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ritmo de execução dos empreendimentos seja diferente e acarrete a aplicação desproporcional dos recursos frente aos déficits.

Mas, de outro lado, em que pese as ponderações

anteriores, o resultado da análise deve ser visto como alerta para a

necessidade de uma avaliação mais aprofundada do assunto, de

forma a contribuir para que os investimentos alcancem efetivamente

as regiões de maior déficit de acesso relativo.

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Estimativa do PIS/PASEP e COFINS pagos pelos prestadores de serviços regionais participantes do SNIS em 2011, e a comparação com a receita

operacional e os investimentos, segundo região geográfica e Brasil Receita

operacional total (FN005)

Estimativa PIS/PASEP e COFINS (80% de FN021)

Investimento realizado (FN033) Região

(R$ mi) (R$ mi) % da receita (R$ mi) % da receita

Norte 579,6 38,6 6,7% 83,5 14,4%

Nordeste 4.956,1 280,1 5,7% 1.292,5 26,1%

Sudeste 15.106,1 820,8 5,4% 3.353,2 22,2%

Sul 3.992,2 312,9 7,8% 598,1 15,0%

Centro-Oeste 2.363,3 161,2 6,8% 495,4 21,0%

Brasil 26.997,3 1.613,6 6,0% 5.822,7 21,6%

Nota: considerados somente os investimentos realizados diretamente pelos prestadores de serviços (FN033).

O conjunto de prestadores de serviços regionais (as companhias estaduais) apresentam uma participação expressiva nos dados econômico-financeiros do setor saneamento brasileiro. A receita operacional desses prestadores participou em 2011 com 77,2% do total, enquanto que o PIS/PASEP e COFINS chegou a 87,8% e os investimentos a 77,9%.

Para os prestadores de serviços de abrangência regional, a maior contribuição do PIS/PASEP e COFINS relativamente à receita operacional ocorreu na região Sul, com 7,8%, enquanto que nos investimentos esta posição foi da região Nordeste com 26,1%. O Sudeste apareceu com a menor contribuição relativa de PIS/PASEP e COFINS, igual a 5,4% da receita operacional, enquanto que para os investimentos a menor participação foi da região norte, com 14,4%. No total do conjunto de prestadores de serviços de abrangência regional os valores pagos de PIS/PASEP e COFINS corresponderam a 6,0% da receita operacional e os investimentos realizados a 21,6%.

10. RECEITAS E DESPESAS

A receita operacional total (FN005) é o valor faturado anual decorrente das atividades-fim do prestador de serviços e despesa total com serviços (FN017) é o valor anual total do conjunto das despesas realizadas para a prestação dos serviços. Ao todo, os prestadores de serviços participantes do SNIS em 2011 tiveram receita operacional total de R$ 35,0 bilhões, valor 9,0% maior que o

obtido em 2010, e despesa total com os serviços de R$ 32,5 bilhões, 9,6% maior que em 2010. Em ambos os casos a variação foi superior à inflação de 2011, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, que apresentou valor igual a 6,5%.

A arrecadação total (FN006) é o valor anual efetivamente arrecadado de todas as receitas operacionais, diretamente nos caixas do prestador de serviços ou por meio de terceiros autorizados (bancos e outros). A arrecadação total em 2011 foi de R$ 33,4 bilhões, valor 8,5% maior que 2010. Assim, a arrecadação total dos prestadores de serviços participantes do SNIS em 2011 significou 95,4% da receita operacional total, correspondendo a uma evasão de receitas no ano igual a 4,6% (indicador IN

029

).

Por sua vez, a despesa de exploração (FN015) é o valor anual das despesas realizadas para a exploração dos serviços (também conhecidas como custeio ou despesas correntes). Essa despesa foi igual a R$ 23,4 bilhões em 2011, valor 8,2% maior que em 2010. No ano de 2011, um total de 72,0% da despesa total com os serviços foi devido à despesa de exploração.

Uma das avaliações que pode ser feita sobre a situação financeira dos prestadores de serviços diz respeito à capacidade de caixa para pagamento das despesas correntes. No SNIS, o índice de suficiência de caixa (indicador IN

101

) simula esta situação ao confrontar a arrecadação com a soma das despesas de exploração;

de juros, encargos e amortização do serviço da dívida; e fiscais ou tributárias. Em 2011, o indicador foi de 106,0%, indicando que, na média geral de todo o conjunto de prestadores de serviços participantes do SNIS, houve uma arrecadação suficiente para cobrir as despesas correntes. Em 2010 esse mesmo indicador foi de 113,1%, de maneira que houve uma pequena queda de um ano para o outro.

