• Nenhum resultado encontrado

Penalidades Disciplinares e Compensatórias

No documento apostila FGF_Legislação Ambiental.pdf (páginas 34-46)

Unidade III – Instrumentos da Política Nacional de Meio Ambiente]

Capítulo 9 Penalidades Disciplinares e Compensatórias

“A justiça é a verdade em ação.”

Joubert

Além de medidas preventivas, a tutela administrativa do meio ambiente prevê também ações corretivas. Estas serão tratadas neste capítulo.

No § 3o do art. 225 da nossa Constituição de 1988 está previsto que:

“as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.”

Os arts. 14 e 15 da Lei no 6.938/1981 tratam sobre as penalidades previstas, na hipótese de descumprimento das normas

ambientais. Destaque-se que o poluidor é obrigado, independentemente da existência de culpa29, a indenizar ou reparar os

danos causados ao meio ambiente e a terceiros afetados por sua atividade. O Ministério Público terá legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente.

Além do Ministério Público, têm legitimidade para propor a ação civil pública30: a Defensoria Pública, a União, os Estados, o

Distrito Federal e os Municípios, a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista; e associação31.

Ressalta-se que o Ministério Público, se não intervier no processo como parte, atuará obrigatoriamente como fiscal da lei. Além disso, os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados compromisso de ajustamento de sua conduta32 às exigências legais.

A ação civil poderá ter por objeto a condenação em dinheiro ou o cumprimento de obrigação de fazer33 ou não fazer34.

Nesse caso, o juiz determinará o cumprimento da prestação da atividade devida ou a cessação da atividade, sob pena de execução específica, ou determinar multa diária.

Havendo condenação em dinheiro, a indenização pelo dano causado reverterá ao Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD)35. Os recursos desse Fundo serão aplicados prioritariamente na reparação do dano.

Em realidade, o Ministério Público poderá instaurar inquérito civil, ou requisitar, de qualquer instituição pública ou privada, certidões, informações, exames ou perícias. O prazo concedido por essa instituição para receber as informações solicitadas não poderá ser inferior a dez dias úteis.

29. Culpa e dolo são dois conceitos diferentes. A culpa é quando não há a intenção de provocar o dano ambiental. Entretanto, o dano acontece devido à negligência, à imperícia ou à imprudência de alguém. O dolo é quando se tem a intenção de causar o dano.

30. A ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio ambiente foi instituída por meio da Lei no 7.347/1985.

31. que, concomitantemente: esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano e tenha, entre suas finalidades, a proteção ao meio ambiente.

32. Ou Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Esse documento consolida as exigências necessárias à regularização ambiental de empreendimentos. 33. para a integral reparação do dano, ou, se irreversível, pagamento de indenização (MILARÉ, 2005).

34. com a cessação da atividade (MILARÉ, 2005).

35. Regulamentado por meio do Decreto no 1.306/1994. O FDD será gerido pelo Conselho Federal Gestor do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (CFDD), órgão colegiado

Pós-Graduação a Distância

Unidade III

Surdez: Concepções e Características Instrumentos de Gestão Ambiental

Na hipótese de haver retardamento ou omissão de dados técnicos indispensáveis à propositura da ação civil, o infrator será punido com pena de reclusão de um a três anos, mais multa.

Somente nos casos em que a lei impuser sigilo, poderá ser negada certidão ou informação. Neste caso, a ação poderá ser desacompanhada daqueles documentos e apenas o juiz poderá requisitá-los.

Após a coleta de todos os dados, se o Ministério Público se convencer da inexistência de fundamento para propor ação civil, arquivará o processo, encaminhando-o, no prazo de três dias, ao Conselho Superior do Ministério Público.

A Lei de Crimes Ambientais (Lei n

o

9.605/1998):

De acordo com o art. 53 dessa lei, para todas as infrações previstas, a pena é aumentada de um sexto a um terço se: • do fato resulta a diminuição de águas naturais, a erosão do solo ou a modificação do regime climático; • o crime é cometido: a) no período de queda das sementes; b) no período de formação de vegetações; c) contra

espécies raras ou ameaçadas de extinção; d) em época de seca ou inundação; e) durante a noite, em domingo ou feriado.

Já o art. 14 desse dispositivo legal apresenta as circunstâncias que atenuam a pena: • baixo grau de instrução ou escolaridade do agente;

• arrependimento do infrator ou limitação da degradação ambiental causada; • comunicação prévia do perigo iminente de degradação ambiental;

• colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do controle ambiental.

