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Perspectivas acerca do conhecer, aprender e ensinar Geografia

3. ANÁLISES DOS RESULTADOS

3.2 AS EPISTEMOLOGIAS DOS PROFESSORES DE GEOGRAFIA

3.2.2. Perspectivas acerca do conhecer, aprender e ensinar Geografia

Nesse momento serão abordadas as respostas acerca do conhecer, aprender e ensinar Geografia, buscando concatenar com as epistemologias do professor propostas por Becker (2012), e os conhecimentos geográficos abordados no capítulo dois deste trabalho. Entendemos que o conhecimento geográfico tem as particularidades da Ciência Geográfica, mas, em regras gerais, a concepção e a construção são iguais às outras ciências humanas. Indo ao encontro disso, Bourdieu (1996, p.15 apud, SPOSITO, 2004, p.76), afirma que “não podemos capturar a

lógica mais profunda do mundo social a não ser submergindo na particularidade empírica, historicamente situada e datada, para construí-la, porém, como ‘caso particular do possível’, isto é, como figura em um universo de configurações possíveis”, e Sposito continua, “a produção do conhecimento é mediada pela linguagem de todos os elementos que a constituem. Sendo assim, essas afirmações vão ao encontro da teoria piagetiana, onde o conhecimento é construído no contato entre o sujeito epistêmico com o objeto (meio físico e sociocultural). Porém se diferenciam de acordo com as formas como Bourdieu e Piaget entendem o conhecimento, para Bourdieu ele se dá mediado pelas interações com o mundo e para Piaget é na relação do sujeito com o objeto.

Iniciaremos essa análise pelas respostas da pergunta, o que é conhecimento geográfico para você? As respostas aqui novamente, assim como na primeira abordada nesse capitulo, demonstram certo espanto dos entrevistados, que trabalham no seu quotidiano com isso, mas deixam clara a falta de reflexão sobre.

O entrevistado PG4 responde simplesmente que conhecimento geográfico é “Compreender o mundo”, resposta pouco reflexiva e genérica, uma vez que todas as ciências tem como mote a compreensão do mundo, mas cada uma com um objeto em específico. Por seu turno, o entrevistado PG2, responde algo mais relativo à utilidade do conhecimento geográfico na escola do que a sua conceituação em si: “eu tenho que passar a informação

geográfica, e o aluno tem que captar aquela informação geográfica, e talvez entender que, poder utilizar aquela informação, pra desenvolver o censo crítico. Por ex. fazer a crítica da sociedade, fazer a análise dos acontecimentos naquele momento”, além de não responder a

pergunta o docente entrega novamente seu empirismo, ao afirmar que o professor deve passar o conhecimento para o aluno e este fazer uso dele após ter conseguido se apropriar.

A resposta do PNG2, é a seguinte: “conhecimento geográfico é tu conhecer o mundo o

planeta, [...], tu conhecer bem dizer tudo, porque a geografia estuda o planeta estuda o mundo estuda a sociedade [...]. Desde o norte sul leste oeste que tu ensina pros caras até sei lá as camadas da terra a atmosfera a hidrosfera” e completa ele, “então acho que é o meio estudar geografia é estudar o meio o meio que tu vive [...], estudar geografia é estudar o planeta, isso aí que eu acho”. Embora cite que a Geografia estude a sociedade, ao dar exemplos cita apenas

exemplos de geografia física, será essa uma dificuldade para um docente que não tem formação na área que atua? Por não ter a formação na área, o docente pode ter criado uma “significação” própria para geografia, construída ancorada em seus contatos com a disciplina.

Encontramos também, respostas mais elaboradas, que demonstram uma reflexão maior acerca do tema. Para PG3, por exemplo, o conhecimento geográfico é “é um pouco de tudo, é

a sociedade, é a aquela relação do homem com a natureza, e conhecer desde o princípio da formação da terra até as teorias e possibilidades de tudo do universo e tudo mais”. Outros três

docentes respondem algo semelhante a esta resposta, como se vê na sequência. PNG1, responde que conhecimento geográfico é “conhecer o mundo em que se está inserido, as influências a

realidade local, regional, mundial. Além das interferências sociais, políticas, econômicas, conhecer as relações as consequências que isto provocou ao longo da história em si”. Muito

