comportamento das informações de forma estruturada, tornando seu entendimento geral e eficiente. Adotar padroniza- ção da informação proporciona melhores resultados quanto há necessidade de troca e entendimento da informação entre as partes envolvidas. Existem casos que há também redução de custo, tanto financeiro, quanto temporal.

Hoje, com a complexidade dos processos produtivos e gerenciais, torna-se cada vez mais necessário registrar de forma padronizada a maneira de se produzir e trocar infor- mações. Portanto, a padronização deve ser vista dentro de empresas, indústrias e orga- nizações como algo benéfico a todos, desde o nível operacional ao estratégico (Crem,

2010).

A necessidade de se padronizar não se restringe apenas às áreas da computação. Segundo Jacoski and Lamberts (2002) houve um crescimento acentuado nos últimos anos de uso de ferramentas eletrônicas, o que conseqüentemente gera um grande vo- lume informações, que apesar da importância, são incapazes de se relacionar. A falta de padronização da informação dificulta na criação de relatórios gerenciais entre os vários departamentos de uma empresa (TOLEDO et al.,2010).

No dia 16 de novembro de 2006 a Agência Nacional de Saúde (ANS) apresentou ao mercado o projeto TISS (Troca de Informação da Saúde Suplementar), que visa o fornecimento de informações por parte dos prestadores de serviços médicos. Dados que antes eram trocados via FAX, passam a ser trocados via padrão TISS, tornando a informação clara, padrão e manipulável, permitindo a ANS ter total controle dos dados enviados (Saúde,2008).

Em resumo, padronizar uma informação é torná-la legível a todos os sistemas que a manipulam, independente de plataforma, linguagem ou fabricante. Assim como Inglês e Espanhol foram definidas como linguagens padrão de comunicação entre pessoas, em informática a ideia é a mesma, mas para isso são utilizadas linguagens como XML,

2.4. PADRONIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO

assim, as seções a seguir abordam os principais padrões utilizados para padronização da informação.

2.4.1

eXtensible Markup Language (XML)

XMLé uma linguagem de marcação utilizada para definição e padronização de estrutu- ras. Sua definição segundo Ray(2006) não é tão fácil de definir, uma vez que, em um nível,XMLé um protocolo para conter e gerenciar informações. Em outro, é uma famí- lia de tecnologias que pode fazer tudo, desde formatar documentos até filtrar dados. Em um nível mais alto, é uma filosofia para tratamento de informações, que busca o máximo de utilidade e flexibilidade para os dados.

XMLrepresenta os dados através de marcações intercaladas para descrever os dados e suas propriedades. As marcações são predominantemente representadas em forma de tags que se distinguem dos textos não marcados. Toda Marcação aberta deverá ser fechada para indicar o início e fim do escopo.Abaixo a Figura2.5apresenta um exemplo simples de documentoXML.

Figura 2.5 Documento XML

Os documentos XML podem ser validados a partir de estruturas pré-definidas, de forma que se possam ter vários documentos que sigam a mesma estruturação (W3C,

2010). Estas estruturas podem ser definidas através do XML Schema. Normalmente um documentoXMLbem formatado possui uma estrutura equivalente que o defina.

2.4.2

XML Schema

É um padrão utilizado para definição de estruturas e representação de dados em XML, recomendada pela World Wide Web Consortium (W3C) em maio de 2001. XML Schema

2.4. PADRONIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO

representa uma importante alternativa ao uso deDTD(W3C,2010). Esse padrão permite a definição de tipos de dados usandoXML. Os tipos de dados ajudam na restrição dos dados a serem validados. Tais tipos são divididos em, tipos especificados pelo usuário e tipos internos.

Os internos fornecem tipagem permitida para os valores de entrada das marcações, tipos como, string, número inteiro, decimal, lógico, data, tempo, binários, entre outros. Os tipos definidos pelo usuário são especificados como parte do esquema e podem pos- suir restrições adicionais para os tipos internos, como um intervalo de números ou uma lista explicitamente enumerada de valores (GRAVES, 2003). A Figura2.6 apresenta a definição do esquema do documentoXMLda Figura2.5

Figura 2.6 Documento XMLSchema

Um documento XMLSchema é constituído de elementos, atributos e regras que o definem. Os elementos são definidos pela palavra reservada ELEMENT, que por sua vez utiliza os atributos NAME e TYPE para definir o nome do elemento e o tipo de informação aceita. Além disso, podem-se definir restrições através do uso dos elementos

SIMPLETYPE e RESTRICTION.

Os atributos são definidos de forma semelhante aos elementos, porém, utilizando a palavra reservada ATTRIBUTE, juntamente com os atributos NAME e TYPE. Além

2.4. PADRONIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO

disso é possível utilizar outros atributos no XML Schema para funções específicas, por exemplo, se uma marcação possui valor fixo ou padrão, definidos respectivamente pelos atributos FIXED e DEFAULT (W3C,2010).

2.4.3

YAML Ain’t Markup Language (YAML)

É uma linguagem aberta para serialização de dados projetada para ser amigável e mais próxima possível da linguagem humana. Projetada para trabalhar nas linguagens de programação mais modernas em tarefas comuns. YAML foi concebida para ser útil e amigável para as pessoas que trabalham com dados e os manipulam (YAML, 2010). Inspirada em conceitos de linguagens comoXML(Fonseca and Simões,2007).

Para melhor representação dos dados, a YAML é dividida em três partes: classe, sintaxe e processador. A classe representa um documento YAML. A sintaxe é a re- presentação da YAML através de uma série de caracteres e palavras reservadas. Por fim, o processadorYAMLé uma ferramenta usada para processamento e conversão das informações.

Em YAML todos os dados podem ser representados adequadamente, como combina- ção de listas e dados escalares. A sintaxe é relativamente simples e de fácil mapeamento, aceita os tipos mais comuns de dados assim como a maioria das linguagens de alto ní- vel. Além disso, YAML utiliza uma notação baseada em identação e um conjunto de caracteres distintos dos utilizados por XML, fazendo com que as duas linguagens se- jam facilmente combinadas. A Figura2.7apresenta o exemplo de um documentoXML

convertido paraYAML.