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Perfil do Cluster 1 Contacto pessoal

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CAPÍTULO IV – RESULTADOS

4.3. Análise Multivariada da Amostra

4.3.4. Análise de Clusters na utilização das fontes de informação e dos meios de

4.3.4.1. Perfil do Cluster 1 Contacto pessoal

Pela observação da Tabela 25 apura-se que o cluster 1 é caraterizado pela constante procura de informação junto de outros produtores pecuários e dos técnicos de produção animal seguidamente da AADP (valor 1). As feiras de gado, os fornecedores de ração, os jornais diários e os específicos da área em conjunto com os folhetos aos quais têm acesso são consultados algumas vezes por este grupo (valor 2) e, por fim, nunca recorrem (valor 3) ao MAMAOT, às sessões de esclarecimento, à legislação específica, aos sites especializados, às ações de formação tal como os meios de comunicação que nunca utilizam: a Internet, o site da AADP e os programas de televisão com foco na temática agrícola.

Tabela 25 - Cluster Utilização das Fontes de Informação e Meios de Comunicação - Contacto Pessoal

Sempre Algumas Vezes Nunca

Cluster 1

Troca de impressões com outros produtores

pecuários

AADP Sites especializados

Site da AADP

Feiras/leilões de gado Internet

Outros produtores pecuários

Folhetos/brochuras MAMAOT Fornecedores de ração Legislação específica

Jornais/revistas da área Ações de formação

Técnicos de produção

animal Jornais diários

Sessões de esclarecimento Programas de televisão

Caracterização Demográfica

Este grupo é composto por 67 produtores agrícolas do sexo masculino, 21 do feminino e 1 empresa, sendo que a maior expressão na faixa etária situa-se entre os 71 e os 80 anos (22,5% que corresponde a 20 indivíduos) seguida da faixa dos 51 aos 60 anos (20,2% correspondente a 18 indivíduos). Este cluster mostra muita disponibilidade para responder ao questionário, transmitindo as informações necessárias com um total 67,4% dos questionados a responder a todas as perguntas. Os respondentes que formam este grupo correspondem, na sua maioria (68,5%), aos proprietários das explorações agrícolas e uma empresa incorpora este cluster. Ao nível das habilitações literárias, 37,1% completou o Ensino Primário contrariamente a 21,3% que não o completou, de ressalvar que 22,5% possui o Ensino Básico. No que confere a habilitações na área agrícola como formações pontuais, licenciaturas ou especializações, 74,1% (63 dos 89 indivíduos que formam este cluster) afirma não possuir esta formação.

Breve Caracterização da Exploração agrícola

O polo da AADP ao qual se dirige corresponde ao de Portalegre (56,2%), seguido do Apoio Técnico prestado por um profissional da AADP em Castelo de Vide sempre à sexta- feira. A maioria (79,5%) dos produtores agrícolas que forma este grupo emprega nas suas explorações mão-de-obra familiar num máximo de dois colaboradores (74,2%).

Quanto à idade da exploração agrícola, verifica-se que esta foi passada de pais para filhos e que é um negócio de família (89,7%), onde praticam sistemas de produção mais extensivos, segundo a experiência e tradição que adquiriram dos pais (89,9% dos produtores com sistemas de produção tradicionais). Neste cluster, a área da exploração (ha) regista alguma discrepância sendo que a menor tem 1,5 ha e a maior 1300 ha, o que influencia a média de 190 ha; contudo, o valor registado mais vezes neste grupo (moda) corresponde a um total de 100 ha.

Mais propriamente em relação aos sistemas de produção verifica-se que 54,4% correspondem a sistemas de produção extensivos, com encabeçamento menor que 1 cabeça normal (CN) em áreas superiores a 100 ha, como observado na Tabela 26. Contrariamente,

apenas 5 produtores neste cluster revelam praticar um sistema de produção intensivo segundo um encabeçamento maior que quatro cabeças normais por hectare.

Tabela 26 – Número de Explorações de acordo com o Sistema e o Modo de Produção – Cluster Contacto Pessoal

Sistema Extensivo Tipo de Produção Total

Tradicional Biológica Integrada

1 34 2 1 37 2 14 2 0 16 3 10 0 0 10 4 5 0 0 5 Total 63 4 1 68 Fonte: Anexo 14.

Caracterização do cluster de acordo com a utilização de meios de comunicação e fontes de informação

Para além dos resultados apurados na Tabela 25 relacionados com a utilização dos meios de comunicação e das fontes de informação por parte dos produtores agrícolas, importa acrescentar que neste grupo, verifica-se que na utilização de telemóvel 62,1% faz e recebem chamadas frequentemente, 26,4% não tem e 11,5% recebe e faz chamadas com pouca frequência. Para além disso, 60,9% dos produtores deste cluster afirma não utilizar as mensagens escritas no telemóvel.

