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Penalidade para o desrespeito às normas de controle de ruído nas áreas

2. DO CONTROLE DE RUÍDOS

2.2. Planejamento urbano no controle de ruído

2.2.1 Penalidade para o desrespeito às normas de controle de ruído nas áreas

No que tange às penalidades impostas a quem descumprir as normas de controle de ruído, temos que as mesmas são as mais variadas e poderão resultar em danos materiais e até extra patrimoniais.

Conforme mencionado anteriormente, no artigo 42 da Lei das Contravenções Penais, a penalidade imposta para o crime descrito neste, pode ser de prisão simples, a qual tem duração de quinze dias, podendo chegar a três meses, ou então multa pecuniária.

Já na Lei dos Crimes Ambientais, o artigo 54, prevê pena de detenção de seis meses, podendo chegar a um ano mais multa, e até mesmo reclusão de cinco anos.

Já o Código de Transito Brasileiro, prevê em seu artigo 228 que a penalidade aplicada é de multa por infração grave, além de ser aplicável a medida administrativa de retenção do veículo para a regularização. Já em seu artigo 229, cabe a aplicação de infração média, sendo a multa e a apreensão do veículo a penalidade aplicável, além da medida administrativa de remoção do veículo.

Temos que os responsáveis por fiscalizar a lei do silencio é a policia militar, a qual, de maneira geral, desempenha a sua função. De praxe, a abordagem inicial

dos fiscais da lei é para que seja diminuído o volume que está sendo produzido em excesso, sendo que, se caso isso não acontecer, penalidades poderão ser impostas, como por exemplo, advertências formais bem como pedidos de indenização.

CONCLUSÃO

Com o desenvolvimento do presente trabalho, pode-se perceber que o direito de vizinhança bem como o direito de propriedade são motivos de discussão e preocupação desde os primórdios da civilização, sendo que em cada época os mesmos ganharam um tratamento em especial, com normas distintas em virtude da importância que as mesmas possuíam.

Conforme se percebeu, nos primórdios da civilização, a propriedade era coletiva, onde todos trabalhavam em prol do bem comum, utilizando a mesma para produzir alimentos e alimentar a tribo, ou seja, a população/civilização que dependia do alimento que nela era produzido, cultivado e compartilhado entre todos.

Já com o passar dos anos, a propriedade adquiriu valores materiais e, desta forma, deixou de ser vista apenas como um bem comum, a qual era utilizada em prol do bem comunitário e passou a ser vista como objeto de poder e riqueza.

A partir deste dado momento, surgiu a necessidade de registrar a mesma, a qual passou a ser um bem que visava lucros. Basicamente relacionada ao direito de propriedade, o direito de vizinhança começou ganhar forças, vindo a se desenvolver e criar origem juntamente com o direito de propriedade.

Assim também surgiu a necessidade de criações de regras, as quais tinham por objetivo proteger o bem tutelado bem como seus detentores. Com o passar dos anos, estas regras passaram a ser chamadas de leis, as quais hoje são

fundamentais para reger o sistema e controlar, de certa forma, os impulsos da população.

Sendo que os principais propósitos, conforme observa-se no desenvolvimento do trabalho, era esclarecer alguns pontos. Dentre eles citamos que principais objetivos, quais sejam, conhecer a história do Direito de vizinhança, em especial no que tange à limitações de ruídos; verificar como funcionam as leis que regulamentam o silencio – sossego público; estudar quais são os horários em que devemos limitar a produção de ruídos e se há limitações e ou legislações pertinentes a esta questão. Desta forma, incansavelmente buscamos uma resposta a esses questionamentos, sendo que, aparentemente acreditamos ter chegado a um desfecho bastante interessante.

No que tange às hipóteses previstas para discussão na presente pesquisa, concluímos que, no que tange à legislação pertinente ao controle de ruído, podemos dizer que no âmbito federal, a mesma apenas é tratada na Lei do Silêncio, a qual é legislada pelos órgãos municipais e podem variar de município para município, pois cada um possui sua lei orgânica e é esta que prevê os limites e parâmetros para a aferição e aplicação da lei do silêncio.

Pode-se concluir que todos os objetivos e problemas abordados foram alcançados de maneira eficiente, corroborando com o aprendizado e a dinâmica de trabalho.

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