semelhante, embora mais sucinto, PNG3, responde “conhecimento geográfico é tu ter uma

noção principalmente do espaço geográfico, da geografia humana, das transformações humanas na sociedade”. No mesmo sentido responde PG1, porém, é mais preciso, e mais

detalhista, e apresenta a resposta mais elaborada e reflexiva dentre os entrevistados,

a ciência geográfica é uma ciência extremamente ampla, ela é humana, ela tem uma parte muito exata, conhecimento geográfico é, o conhecimento do espaço geográfico, das relações humanas existentes nele, das relações de trabalho, enfim essas relações todas de ação e transformação do espaço geográfico, é algo bem amplo, bem complexo eu penso.

A última resposta desta questão é de PNG4, curta e objetiva, porém promove uma reflexão: “Ai, acho que entra no fato específico da matéria, realmente conhecer mesmo, saber

o que está falando, ter um conhecimento prévio do assunto”. A que me parece essa resposta

remete à dificuldade de um não formado na área e para dar as aulas precisa estudar sobre os temas de aula. Não sejamos injustos, quem é formado na disciplina também precisa de estudos prévios, preparar a aula, mas nesse momento ele tem uma “conversa” com a base teórica e epistemologia que a graduação promoveu em seu sujeito epistêmico. Ora e para quem não teve a formação na área? Como fica essa “conversa”? Acredito que esse fato promove o desenvolvimento de um conhecimento geográfico mais ancorado a uma episteme, e não uma epistemologia27.

Em relação a como se dá e como é transmitido o conhecimento geográfico, da mesma forma que na seção anterior, o intuito é ver se os docentes superam a noção de transmissão do conhecimento. Nessas respostas, novamente temos bons indícios da epistemologia de cada professor. Iniciamos pelo PG4, que extravasa seu apriorismo, centrando a aquisição do conhecimento no sujeito, responde ele: “vai depender do teu empenho da tua dedicação teu

conhecimento teu estudo, a partir disso tu vai compreender o mundo através de teu estudo, aí tu vai adquirir o conhecimento”.

Aspectos de uma epistemologia empirista, ao meu ver, aparecem em três respostas, para o PNG2 o conhecimento geográfico vai do professor para o aluno, logo para este docente, basta “conhecer ela, eu não sou formado em Geografia mas eu gosto, [...], procuro ler revista, estar

por dentro dos assuntos pra poder levar, assistir pelo menos dois jornais por dia, ler o jornal todo o dia estar por dentro dos assuntos, porque pra tu ensinar tu tem que conhecer”, além de

questionáveis as fontes, fica claro que esse docente entende que o professor transmite para os alunos o conhecimento, ou apenas informações pois não deixa claro como trabalha isso em sala de aula. “Acho que como qualquer outro conhecimento ele se dá através da pesquisa e da

leitura e também da mesma forma se transmite”, embora curta, a resposta do PNG3, traz

elementos que o conhecimento se dá através dos sentidos, evidenciando seu empirismo, que é reforçado pela não negação da transmissão. PG2, também dá indícios de uma epistemologia empirista, ao responder que “Acho que transmitir eu já falei, que é a questão de utilizar várias

formas, e o conhecimento ele vai se dar a partir do momento que o aluno conseguir entender aquilo que você quer passar pra ele”, além de não negar a transmissão, para ele reforça ao dizer

que o professor passa para o aluno. Na sequência de sua resposta, acrescenta que o conhecimento deve ter uma utilidade, indo ao encontro da perspectiva instrumental28, que como vimos no Quadro IV, essa perspectiva relaciona-se com a epistemologia empirista. Vejamos o restante da resposta, o aluno deve “conseguir entender a ponto dele utilizar aquela informação,

ou aquele conhecimento que estou passando para ele, ele consiga utilizar isto pra entender a sociedade que o cerca, entender o meio que o cerca, entender as relações das pessoas”

As próximas perguntas que traremos as respostas são as seguintes: O que teu aluno precisa saber para aprender o conteúdo de Geografia? A aula expositiva é suficiente para que ele aprenda este conteúdo? Justifique?