Em relação aos PDA (Personal Digital Assistent) este cluster caracteriza-se pela não utilização e desconhecimento desta tecnologia uma vez que 50% não possui e 48,9% não sabe o que é (apenas um respondente afirma possuir, mas só utiliza como telemóvel).

Em relação ao computador, a esmagadora maioria (85,2%) não possui e dos restantes que afirmam ter e utilizar verifica-se que utilizam apenas aplicações do Office com pouca frequência (55,6%). Consequentemente, o nível de utilização da Internet está relacionado com o facto de o produtor não possuir computador ou não utilizá-lo; assim, 92% afirma não utilizar este meio de comunicação e recolha de informação.

No número de deslocações mensais à AADP em Portalegre, 89,9% afirma realizar até um número máximo de 4 deslocações, com o principal objetivo de proceder à legalização de animais (81,2%), seguida da procura de informações de modo geral (56,6%). As deslocações à AADP relacionadas com a atribuição de subsídios e da ADS obtêm a mesma expressão de 23,5%, sendo que o motivo de vender animais é o menos indicado para a deslocação à sede da AADP (8,2%).

Este é um cluster que se caracteriza por ter conhecimento da existência e distribuição do boletim informativo por parte da AADP com informações trimestrais acerca da legalização das explorações agrícolas e as notícias relacionadas com esta área e a atribuição de subsídios agrícolas (80,9%); contudo, apenas 49,3% afirma recebê-lo.

Visto que os leilões de gado também constituem uma fonte de informação para os produtores do distrito, no que confere a este cluster 53,4% dos produtores agrícolas que o compõem revela que costumam ir a este evento, principalmente na condição de espectador (68,8%, sendo os restantes 4,2% como compradores e 27,1% como vendedores).

Finalmente, respeitante a fontes de informação há a apontar os técnicos de produção animal, nomeadamente os veterinários como uma fonte de informação muito credível para os produtores agrícolas, que como se pode verificar através da observação da Tabela 25

são sempre consultados pelos produtores agrícolas para esclarecimentos e conceder informação. Assim, apura-se que o primeiro cluster identificado privilegia o contacto pessoal e as fontes de informação que assim o ditam como as visitas mensais do veterinário à exploração agrícola que ocorrem, maioritariamente, menos de 3 vezes (71,6%).

Opinião sobre Alimentação Animal

Acerca da experimentação de novas rações para gado bovino, mesmo quando atribuídas gratuitamente pelos fornecedores, 84,1% dos produtores agrícolas do cluster 1 mostram receio nesta experiência; contudo, mostra um elevado interesse em novas formas de alimentação animal (71,9%) acompanhado também de um elevado interesse pela informação referente à alimentação animal (71,3%).

Este cluster caracteriza-se também pela forma como encara o conhecimento próprio atual para o desenvolvimento da atividade, uma vez que perto de metade afirma mesmo que a sua experiência e conhecimento atuais não são suficientes (40,9%) e 35,2%

reconhece que nem sempre esse conhecimento que detém é suficiente, por fim, 23,9% considera que é suficiente na persecução das tarefas agrícolas e da gestão da exploração diariamente. Assim, 71,3% afirma que segue sempre os conselhos dos técnicos de produção animal; contudo, metade deste grupo de produtores revela pouca pré-disposição para participar em formações agrícolas e sessões de esclarecimento (57%) e recusa a necessidade e disponibilidade para aprender a navegar na Internet (74,4%).

Necessidades de Informação

A principal necessidade de informação identificada por este cluster relaciona-se com dados específicos dos mercados de carne bovina, assim como a necessidade de informação de novos ou possíveis canais de venda para escoar o produto (62,1%), seguidamente surge a partilha entre produtores agrícolas como forma de obter informações acerca de novos modos de produção ou de conciliação de recursos (12,2%), em terceiro lugar este cluster classifica a necessidade de uma revista específica para a região como forma de colmatar a insuficiência de informação de um modo muito dirigido às especificidades e potencialidades da região.

As ações de formação têm uma expressão de 10,4% antecedidas pela informação específica e dirigida a jovens agricultores que ficou em último lugar com 8,2% dos respondentes deste cluster a indicarem este aspeto como a maior necessidade de informação no distrito de Portalegre.

Informação cedidas pela AADP

Para além do envio do boletim informativo, a AADP organiza formações no âmbito agrícola abertas a todos os produtores, o que para a maioria deste cluster são suficientes (71,6%). De um modo geral, considera que as informações disponibilizadas pela AADP são suficientes (68,2%) uma vez solicitadas, segundo problemas ou dúvidas específicas.

Contudo, ao avaliar o envio de informação por parte da AADP sem pedido por parte dos produtores, este grupo avalia essa disponibilidade como insuficiente (95,8%).

No documento Projeto.CéliaCorreia[sãofinal] (páginas 95-100)

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