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E3 Perspectiva Pedagógica Pensei que estivesse relacionado com a base

Capítulo I V – APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE RESULTADOS 1ª Etapa: NARRATIVAS PESSOAIS

E3 Perspectiva Pedagógica Pensei que estivesse relacionado com a base

pedagógica do meu curso

E3 Indefinição de conceito -Não trazia uma ideia muito exacta do que era

o tutor

E2

62 Na 4.ª categoria: Papel do tutor: representações dos formandos 4 semanas

após o início do curso, são relevantes as alterações apontadas pelos

inquiridos relativamente ao conceito de Tutor. Numa perspectiva temporal e comparativamente com o discurso dos inquiridos aquando da referência a este conceito no início do curso é manifesta a evolução no seu conhecimento. Passaram de uma concepção de tutor básica e vaga para uma concepção alargada, discriminada, com definição de características, funções, papéis e até sujeita a uma avaliação de desempenho.

As 6 sub – categorias criadas com base nas representações dos formandos: Construção do conceito de tutor possibilitada pela formação; Funções do tutor no domínio cognitivo; Funções do tutor no domínio afectivo e relacional; O tutor enquanto supervisor; O tutor enquanto mediador; Características básicas para ser bom tutor; Complexidades do papel de tutor revelam esta evolução.

Na 1.ª sub – categoria, os inquiridos manifestam ter um conhecimento mais claro e aprofundado sobre a figura, papéis e actuação do tutor e até da relação entre si e o tutor.

Na 2.ª sub – categoria particularizam-se as funções do tutor no domínio cognitivo. As diferentes considerações apresentadas referem-se a respostas que o tutor deverá dar às necessidades do formando e centram-se no acompanhamento, orientação e supervisão do formando/tutorando na construção de conhecimento e no respeito pelo ritmo individual, interesses e valores.

A 3.ª sub-categoria remete-nos para o domínio afectivo e relacional das funções do tutor, onde é manifesto o ambiente desejado pelos formandos/professores para a prática da educação/formação. Neste encadeamento, surge-nos representativamente o comentário de que “ensinar é antes de mais um acto de amor”. Parece-nos neste momento poder inferir que as apreciações feitas por estes formandos se traduzem na sua prática pedagógica enquanto professores e/ou nas pretensões relacionais a que aspiram. Nesta perspectiva, referem a necessidade do Tutor estabelecer com o tutorando uma relação estreita, de amizade, confiança e enquanto confidente, de criar um ambiente empático, calmo, harmonioso com o tutorando e toda a comunidade educativa, sendo disponível, presente e fazendo parte da vida do tutorando. Em suma, acompanhar e orientar no sentido de satisfazer as necessidades do tutorando, não dando respostas mas ajudando a encontrar o caminho para que este consiga alcançar os seus objectivos.

A 4ª sub-categoria caracteriza as funções do tutor enquanto supervisor, atribuindo-lhe a competência de adequar, reformular e inovar as estratégias a utilizar, tendo em vista cada tutorando. Neste papel, cabe ao supervisor avaliar todo o processo por si supervisionado, monitorizando a sua intervenção – acção. No âmbito do processo educativo, a supervisão feita pelo tutor deverá ser ampla e integrada, mobilizando conhecimentos a nível pessoal e inter- pessoal por via relacional e desenvolvendo competências cognitivas.

Na 5.ª sub-categoria especificam-se as funções do tutor enquanto mediador. Nesta acção, o tutor medeia o processo de aprendizagem dos alunos fazendo a ligação entre formandos/formadores/escola/instituição/trabalho/família e levando a cada um dos intervenientes a informação necessária. A sua intervenção exige capacidades e competências que se traduzem na ponte que estabelece com o formando, na sua postura positiva, amiga, paciente e dialogante, assim como na gestão de problemas e conflitos.

63 Na 6.ª sub – categoria são definidas as Características básicas para ser bom tutor, que se reportam ao seu papel, funções e acção. Ao seu papel é atribuída a necessidade de fazer/ter um conhecimento prévio e realista da vida do tutorando, facilitando-lhe a aquisição de competências e o despiste e articulação entre necessidades educativas e respectivas respostas. A sua acção deverá possibilitar a opção entre as hipóteses credíveis e o encaminhamento do tutorado.

A 7.ª sub – categoria refere-se à Complexidade do papel de tutor, papel que assume uma vertente relacional, pedagógica e profissional. Esta complexidade traduz-se na necessidade de um relacionamento que permita conhecer, acompanhar e orientar o formando, propondo-lhe soluções pedagógicas e de trabalho.