Para Becker (2012, p.107), a aula expositiva é em sua essência uma prática de professores com epistemologia empirista, “o professor que a utiliza indiscriminadamente, e a maioria deles o faz, acredita que basta expor bem (clareza lógica + imagens sensoriais, visuais e auditivas precisas) a matéria29”, fazendo ela “penetrar nos sentidos (visão e audição) do aluno, será decalcada na sua mente, isto é, aprendida, na medida em que o aluno repetir, oral ou por escrito o que anotou ou copiou”. Outro fator que a aula expositiva implica, é que ela dá noção de “produto acabado, tão perfeito que não pode ser mexido, mas tão somente reproduzido” (BECKER, 2012, p. 107).

28 Lopes e Macedo (2011).

29 Entendida por Becker (2012, p. 107) “como conteúdo, nunca como forma; conteúdo sempre desvinculado de qualquer contexto de origem, histórico”

Com essas questões tentaremos identificar o que os professores julgam como condições prévias para que um aluno aprenda Geografia, e como ele julga que a Geografia deva ser ensinada.

Pra iniciar a discussão, traremos primeiramente respostas mais simples, que novamente demonstram a falta de reflexão sobre o tema perguntado. Para o PNG3, é preciso que o aluno apenas tenha “interpretação” como requisito básico para aprender Geografia, como se só através de textos que se ensina. Embora em sua resposta a respeito da aula expositiva demonstre algum indício de uma concepção construtivista, ao responder que “não, só a aula expositiva

não, porque ele tem que de alguma forma interagir, tem que de alguma forma se sentir dentro daquela aula, só ouvindo não vai”. PNG4, responde que para aprender Geografia o aluno deva

saber Geografia, : “Eu acho que um conhecimento prévio do que é Geografia, o que é onde se

aplica e a geografia local dele pra ele fazer a relação”, se ele sabe, pra que aprender ?, Ao

mínimo é confusa essa resposta, e sobre aula expositiva, aparece o empirismo, pois as alternativas que o professor dá não mudam a ideologia da aula expositiva, eis a resposta “não,

a aula expositiva ajuda, mas tu tem que ter sempre um incremento, pode ser um audiovisual, saída a campo, palestra, e sempre interessante tu ter uma argumentação a mais”.

PNG1 responde que, para aprender o conteúdo de Geografia o aluno “precisa ter uma

base, física, pra poder entender o que se passa sobre ela”, e após ter essa base física, “ele passa a ter uma possibilidade maior de entender o contexto social, econômico, histórico e cultural, por ele poder se localizar no espaço e entender onde ocorrem estes fatos e porque ocorrem estes fatos, pela situação geográfica de cada país e de cada região.” Parece-me que aqui há

uma concepção empirista, pois antes do sujeito entender as relações sociais, o meio físico precisa “dizer” para ele onde ele está. E a aula expositiva é suficiente? “Não. Acho que a aula

expositiva serve pra sanar alguma dúvida que o aluno tem e pra aprofundar de certa forma algum conteúdo[...]” ou talvez para “um relacionamento maior dos fatos pra provocar no aluno também uma [...]”, relação com o que “ele estudou, do que ele pesquisou, até com fatos ocorridos em outros tempos em outros lugares. Mas acho que a pesquisa, a busca do aluno ela fixa mais ela leva o aluno a entender [...] e a aula expositiva se torna cansativa, por vezes”.

Aqui fica claro que a aula expositiva não é o suficiente, não por ser uma ferramenta de uma concepção não construtivista, mas sim por ser ‘chata’, pois o aluno mesmo buscando outras formas sendo ativo na busca por conhecimento, vai ser o mundo do objeto que vai fixar o conhecimento, e o sujeito assim aprende apenas as características do objeto.

