• Nenhum resultado encontrado

5.2

Parˆametros isot´opicos

Os resultados das medidas isot´opicas est˜ao mostrados na Tabela 5.4 com valores de δD, δ18O, δ13C e pMC, para cada um dos po¸cos.

Tabela 5.4: Medidas de deut´erio, oxigˆenio-18, carbono-13 e carbono-14 em ´aguas subterrˆaneas nos mu- nic´ıpios de Crato, Barbalha, Juazeiro do Norte, Milagres, Miss˜ao Velha e Nova Olinda, coletadas em fevereiro de 2012.

Po¸co Local - Munic´ıpio δD(h) δ18O(h) δ13C(h) pMC

P01 DER - Crato -15,0 -3,41 - -

P02 Santa Rosa - Crato -14,3 -3,42 -5,66 66,12 P03 Bela Vista - Barbalha -20,8 -4,24 -6,92 50,29 P04 H. S˜ao Vicente - Barbalha -14,8 -3,60 -8,40 82,03 P05 Lagoa Seca 9 - J. do Norte -15,5 -3,61 -10,13 66,35 P06 Lagoa Seca 12 - J. do Norte -14,9 -3,50 - 61,14 P07 Lagoa Seca 13 - J. do Norte -15,3 -3,65 - - P09 R. dos Macacos 2 - J. do Norte -15,2 -3,59 -9,31 66,02 P10 R. dos Macacos 3 - J. do Norte -15,7 -3,58 -8,48 63,23 P11 R. dos Macacos 7 - J. do Norte -15,2 -3,57 -6,06 47,94 P12 SENAI - J. do Norte -15,7 -3,55 - 1,55 P13 CAGECE 2 - Milagres -29,1 -5,33 -11,33 39,78 P15 Miss˜ao Velha 1 - Miss˜ao Velha -22,4 -4,34 -12,30 4,25 P17 Baixio - Nova Olinda -23,5 -4,45 -12,82 32,30

(I) Rela¸c˜ao δD − δ18 O A rela¸c˜ao δD − δ18

O de todas as amostras analisadas est´a apresentada na Figura 5.5 e satisfaz `a equa¸c˜ao:

δD = 8, 11 δ18

O + 13, 54 (5.2)

Esta reta tem coeficiente angular pr´oximo ao da Reta Mete´orica Mundial - RMM (δD = 8 δ18O + 10), indicando que n˜ao houve processo de evapora¸c˜ao antes da recarga e

5.2 Parˆametros isot´opicos 64

que as ´aguas de recarga s˜ao provenientes diretamente das chuvas.

Figura 5.5: Rela¸c˜ao δD − δ18O de todos os po¸cos amostrados.

(II) CE versus δ18 O

A condutividade el´etrica versus δ18

O dos po¸cos amostrados ´e apresentada na Figura 5.6, onde dois grupos distintos de amostras podem ser observados. O primeiro grupo, de 13 amostras, tem valor m´edio de δ18

O = -3,6 ± 0,2 h, reta azul na figura. O segundo grupo, de 04 amostras (P03, P13, P15 e P17), ´e caracterizado por valores de δ18O na faixa de -5,33 a -4,24 h, trˆes deles tˆem as mais altas salinidade, a exce¸c˜ao ´e a amostra do P15. Segundo Geyh et al. (1991), concentra¸c˜oes de oxigˆenio-18 menores que -4 h significa claramente a presen¸ca ´aguas n˜ao modernas, paleo´aguas derivadas de chuvas ocorridas a mais de 10.000 anos antes de hoje, quando a temperatura na regi˜ao era em torno de 5 o

C mais baixa que a atual. Como o oxigˆenio-18 n˜ao sofre fracionamento isot´opico no aqu´ıfero, o valor de δ est´a relacionado com a temperatura ambiente na ´epoca da entrada da ´agua no reservat´orio; sua rela¸c˜ao linear com a temperatura ´e expressa pela equa¸c˜ao 3.6.

5.2 Parˆametros isot´opicos 65

Figura 5.6: Condutividade el´etrica versus δ18O de todos os po¸cos amostrados.

