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Palavras do Presidente Jean-Claude Juncker na conferência de imprensa conjunta por ocasião da Cimeira UE-Ucrânia com o Presidente da Ucrânia

No último documento selecionado, ‘Palavras do Presidente Jean-Claude Juncker na conferência de imprensa conjunta por ocasião da Cimeira UE-Ucrânia com o Presidente da Ucrânia’, de 9 de Julho de 2018, o Presidente da Comissão Europeia, num tom mais descontraído do que os discursos analisados anteriormente, reafirma os pontos principais do relatório de implementação do AA que já mencionei:

I am happy that we were able – thanks to the efforts of the President of Ukraine – to have the visafree travel to the European Union. This was done back in 2017 and I am more than delighted that half a million people from Ukraine have already made the most of this new opportunity. This is bringing people together, this is bringing nations together and this visa-free regime for Ukraine is working without any kind of problems.

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Those who have visas, they are going back in the indicated time and so we do not have negative side effects and this is proving once again that the Ukrainians are people worth of trust. We have good results since we signed back in September 2017 the Association Agreement and its Deep and Comprehensive Free Trade Area with Ukraine. The bilateral trade went up by almost 25% last year and the number of Ukrainian companies exporting to the European Union is also up by over 40%, going from 10,000 to 14,136, which is an encouraging result and which is helping Ukraine to grow in a steady pace. Of course, the more Ukraine is reforming, the more the support of the European Union will be developed in an adequate and corresponding way. I am welcoming – because I was insisting on that for years – the reform in the field of the fight against corruption which is a very important issue both for Ukraine – and I know the President is committed to that goal – and for the European Union. We have to perfect, to improve some details of this legislation but it will be done in the next coming days or week. Since I took office, out of the EUR 12.8 billion pledged to Ukraine, the EU and the European financial institutions have mobilised so far over EUR 11 billion. We have made as a Commission a proposal for the 4th Macro-Financial Assistance programme. It was signed days ago by the Council of Ministers and by the European Parliament. This is a commitment I made under conditions to President Poroshenko personally and it will provide EUR 1 billion to support the continued reform efforts. I am delighted that earlier today a EUR 75 million loan from the European Investment Bank was signed. This will go towards improving road infrastructure in Kiev and for other cities, amongst which Odessa has to be mentioned, to make life easier for commuters and to improve road safety across the country (Presidente da Comissão Europeia, 2018).

O Presidente da Comissão Europeia começa por destacar o historial de relações entre a Ucrânia e a UE, que data de 1997, e que, ironicamente, ia contra as intenções da Comissão da altura. Congratula-se também com o progresso e avanço nas relações entre ambas as partes, que reconhece que aceleraram mais nos últimos quatro anos (na altura

27 em que foi proferido o discurso) face aos anteriores 20 anos, altura em que começaram estas cimeiras.

Novamente, é remetido aos esforços da Ucrânia (neste caso o seu presidente) o avanço das relações entre os dois lados, visto que a implementação do Acordo desbloqueia certos direitos e liberdades à Ucrânia dentro da UE. Depois de referir o processo de liberalização de vistos e o aumento no comércio bilateral, Juncker volta a insistir que o aprofundar das relações entre as duas partes está condicionado pelo ritmo das reformas que a Ucrânia fizer.

Este discurso de Juncker, que tão pouco refere a Ucrânia como ‘parceiro’, ‘membro’, ou fala em adesões ou alargamento, é, no entanto, optimista, na medida em que revela que muitos progressos têm sido feitos para aprofundar as relações entre a Ucrânia e a UE, mas reforça que esse aprofundamento depende das reformas que a Ucrânia fizer nos mais variados níveis, de forma a se aproximar aos padrões da UE. Neste sentido, Juncker, reforça, implicitamente, que a União Europeia se coloca num patamar superior, de modelo a ser copiado por actores como a Ucrânia, que têm que fazer ‘esforços’ e ‘reformas’ para se aproximarem ou atingirem os padrões da UE, o que vai de encontro às ideias veiculadas nos discursos analisados anteriormente.