De acordo com os dados do Quadro 20, 77,2% da receita

operacional total corresponderam aos prestadores de serviços de

abrangência regional, 22,3% aos de abrangência local e 0,5% aos

de abrangência microrregional, mantendo aproximadamente as

mesmas proporções verificadas nos anos anteriores.

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Dados financeiros dos prestadores de serviços participantes do SNIS em 2011, segundo abrangência

Receita operacional

total

Arrecadação total

Despesa total com serviços

Despesa de exploração

Índice de suficiência de caixa (FN005) (FN006) (FN017) (FN015) (IN

101

) Abrangência

(R$ milhões) (R$ milhões) (R$ milhões) (R$ milhões) (%) Regional 26.997,3 25.604,3 26.021,7 17.683,0 101,3

Microrregional 186,8 165,9 133,8 95,7 149,3

Local 7.798,2 7.604,5 6.398,9 5.653,3 124,9

Brasil 34.982,3 33.374,7 32.554,4 23.432,0 106,0

Em relação à despesa total com os serviços, verifica-se também uma distribuição entre os subconjuntos com valores proporcionais próximos dos encontrados em anos anteriores e também muito similares aos das receitas, sendo que 79,9%

corresponderam aos prestadores de abrangência regional, 19,7%

aos de abrangência local e 0,4% aos de abrangência microrregional.

Considerando a elevada participação dos prestadores de serviços de abrangência regional no total das receitas e despesas com os serviços, é importante uma análise que compare os valores das receitas operacionais totais dos serviços de água e esgotos (FN005) e as respectivas despesas totais com os serviços (FN017) para esses prestadores.

O Gráfico 11 mostra a diferença relativa entre receita operacional total e despesa total com os serviços para os 27 prestadores de serviços regionais. Os valores são percentuais, de maneira que não levam em consideração o porte dos respectivos prestadores. A linha vermelha representa a relação média de toda a amostra, que foi igual a 3,7% em 2011 (menor que o resultado de 2010, que foi de 4,6%). Conforme se vê no Gráfico, 11 prestadores de serviços possuem superávit (receita operacional maior que a despesa total com os serviços), sendo a CAGECE/CE com o maior deles (36,4%) e a COMPESA/PE com o menor (0,1%). De outro lado, 16 prestadores possuem déficit em suas contas com variações que vão de -1,6% (CASAN/SC) a -77,3% (COSAMA/AM)

G

RÁFICO

11

Diferença relativa entre receita operacional total e despesa total com os serviços dos prestadores de serviços regionais participantes do SNIS em

2011, segundo prestador de serviços

-100,0 -80,0 -60,0 -40,0 -20,0 0,0 20,0 40,0 60,0

CAGECE SANESUL CESAN SANEATINS SANEPAR COPASA CASAL SABESP CAEMA CORSAN COMPESA CASAN CAESB CEDAE EMBASA AGESPISA DESO SANEAGO CAERN CAGEPA COPANOR CAERD CAER CAESA COSANPA DEPASA COSAMA

Percentual de Receita / Despesa (%)

Prestador de serviço regional

Chama a atenção os ótimos resultados da CAGECE/CE, com superávit acima de 30%, e da SANESUL/MS e CESAN/ES, superiores a 20%, além de outros bons resultados, com superávits entre 10% e 20%, como SANEATINS/TO, SANEPAR/PR, COPASA/MG e CASAL/AL. Além desses, também apresentaram resultados positivos SABESP/SP, CAEMA/MA, CORSAN/RS E COMPESA/PE.

Na outra ponta, dentre os doze prestadores de serviços deficitários (receitas operacionais totais, FN005, menores que as respectivas despesas totais com os serviços, FN017), onze estão nas regiões Norte e Nordeste, incluindo o maior dos prestadores de serviços nesta situação que é a EMBASA/BA. Nesse grupo, cinco apresentaram déficits superiores a 30%, sendo que DEPASA/AC e COSAMA/AM, assim como em 2010, alcançaram déficits acima de 70%. Destaca-se que SANEATINS/TO, CAGECE/CE e CASAL/AL são os poucos prestadores de serviço do Norte e Nordeste que não estão deficitários. Ainda negativos, aparecem na região Sul, a CASAN/SC, no Centro-Oeste, a CAESB/DF e a SANEAGO/GO, e no Sudeste, a CEDAE/RJ e a COPANOR/MG.

O Gráfico 12 mostra a diferença absoluta entre receita

operacional total e despesa total com os serviços para os mesmos

27 prestadores de serviços regionais. Nesse caso, são subtrações

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dos valores absolutos, de forma que há relevância o porte dos respectivos prestadores. A diferença entre receita operacional total e despesa total com os serviços para o conjunto dos prestadores de serviços regionais foi de R$ 975,6 milhões, valor que percentualmente representa 3,7% a mais de receita comparativamente às despesas.

