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4 ESTUDO DO PAA NO PRÉ-ASSENTAMENTO DOIS RIACHÕES

4.2 CONTEXTUALIZANDO O PRÉ-ASSENTAMENTO DOIS RIACHÕES

4.2.1 Perfil dos Beneficiários do Programa de Aquisição de Alimentos

Dos 32 agricultores familiares que participam do Programa 24 foram entrevistados, ou seja, 75% dos beneficiários. Dentre os entrevistados 50% era do sexo feminino e 50% do sexo masculino. Em relação à faixa etária 29% dos entrevistados estavam na faixa de 51 a 60 anos, 25% acima de 60 anos, 21% na faixa de 20 a 30 anos de idade, 13% de na faixa de 41 a 50 anos e 12% de 31 a 40 anos.

Em relação ao nível de escolaridade 54% dos entrevistados possuíam o ensino fundamental, 29% eram analfabetos, 9% o ensino técnico e 4% o ensino médio e 4% o ensino superior pelo Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA) Vale destacar que no pré-assentamento funciona uma escola que foi reformada pela Prefeitura de Ibirapitanga e que atende da 1ª a 4ª série e funciona também como Escola de Jovem e de Adulto (EJA).

A prefeitura fez uma reforma nesse espaço que é um espaço da comunidade, ela fez uma adaptação para pessoas que tem deficiência, aqui não tem, mas caso tenha para atender a necessidade de crianças especiais, então tem rampa, tem geladeira, tem uma TV, tem professor, auxiliar, tem merendeira. (...) A gente conseguiu ter alguém indicado pela própria comunidade para dá aula para os filhos, pois a gente entende que a educação ela tem que ser contextualizada e precisa o professor entenda, conheça a luta, conheça a organização, saber como funciona para valorizar a luta do campo. (SILVA, 2015).

Dentre os entrevistados 8 ainda residem em barracas de lonas e 16 em casa de bloco. Quando questionados sobre outra atividade além da agricultura apenas 2 entrevistados apresentaram outras atividades, um como professor do EJA na escola da comunidade e a outra como merendeira da Escola.

Quanto à produção foi de grande dificuldade para os entrevistados responder o quanto produzem, o custo da produção e a renda média devido a oscilação na oferta do produto. Contudo a partir do limite do DAP é possível ter uma base do quanto os agricultores possuem de renda proveniente do PAA. Considerando que o limite para cada agricultor é de R$ 8 mil por ano, eles obtêm uma renda mensal de cerca de 670 reais, menor que o salário mínimo. Além do PAA, 46% dos entrevistados comercializam via

atravessadores, 33% comercializam apenas para o Programa, 13% além do PAA comercializam em feiras e 8% além do PAA comercializam para o PNAE. Dentre os entrevistados 50% recebem o Bolsa Família, 46% não participam de nenhum programa de transferência de renda e 4% recebem aposentadoria.

Apesar da dificuldade de mensurar a renda obtida os entrevistados relataram que após o acesso ao PAA foi possível adquirir eletrodomésticos, móveis, celular, automóvel e até animais como cavalo, gado, burro etc.

Sobre as atividades desenvolvidas em seus lotes os entrevistados relatam que contam com a própria familia para trabalhar na produção e também com o trabalho coletivo a partir de mutirões com os moradores do pré-assentamento.

Quanto ao principal problema para a produção para 42% dos entrevistados tem problemas com o clima da região, 37 % com as pragas já que não utilizam produtos químicos e 21% colocam a falta de adubo como um problema frequente na produção. Em relação a comercialização dos produtos com o PAA, 29% diz não ter nenhum problema ou dificuldade; 21% questionam o preço dos produtos, destacam sobre a diferença dos preços estabe1ecidos pela CONAB e pelo Estado/município e que alguns produtos ocorre de estarem abaixo do valor do mercado; 17% dos entrevistados apontam a sazonalidade como um fator problema; 17% consideram que a legislação sanitária dificulta a comercialização.