Quadro nº 5

4ª categoria: Papel do tutor: representações dos formandos 4 semanas

após o início do curso

SUB- CATEGORIAS UNIDADES DE REGISTO U.C. Construção do conceito de tutor possibilitada pela formação

-Tenho uma visão mais ampla sobre o que é um tutor E1

- Tenho uma visão mais ampla sobre (…) seu papel numa instituição

E1 - Tipo de problemas/questões poderá enfrentar no seu dia-a-

dia [tutor]

E1 - a ideia inicial não corresponde com a ideia que tenho

actualmente (…) papel do tutor E6

- Pode parecer muito genérico o papel de tutor E6

-Tutores (…) somos nós. E4

Funções do tutor no domínio cognitivo

- para caracterizar essa personagem salienta-se: acompanhamento a orientação e a supervisão (tutor)

E6 - Cabe ao tutor criar condições propícias para construção de

novos conhecimentos

E2 - Numa 1ª fase levantamento de necessidades do seu

tutorando, para posteriormente poder agir em conformidade

E2 - Não pode esquecer os seus conhecimentos (…) que tem

de transmitir ao tutorando E3

- acompanhar os formandos/ tutorandos, desencadeando a

reflexão numa perspectiva global E6

- constrói o conhecimento com base nas necessidades,

interesses e valores de cada um [tutorando] E6

- constrói o conhecimento respeitando (…) ritmos e

capacidades [do tutorando] E6

- Funções que o tutor desempenha (…) orientação do aluno

no processo de ensino- aprendizagem E6

Funções do tutor no domínio Afectivo e relacional

- Tentei ser tutor (…) porque acredito que ensinar é antes de

mais um acto de amor E4

- Ser tutor (…) aproximo-me do aluno/formando/tutorando E4

- Ser tutor (…) porque gosto de ir ao encontro do outro E4

- Cabe ao tutor criar um ambiente de empatia com o

tutorando E4

- Estreitamento de relações tutor - tutorando E2

- Acompanhar o seu tutorando E2

- ele orienta-os para uma possível resposta [tutorandos] E2

- Não dá receitas mas pistas, para que os seus tutorandos

64 - O tutor não dá receitas mas pistas (…) com vista a superar

a dificuldade com que se viu confrontado [tutorando]

E2 - tem que criar (…) relação de afecto, amigo e confidente

com o tutorando E3

- O tutor deve conseguir conquistar a confiança do tutorando

E5 - o papel de tutor deve-se desenvolver num ambiente

harmonioso entre tutor e tutorando E5

- o papel de tutor deve-se desenvolver num ambiente

harmonioso entre(…) toda a comunidade educativa E5

- O tutor acompanha-nos E4

- O tutor está sempre presente E4

- O tutor (…) parte integrante da nossa vida E4

O tutor enquanto supervisor

- A estratégia utilizada pelo tutor pode não ser a mais adequada para o tutorando (…)há necessidade de reformular e inovar , ou melhorar as

estratégias que utiliza

E2

- Deve avaliar todo o processo E2

- Monitorizar a sua intervenção – acção E2

- O tutor supervisiona desenvolvendo uma visão ampla e

integrada de todo o processo educativo E4

- O tutor supervisiona (…) o processo educativo ao nível interpessoal

E4 - O tutor supervisiona (…) o processo educativo (…)

mobilizando o conhecimento de si na relação com o outro E4

- O tutor supervisiona (…) o processo educativo activando

competências a nível cognitivo E4

O tutor enquanto mediador

- Faz a ponte entre o conhecimento que detém e o tutorando E2 - mediação(…) ligação que o tutor estabelece entre (…)

formandos /formadores, escola/instituição, trabalho/família E6 - A mediação (…) exige grandes capacidades e

competências (do tutor)

E6

- A mediação (…) exige (…) diálogo, gestão de problemas e

conflitos, ser amigo , positivo, paciente E6

- Apercebendo-me do que se passa com o tutorando, faz passar essa informação (…) aos professores da escola, aos pais

E3

- Mediador do processo de aprendizagem dos alunos E2 Características

básicas para ser bom tutor

- para que o papel do tutor seja bem desenvolvido(…)é necessário que este faça um conhecimento prévio da vida do tutorando

E5 - para que o papel do tutor seja bem desenvolvido (…)é

necessário que este faça um conhecimento (…) realista da vida do tutorando

E5

- O tutor deve (…) facilitar-lhe o percurso e a aquisição de competências (ao tutorando)

E5 - funções que o tutor desempenha (…)permite um rol de

actividades fundamentais E6

- actividades fundamentais (…)detectar dificuldades, necessidades especiaise articulá-las com respostas

educativas adequadas E6

- a sua acção permite encaminhar E6

- a sua acção permite optar dentro de um conjunto de

hipóteses credíveis E6

Complexidade do papel de tutor

-papel do tutor (…) a complexidade relaciona-se com (…)

65 -papel do tutor (…) a complexidade relaciona-se com

(…)criar-lhe valências para as situações de trabalho E6

-papel do tutor (…) a complexidade relaciona-se com (…)

conhecer o tutorando para permitir acompanhá-lo, orientá-lo E6

Na 5.ª categoria: Papéis assumidos pelo tutor, o tutor, pela multiplicidade de