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Art. 1º - os cursos de especialização têm por objetivo preparar profissionais já

graduados, em setores restritos de estudos, e os de aperfeiçoamento e visam atualizar e aprimorar conhecimentos e técnicas de trabalho.

Parágrafo Único – Os cursos Especialização e de aperfeiçoamento, abertos ao pessoal de nível superior, abrangem atividades práticas e teóricas, respeitando o Artigo 4º da

Resolução do CFE n.º 12/83

Art. 2º - Cada curso de especialização ou de aperfeiçoamento será designado por uma área definida de conhecimento ou pela de graduação correspondente.

§ 1º - Os currículos dos cursos abrangerão uma ou mais disciplinas, estas podendo ser ordenadas por meio de pré-requisitos, quando necessário.

§ 2º - O currículo de cada curso prescreverá o número de créditos correspondentes às disciplinas e os máximos e mínimos integralizáveis por período.

§ 3º - Os cursos terão um mínimo de vinte e quatro créditos.

Art. 3º - Para admissão nos cursos de especialização ou de aperfeiçoamento, o candidato deverá satisfazer às seguintes exigências, além de outras prescritas nos currículos

respectivos ;

a) Ser portador de Diploma de nível superior, duração plena, em área ou áreas a serem discriminadas no currículo de cada curso.

b) Ser selecionado por uma comissão de professores do curso, podendo a seleção se dar pela análise de currículo do candidato, acrescida da entrevista e/ou provas, quando for necessário, conforme disposto em cada proposta de curso.

Art. 4º - Cada aluno terá um registro na DAA, do qual deverá constar seu curriculum vitae, o resultado da seleção feita para o ingresso e o histórico escolar.

Art. 5º - Os currículos de cada curso serão submetidos à aprovação do DPP acompanhados do seguinte :

a) denominação e natureza do curso;

b) órgão ao qual esteja afeta a sua coordenação; c) justificativa e objetivos;

d) relação e programa das disciplinas, explicitando a sua carga horária e, quando for o caso, os pré-requisitos;

e) regime didático, compreendendo a metodologia a ser adotada;

f) duração, carga horária e programação das atividades indicando ainda o início e o término das inscrições e o término das inscrições, os documentos exigidos, o número de vagas, local e data de início e de término do curso.

Art. 6º - A critério da CPP, e mediante proposta do professor responsável pelo curso junto ao colegiado competente, poderão ser atribuídos créditos, até 50% (cinqüenta por cento) do total de créditos do curso, aos estudos de pós-graduação, feitos em outras instituições, desde que realizados com observância do disposto na Resolução nº. 12/83 de 06/11/83, do CFE.

Art. 7º - Deverão ser atribuídas menções em todas as disciplinas do curso, podendo, a critério de cada curso, ser atribuída menção final.

§ 1º - Serão aprovados no curso, os alunos que obtiverem menção igual ou superior a MM em todas as disciplinas e, quando for o caso, na menção final, devendo a média aritmética ponderada das disciplinas ser igual ou superior a 3,5.

§ 2º - Serão reprovados, os alunos que faltarem a mais de 15% (quinze por cento) das atividades de cada disciplina.

Art. 10º - Os casos omissos serão resolvidos pela CPP>

Art. 11º - A presente Resolução entra em vigor nesta data, revogadas as disposições em contrário.

Fixa normas para autorização de cursos presenciais de pós-graduação lato sensu fora de sede, para qualificação do corpo docente, e dá outras providências.

O Presidente da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o Parecer nº. 44/96, homologado pelo Senhor Ministro de Estado e da Educação e do Desporto. RESOLVE:

Art. 1º Os cursos presenciais de especialização fora de sede, destinados à qualificação de docentes, deverão observar, para que tenham validade, o disposto nesta Resolução. Art. 2º As universidades e outras instituições que tenham conceitos "A" ou "B" da CAPES no mestrado ou doutorado afim aos cursos aludidos no artigo antecedente estão autorizados a criá-los desde que aprovados pelo colegiado superior da entidade.

§ 1º Os cursos devem situar-se na unidade da Federação em que se localiza a entidade que os ofereçam.

§ 2º As instituições que não atendam ao disposto no caput deste artigo podem submeter seus projetos de criação de cursos à Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, desde que tenham no mínimo especialização consolidada na área, ou em área correlata.

Art. 3º O caráter dos cursos será sempre excepcional e emergencial, somente podendo tornar-se permanente se for instalado em um dos campi que integram a estrutura da Universidade.

Art. 4º A autorização de funcionamento dos cursos será sempre específica para o local solicitado.

Art. 5º Os projetos dos cursos devem evidenciar a existência, no local, entre outros requisitos, de biblioteca especializada e material de apoio, incluindo recursos disponíveis em informática e laboratórios, quando for o caso.

Parágrafo único. Os projetos devem demonstrar corpo docente qualificado e comprovar, mediante informação detalhada, experiência de pós-graduação na área do curso pretendido ou em área correlata.

Art. 6º Os projetos devem ser acompanhados de um plano de avaliação dos cursos, a ser realizada pelas instituições que ministrem.

Art. 7º O calendário dos cursos será elaborado pelas próprias instituições. Art. 8º Os cursos serão abertos à matrícula de graduados em nível superior.

Art. 9º A qualificação mínima exigida do corpo docente é de ¾ de seus membros com o título de mestre ou doutor, obtido em cursos reconhecidos.

§ 1º Em casos excepcionais, previamente apreciados e aprovados pelo colegiado superior da instituição, em razão da insuficiência de cursos de pós-graduação stricto sensu no país, na área ou área afim, o limite estabelecido no caput deste artigo poderá ser

alterado mediante autorização da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação.