(III) δ13

C versus concentra¸c˜ao de bicarbonato Os valores de δ13

C em fun¸c˜ao da concentra¸c˜ao de bicarbonato (HCO−

3), mostrados na Figura 5.7, permitem identificar a origem do carbono nos po¸cos amostrados. O gr´afico mostra que h´a mistura de carbono do solo (δ13

C = -23 h) com carbono de dissolu¸c˜ao de carbonatos (δ13

C = 0 h); os valores dessas amostras est˜ao na faixa de -5 a -15 h, em 03 amostras os teores de carbono-13 est˜ao mais empobrecidos e mais pr´oximos do valor do carbono do solo, resultante da menor contribui¸c˜ao da intera¸c˜ao ´agua/rocha.

O valor m´edio de δ13

C em torno de -23 h foi identificado por Mendon¸ca et al. (2010) na regi˜ao de estudo, que ´e consequˆencia direta do tipo de vegeta¸c˜ao local.

A Figura 5.7 mostra que a ´agua com maior concentra¸c˜ao de bicarbonato (do P17) tem o valor mais baixo de δ13

C; e a de menor concentra¸c˜ao de bicarbonato, o mais elevado valor de δ13

5.2 Parˆametros isot´opicos 66

Figura 5.7: δ13C versus concentra¸c˜oes de bicarbonato em todas as ´aguas amostradas.

Como a data¸c˜ao de ´aguas subterrˆaneas por carbono-14 ´e feita atrav´es de medidas nos bicarbonatos e CO2 dissolvidos na ´agua, a an´alises de δ13

C ´e importante para corre¸c˜ao do tempo de trˆansito da ´agua, como prop˜oe a corre¸c˜ao de Pearson. Com a maior contribui¸c˜ao do CO2 do solo, os valores de δ13

C s˜ao mais baixos; mais elevados valores de δ13

C indicam contribui¸c˜oes de carbono da dissolu¸c˜ao de carbonatos.

5.2 Parˆametros isot´opicos 67

(IV) Idade

As idades das ´aguas nos po¸cos amostrados, juntamente com as corre¸c˜oes com os modelos de Pearson, Tamers e Vogel est˜ao apresentadas na Tabela 5.5. Os resulta- dos mostram que as correc˜oes de idades de amostras de ´aguas subterrˆaneas feitas pelos m´etodos hidroqu´ımico de Tamers e isot´opico de Pearson apresentam valores bem pr´oximo, enquanto com o modelo emp´ırico de Vogel, os valores divergem dos dois outros dois; con- firmando a afirma¸c˜ao de Tansey et al. (1989) de que esse modelo apresenta incertezas para regi˜oes de clima semi-´arido.

Pelos modelos de corre¸c˜ao isot´opico e hidroqu´ımico, verifica-se que as idades das ´aguas subterrˆaneas nos reservat´orios amostrados s˜ao relativamente pequenas, caracterizando, assim, ´aguas modernas, ou seja, ´aguas que tiveram forte contribui¸c˜ao de recargas recentes; com exce¸c˜ao de 4 amostras, as do po¸cos P12, P13, P15 e P17, que apresentaram idades com mais de 1.000 anos, destacando-se P15 com cerca de 20 mil anos (corre¸c˜ao de Pearson) e P12 com cerca de 28 mil anos (corre¸c˜ao de Tamers). As ´aguas desses quatros po¸cos s˜ao provenientes de misturas de ´aguas modernas com ´aguas velhas (δ18O mais baixo que das chuvas atuais); as concentra¸c˜oes de ´aguas velhas (com δ18

O = -6 h) nos po¸cos P12, P13, P15 e P17 s˜ao, respectivamente, 5,4 %, 74 %, 36 % e 40 %.

5.2 P ar ˆametr os isot´ opic os 68

Tabela 5.5: Idade aparente, em anos, de ´aguas subterrˆaneas dos po¸cos amostrados e suas corre¸c˜oes pelos m´etodos de Pearson, Tamers e Vogel.