Nos casos de infração ambiental provocada por pessoa jurídica, esta será responsabilizada administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nessa lei. Ressalta-se que a responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, coautoras ou partícipes do mesmo fato.

Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente (art. 70 da Lei no 9.605/1998).

As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções36: a) advertência; b) multa simples; c) multa diária;

d) apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos utilizados na infração; e) destruição ou inutilização do produto; f) suspensão de venda e fabricação do produto; g) embargo de obra ou atividade; h) demolição de obra; i) suspensão parcial ou total de atividades; j) restritiva de direitos.

Nos casos de infração ambiental provocada por pessoa jurídica, esta será responsabilizada administrativa, civil e penalmente37, conforme o disposto na Lei no 9.605/1998. Ressalta-se que a responsabilidade das pessoas jurídicas não

exclui a das pessoas físicas, autoras, coautoras ou partícipes.

A seguir, apresenta-se uma síntese das esferas de ação das sanções impostas ao crime ambiental.

36. Para imposição e gradação da penalidade, deve-se observar: a) a gravidade do fato; b) os antecedentes do infrator; c) a situação econômica do infrator, no caso de multa. 37. De acordo com o art. 935 do Código Civil, a “responsabilidade civil é independente da criminal.”

Organização e Implementação da Gestão por Projetos

Legislação Ambiental

ESFERAS DE AÇÃO DAS SANÇÕES IMPOSTAS AO CRIME AMBIENTAL

SANÇÕES

• Advertência; • Multa simples; • Multa diária;

• Suspensão de venda e fabricação do produto; • Embargo da atividade;

• Suspensão parcial ou total da atividade; • Restritiva de direito:

– Cancelamento de licença.

– Perda ou suspensão da participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito. – Proibição de participação em licitações públicas por até

três anos.

• Penas privativas de liberdade (prisão ou reclusão) – para pessoas físicas;

• Penas restritivas de direitos; • Prestação de serviços à comunidade; • Interdição temporária de direitos; • Suspensão parcial ou total de atividade;

• Ressarcimento à vítima ou à entidade pública com fim social; • Recolhimento domiciliar.

Esfera Penal Aplicável quando comprovada a existência de culpa ou dolo

Esfera Administrativa Esfera Civil

Independe da existência de culpa

Esferas de ação das sanções importas ao empresário e aos agentes corresponsáveis (pessoas físicas) e à empresa (pessoa jurídica) em caso de dano ambiental

• Reparação civil decorrente do dano causado, com indenizações à comunidade atingida;

• Recuperação ambiental da área atingida pelo acidente.

Fonte: FIRJAN (2004) Figura 3 – Síntese das esferas de ação das sanções impostas ao crime ambiental

Pós-Graduação a Distância Para(Não)Finalizar

Com a aprovação de leis que garantem agilidade, eficácia e punição aos infratores do meio ambiente e a incorporação de métodos para que os que agridem a natureza recuperem os danos e paguem suas dívidas perante à sociedade, os órgãos ambientais, bem como o Ministério Público passaram a contar com instrumentos legais que lhe permitem cuidar do equilíbrio dos ecossistemas.

O tema é atraente e seu debate é importante. Faça sua parte!

Organização e Implementação da Gestão por Projetos

Legislação Ambiental

CID TOMANIK POMPEU. Direito de Águas no Brasil – Apostila do Curso de Direito de Águas no Brasil. São Paulo, 2004, 163p.

FIRJAN – Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro. Manual de Licenciamento Ambiental: guia de procedimentos passo a passo. Rio de Janeiro: GMA, 2004, 28p.

JAIN, R. K. et al. (1977). Envnironmental Impact Analysis. New York: Van Nostrand Reinhold Company.

MAGALHÃES, Juraci Perez. A Evolução do Direito Ambiental no Brasil. 2. ed. São Paulo: Juarez de Oliveira, 2002, 88p.

MILARÉ, Édis. Direito do ambiente: doutrina, jurisprudência, glossário. 4. ed. São Paulo: RT, 2005, 1119p. MILARÉ, E.; BENJAMIN, A. H. V. Estudo Prévio de Impacto Ambiental: Teoria, Prática e Legislação. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1993, 245p.