No tocante à importância do PAA em sua unidade produtiva familiar os entrevistados relataram que o Programa foi responsável pela melhoria da qualidade de vida (62%), além de incentivar a produção agrícola (21%) e oportunizar a comercialização (17%). No que concerne à avaliação têm-se que os agricultores aprovaram sua existência como ótimo (54%) e bom (46%), destaca-se que nesse questionamento foram levantados preocupações sobre a questão da permanência desse Programa. Para eles o PAA não pode ser termporário e sim uma política pública que não fique vulnerável a mudanças de governo. Neste sentido houve receio dos entrevistados de dá uma avaliação negativa ao Programa pelo medo de não existi mais, portanto muitos afirmaram não ter nada negativo no Programa.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A agricultura familiar por apresentar aspectos diversificados necessita de uma construção de uma série de políticas públicas que sejam direcionadas ao campo, principalmente para áreas de reforma agrária. Após conquistarem a terra, os assentados se deparam com novas incertezas, expectativas e desafios quanto às organizações econômica e social dentro do assentamento e em relação á sociedade como um todo. Para o pré-assentamento o desafio se torna ainda maior, pois apesar de já ter sido declarado a desapropriação para fins de reforma agrária a imissão de posse ainda não foi feita, desse modo às políticas públicas direcionadas para os assentados da reforma agrária eles não tem acesso, inclusive o PRONAF A.

Dado que o desenvolvimento e consolidação dos assentamentos têm como fator limitante as condições do sistema produtivo, especialmente em relação à comercialização da produção agrícola e com a disputa de recurso público com o agronegócio, se torna imprescindível que haja uma organização coletiva dos trabalhadores rurais. Portanto, a articulação do Movimento CETA, com a CPT, e os técnicos do EBDA são fatores que contribuem para que possam se desenvolver na área.

O acesso ao PAA foi determinante para mudar o panorama do Pré-Assentamento Dois Riachões na medida em que ganham confiança quanto à venda de seus produtos. A diversificação da produção passa a ser predominante na estratégia de produção, dado que o limite só diz respeito aos valores anuais pagos ao produtor desde modo ficando livre a quantidade e variedade dos produtos. Desde modo, podemos inferir que essa diversidade de produtos contribuiu para a reconversão produtiva marcada pela monocultura presente na própria fazenda ocupada e promoveu a reestruturação produtiva do espaço rural como também a territorialização desse grupo social. Essa reestruturação representa um retorno a lógica da produção familiar e garante a soberania alimentar das famílias assentadas.

Com o Programa o assentado produz com segurança, porque sabe que a CONAB vai pagar a cota de produção encomendada podendo então usar o excedente para o autoconsumo como também ser usado para a venda em comercialização em feiras livres. Um aspecto importante presente nas falas dos entrevistados deu-se em função da

diminuição da relação do atravessador no processo de venda, “diminuição”, pois apesar da ligação direta entre a organização dos assentados e o público beneficiário eles ainda mantêm a venda através do atravessador devido ao cacau que não é comercializado no PAA.

O acesso ao Programa propiciou um aumento na renda que pôde ser notada a partir dos bens adquiridos pelos assentados como também foi um fator essencial para o desenvolvimento do pré-assentamento. Além da mudança na infraestrutura da comunidade tem-se a expectativa de mudanças na produção a partir da implantação de uma agroindústria, aquisição de equipamentos para padronizar os produtos, a constituição de uma Cooperativa do Movimento que envolva as organizações dos agricultores circunvizinhos.

No contexto atual nacional, no qual o próprio INCRA e o MDA tem seu protagonismo reduzido ainda mais, se questiona quais serão os rumos que a reforma agraria e as políticas ligadas a produção familiar seguirão, confirmando a preocupação dos assentados quanto a vulnerabilidade das políticas públicas voltadas para o campo. A subordinação do MDA e do IINCRA a uma estrutura política conservadora deixa ainda mais evidente o “componente de classe” das políticas públicas. A transformação da agenda da agricultura familiar de desenvolvimento para a política social representa o retrocesso do desenvolvimento agrário e agropecuário do Brasil. Cerca de de 70% dos alimentos consumidos pela sociedade brasileira é proveniente da agricultura familiar. A agricultura familiar possui a ideia de desenvolvimento, e não só social e econômico, mas de também de segurança alimentar .

