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PD-190 (16SPP-2577) OTOMASTOIDITE TOXICODERMIA GRAVE INDUZIDA POR TRATAMENTO

No documento View of Posters com Discussão (páginas 76-78)

João Sarmento1; Mariana Adrião1; Josefina Cernadas2; Mónica Costeira3; Carla Meireles3; Jorge Spratley4; Margarida Tavares1,5

1 - Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar de São João; 2 - Serviço de Imuno- alergologia, Centro Hospitalar de São João; 3 - Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar do Alto Ave; 4 - Serviço de Otorrinolaringologia, Centro Hospitalar de São João; 5 - Unidade de Doenças Infecciosas e Imunodeficiências de Pediatria, Centro Hospitalar de São João

Introdução / Descrição do Caso: Os autores pretendem apresen- tar um caso de otomastoidite numa criança que desenvolveu reac- ção de toxicodermia em resposta à antibioticoterapia instituída.

Criança de 7 anos do sexo masculino, antecedentes de múlti- plos cursos de antibioticoterapia por amigdalites de repetição, sempre com boa tolerância. Admitido ao internamento do hospital da área de residência por otomastoidite não compli- cada à direita. Iniciou tratamento empírico com ceftriaxone, apresentando evolução favorável até D9 de internamento, altura em que foi constatado abcesso retroauricular epicra- enano com necessidade de drenagem cirúrgica e adição de vancomicina e clindamicina à teraupêutica. Exames culturais revelaram-se negativos.

No pós-operatório desenvolveu eritema generalizado com prurido e edemas. Por agravamento dos parâmetros infla- matórios e TC suspeita de trombose do seio cavernoso foi transferido para o CHSJ onde foi submetido a mastoidectomia direita com exploração do seio lateral. Na permanência em OBS manteve eritrodermia, pelo que suspendeu vancomi- cina e ceftriaxone por suspeita de toxicodermia secundária à terapêutica e iniciou teicoplanina e corticoterapia. Em D15 foi transferido para o serviço de pediatria por estabilidade clínica embora apresentando hepatomegalia e citólise hepática. No internamento verificou-se evolução pós-cirúrgica favorável com regressão lenta das transamínases e do exantema gene- ralizado até à data da alta.

Comentários / Conclusões: A toxicodermia a fármacos asso- cia-se a alta morbimortalidade, devendo o agente provável ser suspenso e a corticoterapia instituída precocemente. A redução de dose de corticóide deve ser lenta de modo a evitar recidiva.

Palavras-chave: Otomastoidite, Toxicodermia PD-191 - (16SPP-2643) - ANAFILAXIA AO FRIO Francisca Costa; Rita Carvalho; Anna Sokolova

Hospital Fernando da Fonseca

Introdução / Descrição do Caso: A urticária ao frio é carac- terizada pelo desenvolvimento de lesões urticariformes e/ ou angioedema, minutos após a exposição cutânea ao frio. O diagnóstico é confirmado pelo “teste do cubo de gelo”, consi- derado positivo quando, após aplicação de estímulo frio, surge lesão papular enquanto a pele reaquece até à temperatura ambiente. A forma primária é a mais comum, podendo estar associada a atopias e a outras formas de urticária.

Descrição do caso: Adolescente do sexo feminino, de 12 anos, que recorreu ao serviço de urgência por aparecimento de exantema urticariforme localizado na região posterior das pernas, edema das mãos e sensação de lipotímia após mergulho no mar, com regressão total dos sintomas após exposição solar. A sintomatologia referida ocorreu em dois dias seguidos nas mesmas circunstâncias. Sem história suges- tiva de infeção ou doença autoimune ou relação com esforço físico. Dos antecedentes a salientar reação urticariforme no primeiro ano de vida após administração de ibuprofeno e história familiar de asma. O “teste do cubo de gelo” foi

positivo com reação exuberante imediata (<5 min), o que confirmou o diagnóstico de urticária ao frio. A restante investigação realizada do foro alérgico e imunológico revelou- -se normal. Foi recomendada evicção de exposição ao frio e o uso de adrenalina autoinjectável, em situações graves. Comentários / Conclusões: O caso descrito chama a atenção para uma patologia incomum e potencialmente fatal. A evic- ção do frio é a única forma de prevenir as reacções anafiláti- cas, o que se traduz numa repercussão significativa na vida diária. Os anti-histamínicos podem ser úteis no controlo da sintomatologia, devendo a adrenalina injetável ser disponibili- zada para uso perante reações mais graves.

Palavras-chave: Anafilaxia, Urticária física, Angioedema PD-192 - (16SPP-2288) - URTICÁRIA CRÓNICA E EOSINOFILIA INTERMITENTE

Rita Vieira De Carvalho; António Figueiredo; Maria João Brito; Marta Cabral; Anna Sokolova

Departamento de Pediatria - Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, EPE Introdução / Descrição do Caso: A urticária crónica (UC) é uma entidade rara com uma prevalência de 1% na população. Caracteriza-se por lesões cutâneas pruriginosas, quase diárias e autolimitadas, recorrentes durante mais de 6 semanas, com 2 a 5 anos de evolução. Em 40% dos casos associa-se a angioe- dema. O diagnóstico é clínico e a etiologia difícil de identificar. A eosinofilia obriga a investigar doença atópica e/ou causas parasitárias.

Rapaz de 11 anos, com exantema urticariforme pruriginoso recorrente, por vezes com angioedema labial e peri-orbitário, mialgias, artralgias, dor abdominal e vómitos intermitentes. Observadas lesões palpáveis de trajeto serpinginoso no tronco e membros superiores. Foi medicado com anti-histamínico, sem melhoria, com necessidade de prednisolona nas crises. Documentada eosinofilia intermitente (máximo 2400 céls/ul) e IgE>5000 UI/L, sem resultados conclusivos da restante inves- tigação do foro alérgico e imunológico. Identificadas serologias positivas para Trichinella spiralis, Strongyloides stercoralis e

Toxocara spp. Foi medicado com albendazol e posteriormente

ivermectina, com resolução das queixas gastrointestinais, arti- culares e eosinofilia, mas sem melhoria das lesões cutâneas. Após 10 meses de evolução, mantém urticária crónica mais controlada sob terapêutica com anti-histamínicos.

Comentários / Conclusões: A associação de vómitos, dor abdominal e eosinofilia conduziram à identificação doença parasitária, com melhoria clínica apenas parcial após tera- pêutica. Na urticária crónica, as causas infecciosas devem ser exaustivamente investigadas. As serologias têm baixa sensibi- lidade e especificidade, sendo a microscopia o método mais fiável. Na ausência de cura após terapêutica específica, uma etiologia multifatorial deve ser considerada.

PD-193 - (16SPP-2419) - URTICÁRIA CRÓNICA REFRACTÁRIA

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