29 CAPÍTULO 4 - Discussão: AA como caminho para a adesão ou apenas

aprofundamento da Parceria Oriental?

Neste capítulo, iremos observar os resultados da análise de discurso à luz da literatura académica sobre as relações entre a Ucrânia e a União Europeia, confrontando as perspectivas académicas com as declarações dos agentes nos documentos analisados, de forma a respondermos à questão de partida. O objectivo é testar as hipóteses colocadas inicialmente: se a relação entre a Ucrânia e a UE é construída como um caminho para a adesão da mesma, ou apenas um aprofundamento da Parceria Oriental com base na política de Vizinhança da União Europeia.

Langbein e Wolczuk (2012) defendiam que as relações entre a Ucrânia e a União Europeia não passavam de uma convergência sem adesão. Importa ter em consideração que o artigo em causa foi publicado em 2011, dois anos antes dos eventos do Euromaidan e num clima geopolítico diferente do actual, quando afirmam que ‘o enquadramento contratual das relações entre a UE e a Ucrânia foi o Acordo de Parceria e Cooperação (APC) que entrou em vigor em 1998’ (ibid.: 5). O APC forneceu o quadro legal para operações operacionais, como a energia e o comércio, com vista a aproximar a Ucrânia do quadro jurídico do mercado único Europeu e da Organização Mundial do Comércio. Para este fim, o acordo continha algumas cláusulas evolutivas (que estão ausentes nos APCs com a maioria dos outros estados pós-soviéticos), incluindo a perspectiva de uma área de livre comércio com a UE'. No entanto, não houve menção a um acordo de associação, muito menos a adesão. Como já demonstrado, o Acordo de Associação não só se encontra elaborado, assinado como, no momento da escrita desta dissertação, até algo implementado; no entanto, a posição de que adesão ou perspectivas de adesão não foram mencionadas ou discutidas mantém-se actual, conforme podemos comprovar pela análise desenvolvida no capítulo anterior.

Martinaitis (2018), afirma que a Parceria Oriental visa alcançar os seus objectivos promovendo a mudança institucional nos países parceiros, ou seja, promovendo a democracia, o Estado de direito, os direitos humanos e apoiando a implementação de reformas em áreas mutuamente acordadas, como asilo, normas, auxílios estatais e

30 similares. No entanto, o autor defende que o progresso foi misto, dado que a assinatura de acordos de associação e o estabelecimento de áreas de comércio livre abrangentes e profundas (ZCLAA) com a Geórgia, a Moldávia, e a Ucrânia em 2016 fornecem provas de sucesso, embora a respectiva implementação continue a ser um desafio, algo também já constatado no relatório de implementação do acordo de 2018 e reafirmado pelas palavras de Junker em 2018.

Martinaitis afirma que a ascensão dos países pós-socialistas da Europa Central e Oriental na UE foi relativamente rápida e suave, precisamente porque as instituições fundamentais necessárias e as regras formais do jogo estavam em grande parte no lugar, ao contrário dos países da PO que, ‘ao invés de serem historicamente e culturalmente incorporados no Ocidente, estão na fronteira do choque de civilizações de Huntington’ (ibid.), dado que lhes falta experiência democrática, salvo excepções pontuais. Para além disso, ‘as tentativas de estabelecer democracia e economia de mercado após 1991 enfrentaram numerosos contratempos ou o entrincheiramento total de regimes autoritários. E ainda, os países da PO também se envolveram na construção de estados- nação, o que resultou em conflitos territoriais armados’ (ibid.). Apesar de se poder corroborar a afirmação do autor de que estes países são apenas considerados parcialmente livres ou democracias com algumas falhas,2 o mesmo é considerado para

países dos Balcãs Ocidentais como a Albânia, Macedónia do Norte, Montenegro ou Bósnia, e isso não impossibilitou o presidente do Conselho Europeu de admitir que estão na próxima vaga de alargamento da União Europeia; pelo que o poder normativo da UE, as perspectivas de adesão, e as reformas que incute nesses países facilmente alteram esse paradigma, como acontecera no passado.