Po¸co Local - Munic´ıpio Idade(aparente)(+/− erro) Idade(Pearson) Idade(Tamers) Idade(Vogel)

P02 Santa Rosa - Crato 3323 (+75/-74) moderna moderna 2017 P03 Bela Vista - Barbalha 5521 (+71/-71) moderna moderna 4216 P04 H. S˜ao Vicente - Barbalha 1591 (+51/-51) moderna moderna 286 P05 Lagoa Seca 9 - J. do Norte 3295 (+73/-72) moderna moderna 1990 P06 Lagoa Seca 12 - J. do Norte 3953 (+58/-58) - moderna 2648 P09 R. dos Macacos 2 - J. do Norte 3336 (+67/-67) moderna moderna 2031 P10 R. dos Macacos 3 - J. do Norte 3683 (+52/-52) moderna moderna 2378 P11 R. dos Macacos 7 - J. do Norte 5906 (+86/-85) moderna 338 4601 P12 SENAI - J. do Norte 33496 (+1922/-1550) - 27928 32191 P13 CAGECE 2 - Milagres 7404 (+78/-77) 1352 1836 6099 P15 Miss˜ao Velha 1 - Miss˜ao Velha 25376 (+597/-556) 20348 19808 24071 P17 Baixio - Nova Olinda 9079 (+97/-96) 4384 3511 7774

5.2 Parˆametros isot´opicos 69

(V) δ18

O versus Idade Corrigida A Figura 5.8 mostra δ18

O versus idade corrigida pelo m´etodo de Pearson, em 10 amostras; observa-se que 07 amostras s˜ao de ´aguas modernas, ou seja, receberam con- tribui¸c˜ao de recarga recente tendo valores de δ18

O da ordem dos valores das chuvas atuais. O oxigˆenio-18 nas chuvas est´a sob o efeito de temperatura e de quantidade; a amostra do po¸co P03 sofre grande influˆencia deste ´ultimo efeito. Nos trˆes po¸cos com ´aguas n˜ao modernas identifica-se mistura de paleo´aguas com ´aguas modernas.

Figura 5.8: δ18O versus idade corrigida, pelo modelo de Pearson.

(VI) Compara¸c˜ao com medidas de 16 anos antes

Dez amostras foram coletadas em locais que fazem parte da tese de Silva (1996); uma compara¸c˜ao, entre os dados atuais e de 16 anos antes, ´e mostrada na Tabela 5.6 e os gr´aficos das Figuras 5.9, 5.10, 5.11 e 5.12.

5.2 Parˆametros isot´opicos 70

Tabela 5.6: Compara¸c˜ao entre os dados dos po¸cos atuais e os dados dos po¸cos de 16 anos antes, na regi˜ao do Cariri (Os parˆametros identificados com * s˜ao das amostras de Silva (1996)).

Po¸co (µS/cm) (h) (h) (%) CE CE* δ18O δ18O* δ13C δ13C* pMC pMC* P03 535 456 -4,24 -4,30 -6,92 -16,4 50,29 28,10 P04 503 602 -3,60 -2,90 -8,4 -16,7 82,03 90,80 P05 152 291 -3,61 -3,30 -10,13 -19,5 66,35 64,20 P06 213 253 -3,50 -3,40 - -19,3 61,14 72,40 P07 177 213 -3,65 -3,5 - -18,2 - 79,10 P09 430 168 -3,59 -3,1 -9,31 -19,2 66,02 74,60 P10 423 243 -3,58 -3,20 -8,48 -16,6 63,23 92,00 P11 411 281 -3,57 -3,20 -6,06 -17,4 47,94 75,10 P13 616 569 -5,33 -5,10 -11,33 - 39,78 - P17 1044 976 -4,45 -3,80 -12,82 -13,4 32,3 3,3

O gr´afico de condutividade el´etrica dos po¸cos (Figura 5.9) mostra que 06 amostras, as dos po¸cos P03, P09, P10, P11, P13, P17, apresentaram maiores valores de condutividade e em 04 amostras, dos po¸cos P04, P05, P06 e P07, os valores diminu´ıram.

Figura 5.9: Condutividade el´etrica nas ´aguas dos po¸cos com an´alise atual e em 1996 (CE*).

5.2 Parˆametros isot´opicos 71

das as amostras tiveram um empobrecimento do oxigˆenio-18, com exce¸c˜ao da amostra do po¸co P03, que teve um pequeno enriquecimento. Este resultado indica recarga atrav´es de chuvas mais intensas ou maior contribui¸c˜ao de ´aguas n˜ao modernas.