G

RÁFICO

12

Diferença absoluta entre receita operacional total e despesa total com os serviços dos prestadores de serviços regionais participantes do SNIS em

2011, segundo prestador de serviços

Esse gráfico demonstra porque, mesmo tendo uma quantidade bem maior de prestadores de serviços regionais com déficit em suas contas, ainda assim o resultado nacional se encontra positivo, num valor total de R$ 975,6 milhões (inferior a 2010, quando o resultado foi de R$ 1.200,0 milhões). A grande responsável por esse resultado é a SABESP/SP, que apresentou, sozinha, superávit de R$ 642,2 milhões, valor que, embora significativo, é 46% inferior ao resultado de 2010. Merecem também menção COPASA/MG, SANEPAR/PR e CAGECE/CE, todas com superávits superiores a R$ 100 milhões. Por outro lado, destaque negativo para CEDAE/RJ e COSANPA/PA, com déficits superiores a R$ 100 milhões. Chama a atenção a situação da CEDAE/RJ, que saiu de um superávit superior a R$ 100 milhões em 2010 para um déficit acima de R$ 100 milhões em 2011.

Entre os prestadores locais, 207 informaram receita operacional (FN005) igual a zero (18,2%). Outros 358 (31,4%)

tiveram receitas superiores às despesas, sobretudo aqueles de maior porte. Desses, um total de 288 (80,4%) apresentaram uma faixa de até 20% a mais de receita. A diferença entre receita operacional total e despesa total com os serviços para os prestadores de serviços locais foi de R$ 1,4 bilhão, valor que percentualmente representa 21,9% a mais de receita comparativamente às despesas.

Comparando com os prestadores de serviços de abrangência regional (as companhias estaduais), observa-se um surpreendente resultado 43,4% superior para os prestadores de serviços locais.

Vale chamar a atenção para a situação preocupante dos 207 prestadores locais que informaram valor das receitas iguais a zero, ou seja, que não cobram pelos serviços prestados, pois a institucionalização da adequada tarifa é fundamental para a sustentabilidade dos serviços, sendo que a não cobrança pode corresponder a um comprometimento dos serviços para as gerações futuras.

Cabe também o seguinte comentário em relação aos valores das receitas e das despesas: é preciso ter cautela na comparação entre os prestadores de direito privado e de direito público, pois os mesmos adotam critérios diferentes na apropriação destes valores. Diferentemente dos prestadores de direito privado, a maioria dos prestadores de direito público apropria a receita operacional (faturamento) igual à arrecadação. Assim, como a tendência é de sempre existir algum nível de inadimplência, é provável que os valores realmente faturados sejam maiores que aqueles informados ao SNIS.

Em relação às despesas, a diferença está na DPA (depreciação, provisão e amortização) que incide sobre as despesas totais com os serviços e não é apropriada pela maioria dos prestadores de direito público. A falta desse item faz com que, em muitos casos, as despesas totais de tais prestadores de serviços deixem de contemplar um elemento de custo importante, necessário à reposição dos investimentos, favorecendo o resultado positivo no confronto com as receitas.

Por fim cabe salientar ao usuário do SNIS interessado em

uma análise mais aprofundada, que a série histórica de dados

permite identificar a intensidade dos superávits e déficits e a

quantidade de anos em que os mesmos ocorreram na comparação

entre a receita operacional total (FN005) e a despesa total com os

serviços (FN017). Dessa forma, é possível verificar que os casos de

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déficits ocorridos em 2011 não foram pontuais e já vêm ocorrendo historicamente em muitos prestadores de serviços.

10.1 Despesas de Exploração (DEX)

As despesas de exploração (DEX) correspondem aos valores de custeio (também chamadas despesas correntes), compreendendo despesas com pessoal (FN010), produtos químicos (FN011), energia elétrica (FN013), serviços de terceiros (FN014), água importada (FN020), esgoto exportado (FN039), despesas fiscais ou tributárias computadas na DEX (FN021), além de outras despesas de exploração (FN027). O Gráfico 13 apresenta os percentuais de cada um dos componentes no valor total da despesa de exploração (DEX).