Axyonova (2018) dá maior relevância à sociedade civil em vez das intenções políticas das figuras públicas e com poder de decisão tanto dentro da Ucrânia como na UE, destacando o papel da mobilização civil e activismo político, neste caso da Ucrânia, na aproximação política do país à UE com o Euromaidan. Para a autora, certos grupos da sociedade civil, como por exemplo, grupos de reflexão, são importantes formadores

31 de opinião, que procuram influenciar os processos de tomada de decisão e as opções políticas nos seus países, incluindo vis-à-vis a UE. Dependendo das percepções mais ou menos positivas da UE, das suas iniciativas, e expectativas sobre o que podem (ou não) oferecer, os actores da sociedade civil estariam mais ou menos ansiosos para se envolverem com a UE e promover uma escolha pró-Europeia, influenciando a política externa da Ucrânia. Nos discursos dos líderes das instituições Europeias analisados nesta dissertação, é frequente lerem-se frases como ‘a escolha Europeia da Ucrânia’ e mesmo no Acordo de Associação em si consta a frase ‘tendo em conta o forte apoio do público na Ucrânia para a escolha europeia do país’, corroborando o que a autora afirma.

De acordo com a análise de Axyonova (2018) (baseada em publicações de think thanks de relevo Ucranianos que trabalham em análise de política externa e de segurança ou observadores de democratização, reforma da administração pública, e liberalização económica), ‘a integração com a UE é narrada como uma oportunidade de acabar com as dificuldades económicas e políticas e melhorar quase todos os aspectos da vida na Ucrânia’ (ibid: 9). Para a autora, a UE é retratada como um poder transformador, que, através da sua insistência em reformas políticas e económicas, poderia desencadear uma mudança positiva no país. Os autores que a mesma analisou defendem que as perspectivas de adesão à UE acelerariam os processos de transformação no país e destacariam a identidade europeia da Ucrânia, ao mesmo tempo sublinhando que uma transformação bem-sucedida só seria possível se o governo Ucraniano cumprisse os seus próprios compromissos em relação às reformas políticas.

Novamente, comprova-se que a mera percepção de possível adesão à UE acelera os processos de transformação política que é também corroborada pelas suas contrapartes da UE, como o próprio Van Rompuy afirma: ‘A mera perspetiva de adesão à UE está a ajudar os nossos vizinhos mais próximos a tornarem-se mais estáveis, modernos e democráticos. Isto foi particularmente verdade desde 1989, quando a Cortina de Ferro caiu’ (Presidente do Conselho Europeu, 2014: 4). A noção de que uma transformação bem-sucedida só seria possível se o governo Ucraniano cumprisse os seus próprios compromissos em relação às reformas políticas é também apoiada pelo relatório de implementação do Acordo de Associação, como já mencionado.

32 Petrov (2018) afirma que a entrada em vigor do AA trouxe à consideração a questão da promoção dos valores comuns da UE no sistema jurídico da Ucrânia. No entanto, o autor reconhece que ‘não há um esclarecimento direto dessa questão, porque o AA é o primeiro acordo internacional estrutural na história moderna da Ucrânia, o que implica sua integração profunda e abrangente na ordem jurídica de uma organização internacional supranacional’. Petrov reconhece que, para além da condicionalidade mais geral dos "valores comuns", o Acordo de Associação ‘contém uma forma específica de condicionalidade de "acesso ao mercado", que está explicitamente ligada ao processo de aproximação legislativa, sendo assim um dos mecanismos específicos introduzidos para enfrentar os desafios da integração sem adesão. O autor explica que ‘o governo da Ucrânia é obrigado a fornecer relatórios à UE, de acordo com os prazos de aproximação especificados nos acordos. Para além da elaboração de relatórios de progresso, que é uma prática comum na estratégia de pré-adesão da UE e na PO, o procedimento de monitorização pode incluir missões “no local”, com a participação de instituições, organismos e agências da UE, - órgãos governamentais, autoridades de supervisão, especialistas independentes e outros, conforme necessário’ (ibid.).