Sites recomendados:

http://www.presidencia.gov.br/legislacao/ http://www.mma.gov.br

http://www.ibama.gov.br

Pós-Graduação a Distância Glossário

Alijamento: a) todo despejo deliberado, no mar, de resíduos e outras substâncias; b) todo afundamento deliberado no mar. (Decreto no 87.566/82)

Amazônia Legal: os Estados do Acre, Pará, Amazonas, Roraima, Rondônia, Amapá e Mato Grosso e as regiões situadas ao norte do paralelo 13o S, dos Estados de Tocantins e Goiás, e ao oeste do meridiano de 44o W, do Estado do Maranhão.

(Código Florestal)

Antrópico: relativo à ação humana. (Resolução CONAMA no 12/1994)

Área basal: área expressa em m2 que uma ou um grupo de árvores ocupa no terreno. (Resolução CONAMA no 12/1994)

Área de preservação permanente: área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas. (Código Florestal)

Bioprospecção: ‘’método ou forma de localizar, avaliar e explorar sistemática e legalmente a diversidade de vida existente

em determinado local”. Santos, A. S. R. dos – disponível em http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=1859 [acesso

em 22/01/2008]

Cumes litólicos: ponto mais alto de um morro ou elevação constituídos basicamente de rochas. (Resolução CONAMA no 12/1994)

Complexidade estrutural: grupo ou conjunto de espécies ocorrentes em uma floresta, cujos indivíduos interagem imprimindo características próprias a mesma, em virtude de distribuição e abundância de espécies, formação de estratos, diversidade biológica. (Resolução CONAMA no 12/1994)

Comunidade edáfica: conjunto de populações vegetais dependentes de determinado tipo de solo. (Resolução CONAMA no 12/1994)

Conservação da natureza: o manejo do uso humano da natureza, compreendendo a preservação, a manutenção, a utilização sustentável, a restauração e a recuperação do ambiente natural, para que possa produzir o maior benefício, em bases sustentáveis, às atuais gerações, mantendo seu potencial de satisfazer às necessidades e aspirações das gerações futuras, e garantindo a sobrevivência dos seres vivos em geral. (Lei no 9.985/2000)

Conservação in situ: conservação de ecossistemas e habitats naturais e a manutenção e recuperação de populações viáveis de espécies em seus meios naturais e, no caso de espécies domesticadas ou cultivadas, nos meios onde tenham desenvolvido suas propriedades características. (Lei no 9.985/2000)

Corredor entre remanescentes: faixa de cobertura vegetal existente entre remanescentes de vegetação primária em estágio médio e avançado de regeneração, capaz de propiciar habitat ou servir de área de trânsito para a fauna residente nos remanescentes. Esses corredores são constituídos; pelas matas ciliares e pelas faixas marginais; pelas faixas de cobertura vegetal existentes nas quais seja possível a interligação de remanescentes. (Resolução CONAMA no 9/1996)

Corredores ecológicos: porções de ecossistemas naturais ou seminaturais, ligando unidades de conservação, que possibilitam entre elas o fluxo de genes e o movimento da biota, facilitando a dispersão de espécies e a recolonização de áreas degradadas, bem como a manutenção de populações que demandam para sua sobrevivência áreas com extensão maior do que aquela das unidades individuais. (Lei no 9.985/2000)

Decídua: diz-se da planta cujas folhas caem em certa época do ano. (Resolução CONAMA no 12/1994)

Organização e Implementação da Gestão por Projetos

Legislação Ambiental

Diversidade biológica: variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, entre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas. (Lei no 9.985/2000)

Dominância de espécies: grau em que determinadas espécies dominam em uma comunidade, devido ao tamanho, abundância ou cobertura, e que afeta as potencialidades das demais espécies. (Resolução CONAMA no 12/1994)

Dossel: parte formada pela copa das árvores que formam o estrato superior da floresta. (Resolução CONAMA no 12/1994)

Duna: unidade de constituição predominante arenosa, produzida pela ação dos ventos, situada no litoral ou no interior do continente, podendo estar recoberta, ou não, por vegetação; (Resolução CONAMA no 303 de 2002)

Ecótono: zona de contato ou transição entre duas formações vegetais com características distintas. (Resolução CONAMA no 12/1994)

Edáfica: relativo ao solo. (Resolução CONAMA no 12/1994)

