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a participação de entidades interessadas e juridicamente constituídas, no estudo e elaboração de projetos e planos que

No documento LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE SÃO VICENTE (páginas 92-97)

Título VI Da Ordem Econômica

V- a participação de entidades interessadas e juridicamente constituídas, no estudo e elaboração de projetos e planos que

estabeleçam normas sobre zoneamento, loteamento, parcelamento, uso e ocupação do solo, índices urbanísticos, ordenamento e controle de obras, proteção ambiental, licenciamento, fiscalização e demais diretrizes adotadas pela administração pública municipal, inclusive o plano diretor;

VI - a observância das normas urbanísticas de segurança, higiene e qualidade de vida;

VII - que os terrenos definidos em projeto de loteamento como áreas verdes ou institucionais não possam ser alterados na destinação, fim e objetivos originariamente estabelecidos, salvo com autorização legislativa;

VIII - ordenação da expansão dos núcleos urbanos;

IX - prevenção e correção das distorções do crescimento urbano;

X - contenção da excessiva concentração urbana;

XI - adequação da propriedade imobiliária urbana à função social;

XII - controle do uso do solo para evitar:

a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos;

b) a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes;

c) o parcelamento do solo e a edificação vertical excessivos com relação aos equipamentos urbanos e comunitários;

d) a ociosidade do solo urbano edificável;

e) a deterioração das áreas urbanizadas.

XIII - adequação dos investimentos públicos aos objetivos do desenvolvimento urbano, notadamente quanto ao sistema viário, transportes, habitação e saneamento;

XIV - adequação da política fiscal e financeira aos objetivos do desenvolvimento urbano;

XV - recuperação pelo Poder Público dos investimentos que resultem na valorização dos imóveis urbanos;

XVI - proteção, preservação e recuperação do meio ambiente;

XVII - proteção, preservação e recuperação do patrimônio histórico, artístico, arqueológico e paisagístico;

XVIII - incentivo à participação individual e comunitária no processo de desenvolvimento urbano;

XIX - estímulo à participação da iniciativa privada na urbanização;

XX - condicionamento da desafetação de bens de uso comum do povo à prévia aprovação da população local, mediante mecanismos disciplinados em lei específica;

XXI - os espaços físicos adequados à execução de uma política ordenada de expansão das atividades industriais não poluentes, às quais se dedicará especial atenção quanto ao controle de poluição ambiental;

XXII - a reserva de áreas adequadas à prática de atividades esportivas de massa, incluindo a instalação de equipamentos apropriados.

Art. 221 - O Município, de acordo com as respectivas diretrizes de desenvolvimento urbano e do plano diretor, deverá destinar áreas públicas para construção de equipamentos sociais de interesse geral da coletividade, em especial creches, lavanderias comunitárias e delegacias.

Art. 222 - Para assegurar as funções sociais da cidade e da propriedade utilizar-se-á, principalmente, dos seguintes instrumentos:

I - imposto sobre o imóvel progressivo no tempo;

II - desapropriação por interesse social ou utilidade pública;

III - discriminação de terras públicas destinadas a assentamentos de população de baixa renda;

IV - inventários, registros, vigilância e tombamento de imóveis;

V - contribuição de melhoria;

VI - taxação de vazios urbanos.

Art. 223 - O direito de propriedade territorial urbana não pressupõe o direito de construir, cujo exercício deverá ser autorizado pelo Poder Público, segundo os critérios que a lei estabelecer.

Art. 224 - As terras públicas não utilizadas ou subutilizadas serão prioritariamente destinadas a assentamentos de população de baixa renda, desde que não estejam localizadas em áreas de preservação ambiental, em áreas de risco ou em mangues.

Art. 225 - O exercício do direito de propriedade atenderá a sua função social e se condicionará às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.

Art. 226 - O Município poderá solicitar a assistência de órgãos ou entidades estaduais para a elaboração e a implantação dos planos e programas de natureza urbanística e ambiental.