Uma concepção construtivista aparece na resposta do PG3, ao afirmar que o aluno precisaria saber para aprender o conteúdo de Geografia, vejamos: “não uma questão de saber,

mas sim de estar presente naquele momento, quando tu está presente na aula e tu contribui com aquilo, acho que a contribuição do aluno vai auxiliar ele a aprender, acho que isso vai fazer com que ele consiga”, veja a diferença, nesse caso participa da aula. Embora discordemos

que há certos conhecimentos que é preciso que o aluno tenha construído previamente, para aprender o conteúdo de Geografia dos anos finais do ensino fundamental e no médio, mas a resposta do docente da índicos de uma epistemologia construtivista. E o mesmo docente, porém, ao responder se a aula expositiva é o suficiente, cai numa explicação empirista ao responder que “não, porque, cada um aprende de uma forma, então eu posso aprender a partir de uma

aula expositiva, outro pode aprender através de uma apresentação de um vídeo, então tu tem que trabalhar de diversas formas, como se fosse uma sequência didática”, e com isso

proporcionar que “quanto mais você trabalhar aquele conteúdo de diversas maneiras,

proporcionando outras formas de aprender, eu acho que tu consegue atingir talvez mais pessoas, porque cada uma aprende de uma forma”. Nesse caso só mudaria a ferramenta, mas

continuaria sendo o professor trazendo o conhecimento para o aluno. A resposta do PG2 é a seguinte:

A gente tem que começar com noções básicas, depende do conteúdo que você vai trabalhar também. Por exemplo, vou trabalhar o relevo, bom então eu tenho que começar mostra pra ele, explica o relevo que tá ao redor dele, o que é o relevo ao redor dele? Pra ele começar entender de que estou falando, aí eu vou começar bem lá na base, bom olha ali fora da janela o que é o relevo? O relevo são as imperfeições do terreno, bom, então tu está partindo de uma coisa mais concreta, que ele está enxergando, né, e a partir dali tu começa aprofundar.

A explicação dada por PG2 é tão empirista que até os conhecimentos básicos para aprender Geografia é o professor que deve passar para o aluno, partindo sempre do concreto, para que o aluno possa ver o que vai aprender. Então, eu pergunto, um aluno cego não pode aprender Geografia? ou ele só aprenderá com maquetes táteis? Ou, ainda, sendo mais radical, nós só entenderemos, ou conheceremos o Everest se o escalarmos, e depois precisaremos que um especialista em montanha nós fale dele? E sobre a aula expositiva, o docente responde, “não

geografia não”, será que irá salvar-se dessa epistemologia empirista? mas na sequencia ele se

entrega novamente, “com a experiência que eu tenho eu acho que a aula expositiva na

geografia não é o suficiente, tem que utilizar imagens, tem que utilizar maquetes, fazer trabalhos práticos com maquetes, tem que trazer questão pra problematiza o conteúdo”, ou

seja muda a ferramenta não a ideia por trás dela.

Para o PNG2 o aluno deve ter uma base, que vem das outras séries, e cabe ao professor complementar, vejamos o seu empirismo, “o professor dá aquele a mais que o aluno não tem,

do professor em fazer os alunos se interessarem pela tua aula, o aluno está na tua aula mas quem vai ensinar vai conduzir é o professor dando aula”. É claro que o professor é importante,

mas o conhecimento no aluno, se construirá a partir de suas interações com o meio, sendo o professor um objeto (do meio social) que promoverá um ponto de contato do sujeito (aluno) com o meio, e dessa ação é que o aluno se modifica, e modifica a concepção dos objetos (físicos e sociais) que o cercam.

Para o PG4, o aluno “tem que conhecer um pouco do mundo em que ele vive, do espaço

em que ele vive, da sociedade em que ele vive, daí ele vai conseguir entender [...], ele sabe o que que é o espaço rural, ele sabe o que que é o espaço urbano, ele sabe o que que relevo, planalto” e sobre a aula expositiva, responde “Nem sempre, as vezes tu precisa de outros auxílios, não adianta só tu fala, as vezes tu precisa trazer um texto, uns slides, mapa, imagens, tu tem que ter bastante atrativos pra que ele aprenda”, vimos assim mais uma concepção

empirista.

No PG1 encontramos uma resposta que mescla a epistemologia apriorista com a empirista, “eu acho que esse saber muito vem dele, ai eu vou instrumentaliza-lo , pra ele se

aprofundar no que ele já sabe, porém em um conhecimento mais cientifico, por que ele, por exemplo lá nos anos iniciais, eles tem um conhecimento”, o conhecimento está com o aluno,

basta o professor fazer de fora pra dentro esse conhecimento crescer, é isso que me parece que o docente está querendo dizer. E em relação a aula expositiva, novamente aparece seu empirismo ao responder que, “suficiente penso que não, ela é necessária [...], porque se tem

que ter um momento que (o aluno terá) contato com determinado conteúdo [...], mas ai através de outras estratégias ele vai desenvolver, e eu vou conseguir aprofundar esse conhecimento no aluno”.