Enriquecimento ecológico: atividade técnica e cientificamente fundamentada que vise à recuperação da diversidade biológica em áreas de vegetação nativa, por meio da reintrodução de espécies nativas. (Lei no 11.428/2006)

Epífita: planta que cresce sobre a outra planta sem retirar alimento ou tecido vivo do hospedeiro. (Resolução CONAMA no 12/1994)

Espécie emergente: aquela que se sobressai devido a sua copa ultrapassar o dossel da floresta, em busca de luminosidade. (Resolução CONAMA no 12/1994)

Espécie indicadora: aquela cuja presença indica a existência de determinadas condições no ambiente em que ocorre. (Resolução CONAMA no 12/1994)

Espécie pioneira: aquela que se instala em uma região, área ou habitat anteriormente não ocupada por ela, iniciando a colonização de áreas desabitadas. (Resolução CONAMA no 12/1994)

Estrato: determinada camada de vegetação em uma comunidade vegetal. Ex.: estratos herbáceo, arbustivo e arbóreo. (Resolução CONAMA no 12/1994)

Exploração sustentável: exploração do ambiente de maneira a garantir a perenidade dos recursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos, mantendo a biodiversidade e os demais atributos ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente viável. (Lei no 11.428/2006)

Explotação seletiva: o mesmo que exploração seletiva. Extração de espécies ou produtos de origem vegetal previamente determinados. (Resolução CONAMA no 12/1994)

Extrativismo: sistema de exploração baseado na coleta e na extração, de modo sustentável, de recursos naturais renováveis. (Lei no 9.985/2000)

Fauna silvestre: todos os espécimes pertencentes às espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou parte do seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras (Resolução CONAMA no 394/2007)

Fisionomia: feições características no aspecto de uma comunidade vegetal. (Resolução CONAMA no 12/1994)

Flora e Fauna Silvestres Ameaçadas de Extinção: espécies constantes das listas oficiais do IBAMA, acrescidas de outras indicadas nas listas eventualmente elaboradas pelos órgãos ambientais dos Estados, referentes as suas respectivas biotas. (Resolução CONAMA no 10/1993)

Pós-Graduação a Distância Glossário

Floresta estacional: floresta que sofre ação climática desfavorável, seca ou fria, com perda de folhas. (Resolução CONAMA no 12/1994)

Floresta ombrófila: floresta que ocorre em ambientes sombreados onde a umidade é alta e constante ao longo do ano. (Resolução CONAMA no 12/1994)

Florestas públicas: florestas, naturais ou plantadas, localizadas nos diversos biomas brasileiros, em bens sob o domínio da União, dos Estados, dos Municípios, do Distrito Federal ou das entidades da administração indireta (Lei no 11.284/2006)

Higrófila: vegetação adaptada a viver em ambiente de elevado grau de umidade. (Resolução CONAMA no 12/1994)

Impacto ambiental: qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam: a) a saúde, a segurança e o bem-estar da população; b) as atividades sociais e econômicas; c) a biota; d) as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; e) a qualidade dos recursos ambientais. (Resolução CONAMA no 01/1986)

Interesse social: a) as atividades imprescindíveis à proteção da integridade da vegetação nativa, tais como: prevenção, combate e controle do fogo, controle da erosão, erradicação de invasoras e proteção de plantios com espécies nativas; b) as atividades de manejo agroflorestal sustentável praticadas na pequena propriedade ou posse rural familiar, que não descaracterizem a cobertura vegetal e não prejudiquem a função ambiental da área; e c) demais obras, planos, atividades ou projetos definidos em resolução do CONAMA. (Lei no 11.428/2006)

Jardim zoológico: qualquer coleção de animais silvestres mantidos vivos em cativeiro ou em semi-liberdade e expostos à visitação pública.

Latifoliada: vegetação com abundância de espécies dotadas de folhas largas. (Resolução CONAMA no 12/1994)

Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente, estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que possam causar degradação ambiental. (Resolução CONAMA no 237/1997)

Líquens: associação permanente entre uma alga e um fungo, comumente encontrada nos troncos das árvores e sobre rochas. (Resolução CONAMA no 12/1994)

Manancial: Qualquer corpo d’água, superficial ou subterrâneo, utilizado para abastecimento humano, industrial, animal ou irrigação. (CETESB 2008. Disponível em: <http://www.cetesb.sp.gov.br/Institucional/glossario/glossario_m.asp>) Manejo: todo e qualquer procedimento que vise assegurar a conservação da diversidade biológica e dos ecossistemas. (Lei no 9.985/2000)