A maior parte das despesas de exploração é relativa a gastos com pessoal próprio, que para o conjunto total de prestadores de serviços participantes do SNIS em 2011 foi de R$

9.959,8 milhões, valor 18,4% maior que 2010 e equivalente a 40,8% da DEX. O outro item que também refere-se a gastos de pessoal é a despesa com serviços de terceiros, que totalizou em 2011 R$ 4.434,8 milhões, equivalente a 18,9% da DEX. O custo com pessoal configura-se com folga no primeiro item das despesas de exploração correspondendo em 2011 a um percentual de 59,7%

(próprio mais terceiros). O segundo item da DEX é a despesa com energia elétrica, tendo totalizado em 2011 o valor de R$ 3.143,1 milhões (13,4%). A seguir vêm as seguintes despesas: outras despesas de exploração, com R$ 2.944,3 milhões (12,6%) e despesas fiscais ou tributárias computadas na DEX, com R$ 2.297,5 milhões (9,8%). As demais, somadas, atingiram em 2011 um total de R$ 1.051,8 milhões, cerca de 4,5% do total.

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RÁFICO

13

Composição média das despesas de exploração – DEX (informação FN015) dos prestadores de serviços participantes do SNIS em 2011, segundo

componente das despesas

40,8%

3,1%

13,4%

18,9%

1,3%

0,1%

9,8%

12,6%

FN010 - Pessoal próprio FN011 - Produtos químicos

FN013 - Energia elétrica FN014 - Serviços de terceiros

FN020 - Água importada FN039 - Esgoto bruto exportado

FN021 - Fiscais ou tributárias incidentes na DEX FN027 - Outras despesas da DEX

10.2 Despesas Totais com os Serviços (DTS)

O Gráfico 14 mostra a composição da despesa total com os serviços, formada pelas seguintes parcelas: despesas de exploração – DEX (FN015), despesas com juros e encargos e amortização do serviços da dívida (FN016), despesas com depreciação, amortização e provisão para devedores duvidosos – DPA (FN019), despesas fiscais ou tributárias não incidentes na DEX (FN022) e outras despesas da DTS (FN028). Cabe ressaltar que as despesas totais com os serviços – DTS correspondem ao custo dos serviços a que a tarifa deve cobrir.

Como se observa, a DEX (FN015) representou parcela

significativa da DTS, num percentual de 72,0%, bem acima do

segundo item que é a DPA (depreciação, amortização e provisão

para devedores duvidosos), FN019, igual a 9,8%. Em seguida

apareceram as seguintes parcelas: FN028, com 8,6%; FN016, com

6,6%; e, por fim, FN022, com 3,0%.

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RÁFICO

14

Composição média da despesa total com os serviços – DTS (informação FN017) dos prestadores de serviços participantes do SNIS em 2011,

segundo componente das despesas

72,0%

6,6% 9,8% 3,0%

8,6%

FN015 - DEX

FN016 - Juros e encargos + variação cambial do serviços da dívida FN019 - Depreciação, amortização e provisão para devedores duvidosos FN022 - Despesas fiscais ou tributárias não incidentes na DEX FN028 - Outros despesas

11. TARIFAS E DESPESAS MÉDIAS

O Quadro 20 apresenta valores referentes à tarifa média e à despesa total média com os serviços de água e esgotos, para o agrupamento dos prestadores de serviços participantes do SNIS em 2011, organizado segundo a abrangência.

Q

UADRO

20

Tarifa média praticada e despesa total média (indicadores IN

004

e IN

003

) dos prestadores de serviços participantes do SNIS em 2011, segundo

abrangência Variação da tarifa

(média) Tarifa média

Variação da despesa total

(média)

Despesa total média (IN

004

) (IN

004

) (IN

003

) (IN

003

) Abrangência

(R$/m

3

) (R$/m

3

) (R$/m

3

) (R$/m

3

)

Regional 0,99 a 4,87

1

2,53 1,46 a 5,11 2,51

Microrregional 1,48 a 4,38 2,92 0,76 a 4,48 2,20 Local 0,30 a 4,24

2,3

1,71 0,30 a 5,02

4,5

1,50

Brasil 0,30 a 4,87 2,30 0,30 a 5,11 2,22

Notas:

1

Não considerado o valor da COSAMA/AM, igual a R$ 0,51/m

3

, por situar-se em patamar bem inferior aos demais prestadores de abrangência regional.

2

Não considerados os valores muito baixos de 79 prestadores de serviços locais, menores que R$ 0,30/m

3

, por indicarem números inapropriados para serviços dessa natureza, muito abaixo da média dos serviços locais.

3

Também não considerados o valor muito elevado do município de Paranaguá/PR (Companhia de Água e Esgoto de Paranaguá), igual a R$ 10,44/m

3

, por corresponder a valor muito acima da média dos demais serviços municipais.

4

Não considerados os valores muito baixos de 40 prestadores de serviços locais, menores que R$ 0,30/m

3

, por indicarem números inapropriados para serviços dessa natureza, muito abaixo da média dos serviços locais.