Figura 5.10: δ18O nas ´aguas dos po¸cos com an´alise atual e em 1996 (δ18O*).

O gr´afico de pMC dos mesmos po¸cos nas duas coletas (Figura 5.11) mostra que houve aumento na porcentagem de carbono moderno nos po¸cos P03, P05 e P17, indicando contribui¸c˜ao de recarga recente e redu¸c˜ao nos valores de pMC dos po¸cos P04, P06, P09, P10 e P11, indicando que houve aumento do percentual de paleo´aguas na mistura com ´agua recente.

5.2 Parˆametros isot´opicos 72

Figura 5.11: pMC nas ´aguas dos po¸cos com an´alise atual e em 1996 (pMC*).

O gr´afico de δ13C (Figura 5.12) dos po¸cos, nas duas coletas, mostra que houve um enriquecimento, no per´ıodo, em todas as amostras comparadas, identificando uma maior contribui¸c˜ao de carbono de rochas carbonatadas devido `a intera¸c˜ao ´agua/rocha, pois essas rochas tˆem δ13

C = 0 h.

73

6

CONCLUS ˜OES

As ´aguas subterrˆaneas dos po¸cos amostrados s˜ao pot´aveis quanto `a an´alise dos ´ıons maiores, com exce¸c˜ao de duas amostras que tiveram dureza maior que o valor m´aximo permitido; quanto ao pH, quatro amostras est˜ao fora da faixa de potabilidade; e quanto `a an´alise dos compostos nitrogenados, todas as amostras s˜ao pot´aveis. ´E importante ressaltar que medidas bacteriol´ogicas, de ´ıons pesados e de BTEX devem ser feitas para garantir a potabilidade da ´agua, conforme a Resolu¸c˜ao do CONAMA (2008).

O tipo qu´ımico de ´agua predominante nas amostras ´e bicarbonatada mista, indicativo de contribui¸c˜ao de recargas recentes. A reta δD − δ18O paralela a RMM, com coeficiente angular de aproximadamente 8, mostrou que durante a recarga n˜ao houve processo de evapora¸c˜ao. As idades dessas ´aguas, corrigidas pelos modelos de Pearson e de Tamers, tamb´em mostraram que a maioria das ´aguas dos po¸cos amostrados s˜ao recentes.

Apesar da predominˆancia de ´aguas com composi¸c˜ao isot´opica de ´aguas recentes, foi ob- servado, em amostras de 04 po¸cos, mistura de ´aguas recentes com paleo´aguas; trˆes dessas amostras apresentaram idades corrigidas com valores acima de 1.000 anos, refor¸cando a id´eia de mistura. Trabalhos anteriores feitos nesse sentido j´a haviam identificados a presen¸ca de paleo´aguas na ´area estudada.

A compara¸c˜ao entre os dados atuais e os de 16 anos antes, de 10 amostras dos mesmos po¸cos, mostrou que, quanto `a condutividade el´etrica e pMC, os valores variaram sem uma tendˆencia predominante, e que, quanto `as concentra¸c˜oes de oxigˆenio-18 e carbono-13, as amostras apresentaram, respectivamente, empobrecimento e enriquecimento nos valores das amostras atuais.

74

REFERˆENCIAS

APHA, Standard Methods for the examination of water and wastewater, 18. ed. AWWA-WPCP, 2005.

BOLLENBACHER, A. F.; GUENTHER, P. R.; KELLING, C. D.; STEWART, E. F.; WAHELN, M. E WHORF, T. P. 2002. Calibration methodology for the Scripps 13C/12C and 18O/16O stable isotope program, 1992-1996, 143 p.

BRAND, W.A.; AVAK, H.; SEEDORF, R.; HOFMANN, D.E.; CONRADI, T. New me- thods for fully automated isotope ratio determination from hydro gen at the natural abundance level. 2000. Geoph. Prosp., 2000, 28. p. 967-976.

CARNEIRO, C.E.D.; SANTIAGO, M. M. F.; FRISCHKORN, H.; MENDES FILHO, J.; FORSTER, M. Oxigˆenio-18, deut´erio e condutividade el´etrica para caracteriza¸c˜ao da ´agua subterrˆanea no Vale do Gurgu´eia. In: X CONGRESSO BRASILEIRO DE ´AGUAS SUBTERR ˆANEAS, 1998, S˜ao Paulo. Anais... S˜ao Paulo: ABAS, 1998, v. 2, p. 95-114.

