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CAPÍTULO II – PRÁTICAS CURRICULARES E AÇÕES PEDAGÓGICAS: ANÁLISE DO CONTEXTO METODOLÓGICO

2.5 Percurso trilhado para a concretização da parte empírica

No que diz respeito às especializações dos sujeitos entrevistados, 75/° não aprofundaram-se nesta direção. Essa falta de aprimoramento profissional evidenciada pelos sujeitos no decorrer das entrevistas quanto ao aprofundamento de suas formações estaria relacionada a fatores como: as precárias condições de trabalho ao qual o professor é submetido; a ausência de investimentos das políticas públicas em relação à formação continuada; a carga horária exacerbada a qual o professor precisa cumprir e por que não dizer até certo ponto a falta de interesse do próprio professor? Sendo que, apenas 25/° dos sujeitos entrevistados aprofundaram-se em nível de especialização. Um percentual que pode ser considerado baixo, uma vez que, desse recorte dos sujeitos mencionados, 38/º estão entre 24 e 35 anos e, apenas 01 (um) obteve o título de pós graduação e, 25/° estão entre 50 e 54 anos e, apenas 01(um) obteve o título de especialização.

2.5 Percurso trilhado para a concretização da parte empírica

Tendo-se em vista que, a inserção do/a pesquisador/a no campo a ser estudo é fundamental para a obtenção das informações, quando se busca analisar as concepções dos sujeitos sobre o tema em estudo, e requerendo, entrosamento das estruturas organizacionais, administrativas e um bom planejamento, conforme Marcone e Lakatos (2003). Fez-se necessário o contato direto com os sujeitos pesquisados, objetivando evitar possíveis falhas durante a coleta dos dados. Para tanto, partiu-se de uma conversa com a co-gestora que não impôs nenhum obstáculo para a realização do trabalho a partir do referido campo de pesquisa. Entretanto, isto

Fonte: Dados elaborado pela a autora – Pesquisa de campo – 2016

Gráfico 5 – Demonstrativo de especializações em pós graduação dos sujeitos pesquisados

dependeria em parte dos professores, sendo que a pesquisa destina-se a trabalhar, em particular com os docentes, haja vista que, o objeto de estudo trata diretamente de práticas curriculares nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, e portanto, a participação dos docentes tornou-se indispensável, isto porque, era a partir de suas intenções subjetivas a prática educativa que se poderia construir hipóteses sobre a implementação de práticas curriculares.

Ante ao exposto, decidiu-se juntamente com a co-gestora visitar as salas de aula para falar com os professores e possivelmente explicar a finalidade da pesquisa, sendo que alguns professores ficaram um tanto constrangidos em aceitar. Mas, a partir de algumas explicações em torno dos fundamentos da pesquisa, os professores até então solicitados dispuseram-se a contribuir com o estudo. Foi necessário o agendamento de outra visita para falar com a gestora que no momento encontrava-se ausente da instituição resolvendo assuntos burocráticos e para se entregar o termo de consentimento para que os sujeitos apropriassem-se dos objetivos da pesquisa, bem como o roteiro de entrevista para aqueles que achassem conveniente ter conhecimento a priori das questões a serem enfatizadas.

Dentre as possibilidades para uma próxima visita, ficou definido um dia específico em que a gestora estivesse na instituição. Assim, após conversar com a gestora que prontamente se dispôs a contribuir com a pesquisa. Passou-se a fazer um levantamento de todo o corpo administrativo, técnico, docente, não docente, funcionários de apoio, entre outros aspectos para fins da pesquisa em curso. Para aprimoramento das informações obtidas caso fosse necessário, foi disponibilizado uma cópia do Projeto Político Pedagógico (PPP) da instituição, sendo que no documento de acordo com a equipe gestora, as informações poderiam ser aprofundadas mais detalhadamente, porque todos os dados até então informados estariam postos no PPP como também outras informações dentre as quis destacam-se: formas de planejamento, procedimentos metodológicos, formas de avaliação, quadro de todos os funcionários da instituição com os respectivos níveis de formação, forma de gestão preconizada pela instituição, recursos didáticos- pedagógicos dentre outros. Isso indiscutivelmente veio a dar mais suporte para a pesquisa. Porque, Além dos dados obtidos na pesquisa empírica, poder-se-ia trabalhar com a análise documental que é uma fonte de obtenção de dados tão relevante quanto as demais utilizadas para a pesquisa, como salienta Gil (2002).

Contudo, ainda não havia sido agendadas as datas para as entrevistas, uma vez que os sujeitos necessitavam de um tempo maior para estudarem o termo de consentimento e o roteiro de entrevistas, ficando definido em comum acordo que alguns dias após a entrega dos documentos, os sujeitos marcariam o dia e horário para a aplicação das entrevistas. Ao retornar a instituição, apenas um sujeito tinha disponibilidade para ser entrevistado numa determinada data

que ficou definida para ocorrer na instituição em um horário oposto as aulas. As demais entrevistas foram sendo agendadas conforme disponibilidade dos sujeitos e ocorreram em datas e locais variados, sendo que alguns sujeitos preferiram marcar para serem entrevistados nas suas casas durante o período da noite por ser o único horário que teriam livre. Outros marcaram para ocorrer na instituição, mas no contra turno das aulas.

É pertinente dizer que, ficou devidamente claro para os sujeitos que o local e horário para a realização das entrevistas seriam estabelecidos pelos sujeitos e que o/a pesquisador/a disponibilizava-se em ir até o local que fosse conveniente para o/os sujeitos, sendo que por trás de tanta determinação estava alguém extremamente preocupada com o desenrolar das entrevistas, tendo em vista que, a coleta de dados requer do/a pesquisador/a entrosamento com os sujeitos pesquisados, um bom planejamento, paciência, rigoroso cuidado com o registro dos dados e ambiente propício para as entrevistas, como bem apontam Marcone; Lakatos (2003) e, tudo isso acabam sendo questões desafiadoras para um sujeito iniciante na pesquisa científica.

Porém, todas as etapas até aqui apresentadas não superavam as próximas, que seriam: a transcrição das entrevistas e a categorização dos dados coletados. De início, todas as entrevistas foram transcritas em arquivos separados, considerando-se a sequência de aplicação das entrevistas. Mediante a intensidade de informações coletadas achou-se melhor trabalhar com a categorização dos dados, fazendo a seleção minuciosa de trechos de cada fala que mais atendesse ao objeto de estudo, bem como a questão central delineada para pesquisa.

2.6 Análise de elementos estratégicos de práticas curriculares implementadas no contexto

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