5

Também não considerados os valores muito elevados dos municípios de Jangada/MT (Saneamento Básico de Jangada Ltda – SBJ), igual a R$ 7,36/m

3

, Paranaguá/PR (Companhia de Água e Esgoto de Paranaguá), igual a R$ 7,97/m

3

, e Blumenau/SC (Foz de Blumenau), igual a R$ 18,66/m

3

, por corresponderem a valores muito acima da média dos demais serviços municipais.

Para o conjunto de prestadores de serviços participantes do SNIS em 2011, a despesa total média (indicador IN

003

) foi de R$

2,22/m

3

, representando um crescimento de 7,8% em relação ao valor de 2010, que foi igual a R$ 2,06/m

3

. Os prestadores regionais apresentaram um resultado de R$ 2,51/m

3

(8,2% maior que 2010, que foi de R$ 2,32/m

3

) e entre os locais o valor foi de R$ 1,50/m

3

(7,9% maior que 2010, que foi de R$ 1,39/m

3

).

Quanto à tarifa média praticada (indicador IN

004

), o conjunto de prestadores de serviços apresentou resultado igual a R$

2,30/m

3

, representando um crescimento de 7,5% em relação ao valor de 2010, que foi de R$ 2,14/m

3

. Os prestadores regionais apresentaram um valor de R$ 2,53/m

3

(6,8% maior que o valor de 2010, que foi de R$ 2,37/m

3

) e entre os prestadores de abrangência local essa tarifa foi de R$ 1,71/m

3

(7,5% maior que o valor de 2010, que foi de R$ 1,59/m

3

).

Os dados mostram que as tarifas e despesas médias tiveram crescimento superior à inflação no período, medida pelo IPCA, que foi de 6,5%.

No Quadro 21 são apresentados os valores da despesa total média com os serviços e da tarifa média dos prestadores de serviços participantes do SNIS em 2011, distribuídos por estados e regiões geográficas.

Como se vê, o estado com menor despesa total média com

os serviços (indicador IN

003

) foi o Ceará (R$ 1,41/m

3

), enquanto o

maior valor encontrado foi em Rondônia (R$ 3,64/m

3

). Em 2010, a

menor despesa total por m

3

foi no Espírito Santo, com R$ 1,37/m

3

, e

a maior foi em Sergipe, com R$ 4,54/m

3

. A região com maior

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xlv

despesa média em 2011 foi a Centro-Oeste (R$ 2,83/m

3

), seguida por Norte (R$ 2,62/m

3

), Sul (R$ 2,53/m

3

), Nordeste (R$ 2,29/m

3

), e Sudeste (R$ 2,05/m

3

), nessa ordem. Já os estados com maiores valores em cada região são: Rondônia (R$ 3,64/m

3

), na região Norte; Sergipe (R$ 3,15/m

3

), no Nordeste; Rio de Janeiro (R$

2,87/m

3

), na região Sudeste; Rio Grande do Sul (R$ 3,43/m

3

), na região Sul; e Distrito Federal (R$ 3,25/m

3

), no Centro-Oeste. Cabe destacar que em 2010 os maiores valores em cada região ocorreram nesses mesmos estados.

Também é possível observar que a menor tarifa média praticada (indicador IN

004

) foi do estado do Maranhão (R$ 1,52/m

3

), enquanto que a maior foi no Rio Grande do Sul (R$ 3,66/m

3

). Em 2010, o menor valor encontrado foi no Pará (R$ 1,36/m

3

) e o maior também no Rio Grande do Sul (R$ 2,81/m

3

). A região que possui maior tarifa média é a Centro-Oeste (R$ 2,73/m

3

), seguida por Sul (R$ 2,72/m

3

), Nordeste (R$ 2,23/m

3

), Sudeste (R$ 2,19/m

3

), e Norte (R$ 2,05/m

3

). Já os estados com maiores valores em cada região são: Rondônia (R$ 2,80/m

3

), na região Norte; Sergipe (R$ 2,83/m

3

), no Nordeste; Rio de Janeiro (R$ 2,84/m

3

), na região Sudeste; Rio Grande do Sul (R$ 3,66/m

3

), na região Sul; e Distrito Federal (R$

3,00/m

3

), no Centro-Oeste. Cabe destacar que em 2010 também para a tarifa média praticada os maiores valores em cada região ocorreram nesses mesmos estados.

Como se observa, segundo dados do SNIS em 2011, haviam 15 estados com a despesa total por m

3

maior que a tarifa média, resultado negativo que sugere a existência de déficit na prestação dos serviços. Na análise por região, verifica-se que no Norte apenas o estado de Tocantins obteve resultado positivo, ou seja, a tarifa média foi maior que a despesa média. No Nordeste o resultado positivo ocorreu nos estados do Maranhão, Ceará e Alagoas. Já no Sudeste, o único estado que resultou em déficit foi o Rio de Janeiro (despesa total por m

3

maior que a tarifa média). Na região Sul em todos os estados houve resultado positivo, enquanto que no Centro-Oeste, Goiás e Distrito Federal apareceram negativos.