CLARK, I.; P. FRITZ. Environmental Isotopes in Hydrogeology. Lewis Publishers, Boca Raton, FL, 1997. 328 p.

COGERH - Companhia de Gest˜ao dos Recursos Hidr´ıcos. Atlas digital de geologia e recursos minerais do Cear´a. Fortaleza: Servi¸cos Geol´ogico do Brasil, 2003. 1 CD- ROM.

CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolu¸c˜ao 396 de 03/04/2008, Disp˜oe sobre a classifica¸c˜ao e diretrizes ambientais para o enquadramento das ´aguas sub- terrˆaneas e d´a outras previdˆencias, 2008. p. 11.

CPRM - Servi¸co Geol´ogico do Brasil. Hidrogeologia da por¸c˜ao oriental da Bacia Sedi- mentar do Araripe. In: Comportamento das bacias sedimentares da regi˜ao semi-´arida do

6 Referˆencias 75

nordeste brasileiro. Anais... 2007, 128 p.

CRAIG, H. Isotopic variations in metheoric waters. Science, New York, v.133, p. 1702 - 1703. 1961a.

CRAIG, H. Standard for reporting concentrations of deuterium and oxygen18 in natural waters. Science, New York, v.133, p. 1833-1834. 1961b.

DANSGAARD, W. Stable isotope in precipitation. Tellus, [S.I.], v.16, n.4, p. 136. 1964.

DIAS, C.M. Emiss˜ao de 14C pelas unidades I e II da Central Nuclear Almirante ´

Alvaro Alberto (CNAAA) e seu efeito local nos n´ıveis ambientais. 2006. 220 p. Tese (Doutorado em Geociˆencias) - Instituto de Geologia, Universidade de Bras´ılia, Bras´ılia, 2006.

DNPM - Departamento Nacional de Produ¸c˜ao Mineral. Programa nacional de estudos dos distritos mineiros: projeto avalia¸c˜ao hidrogeol´ogica da Bacia Sedimentar do Araripe. Recife, 101 p. 1996.

FERNANDES, M.A.B.; SANTIAGO, M. M. F.; MENDONC¸ A, L.A.R.; LIMA, J.O.G.; MENDES FILHO, J.; FRISCHKORN, H. Hidroqu´ımica das ´aguas subterrˆaneas no calc´ario Janda´ıra - Chapada do Apodi. In: XII CONGRESSO BRASILEIRO DE ´AGUAS SUB- TERR ˆANEAS, 2002, Florian´opolis. Anais... S˜ao Paulo: ABAS, 2002.

FITAS, I. R. Estudo param´etrico de detectores a g´as. 1998. 102 p. Disserta¸c˜ao (Mestrado em Reatores Nucleares de Potˆencia e Tecnologia do Combust´ıvel Nuclear) - Instituto de Pequisas Energ´eticas e Nucleares, Univerisade de S˜ao Paulo, S˜ao Paulo, 1998.

FRISCHKORN, H.; SANTIAGO, M.M.F., Paleo´aguas em bacias sedimentares do Nor- deste. In: I CONGRESSO MUNDIAL INTEGRADO DE ´AGUAS SUBTERR ˆANEAS, 2000, Fortaleza. Anais... Fortaleza: ABAS, 2000.

6 Referˆencias 76

FRISCHKORN, H.; SANTIAGO, M.M.F. e BRASIL, R. Aspectos h´ıdricos do Cariri. In: SIMP ´OSIO SOBRE A BACIA SEDIMENTAR DO ARARIPE E BACIAS INTERIORES DO NORDESTE, 1990, Crato.

FRITZ, P.; FONTES, J. Ch. Handbook of Environmental Isotope Geochemistry. New York: Elsevier, 1980. v. 1A, 545 p.

FUNCEME - Funda¸c˜ao Cearense de Meterologia e Recursos H´ıdricos. Dados de pre- cipita¸c˜ao pluviom´etrica. Per´ıodo 2002 a 2012. Dispon´ıvel em: <http://www.funce- me.com.br>. Acesso em: 10 jan. 2013.

