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Pelo exposto, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO TOCANTINS requer o seguinte:

1. o recebimento e autuação da petição inicial, com os documentos que a acompanham;

2. a adoção do procedimento comum, nos termos do disposto no art. 19 da Lei Federal nº 7.347/85, c/c art. 318 e seguintes do Código de Processo Civil, com a observância das regras previstas no microssistema de proteção coletiva33 (arts. 21 da LACP e 90 do CDC), aplicando-se a prerrogativa de imprimir

tramitação prioritária no presente feito, por cuidar-se de ação tutelando à defesa do patrimônio público e social;

3. A CONCESSÃO DE TUTELA FUNDADA NA

URGÊNCIA/EVIDÊNCIA, nos termos do art. 300 e seguintes do Código de Processo Civil, c/c art. 12 da Lei Federal nº 7.347/85, a fim de impor ao MUNICÍPIO DE PALMAS, POR INTERMÉDIO DA CÂMARA MUNICIPAL, a obrigação de fazer e não fazer, consubstanciada na:

3.1 – SUSPENSÃO DA EFICÁCIA NORMATIVA dos arts. 1º, 2º, 3º e seus anexos I, II, III, IV, V e VI, da RESOLUÇÃO

331 “(...) o sistema das ações civis públicas e coletivas interage completamente (LACP, art. 21, e CDC, art. 90)”. (MAZZILLI, Hugo Nigro. Aspectos Polêmicos da Ação Civil Pública. Juris Ple- num, Caxias do Sul: Plenum, v. 1, n. 97, nov./dez. 2007. 2 CD-ROM).

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LEGISLATIVA nº 19834, de 12 de abril de 2018, da Câmara

de Palmas, TO;

3.1.1 – SUSPENSÃO DA EFICÁCIA NORMATIVA dos arts. 12, 14, 15 e seu anexo III, da Resolução Legislativa nº 18935,

de 22 de junho de 2017, da Câmara de Palmas, TO;

3.2 – OBRIGAÇÃO DE FAZER, CONSUBSTANCIADA NA REDUÇÃO DO NÚMERO EXCESSIVO DE CARGOS DE PROVIMENTO EM COMISSÃO, na proporção de 50% para cargos em comissão, à razão de 50% para cargos de provimento efetivo, MODULANDO-SE OS EFEITOS DA DECISÃO para se efetivar o cumprimento da medida, no prazo de 6 (seis) meses, a contar da data da intimação, promovendo-se as exonerações necessárias;

3.3 – OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER, CONSUBSTANCIADA EM SE ABSTER DE EFETUAR A NOMEAÇÃO DE SERVIDORES PÚBLICOS OCUPANTES DE CARGOS DE PROVIMENTO EM COMISSÃO, valendo-se dos arts. 1º, 2º, 3º e seus anexos I, II, III, IV, V e VI, da Resolução Legislativa nº 198, da Câmara Municipal de Palmas;

3.4 – OBRIGAÇÃO DE FAZER, NO PRAZO DE 30 DIAS, A CONTAR DA DATA DA INTIMAÇÃO, CONSUBSTANCIADA na deflagração de PROCESSO LEGISLATIVO, nos termos dos arts. 37, X; 51, IV; e 52, XIII, da Constituição da República Federativa do Brasil, objetivando estabelecer POR LEI, EM SENTIDO FORMAL, os VENCIMENTOS E A REMUNERAÇÃO DOS CARGOS EFETIVOS, ASSIM COMO OS VENCIMENTOS, A REMUNERAÇÃO e o NÍVEL DE ESCOLARIDADE dos OCUPANTES DE CARGOS DE PROVIMENTO EM COMISSÃO da Câmara de Palmas.

34Dispõe sobre os cargos de provimento em comissão, da estrutura da Mesa Diretora, Lideranças,

Presidências das Comissões Permanentes e Gabinetes dos Vereadores e adota outras providências.

35Dispõe sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Salários – PCCS dos servidores da Câmara

Municipal de Palmas/TO.

https://www.palmas.to.leg.br/processo-legislativo/legislacao/regimento-interno/resolucao-no-189- 2017.pdf/view

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4 – Para aumentar a efetividade e a margem de segurança do provimento jurisdicional pretendido, requer ainda, com arrimo no art. 84, § 5º, do CDC c/c. art. 497 do Código de Processo Civil, como medida necessária que:

4.1 – No caso de descumprimento da decisão ora requerida, nos termos do art. 497 do CPC c/c art. 84, § 5º, do CDC, a cominação de MULTA DIÁRIA para caso de descumprimento da tutela de urgência, no valor de R$ 10.000,00 (DEZ MIL REAIS), por dia eventualmente descumprido, ou outro valor estipulado por Vossa Excelência, a ser suportada pelos requeridos;

5. A citação do MUNICÍPIO DE PALMAS e da CÂMARA MUNICIPAL, na pessoa dos seus respectivos representantes ou Procuradores, nos endereços indicados no preâmbulo desta petição inicial, para que, caso queiram, contestem os pedidos no prazo legal;