§ 2º A apreciação da qualificação de docente que não possua pelo menos o título de mestre levará em conta seu curriculum vitae e a adequação deste ao plano geral do curso e ao programa da disciplina pela qual ficará responsável.

§ 3º A aprovação de docente que não possua pelo menos o título de mestre somente terá validade para o curso ou cursos de especialização para os quais tiver sido aceito.

Art. 10 Os cursos de que trata a presente Resolução terão a duração mínima de 360 (trezentas e sessenta) horas, não computado o tempo de estudo individual ou em grupo sem assistência docente, inclusive o reservado à elaboração da monografia.

§ 1º Deve-se assegurar, na carga horária, além do conteúdo específico do curso, o indispensável enfoque pedagógico e bem assim trabalhos de iniciação à pesquisa.

Art. 11 A instituição responsável pelo curso emitirá certificado de especialização a que farão jus os alunos que tiverem tido aproveitamento e freqüência, segundo critério estabelecido pela instituição, assegurada a presença mínima de 75%.

Parágrafo único. Os certificados expedidos deverão conter ou ser acompanhados do respectivo histórico escolar, do qual constarão, obrigatoriamente:

a) a relação das disciplinas, sua carga horária, a nota ou conceito obtido pelo aluno, e o nome e a titulação do professor por elas responsável;

b) o critério adotado para avaliação do aproveitamento;

c) o período em que o curso foi ministrado e a duração total em horas; d) a declaração de que o curso cumpriu as disposições da Resolução.

Art. 12 Nenhum curso poderá iniciar seu funcionamento sem atender ao disposto na presente Resolução.

Parágrafo único. Na hipótese do art. 2º, § 2º, os cursos somente poderão ser objetos de divulgação e publicidade depois de autorizados pela Câmara de Educação Superior do CNE.

Art. 13 Os cursos de que trata a presente Resolução ficam sujeitos á supervisão dos órgãos competentes do sistema de ensino a que estão vinculadas as instituições que os ministrem, cabendo a cada sistema baixar normas a respeito.

Art. 14 Os cursos já autorizados que não se enquadram nesta Resolução devem ter seus projetos submetidos ao Conselho Nacional de Educação, para novo exame, sem o que os seus certificados não terão validade.

Parágrafo único. Todas as autorizações anteriores, concedidas aos cursos referidos no caput deste artigo, e que não tiverem sido implementados, ficam automaticamente

revogadas.

Art. 15 Esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

ÉFREM DE AGUIAR MARANHÃO

Conselho Nacional de Educação DF ASSUNTO:

Especialização em área profissional RELATORES CONSELHEIROS:

Silke Weber, Éfrem de Aguiar Maranhão e Carlos Alberto Serpa de Oliveira PROCESSO Nº: 23001.000422/98-30

PARECER Nº:

CES 908/98 CÂMARA OU COMISSÂO:CES APROVADO EM:02/12/98

Especialização em área profissional

Diversos órgãos e sociedades profissionais têm recorrido à celebração de convênios com instituições de ensino superior (IES) para que entidades reconhecidamente especializadas organizem cursos de pós-graduação em áreas específicas, conduzindo à formação que legitima o exercício da especialização obtida. Essa prática tem sido freqüente, sobretudo, na área da saúde onde recém-médicos, tendo ou não realizado residência, são incentivados a prosseguir o seu aperfeiçoamento em instituições cujo ambiente de trabalho mescla a capacitação em serviço com a participação em experimentos, estudos ou intervenções, que têm impacto sobre o desenvolvimento da área específica.

Tal iniciativa buscava respaldo na Resolução nº. 12/83, do antigo CFE, restrita à formação do magistério superior, sendo o certificado correspondente expedido pela instituição de ensino credenciada conveniada.

Com a promulgação da LDB, Lei nº. 9.394/96, entretanto, conforme Art. 44, inciso III, a oferta de cursos e programas de pós-graduação teria ficado restrita ao ensino superior, que abrange “programas de mestrado e doutorado, cursos de especialização, aperfeiçoamento e outros abertos a candidatos diplomados em cursos de graduação e que atendam às exigências das instituições de ensino”.

Desse modo, a formação pós-graduada teria que ser realizada em instituições de ensino superior, que definiriam as exigências a cumprir para que se concretizasse a obtenção do aperfeiçoamento pretendido.

Ora, ao se observar o que prescreve a LDB no que se refere à educação profissional em geral – Art. 39 a 42 – verifica-se que este tipo de preparação para o trabalho será desenvolvido “em articulação com o ensino regular ou por diferentes estratégias de educação continuada, em instituições especializadas ou no ambiente de trabalho”, conforme dispõe o Art. 40.

Assim, por exemplo, os hospitais que realizem atividades de ensino e pesquisa regulares como aqueles reconhecidos pela Comissão Nacional de Residência Médica, pela qualidade do seu staff profissional e dos serviços prestados como campo adequado de especialização, constituem ambiente de trabalho por excelência para cumprimento do previsto no artigo 40. O mesmo pode ser dito de outros ambientes de trabalho reconhecidos nas diferentes áreas – laboratórios, fazendas modelo experimentais, unidades de pesquisa industrial, clínicas, escolas de referência, desde que credenciados por instituição de ensino superior desenvolvendo cursos de pós-graduação em área correlata, avaliados positivamente pela CAPES ou credenciados pelo CNE, ou por sua delegação, pelos Conselhos Estaduais de Educação.