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3.3 CULTURA E DESIGN

3.3.2 PANORAMA HISTÓRICO E SEUS DESTAQUES

Século XVIII

O nome da vila foi alterado para Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curitiba em 1721 e segundo o site Centro Histórico de Curitiba, o crescimento da vila não foi tão expressivo, até então. No século XVIII Curitiba passa a ganhar mais destaque devido à integração que foi estabelecida entre pelo litoral através do caminho do Itupava.

Nesse mesmo século foi edificada a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Chagas, onde hoje está localizado o museu da Arte Sacra. A igreja do Rosário também foi erguida nesse mesmo século, sendo construída por e para escravos e a Casa Romário Martins onde atualmente são promovidas exposições e outras atividades orientadas sobre pesquisas da cidade.

Século XIX

O atual Centro Histórico era, então, do tamanho de uma vila que se tornou importante na Comarca em 1812, pois passou a ganhar mais destaque do que Paranaguá. Em 1842 adquire categoria de cidade, um pouco antes de se tornar independente da Comarca de São Paulo.

Nesse século ocorre a migração para o Paraná de povos das cidades alemãs, italianas, polonesas e ucranianas. Mudanças são vistas no setor histórico e na comunidade paranaense pois, devido a migração é possível notar na arquitetura a influências dessas etnias.

A Casa Vermelha é uma dessas construções de destaque, edificada por uma família alemã no final do século XIX, teve várias funções, entre elas abrigou Espaço Cultural de Curitiba integrado ao Memorial. Outra edificação é Sociedade Italiana Giuseppe Garibaldi que possibilitou aos italianos uma maior integração, existe desde 1883, em 1900 o espaço foi utilizado como o Palácio da Justiça e sede do Tribunal de Justiça, e retornou à sociedade italiana, como afirma (FENIANOS, 1993).

Hoje onde ocorre a feira do Largo da Ordem, no século XIX abrigava comerciantes e fazendeiros que realizam seus negócios e vendas no centro. O bebedouro de pedra que está na área central, marca esse período pois era onde os donos das fazendas e tropeiros guiavam suas e mulas e cavalos para beber água.

Outro destaque do período foi a fundação do Museu Paranaense inaugurado em 1876 (MUSEU Paranaense, 2013). A mesma fonte informa que 1882 transformou- se em órgão oficial de governo, e a partir daí, passou a receber contínuas doações. Já ocupou seis sedes, até fixar-se na atual, onde possui tanto exposições permanentes quanto exposições temporárias, dentre as quais é destaque o Pavilhão da História do Paraná.

Século XX

Foi marcado por várias transformações na cidade, ocorreu uma grande expansão e mudança das bases da economia da capital além de um aumento considerável da população. São encontrado marcos arquitetônicos importantes, como a Universidade Federal do Paraná, a mais antiga do Brasil fundada em 1912. Nesse mesmo período foi criado o Paço da Liberdade, edificação art-nouveau de 1916, onde no presente momento é a sede de Centro Cultural pertencente ao SESC.

Atualidade

O Centro Histórico de Curitiba hoje é fruto de um grande processo de revitalização. Diversos prédios históricos passam a fazer parte do dia-a-dia da comunidade curitibana e tornaram-se de grande importância para cidade no âmbito cultural, social e econômico.

Devido a sua importância para a cidade de Curitiba, o mesmo foi escolhido para o conceito desse projeto. Por conta do tamanho territorial, uma delimitação se fez necessária, uma rota iniciada na rua Mateus Leme segue até a Praça Garibaldi, onde foram selecionados pela autora as partes especificas dos edifícios que tinham formas inspiradoras para a criação dos módulos, conforme (figura 16).

Os edifícios que inspiraram o projeto foram: Conservatório de Música Popular Brasileira de Curitiba (figura 17), Casa João Turin (figura 18), Casa do Artesanato (figura 19), Memorial de Curitiba (figura 20), Igreja da Ordem Terceira de São Francisco das Chagas (figura 21), Casa Hoffmann – Centro de Estudos do Movimento (figura 22), Solar do Rosário, Igreja de Nossa Senhora do Rosário de São Benedito (figura 23), Palacete Wolf (figura 24). Tais edifícios foram escolhidos com base apenas no apelo estético, não sendo levado em conta as especificações arquitetônicas ou seus estilos. A seguir, uma breve descrição e pesquisa da história até a atualidade.

Figura 16 – Mapa da Rota

Figura 17 – Conservatório de Música Popular Brasileira de Curitiba

Fonte: Autora

Conservatório de Música Popular Brasileira de Curitiba:

O site do Conservatório de Música Popular Brasileira de Curitiba informa que o sobrado dos Guimarães foi construído em 1897 para servir de residência à família de Manoel Antônio Guimarães Neto (político influente da província do Paraná). Mais tarde ele foi ocupado para atividades comerciais, chegando a ser O Conservatório de Música Popular Brasileira de Curitiba criado após a revitalização do Setor Histórico da cidade na década de 1980, que teve como o principal objetivo restaurar e valorizar os prédios históricos.