Petrov afirma ainda que o Acordo de associação serve de modelo para futuras reformas políticas e económicas em todos os países da Parceria Oriental, para além de que a ‘obrigação’ de partilhar os valores democráticos comuns da UE implica um acompanhamento regular por parte das instituições da UE, impedindo a Ucrânia de práticas antidemocráticas. Para além disso, a criação de novas instituições conjuntas no âmbito da AA ajudará países como a Ucrânia a aproximar as leis com a ajuda das suas decisões vinculativas (ibid.). Segundo Petrov (2018), ‘o processo de implementação efetiva das AA constituirá o maior desafio para a Ucrânia, a Moldávia e a Geórgia. Estes países têm de provar a sua adesão aos valores democráticos e económicos comuns da UE e assegurar o funcionamento adequado das suas áreas de comércio livre profundas e abrangentes’.

Analisando as palavras de Petrov, que reafirma a insistência da UE nos valores comuns e na ideia de condicionalidade com base dos mesmos, conclui-se que o acesso ao mercado e a aproximação legislativa no âmbito do Acordo de Associação são

33 mecanismos específicos introduzidos para enfrentar os desafios da integração sem adesão; no entanto, o autor reconhece que os relatórios de implementação dos Acordos são também uma prática comum na estratégia de pré adesão à UE. Petrov (2018) afirma, tal como o relatório de implementação do AA de 2018 indica, que as reformas da Ucrânia são a chave não só para uma maior proximidade com a UE, como também para desencadear as medidas previstas no mesmo, dependendo inteiramente deste país e da vontade dos seus líderes políticos de prosseguirem com as reformas com que se comprometeram.

Finalmente, analisando a questão do Acordo de Associação e da Parceria Oriental de uma perspectiva geopolítica, Haukalla (2016: 658) considera que a UE abordou a sua vizinhança oriental como essencialmente incontestada, e que a mesma poderia procurar uma continuação do seu modelo de adesão só que por outros meios. O autor afirma que a UE, com a Parceria Oriental, tem estado ocupada a conceber relações que, quando tomadas em conjunto, levariam a Europa de Leste a integrar uma ordem mais ampla de prosperidade, estabilidade e integração centrada na UE, ou seja, dentro da sua esfera de influência, apesar de Haukalla admitir que ‘não foi um projeto de projeção de poder geopolítico no sentido bruto do termo’. O autor defende que, ‘apesar de toda a retórica de parceria - agora em grande parte silenciosa - a realidade subjacente é que as políticas da UE têm enfrentado a insistência da Rússia em enquadrar o papel da UE na vizinhança oriental em termos amplamente negativos e competitivos’ (ibid.).

Como consequência, a UE foi travada numa competição de integração com a Rússia, na qual, como argumenta Haukalla, a UE não está disposta nem preparada para jogar. O autor defende, portanto, que a UE, ao conceber a PO, levaria a Europa Centro- Oriental não só a integrar-se numa ordem mais centrada na UE, e que é também um modelo de adesão, embora por outros meios. Haukalla considera também que, apesar da retórica de ‘parceria’ (que revela maior distanciamento face à ideia adesão, como temos vindo a apontar ao longo da análise), essa mesma retórica tem levado a uma percepção negativa por parte da Rússia, que tem visto o desenvolver das relações entre a UE e a Ucrânia, como também outros países da PO, desencadeando uma competição com a UE pela integração destes países nas suas respectivas zonas de influência.