GARLICK, G. D.; WEDEPOHL, K. H. Handbook of geochemistry. Berlin: Springer- Verlag, 1969. v. 8B, 442 p.

GEIGER, H.; M ¨ULLER, W. Technische Bemerkungen zum Elektronenz¨ahlrohr. Zeitschrift f¨ur Physik 30: 489 p. In German, 1929.

GEYH, M.A.; STUTE,M.; FRISCHKORN, H.; SANTIAGO, M.M.F. Contribui¸c˜ao para a hist´oria clim´atica do Nordeste do Brasil. In: BASES PARA O FUTURO: 20 ANOS DE COOPERAC¸ ˜AO CIENT´IFICA E TECNOL ´OGICA, 1991, Julich, Alemanha. S˜ao Paulo: Ed. KFA, 1991.

HEDBERG, M.; THEOD ´ORSSON, P. External radon disturbance of 14C measurements in gas-proportional counters. Radiocarbon, v. 37, n. 2, p. 759-765, 1995.

HORVATINCIC, N. Sources of radon contamination in14C dating. Radiocarbon, v. 37, n. 2, p. 749-757, 1995.

K ¨OPPEN, W.; GEIGER, R. Klimate der Erde. Gotha: Verlag Justus Perther, 1948. MARTINELLI, L.A.; Ometto, J. P. H. B.; Ferraz, E.S.; Victoria, R.L.; Camargo, P.B.; Moreira, M.Z. Desvendando quest˜oes ambientais com is´otopos est´aveis. S˜ao

6 Referˆencias 77

Paulo: Oficina de Textos. 2009. p. 144.

MENDONC¸ A, L. A. R.; FRISCHKORN, H., SANTIAGO, M.M.F; MENDES FILHO, J. Hidroqu´ımica das ´aguas da chapada do Araripe. In: XIII SIMP ´OSIO BRASILEIRO DE RECURSOS H´IDRICOS, 1999, Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte: SBRH, 1999.

MONT’ALVERNE et al. Projeto Avalia¸c˜ao Hidrogeol´ogica da Bacia Sedimentar do Araripe. Programa Nacional de Estudos dos Distritos Mineiros 1996. DNPM - Departa- mento Nacional de Produ¸c˜ao Mineral, Distritos Regionais Pernambucoe Cear´a. Recife, 101 p. 1996.

MOOK, W.G. Natural abundance of radioactive isotopes of C and H. In: IAEA, Envi- ronmental Isotopes im the Hydrological Cycle. Principals and Applications, v. 1. Amsterdan: Elsevier, 2000, p. 75-85.

MS - Minist´erio da Sa´ude. Portaria 518 de 25/03/2004, 33 p. 2004.

M ¨UNNICH, K.O. Messungen dˆes 14C-Gehalts von harten Grundwasser. Die Natur- wissenchaften. Berlin, 1957. v.44, p. 32-29.

OIKAWA, H. Estudos das caracter´ısticas de um sistema para data¸c˜ao por car- bono-14. 1978. 66 p. Disserta¸c˜ao (Mestrado em Tecnologia Nuclear) - Instituto de Energia Atˆomica, Universidade de S˜ao Paulo, S˜ao Paulo, 1978.

PEARSON, F. J., Jr.; HANSHAW, B. B. Sources of dissolved carbonate species in ground- water and their effects on carbon-14 dating. Isotope Hydrology, 1970. (Proc. Symp. Vienna, 1970) IAEA, Vienna, 1970. 271 p.

PEREIRA E.R.S.; CRUZ, M.J.M.; COSTA, A.B. Aspectos da composi¸c˜ao isot´opicas das ´aguas subterrˆaneas da Ilha de Itaparica, Bahia, Brasil. Cadernos de Geociˆencias, v.7, p. 88-92. 2009.

6 Referˆencias 78

PEREIRA, L. ; SANTIAGO, M. M. F. ; MENDONCA, L. A. R.; FRISCHKORN, H.; MENDES FILHO. J. Caracteriza¸c˜ao isot´opica das ´aguas subterrˆaneas da Ilha de S˜ao Lu´ıs/MA - Brasil. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ´AGUAS SUBTERR ˆANEAS, 12., 2002, Florian´opolis. Anais... Florian´opolis: ABAS, 2002.

