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5 POLO TÉCNICO

5.1 Tipo da pesquisa

Para Lakatos e Marconi (1991, p.155) a pesquisa é um “procedimento formal, com método de pensamento reflexivo, que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir verdades

parciais”. Portanto, a pesquisa científica exige um rigor metodológico e consiste no processo de construção do conhecimento com a intento de suscitar um novo conhecimento ou assegurar-se de um conhecimento preexistente.

Nas palavras de Herbert Simon (1987) apud Balestrin (2002, p.8), um dos importantes objetivos da pesquisa científica:

É entender como a mente humana, com ou sem a utilização do computador, soluciona problemas e toma decisões. A psicologia, economia, estatística, matemática, pesquisa operacional, ciência política, ciência administrativa, inteligência artificial e ciência cognitiva, tiveram importantes ganhos em pesquisa, principalmente nesse último século, por buscar compreender como o ser humano resolve problema e toma decisões.

De fato, este projeto científico de pesquisa exige múltiplos métodos e técnicas para sua concretização. O método científico torna-se fundamental para validar as pesquisas e seus achados. Etimologicamente, a palavra “método” vem de origem grega que quer dizer “methodos” e refere-se ao caminho, com etapas e processos, a ser seguido para se atingir um determinado objetivo. Para Gil (2006, p. 26) método é um “conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos adotados para se atingir o conhecimento”.

De acordo com Richardson (1999), o método científico é a maneira encontrada pela sociedade para validar um conhecimento que se deu de forma empírica, isto é, quando o conhecimento obedece ao rigor metodológico da pesquisa, qualquer que seja o pesquisador ao repetir a investigação, nas mesmas circunstâncias, consegue obter um resultado semelhante.

Conforme Marconi; Lakatos (2010, p. 65) complementa que o método científico se refere a um conjunto de “atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo (conhecimentos válidos e verdadeiros) traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista”.

A pesquisa classifica-se como descritiva, pois “[...] tem como objetivo a descrição das características de determinada população” (GIL, 2002, p. 42). Nesse caso, objetiva avaliar as contribuições do design learning aplicado à avaliação para o processo de aprendizagem desenvolvido no Curso de Graduação em Pedagogia de

uma Instituição Pública de Ensino Superior, localizada em Fortaleza, Ceará (CE), com base no modelo prático Design Universal para Aprendizagem.

A pesquisa tem cunho parcialmente descritivo, tendo em vista que “visa descrever sistemas, técnicas e procedimentos seguidos na prática”. (MAJOR e VIEIRA, 2009, p. 144). Jung (2004, p. 198) complementa: “visa à identificação, registro e análise das características, fatores ou variáveis que se relacionam com o fenômeno ou processo”. Entretanto, também apresenta aspectos exploratórios, pois “visa à descoberta, ao achado, à elucidação de fenômenos ou à explicação daqueles que não eram aceitos apesar de evidentes” (JUNG, 2004, p. 197).

Quanto à natureza da pesquisa, a investigação dar-se por meio de uma abordagem qualitativa-quantitativa, pois:

(...) os estudos quantitativos e qualitativos possuem, separadamente, aplicações muito profícuas e limitações deveras conhecidas, por parte de quem os utiliza há longo tempo. Por esta razão, a construção de estudos com métodos mistos pode proporcionar pesquisas de grande relevância para a Educação como corpus organizado de conhecimento, desde que os pesquisadores saibam identificar com clareza as potencialidades e as limitações no momento de aplicar os métodos em questão (DAL-FARRA; LOPES, 2013, p.71).

No que se refere às técnicas de pesquisa, segundo Marconi e Lakatos (2010, p. 157), “técnica é um conjunto de preceitos ou processos de que se serve uma ciência ou arte; é uma habilidade para usar esses preceitos ou normas, a parte prática”.

Quanto aos procedimentos técnicos, no que se refere à escolha do objeto de estudo, a pesquisa será classificada como estudo de caso, pois conforme Gil (2002, p. 54), essa modalidade consiste no “estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento”

“Os estudos de casos rigorosos não devem se limitar a uma descrição, por mais documentada que seja, mas apoiar-se em conceitos e hipóteses; devem ser guiados por um esquema teórico que serve de princípio diretor para a coleta dos dados” (BRUYNE, HERMAN, SCHOUTHEETE, 1977, p. 227). Nesse caso, utilizou-se o modelo Design Universal para Aprendizagem elaborado a partir das pesquisas

desenvolvidas pela CAST (2011) como tipo ideal a fim de atender as necessidades de aprendizagem de todos.

Para o tratamento dos dados, optou-se por utilizar o procedimento de análise fatorial, “tendo em vista que fomenta o agrupamento e estudo das variáveis explicativas do objeto em estudo’’, no caso, permite entender o processo de composição do modelo UDL (FIELD, 2009, p.417).

Os questionários foram aplicados entre os meses de janeiro e fevereiro de 2018, apresentando três questões abertas (análise descritiva) e as demais fechadas, em onze questões. Utilizou-se a escala de avaliação Likert de quatro pontos, com o escopo de simplificar a tabulação dos dados e, consequentemente, propiciar a análise quantitativa do fenômeno em estudo em relação ao alcance dos objetivos específicos. Para análise das questões fechadas foi utilizado o software estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), em sua versão 20.0 para Windows e para análise qualitativa software Computer Assisted Qualitative Data Analysis Software – CAQDAS (Altas.ti 8), em sua versão 8.1 para Windows.

No tópico a seguir, será realizada a definição da unidade de análise do referido estudo, caracterizando a amostra, identificando as técnicas de levantamento de dados e de análise de resultados garantindo o rigor metodológico da pesquisa.