34 Sakwa (2017: 16), vai mais longe, pois defende que ‘a dupla dinâmica do monismo Ucraniano e Europeu’ provocou uma nova divisão da Europa. O autor afirma que a ‘escolha Europeia’ da Ucrânia extraiu a sua energia das práticas monistas do seu envolvimento na política externa, reforçando o monismo doméstico. Sakwa argumenta que, do mesmo modo, os impulsos monistas da Ucrânia ameaçam reforçar o monismo do seu envolvimento estrangeiro na Europa, sobretudo quando se trata de relações com a Rússia (…) as contradições do seu envolvimento no exterior só se intensificaram desde 2014, ‘onde uma série de relações pragmáticas com os países intermediários, acima de todos outros membros da PO, foi determinada principalmente por sua posição no conflito EU-Rússia’ (ibid.).

O autor acaba por concluir que o monismo da Ucrânia ‘sempre foi em grande parte gerado pelo repúdio dos aspetos políticos e institucionais do envolvimento com a Rússia, foi generalizado para a Europa como um todo’ (Sakwa, 2017). Os documentos analisados confirmam as observações de Sakwa, no sentido em que a escolha ou preferência da Ucrânia pela União Europeia polarizou as relações entre estados na região, nomeadamente entre a Rússia, Ucrânia, e outros países vizinhos, e que, em contrapartida, veio unificar a posição dos Estados-Membros da UE em relação à Ucrânia. Van Rompuy não só afirma existir uma maior uniformização da posição dos Estados Membros da União Europeia em relação à Ucrânia, como também uma ‘monização’ da sua atitude perante o país, fruto das respectivas circunstâncias geopolíticas.

Vosta (2016: 25) defende que a UE, por ser o principal parceiro comercial e comercial da Ucrânia, ‘tem apoiado activamente a Ucrânia no seu árduo caminho para a democracia e reformas económicas antes do golpe político de 2014 e mostrou ainda mais apoio durante o golpe em si, que é óbvio que a orientação pró-europeia da Ucrânia e uma maior integração com a UE teria um impacto positivo no desenvolvimento político, social e económico do país’. Vosta, como muitos outros autores já mencionados, dá importância às reformas que a UE tem impulsionado no país, e sublinha que têm sido especialmente maiores no período pós Euromaidan, enfatizando o papel de relevo da Ucrânia dentro da própria Parceira Oriental. O autor também considera que, se a Ucrânia ‘se tornasse parte do modelo económico Europeu’, aumentaria o poder e influência a nível global.

35 Vosta enaltece também a importância da Ucrânia para a UE, sendo que este país partilha de uma fronteira comum com muitos países do bloco, é um mercado relativamente grande, com 45 milhões de pessoas, como uma zona importante de trânsito para o gás Russo, do qual a Europa Central depende. O autor conclui que uma Ucrânia instável politicamente e economicamente traria instabilidade para junto da fronteira externa da UE, algo que, para o autor, colocaria em causa o próprio modelo Europeu. Vosta chega mesmo a considerar que, se a Ucrânia aplicasse declarações do 2º artigo do tratado da UE ao mesmo tempo que o bloco concedesse ao país possibilidades de adesão, o mesmo poderia replicar o momento do lançamento do Acordo de Associação assinado entre ambas as partes, tornando-se num ‘modelo de sucesso Europeu’. O autor conclui que, se tal acontecesse, traria não só mudanças políticas e económicas positivas para a Ucrânia, mas também para toda a região dos vizinhos Orientais da União Europeia.

Revendo as afirmações destes autores, podemos entender que a vasta maioria olha para uma eventual adesão da Ucrânia com optimismo, mas reconhece que a mesma ou está muito longe de acontecer, ou se trata apenas de um aprofundamento da Parceria Oriental. Antes da assinatura do Acordo de Adesão já vários autores como Langbein e Wolczuk (2012) defendiam que a relação da Ucrânia com a UE não passaria de uma convergência sem adesão, Martinaitis (2018) vai mesmo mais longe e afirma que a inexperiência democrática e a sua posição numa área de choque de civilizações é um entrave para a adesão da mesma ao bloco, apesar de admitir que as reformas que a UE impôs sejam vitais para que este paradigma mude.

Tanto Axyonova (2018) como Pretrov (2018) tocam no mesmo ponto, destacando

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