PONTE, F. C.; APPI, C. J. Proposta de Revis˜ao da coluna litoestatigr´afica da Bacia do Araripe. In: Congresso Brasileiro de Geologia, 36., 1990, Natal. Anais... Natal, 1990.

POVINEC, P. P.; LITHERLAND, A. E.; REDEN, K. F. Developments in radiocarbon technologies: from the Libby counter to compound-specific AMS analyses. Radiocar- bon, v. 51, n. 1, p. 45-78, 2009.

RIBAS R. V. Instrumenta¸c˜ao Nuclear. S˜ao Paulo, 2011. 38 p.

ROZANSKI, K.; ARAGUAS-ARAGUAS, L.; GONFIANTINI, R. Isotopic patterns in modern global precipitation. 1993. In: SWART, P.K. et al. (Ed.). Climate change in continental isotopic records. Washington, D.C.; American Geophysical Union, p. 1-36. (Geophysical Monograph Series, 78).

SANTIAGO, M.M.F. Mecanismos de saliniza¸c˜ao semi-´aridas. Estudo dos a¸cudes Pereira de Miranda e Caxitor´e no Cear´a. 1984. 189 p. Tese (Doutorado em Geociˆencias) - Instituto de Geociˆencia, Universidade de S˜ao Paulo, S˜ao Paulo, 1984.

SANTIAGO, M.M.F.; SILVA, C.M.S.V; MENDES FILHO, J.; FRISCHKORN, H. Ca- racteriza¸c˜ao isot´opica da ´agua subterrˆanea na bacia sedimentar do Cariri. In: II CON- GRESSO LATINOAMERICANO DE HIDROLOGIA ISOT ´OPICA, 1994, Santiago. ALHSUD, 1994. v. 2, p. 731-740.

SANTIAGO, M. M. F. Laborat´orio de Carbono-14. Manual de prepara¸c˜ao e an´alise de amostras. 3. ed. Fortaleza, 1999. 32 p.

6 Referˆencias 79

SANTIAGO, M.M.F.;FRISCHKORN, H. e SILVA, C.M.S.V. 2008. M´etodos Isot´opicos. In: Hidrogeologia. Conceitos e Aplica¸c˜oes. Org. Feitos et al. Ed. CPRM, 812 p. 2008.

SANTIAGO, M.M.F.; SILVA, C.M.S.V; FRISCHKORN, H.; TEIXEIRA, Z. A.; MENDES FILHO, J. Oxigˆenio-18 e deut´erio nas ´aguas dos aq¨u´ıferos Janda´ıra e A¸cu no Cear´a. In: XVI CONGRESSO BRASILEIRO DE ´AGUAS SUBTERR ˆANEAS, 2010, S˜ao Lu´ıs. Anais... 2010.

SANTOS, L. L.; Cabral, Jaime S. S. P.; Paiva, A. L. R.; Zucchi, M. R. A utiliza¸c˜ao de is´otopos est´aveis para an´alise da intera¸c˜ao da ´agua superficial e ´agua subterrˆanea num estudo de filtra¸c˜ao em margens. In: XVI CONGRESSO BRASILEIRO DE ´AGUAS SUB- TERR ˆANEAS E XVII ENCONTRO NACIONAL DE PERFURADORES DE POC¸ OS, 2010, S˜ao Lu´ıs. Anais... S˜ao Lu´ıs, 2010.

SILVA, C.M.S.V. Modelo Fenomenol´ogico Para a Circula¸c˜ao de ´Agua na Bacia Sedimentar do Cariri com Base em Is´otopos e Hidroqu´ımica. 1996. 121 p. Tese (Doutorado em F´ısica) - Departamento de F´ısica, Universidade Federal do Cear´a, Forta- leza, 1996.

SUESS, H. E. Radiation concentration in modern wood. Science 122 (3166), p. 414-417, 1955.

TAMERS, M. A. Validity of radiocarbon dates on groundwater. Geophys. Surv., 2, 1975, 217 p.

TANSEY M. K.; PEETERS L.A.; PHILLIPS F. M. An Isotopic Investigation of Ground- water in Central San Juan Basin, New Mexico: Carbon 14 Dating as a Basis for Numerical Flow Modeling. Water Resources Research, New Mexico, v. 25. n. 10, p. 2259-2273, oct. 1989.