O Gráfico 15 mostra a tarifa média praticada (indicador IN

004

) e a despesa total média com os serviços (indicador IN

003

) dos prestadores de serviços participantes do SNIS em 2011.

Q

UADRO

21

Tarifa média praticada e despesa total média (indicadores IN

004

e IN

003

) dos prestadores de serviços participantes do SNIS em 2011, segundo estado,

região geográfica e Brasil

Tarifa média Despesa total média (IN

004

) (IN

003

) Estado / Região

(R$/m

3

) (R$/m

3

)

Rondônia 2,80 3,64

Acre 1,72 3,14

Amazonas 2,07 2,09

Roraima 2,02 3,07

Pará 1,60 2,80

Amapá 1,88 2,97

Tocantins 2,54 2,28

Norte 2,05 2,62

Maranhão 1,52 1,49

Piauí 2,54 2,79

Ceará 1,80 1,41

Rio Grande do Norte 2,11 2,34

Paraíba 2,33 2,66

Pernambuco 2,42 2,46

Alagoas 2,59 2,51

Sergipe 2,83 3,15

Bahia 2,33 2,50

Nordeste 2,23 2,29

Minas Gerais 2,09 1,89

Espírito Santo 1,80 1,51

Rio de Janeiro 2,84 2,87

São Paulo 2,07 1,91

Sudeste 2,19 2,05

Paraná 2,09 1,93

Santa Catarina 2,74 2,54

Rio Grande do Sul 3,66 3,43

Sul 2,72 2,53

Mato Grosso do Sul 2,80 2,51

Mato Grosso 1,66 1,54

Goiás 2,93 3,14

Distrito Federal 3,00 3,25

Centro-Oeste 2,73 2,83

Brasil 2,30 2,22

D IA GN Ó ST IC O D O S S E R V IÇ O S D E Á GU A E E SGO TO S - 2 0 1 1

xlvi xlvi

G

RÁFICO

15

Tarifa média praticada e despesa total média (indicadores IN

004

e IN

003

) dos prestadores de serviços participantes do SNIS em 2011, segundo estado

12. GERAÇÃO DE EMPREGOS

O indicador IN

018

representa a quantidade total de trabalhadores envolvidos diretamente com a prestação dos serviços.

O cálculo desse valor representa a soma dos empregados próprios mais a estimativa da quantidade de empregados de terceiros.

Em 2011, a quantidade total de trabalhadores envolvidos com a prestação dos serviços (indicador IN

018

) foi de 198,9 mil, incluídos nesse total os postos de trabalho próprios dos prestadores de serviços (FN026, igual a 137,2 mil) e os que resultaram das atividades terceirizadas (igual a 61,7 mil). Observa-se que a força

de trabalho em 2011 reduziu em relação a 2010, quando a quantidade total foi de 207,9 mil trabalhadores.

É de se considerar que, além dos postos de trabalho próprios, a atividade de prestação de serviços de água e esgotos gera empregos na indústria de materiais e equipamentos, na execução de obras, na prestação de outros serviços de engenharia e nas áreas de projetos e consultoria.

Com efeito, adotando como referência o Modelo de

Geração de Emprego e Renda do BNDES, que propõe uma taxa

média de 530 empregos para cada R$ 10 milhões de aumento na

produção da construção civil, pode-se estimar que o setor

S IS TE MA N A C IO N A L D E I N F O R MA Ç Õ E S SO B R E S A N E A ME N T O SN IS SN IS

xlvii

saneamento brasileiro, no ano de 2011, ao investir cerca de R$ 8,4 bilhões, gerou, aproximadamente, 444,0 mil empregos diretos, indiretos e de efeito renda. Sendo assim, totalizaram-se 642,9 mil trabalhadores, representando uma redução de 28,4 mil empregos em 2011 comparativamente a 2010 (redução de 4,2%).

O Quadro 22 apresenta a quantidade de trabalhadores envolvidos diretamente com a prestação dos serviços, a quantidade de empregos diretos, indiretos e de efeito renda gerados pelos investimentos, e a totalização de trabalhadores segundo dados do SNIS em 2011. A quantidade de empregos gerados pelos investimentos foi calculada utilizando os valores constantes no Quadro 15, enquanto o total de trabalhadores é a soma desse item com o número de trabalhadores envolvidos diretamente com a prestação dos serviços (indicador IN

018

). Para permitir uma melhor comparação, o quadro foi divido em estados e regiões geográficas.