Manguezal: ecossistema litorâneo que ocorre em terrenos baixos, sujeitos à ação das marés, às quais associa-se, predominantemente, a vegetação natural conhecida como mangue, com influência flúvio-marinha, típica de solos limosos de regiões estuarinas. (Resolução CONAMA no 303 de 2002)

Meio ambiente: conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas;

Mesófila: vegetação adaptada a viver em ambiente com mediana disponibilidade de água, no solo e na atmosfera. (Resolução CONAMA no 12/1994)

Montano: relativo a ambientes que ocupam a faixa de altitude geralmente situada entre 500 e 1500m. (Resolução CONAMA no 12/1994)

Organização e Implementação da Gestão por Projetos

Legislação Ambiental

Nascente ou olho d`água: local onde aflora naturalmente, mesmo que de forma intermitente, a água subterrânea. (RESOLUÇÃO CONAMA no 303 de 2002)

Patrimônio genético: informação de origem genética, contida em amostras do todo ou de parte de espécime vegetal, fúngico, microbiano ou animal, na forma de moléculas e substâncias provenientes do metabolismo destes seres vivos e de extratos obtidos destes organismos vivos ou mortos, encontrados em condições in situ, inclusive domesticados, ou mantidos em coleções ex situ, desde que coletados em condições in situ no território nacional, na plataforma continental ou na zona econômica exclusiva. (Medida Provisória no 2.186-16/2001)

Pesca: todo ato tendente a retirar, extrair, coletar, apanhar, apreender ou capturar espécimes dos grupos dos peixes, crustáceos, moluscos e vegetais hidróbios, suscetíveis ou não de aproveitamento econômico, ressalvadas as espécies ameaçadas de extinção, constantes nas listas oficiais da fauna e da flora. (Lei no 9.605/98)

Plano de manejo: documento técnico mediante o qual, com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias à gestão da unidade. (Lei no 9.985/2000)

Plântula: planta jovem ou recém germinada. (Resolução CONAMA no 12/1994)

Pteridófitas: plantas sem flores que se reproduzem por esporos. Ex.: samambaias, xaxins e avencas. (Resolução CONAMA no 12/1994)

Poluição: – degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente: a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; c) afetem desfavoravelmente a biota; d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos;

Poluidor: – pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental;

População tradicional: população vivendo em estreita relação com o ambiente natural, por meio de atividades de baixo impacto ambiental. (Lei no 11.428/2006)

Pousio: prática que prevê a interrupção de atividades ou usos agrícolas, pecuários ou silviculturais do solo por até 10 (dez) anos para possibilitar a recuperação de sua fertilidade. (Lei no 11.428/2006)

Prática preservacionista: atividade técnica e cientificamente fundamentada, imprescindível à proteção da integridade da vegetação nativa. (Lei no 11.428/2006)

Preservação: conjunto de métodos, procedimentos e políticas que visem a proteção a longo prazo das espécies, habitats e ecossistemas, além da manutenção dos processos ecológicos, prevenindo a simplificação dos sistemas naturais. (Lei no 9.985/2000)

Princípio da Precaução: “é a garantia contra os riscos potenciais que, de acordo com o estado atual do conhecimento, não podem ser ainda identificados. Esse Princípio afirma que, mesmo diante da ausência da certeza científica formal, a existência de um risco de um dano sério ou irreversível impõe a implementação de medidas que possam evitar e prever esse dano”. (MILARÉ 2005)

Produtos florestais: produtos madeireiros e não madeireiros gerados pelo manejo florestal sustentável. (Lei no 11.284/2006)

Proteção integral: manutenção dos ecossistemas livres de alterações causadas por interferência humana, admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais. (Lei no 9.985/2000)

Pós-Graduação a Distância Glossário

Região estuarina: área costeira na qual a água doce se mistura com a salgada. (Resolução CONAMA no 12/1994)

Remanescentes: manchas de vegetação nativa primária ou secundária do domínio da Mata Atlântica. (Resolução CONAMA no 12/1994)

Resgate de fauna: captura e coleta de animais da fauna silvestre em áreas em que ocorra supressão ou alteração

No documento apostila FGF_Legislação Ambiental.pdf (páginas 34-46)

Documentos relacionados