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APÊNDICE A - Roteiro de entrevista com o coordenador do movimento ceta da regional sul e com o coordenador da associação Dois Riachões

1. Como surgiu o pré-assentamento Dois Riachões? 2. As famílias vieram todas do município de Ibirapitanga? 3. Quantas famílias tem no pre-assentamento?

4. Como é a relação entre vocês e o proprietário da fazenda? 5. Qual a relação com o município de Ibitarapitanga? 6. Como está a infraestutura do pré-assentamento? 7. De onde provem o recurso?

8. Quando foi criado a associação ?

9. Como obtiveram conhecimento sobre o paa? 10. Desde quando entregam para o PAA? 11. Qual a modalidade que acessam?

12. Quais as entidades? Como foram definidas? 13. Como vocês definem o que vão produzir?

14. Como é definido o que vocês irão entregar tais produtos? 15. Como é definido o preço?

16. Vocês já tiveram algum problema para poder atender o limite da produção? 17. Tiveram alguma dificuldade para adquirir a DAP?

18. Qual o numero de famílias que participam do programa? 19. Tem planos de aumento de produção?

20. Já acessaram o pnae? 21. Como é feita o pagamento?

22. Como é o relacionamento e a operacionacionalização do programa no município?

23. Programa surte alguma influencia no município? 24. Quais as mudanças vistas após o acesso ao programa?

Formulário para as famílias assentadas do pré-assentamento Dois Riachões

1. Nome: 2. Idade : ( )

3. Sexo : ( ) Masculino ( ) Feminino

4. Estado Civil : ( ) Solteiro ( ) Casado ( ) Amigado ( ) Separado ( ) Desquitado ( ) Divorciado ( )Viúvo

5. Escolaridade: ( ) Analfabetismo ( ) Primário ( ) Fundamental ( ) Médio ( ) Superior

6. Naturalidade : Município:

7. Condição de habitação : ( ) Casa ( ) Barraco 8. Tem filhos? ( ) Não ( ) Sim – Quantos?

9. Moram com você? ( ) Não ( ) Sim

10. Quantas pessoas trabalham nas atividades rurais desenvolvidas em sua propriedade? 11.Todas as pessoas que trabalham na sua propriedade são do seu domicilio?

( ) Sim ( ) Não

12. Além da atividade da agricultura tinha outra ativadade? ( ) Não ( ) Sim. Quais ? 13. Qual a área do lote?

14. Quais as principais culturas produzidas?

15. Onde é comercializado sua produção? 16. Sementes: ( ) Próprias ( ) Compradas

17. Correção do Solo: ( ) Não usa ( ) Adubos químicos ( ) Adubos Orgânicos 18. Assistido por algum programa do governo federal ?

19. Renda Familiar mensal : 20. Fontes de Renda

Cultivo area Quantidade valor Consumo Total Vendido Preço médio

Produção Agrícola Produção Pecuária Trabalho assalariado Aposentadoria Outras rendas

21. Bens que possui : 22. Quanto tempo acessa o PAA?

23. Em sua opinião os preços oferecidos pela produção agrícola no PAA são atrativos ( ) Não ( ) Sim

24. Para quem são fornecidos os produtos?

25. Você consegue atender as quantidades e prazos para entrega da produção? ( ) Sim ( ) Não

26. Qual o principal problema para a produção agrícola? ( ) Clima ( ) Atravessador ( ) Pragas ( ) Outros

27. Qual a principal dificuldade para comercializar com PAA?

( ) Legislação Sanitária ( ) Cardápio Regionalizado ( ) Preço ( ) Sazonaliade ( ) Outros

28. Como senhor (a) avalia o PAA ? ( ) ótimo ( ) Bom ( ) Regular ( ) Ruim Telefone Fixo Celular Televisor Computador Rádio Geladeira Fogão Carro Moto Caminhão Trator Feiras Mercado municipal Venda direta/ Atravessador Programas Sociais Rede de supermercado Conab PAA Outros

APÊNDICE B- Fotos do local

Figura 2 – Entrada do Pré-Assentamento Dois Riachões

Fonte: Pesquisa de campo, 2015

Figura 3- Área do Pré-Assentamento Dois Richões

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