A quantidade total de trabalhadores por região dá uma mostra da representatividade do Sudeste na economia nacional.

Nesse sentido, é possível observar que 56,3% da força de trabalho se encontravam nessa região. A seguir vêm Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Norte, com participações de 17,3%, 14,2%, 7,4% e 4,9%, respectivamente, percentuais situados no mesmo patamar de 2010.

Considerando a quantidade de trabalhadores envolvidos diretamente com a prestação dos serviços, o estado de São Paulo concentrou a maior parcela desses trabalhadores, igual a 29,6%

(em 2010 esse valor foi de 30,6%), em seguida os 5 estados com maiores parcelas foram Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Paraná e Rio Grande do Sul, com participações de 13,9%, 7,7%, 5,7%, 5,1% e 5,0%, respectivamente. Por outro lado, os 5 estados com menores participações desses trabalhadores foram Amapá, Roraima, Acre, Rondônia e Amazonas, todos da Região Norte, que somados totalizaram apenas 2,2% do total do Brasil.

Com relação à quantidade de empregos gerados pelos investimentos essa tendência se mantém. Assim, 57,2% dos empregos gerados pelos investimentos ocorreram na Região Sudeste, seguido por Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Norte, com participações de 16,2%, 14,5%, 7,2% e 5,0%, respectivamente. O estado de São Paulo foi responsável por 37,7% dos empregos gerados pelos investimentos no país, em seguida os 5 estados com maiores parcelas foram Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco, com participações de 9,6%, 6,8%, 6,2%,

5,5% e 4,4%, respectivamente. Por outro lado, os 5 estados com menores participações desses trabalhadores decorrentes dos investimentos foram Amapá, Alagoas, Acre, Maranhão e Paraíba, que somados totalizaram apenas 0,9% do total do Brasil.

Outra análise referente ao quadro de trabalhadores pode

ser feita adotando a produtividade do pessoal envolvido diretamente

com a prestação dos serviços. Neste sentido, o Quadro 23

apresenta o índice de produtividade (indicador IN

102

) que relaciona

o pessoal total (próprios + terceiros) e a quantidade de ligações

totais (água + esgotos), distribuído por estados e regiões

geográficas.

D IA GN Ó ST IC O D O S S E R V IÇ O S D E Á GU A E E SGO TO S - 2 0 1 1

xlviii xlviii

Q

UADRO

22

Quantidade de trabalhadores de acordo com os dados do SNIS em 2011, segundo estado, região geográfica e Brasil

Quantidade equivalente de pessoal (IN

018

)

Empregos gerados pelos

investimentos

Total de trabalhadores Estado / Região

(empregados) (empregados) (empregados)

Rondônia 994 7.250 8.244

Acre 781 1.002 1.783

Amazonas 1.681 2.348 4.029

Roraima 488 5.030 5.518

Pará 3.024 2.565 5.499

Amapá 475 620 1.095

Tocantins 2.261 3.191 5.452

Norte 9.661 22.006 31.667

Maranhão 2.861 906 3.767

Piauí 2.055 1.977 4.032

Ceará 4.860 12.614 17.474

Rio Grande do Norte 2.869 2.634 5.503

Paraíba 3.916 1.288 5.204

Pernambuco 7.047 19.393 26.440

Alagoas 2.101 424 2.525

Sergipe 2.060 4.855 6.915

Bahia 11.461 27.677 39.138

Nordeste 39.661 71.767 111.428

Minas Gerais 27.708 42.591 70.299

Espírito Santo 4.729 19.965 24.694

Rio de Janeiro 15.342 24.221 39.563

São Paulo 58.942 167.432 226.374

Sudeste 107.472 254.209 361.681

Paraná 10.166 19.875 30.041

Santa Catarina 7.112 14.246 21.358

Rio Grande do Sul 9.950 30.109 40.059

Sul 26.813 64.231 91.044

Mato Grosso do Sul 3.097 4.940 8.037

Mato Grosso 4.130 2.920 7.050

Goiás 6.088 16.647 22.735

Distrito Federal 3.565 7.330 10.895

Centro-Oeste 16.051 31.837 47.888

Brasil 198.878 444.050 642.928

Nota: uma vez que a quantidade equivalente de pessoal (IN

018

) é um indicador, os valores das regiões e do Brasil não correspondem à soma dos valores de cada Estado, mas sim ao cálculo do indicador para cada região e Brasil.