Art. 227 - Consideram-se atividades de urbanização:

I - a transformação de área rural em urbana;

II - o parcelamento ou remembramento do solo para fins urbanos;

III - a implantação de equipamentos urbanos e comunitários;

IV - a construção destinada a fins urbanos.

Art. 228 - O território do Município compreenderá área urbana de expansão urbana e rural.

§ 1.º - As áreas urbanas e de expansão urbana serão delimitadas por lei, de forma a abranger, no máximo, a superfície necessária à localização da população urbana e de suas atividades previstas para os 10 (dez) anos subsequentes.

§ 2.º - As alterações na delimitação das áreas urbanas e de expansão urbana deverão obedecer ao disposto no parágrafo anterior.

Art. 229 - As atividades de urbanização a que se referem os incisos II, III, e IV do art. 227, serão aprovadas mediante licença, observadas as legislações federal, estadual e municipal.

Parágrafo único - A licença referida será expedida pelo Município, ressalvada a aprovação dos órgãos federais e estaduais competentes, quando for o caso.

Art. 230 - Qualquer atividade de urbanização executada sem a respectiva licença fica sujeita a embargo ou demolição, mediante processo administrativo ou judicial.

Art. 231 - Lei municipal disporá sobre as seguintes áreas especiais:

I - de urbanização preferencial;

II - de renovação urbana;

III - de urbanização restrita;

IV - de regularização fundiária;

V - de integração regional.

§ 1.º - Áreas de urbanização preferencial são as destinadas a:

a) ordenação e direcionamento da urbanização;

b) implantação prioritária dos equipamentos urbanos e comunitários;

c) indução de ocupação de terrenos edificáveis;

d) adensamento de áreas edificadas.

§ 2.º - Áreas de urbanização restrita são aquelas em que a urbanização deva ser desestimulada, contida ou proibida em decorrência de:

a) seus elementos naturais e de características de ordem fisiográfica;

b) sua vulnerabilidade a intempéries, calamidades e outras condições adversas;

c) necessidade de preservação do patrimônio histórico, artístico, arqueológico e paisagístico;

d) necessidade de proteção aos mananciais, às praias, margens de rios e canais;

e) necessidade de proteção ambiental;

f) manutenção do nível de ocupação da área.

§ 3.º - Áreas de regularização fundiária são as habitadas por população de baixa renda e que devam, no interesse social, ser objeto de ações visando à legalização da ocupação do solo e à regulamentação específica da urbanização, bem como da implantação prioritária dos equipamentos urbanos e comunitários.

§ 4.º - Áreas de renovação urbana são as destinadas à melhoria das condições de áreas urbanas deterioradas ou inadequadas às funções previstas na lei de uso do solo.

§ 5.º - Áreas de integração regional são aquelas em que, em função da ordenação de uso do solo regional, seja necessária a ação integrada dos municípios limítrofes.

Art. 232 - A lei de zoneamento definirá características próprias de cada zona, eliminando tanto quanto possível o uso misto.

Art. 233 - O Poder Público providenciará a demarcação das divisas do Município.

Art. 234 - A legislação que estabelece normas para ordenar e disciplinar o controle de obras incluirá dispositivos prevendo a adaptação das edificações antigas às normas estaduais vigentes para prevenção e combate a incêndios.

Seção II

Da Promoção do Desenvolvimento Urbano

Art. 235 - Na promoção do desenvolvimento urbano, o Município deverá:

I - definir a política municipal de desenvolvimento urbano e estabelecer as diretrizes, estratégias, planos, programas e projetos visando à sua execução;

II - legislar, observadas as normas gerais da União e do Estado, sobre:

a) uso e ocupação do solo urbano;

b) parcelamento e remembramento do solo urbano;

c) construção para fins urbanos;

d) transportes, trânsito e sistema viário;

e) saneamento básico;

f) patrimônio histórico, artístico, arqueológico e paisagístico;

g) proteção ao meio ambiente.

Seção III

No documento LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE SÃO VICENTE (páginas 92-97)