6 Referˆencias 80

SYMPOSIUM - CHALLENGES IN AFRICAN HYDROLOGY AND WATER RESOUR- CES, 1984, The Hauge. IAHS Publ. no. 144.

UNSCEAR - United Nations Scientific Comittee on Effects of Atomic Radiation. Sources and Effects of Ionizing Radiation. In: Report to the General Assembly, with scientific annexes. New York, 2000.

VER´ISSIMO, A. et al. Impactos sociais, econˆomicos e ecol´ogicos da explora¸c˜ao de madeiras numa regi˜ao de fronteira na Amazˆonia Oriental: o caso da Tailˆandia. In: BARROS, A. C.; VERISS´IMO, A., (Eds.) A expans˜ao da atividade madeireira na Amazˆonia: impactos e perspectivas para o desenvolvimento do setor flo- restal no Par´a. Bel´em: Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazˆonia, 1996.

VOGEL, J.C. Carbon-14 dating of groundwater. Isotope Hydrology. 1970 (Proc. Symp. Vienna, 1970). IAEA, Vienna, 1970. 225 p.

WALLICK, E.D. Isotopic and chemical considerations in radiocarbon dating of groundwater within the arid Tucson Basin, Arizona. 1973. Dissertation (Docto- rate in Philosophy) - Department of Geosciences, University of Arizona, Tucson, 1973.

WAY, K.; FANO, L.; SOTT, M.R.E.; THEW, K. Nuclear data. A collection of experimen- tal values of halofites, radiation energies, relative isotopic abundances, nuclear moments and cross-sections. In: NATIONAL BUREAU OF STANDARDS. Washington, 1950. p. 2-22. (Circular, 499).

YIM, MS; CARON, F. Life cycle and management of carbon-14 from nuclear power ge- neration. Progress in Nuclear Energy, 2005. p. 1-35, in press.

81

ANEXO I - C ´ALCULO DA IDADE DE UMA AMOSTRA

PELO M´ETODO DE CARBONO-14 UTILIZANDO O

PROGRAMA RxCARB14

Como exemplo, para demonstra¸c˜ao do c´alculo de idade pelo m´etodo de carbono-14, atrav´es do software RxCarb14, foi utilizada a amostra de ´agua subterrˆanea do po¸co P09. Todo procedimento ´e descrito em 5 etapas (Figura A.1), discutidas a seguir.

Figura A.1: Tela inicial do programa RxCarb14; um menu mostra todas as etapas sequˆenciadas para obten¸c˜ao da idade aparente (ou convencional) de uma amostra.

A.I 1

a

Etapa - An´alise Estat´ıstica

Ao acessar a 1a Etapa, uma nova janela (Figura A.2) ´e projetada na tela, onde o usu´ario dever´a preencher, os espa¸cos em brancos, com os dados do g´as, que s˜ao pedidos. Clicando no bot˜ao “Add”, os valores de anti-coincidˆencia fornecidos pelo computador

A.I 1a

Etapa - An´alise Estat´ıstica 82

de registro s˜ao colocados em ordem crescente na caixa: Valores (Ante-C). Os dados es- tat´ısticos, m´edia, desvio padr˜ao, qui-quadrado, erro estat´ıstico e os intervalos sigma, s˜ao calculados, clicando no bot˜ao “Calcular”.

Figura A.2: Janela da An´alise Estat´ıstica (1a

Etapa), onde s˜ao calculados os dados estat´ısticos a partir dos valores de anti-concidˆencia coletados pelo computador de registro.

Os c´alculos feitos pelo programa para obten¸c˜ao dos parˆametros estat´ısticos s˜ao basea- dos na distribui¸c˜ao de Poisson, uma distribui¸c˜ao de probabilidade assim´etrica e discreta, para o n´umero de medidas pequeno (N ≤ 30), no intervalo de tempo considerado. Para N > 30, a distribui¸c˜ao de Poisson se aproxima da distribui¸c˜ao Normal ou Gaussiana.

(i) M´edia

Para uma grandeza f´ısica com um conjunto de N medidas independentes, a m´edia ´e definida por:

A.I 1a

Etapa - An´alise Estat´ıstica 83

Documentos relacionados