A próxima questão a ser abordada é, o que é indispensável em uma sala de aula para que o aluno aprenda Geografia? Basta que você ensine bem para que ele aprenda? Para Becker (2012), essa pergunta induz a uma resposta empirista, onde fatalmente professores atribuirão ao material disponível o sucesso da aprendizagem, vejamos se alguns de nossos entrevistados superam essa “pegadinha”.

O docente PNG3, responde que não basta ensinar bem, “tem que ter recursos também,

não tem como tu ensinar, por exemplo, coordenadas geográficas sem um mapa e muitas coisas tu tem que mostrar em vídeos e outros recursos também que é mais fácil eles entender”, sendo

para este docente impossível ensinar algo, mesmo que especifico, sem partir de algo concreto, temos portanto um discurso empirista. Bem parecido e no mesmo sentido vai a resposta do PNG4, “Você tem que ensinar bem, expor bem o conteúdo, mas eu acho que é sempre ter um

material didático e um material lúdico, como mapas, globos, filmes, algo que eles possam manusear, uma material extra pra que eles possam entender o que que é”, indicando também

seu empirismo. PG4 vai na mesma direção ao responder “Não pode faltar mapa, quadro, giz,

mesa cadeira tem que ter, o espaço pra ele vir é importantíssimo, e ele tem que trazer o material também né, livro e caderno é bem importante pra que ele possa desenvolver isso”.

Há outras respostas que fogem um pouco do material apenas, como a do PNG2, “Não.

Acho que vem um pouco a confiança, do bom ambiente escolar, o ambiente de sala de aula”,

remetendo assim ao relacionamento, que sugere interação, talvez algo construtivista. No mesmo sentido PNG1 responde, “Acho que deve ter um ambiente agradável onde o aluno possa se

sentir bem além do material, até do próprio ambiente ser agradável o relacionamento agradável, para que o aluno se sinta bem neste local, acho que é uma coisa que faz com que ele acabe se sinta vontade”.

E há ainda respostas que abordaram tanto aspectos materiais e de convivência, como é o caso de PG2, que responde “bom, acho que tem que ter um certo silêncio [...], tem que ter

uma certa empatia [...], entre aluno e professor, é preciso você utilizar várias formas várias técnicas, então mostrando imagens, trazendo textos, fazendo atividades práticas” dando

indicativas mais uma vez de uma epistemologia empirista. Para PG1, é indispensável em uma sala de aula:

alguns aspectos que muitas vezes se pensa que não são mais importantes, mas a disciplina eu penso que é algo extremamente importante, porque, dentro de uma sala de aula eu tenho trinta estudantes cada um aprende de uma forma, eu tenho aqueles que são mais rápidos que são mais ágeis, mas eu tenho aqueles que precisam sim, de mais silencio, de mais concentração, então eu acho que, tem que ter um ambiente adequado, tem que ter um ambiente silencioso[...], e claro eu tenho que fazer a minha parte, eu tenho que trazer essas estratégias diferentes essas diferentes formas de ensinar, porque como eu falei cada um aprende de uma forma diferente e um ritmo diferente.

Já PG3, mesmo com uma resposta curta, dá indícios de uma concepção construtivista, diz ela que o indispensável são recursos que possam auxiliar, o que daria um viés empirista, porém ao responder se basta o professor ensinar bem ela discorre “eu acho que não, eu acho

que a contribuição dele (aluno) o conhecimento dele também é fundamental”.

Como vimos alguns professores ao menos fugiram do material. Logicamente entendemos que recursos são importantes, porém não exclusivamente determinantes. Um diálogo, um debate, estimular os alunos a pensarem provocando-os, é mais determinante que os recursos materiais.

As respostas das perguntas, Qual o papel do professor no processo de aprendizagem de Geografia? e Qual o papel do aluno no processo de aprendizagem de Geografia? nos dirão muito

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