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9. CONCLUSÃO

9.3. Palavras finais

A mudança é algo inerente à vida. Do momento do nascimento até a morte, o ambiente vai impondo circunstâncias que vão obrigando à mudança sob pena de serem extintos o que a ela resistem. Entretanto, o que diferenciou o homem das outras espécies foi a sua insatisfação em ser apenas uma marionete nas mãos do destino e procurou, de todas as maneiras, passar a ser o senhor dessas mudanças. Se não conseguiu total êxito, aprendeu a lidar com uma parte considerável, passando ele próprio a planejar e a implementar as mudanças.

As ações de mudança sugeridas não representam uma ruptura com o pensamento institucional, mas subsídios a serem analisados pelos escalões competentes, visando a suscitar a discussão de como melhorar a posição da Marinha do Brasil no campo político-orçamentário, tomando por base ações já adotadas e as possibilidades abertas pela atual democracia para as relações entre civis e militares.

Como contribuição a novos trabalhos de pesquisa que podem ser desenvolvidos nessa área e voltados para a Administração, poderiam ser acompanhadas, como estudo de caso, as mudanças, tanto internas quanto estratégicas, desenvolvidas na Marinha, ou em outra força, e os resultados alcançados. Ligadas a essas mudanças, poderiam ser focadas as práticas discursivas empregadas durante essas mudanças e a importância delas na obtenção ou não de legitimidade.

Uma outra sugestão de estudo se encontraria na tentativa de mapeamento das redes ligadas a um determinado tema, como por exemplo, a Amazônia Azul, a fim de propor estratégias a serem utilizadas mais diretamente nas relações com essas redes e ações de mudança interna para dar

suporte a essas estratégias. A consolidação do conceito de Amazônia Azul pode também ser um tema para estudo de diversas formas: buscando a importância dos discursos para essa consolidação; analisando sua contribuição efetiva para a Marinha no campo político-orçamentário no esforço para auferir capital político; A importância do tema para dentro da própria Marinha como um conjunto simbólico e para a formação da legitimidade institucional; o impacto do conceito da Amazônia Azul sobre a imagem da Marinha formada pela sociedade.

Poderia ser desenvolvido também um estudo sobre a atuação da CORM e os resultados trazidos por essa inovação estrutural no campo político-orçamentário, na busca por capital político. Um estudo mostrando o seu processo de institucionalização, mostrando a formação dos grupos internos e os modos de lidar administrativamente com esses grupos.

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Após o fim da Guerra Fria, a USAF enfrentou as mudanças descontínuas que lhe foram infligidas e que lhe trouxeram problemas, agravados pela redução crescente de seu orçamento. Entretanto, segundo os autores, a partir da metade da década de 1990, a USAF vem desenvolvendo um conjunto de atividades para alinhar seu planejamento estratégico à sua visão de futuro, gerando compromissos do alto-comando com a identidade institucional em seus serviços e as capacitações tecnológicas pretendidas para o futuro. Consolidou-se um processo robusto de visão e planejamento estratégico, como base estável e evolutiva para a tomada de decisão.

Os autores levam a termo uma análise comparativa entre duas rodadas de planejamento estratégico da força aérea do Estados Unidos (United States Air Force – USAF), realizadas durante os comandos dos Generais Ron Fogleman e Michael Ryan. Desta comparação, os autores buscam um melhor entendimento do processo de planejamento estratégico, do contexto e da participação dos membros da organização e de como esses fatores interagem para a formação da intenção estratégica e para a preparação da Organização para o aproveitamento da janela de oportunidades.

Buscam também a compreensão sobre a conexão entre visão estratégica, planejamento de longo prazo, orçamento e implementação; de como são inseridas correções no planejamento realizado; e procuram obter smart practices a partir do estudo dessas duas rodadas. Os subsídios utilizados por eles na pesquisa provieram de um extenso rol de entrevistas e de exaustiva pesquisa documental por entre os registros existentes das etapas das rodadas de planejamento dos dois períodos.

Apresentam alguns aspectos importantes da evolução de importantes políticas públicas, como o Planning, Programming and Budgeting System (PPBS), utilizado durante a administração

do secretário de defesa Robert McNamara, e as reformas administrativas dos presidentes Carter e Reagan, e de como determinaram a evolução organizacional da USAF. Outro aspecto importante apresentado é o da Guerra do Kosovo, que irá determinar avanços tecnológicos na USAF, bastante ligados à visão estratégica criada para a USAF. Desta forma, os autores deixam bem claro que, na sua concepção de planejamento estratégico, os aspectos externos que caracterizam o contexto no qual a instituição está inserida possuem importância fundamental.

Barzelay e Campbell fazem uma contextualização bastante rigorosa, na qual inserem a USAF dentro da visão estratégica do Departamento de Defesa contida no Global Reach – Global

Power e desenvolvida durante o período de Rice-McPeack (antecessores de Fogleman), para uma

reorientação dos conceitos de emprego da USAF, após o fim da Guerra Fria. A Guerra do Golfo, pode ser considerada como um ponto de inflexão no emprego da USAF, já que foi utilizada no ataque a pontos estratégicos, como preparação para o desembarque das tropas, realizando a desmobilização do apoio logístico e da estrutura de comando e controle iraquiana, e como fonte de informações para uso da inteligência.

Resumem três aspectos que irão influenciar a rodada de Fogleman e a formação da visão estratégica: a expansão das crenças doutrinárias quanto ao emprego da USAF, passando a conter a sua contribuição direta à conquista dos objetivos militares nacionais; a passagem do espaço a ser encarado como um meio crítico para o sucesso das campanhas aéreas; e o surgimento de oposições regulares nas outras forças militares americanas à revolução no uso da USAF, pelas perdas de poder e recursos envolvidas.

Pode se afirmar que os resultados basilares do projeto de pesquisa dos autores, são as descrições das rodadas de Fogleman e Ryan-Peters, o levantamento das smart practices de cada

uma das gestões e a análise comparativa entre elas, a fim de buscar generalizações de duas rodadas satisfatórias de elaboração de visão estratégica e planejamento estratégico.

A primeira rodada tem como personagem principal o General Fogleman, ficando a Secretária de Defesa à época, Sheila Widnall, com uma participação quase figurativa, talvez muito pela personalidade do seu Air Force Chief of Staff. A participação desse chefe militar se

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