Casa João Turin:

A Casa João Turin foi criada em dezembro de 1953, com o intuito de manter o acervo cultural e memorial do escultor paranaense. Considerado o precursor da arte paranista, que enfatiza o Pinheiro do Paraná, João Zanin Turin de acordo com o site Fotografando Curitiba. Conforme o jornal Gazeta do Povo (2012) a casa, ambiente dedicado a obra do escultor, fechou após 23 anos de funcionamento, em julho de 2012. O acervo documental foi encaminhado ao MON (Museu Oscar Niemeyer) e uma nova função para a casa ainda não foi definida.

Figura 18 – Casa João Turin Fonte: Autora

Casa do Artesanato:

De acordo com o site Caminhos do Algodão, a Casa do Artesanato foi edificada em 1980 e fechada no fim 2007 para restauro. Em 14/04/2010 reinaugurada para as comemorações dos 317 anos de Curitiba, hoje encontra-se sem funcionamento.

Figura 19 – Casa do Artesanato Fonte: Autora

Memorial de Curitiba:

De acordo com o site centro histórico o Memorial de Curitiba inaugurado em 15 de agosto de 1996, o memorial é um espaço dedicado às artes, folclore, informações, exposições permanentes e temporárias. O edifício foi projetado em forma de pinheiro, a árvore símbolo do Paraná, em estrutura de ferro com suas paredes laterais e cobertura de vidro laminado.

Figura 20 –Memorial de Curitiba Fonte: Autora

Igreja da Ordem Terceira de São Francisco das Chagas:

O site o centro histórico ainda nos informa que a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco das Chagas foi edificada em 1737 considerada a mais antiga de Curitiba. Em 1752 foi construído o convento anexo, que funcionou até 1783. Em 1834 e 1835 desabou o vigamento da igreja que só teve sua restauração em 1883. Foi tombada em 1965 e restaurada entre 1978 e 1980.

Hoje anexo a igreja encontra-se o Museu de Arte Sacra que reúne artefatos religiosos das quatros igrejas mais antigas da cidade, que são: Nossa Senhora da Luz e Bom Jesus dos Pinhais, Rosário dos Pretos de São Benedito, São Francisco de Paula e da própria Igreja da Ordem.

Figura 21- Igreja da Ordem Terceira de São Francisco das Chagas Fonte: Autora

Casa Hoffmann – Centro de Estudos do Movimento

O site centro histórico informa que o edifício foi construído em 1980 pela família próspera de tecelões austríacos que mudou para o Brasil no final do século XIX. Hoje é a sede do Centro de Estudos do Movimento, destinado a inovação estética do movimento, um local destinado a artistas e outros profissionais, com atividades nas áreas de dança, teatro, artes plásticas e educação.

Figura 22 - Casa Hoffmann – Centro de Estudos do Movimento

Fonte: Autora

Solar do Rosário:

O site Solar do Rosário informa que o edifício foi construído no final do século XIX. Primeiramente foi residência da família Inácio de Paula França, empresário do ramo da cerâmica. Hoje o Solar do Rosário, de propriedade de Regina e João Casillo, é uma iniciativa privada que comporta um espaço produtivo de arte e cultura com galeria de arte, curso, oficinas e entre outros projetos.

Figura 23 - Solar do Rosário Fonte: Autora

Igreja de Nossa Senhora do Rosário de São Benedito:

Consiste como a segunda igreja de Curitiba, edificada por escravos em 1737, no decorrer da construção da Catedral de Curitiba (1875-1893) serviu como igreja matriz da cidade. Devido ao seu péssimo de estado de conservação, foi demolida em 1931 e foi reinaugurada em 1946. Segundo o site do centro histórico o estilo barroco da fachada ainda preserva os azulejos originais na antiga capela (figura 25).

Figura 24 - Igreja do Rosário Fonte: Autora

Figura 25 - Igreja do Rosário- Azulejo Originais da Fachada Fonte: Autora

Palacete Wolf:

O Palacete Wolf, foi construído pelo imigrante austríaco Fredolin Wolf, em 1880, e foi a sede da Fundação Cultural de Curitiba até 2006. O Palacete teve várias funções para a cidade em épocas diferentes, foi usado como colégio em duas diferentes ocasiões, sede para o Corpo Policial da Província, sede do governo do Paraná até 1892. No período da Revolução Federalista (1894) foi utilizado como Quartel General do 5º Distrito do Exército. De 1912 a 1913 foi sede Câmara Municipal. Funcionou como por 42 anos como escola particular de pintura e de violino. Hoje o Palacete promove ações como oficinas análise e criação literária e rodas de literatura e ainda abriga uma livraria. Informações extraídas do site Fundação Cultural de Curitiba.

Figura 26 -Palacete Wolf Fonte: Autora

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