6. DO PEDIDO FINAL:

6.1 – A procedência da ação para que o MUNICÍPIO DE PALMAS, por intermédio da CÂMARA MUNICIPAL, seja condenado à OBRIGAÇÃO DE FAZER e NÃO FAZER, nos seguintes termos;

6.2 – OBRIGAÇÃO DE FAZER, CONSUBSTANCIADA NA REDUÇÃO DO NÚMERO EXCESSIVO DE CARGOS DE PROVIMENTO EM COMISSÃO, na proporção de 50% para cargos em comissão, à razão de 50% para cargos de provimento efetivo, MODULANDO-SE OS EFEITOS DA DECISÃO para se efetivar o cumprimento da medida, no prazo de 6 (seis) meses, a contar da data da intimação, promovendo-se as exonerações necessárias;

6.3 – OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER, CONSUBSTANCIADA EM SE ABSTER DE EFETUAR A NOMEAÇÃO DE SERVIDORES PÚBLICOS OCUPANTES DE CARGOS DE PROVIMENTO EM COMISSÃO, valendo-se dos arts. 1º, 2º, 3º e seus anexos I, II, III, IV, V e VI, da Resolução Legislativa nº 198, da Câmara Municipal de Palmas;

6.4 – OBRIGAÇÃO DE FAZER, CONSUBSTANCIADA NA deflagração de PROCESSO LEGISLATIVO, nos termos

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dos arts. 37, X; 51, IV; e 52, XIII, da Constituição da República Federativa do Brasil, objetivando estabelecer POR LEI, EM SENTIDO FORMAL, os VENCIMENTOS E A REMUNERAÇÃO DOS CARGOS EFETIVOS, ASSIM COMO OS VENCIMENTOS, A REMUNERAÇÃO e o NÍVEL DE ESCOLARIDADE dos OCUPANTES DE CARGOS DE PROVIMENTO EM COMISSÃO da Câmara Municipal de Palmas;

7. Seja determinada a inversão do ônus da prova, nos moldes do art. 21 da Lei Federal no 7.347/85 c/c art. 6º, inciso VIII da Lei Federal nº 8.078/90, ante a verossimilhança das alegações apresentadas;

Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais), para efeitos meramente fiscais, em atenção ao art. 291 do Código de Processo Civil.

A presente petição inicial é instruída com documentos que integraram os autos de Inquérito Civil Público autuado e registrado sob o nº 2016.3.29.28.0074, em tramitação junto à 9ª Promotoria de Justiça da Capital.

Pede deferimento.

Palmas, TO, 24 de abril de 2018.

EDSON AZAMBUJA Promotor de Justiça

08 – RELAÇÃO DE DOCUMENTOS QUE INSTRUEM A PETIÇÃO INICIAL Por oportuno, com espeque no art. 12 da Instrução Normativa – TJTO nº 536, de 24 de outubro de 2011, apresenta-se o rol de documentos adiante

articulados, conforme a seguinte ordem de juntada no sistema E-Proc:

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1-Petição Inicial;

2-Portaria de instauração do Inquérito Civil Público nº 2016.3.29.28.0074, em tramitação na 9ª PJC;

3-RELATÓRIO DE INSPEÇÃO Nº 001/2016, decorrente do Processo Administrativo nº 5324/2016, elaborado pelo Corpo Técnico do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins, apontando inúmeras desconformidades e ilicitudes no âmbito da Câmara de Palmas;

4-RESOLUÇÃO LEGISLATIVA nº 198, de 12 de abril de 2018, da CÂMARA DE PALMAS, TO, (DISPÕE SOBRE OS CARGOS DE PROVIMENTO EM COMISSÃO DA ESTRUTURA DA MESA DIRETORA, LIDERANÇAS, PRESIDÊNCIAS DAS COMISSÕES PERMANENTES E GABINETES DOS VEREADORES E ADOTA OUTRAS PROVIDÊNCIAS);

5-Estudo realizado pela ONG TRANSPARÊNCIA BRASIL no ano de 2007, abordando o custo da Câmara de Palmas; 6-Estudo realizado pela ONG OBSERVATÓRIO SOCIAL no ano de 2015, abordando o custo da Câmara de Palmas; 7-RELATÓRIO DO PORTAL DA TRANSPARÊNCIA DA CÂMARA DE PALMAS A RESPEITO DA ÚNICA SERVIDORA EFETIVA LOTADA NO SETOR DE CONTROLE INTERNO DA CASA LEGISLATIVA;

8-RESOLUÇÃO LEGISLATIVA nº 189, de 22 de junho de 2017, DA CÂMARA DE PALMAS, (Dispõe sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Salários – PCCS dos servidores efetivos da Câmara Municipal de Palmas/TO);

9-RECOMENDAÇÕES Nº 001 e 002/2016 – 28ª PJC, protocolizada no âmbito da mencionada Casa de Leis, em data de 16/08/2016, por intermédio dos Ofícios nº 284 e 285/2016 – 28ª PJC – PP, assim como às suas respostas.