Q

UADRO

23

Índice de produtividade de pessoal total (indicador IN

102

) dos prestadores de serviços participantes do SNIS em 2010 e 2011, e na média dos dois anos,

segundo estado, região geográfica e Brasil Índice de produtividade (IN

102

)

(ligações / empregado) Estado / Região

2010 2011 Média

Rondônia 161,8 175,2 168,5

Acre 145,6 128,6 137,1

Amazonas 243,3 278,0 260,7

Roraima 212,8 218,8 215,8

Pará 188,7 192,0 190,4

Amapá 143,8 139,0 141,4

Tocantins 99,0 179,9 139,5

Norte 188,6 197,3 193,0

Maranhão 252,6 270,0 261,3

Piauí 276,6 295,2 285,9

Ceará 476,2 439,8 458,0

Rio Grande do Norte 270,9 278,5 274,7

Paraíba 231,0 241,7 236,4

Pernambuco 259,9 276,9 268,4

Alagoas 185,9 244,8 215,4

Sergipe 248,4 271,2 259,8

Bahia 318,8 315,0 316,9

Nordeste 293,8 299,9 296,9

Minas Gerais 300,8 314,6 307,7

Espírito Santo 226,6 225,7 226,2

Rio de Janeiro 245,5 293,0 269,3

São Paulo 328,4 357,0 342,7

Sudeste 303,5 328,6 316,1

Paraná 394,0 417,0 405,5

Santa Catarina 216,6 222,1 219,4

Rio Grande do Sul 274,7 307,3 291,0

Sul 308,5 331,0 319,8

Mato Grosso do Sul 272,8 260,3 266,6

Mato Grosso 183,3 183,2 183,3

Goiás 315,3 376,7 346,0

Distrito Federal 275,9 289,1 282,5

Centro-Oeste 282,9 304,4 293,7

Brasil 296,2 316,2 306,2

S IS TE MA N A C IO N A L D E I N F O R MA Ç Õ E S SO B R E S A N E A ME N T O SN IS SN IS

xlix

Com relação a esse indicador (IN

102

), observa-se uma melhoria de 6,7% quando comparado a 2010, sendo que o maior acréscimo regional ocorreu no Sudeste, com 8,3%. Em 20 estados o resultado de 2011 foi melhor que 2010, com duas grandes evoluções verificadas em Tocantins (81,7%) e em Alagoas (31,7%).

Os demais estados com evolução positiva tiveram um crescimento num patamar que variou de 2 a 19%. Dentre os sete estados com redução no índice, o Acre sofreu a maior queda com 11,7%.

Nas médias regionais, observa-se que a Região Sul apresentou o melhor valor do país, com valor médio de 2010 e 2011 igual a 319,8 ligações / empregados. A seguir, encontraram-se as regiões Sudeste, Nordeste, Centro-Oeste e Norte, com 316,1, 296,9, 293,7 e 193,0 ligações / empregado, respectivamente.

O Gráfico 16 mostra o índice de produtividade (IN

102

), distribuído por estados, em ordem decrescente (do pior para o melhor). A linha vermelha representa o valor médio dos prestadores de serviços participantes do SNIS, na média de 2010 e 2011, que foi igual a 306,2 ligações por empregado.

G

RÁFICO

16

Índice de produtividade de pessoal total (indicador IN

102

) dos prestadores de serviços participantes do SNIS na média de 2010 e 2011, segundo estado

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500

Ceará Paraná Goiás São Paulo Bahia Minas Gerais Rio Grande do Sul Piauí Distrito Federal Rio Grande do Norte Rio de Janeiro Pernambuco Mato Grosso do Sul Maranhão Amazonas Sergipe Paraíba Espírito Santo Santa Catarina Roraima Alagoas Pará Mato Grosso Rondônia Amapá Tocantins Acre

ìndice de produtividade IN102 (lig / empr)

Estado

Em uma análise do índice de produtividade por estado, pode-se ver que o estado do Ceará mantém-se em 2011, tal qual ocorre há muitos anos na série histórica do SNIS, com a melhor produtividade de pessoal, igual a 439,8 ligações / empregado, com uma média nos últimos dois anos de 458,0. De outro lado, tanto em 2011 quanto na média dos dois últimos anos, o estado do Acre aparece com os piores resultados, iguais a 128,6 e 137,1 ligações / empregado, respectivamente.

13. EVOLUÇÃO DA EFICIÊNCIA GERAL DO SETOR Muitos são os fatores que devem ser ponderados para se analisar a evolução da eficiência geral do setor saneamento. Desde modelos simplificados a outros mais complexos, é preciso ter um bom controle das variáveis para que as avaliações sejam as mais apropriadas possíveis. Em que pese tal preocupação, é possível apresentar uma análise indicativa com resultados que sinalizem tendências gerais, utilizando dados do SNIS. Um exemplo disso é a visão conjunta propiciada por uma grade de dez indicadores selecionados, mostrados no Quadro 24.

Como se observa, os dez indicadores selecionados permitem uma avaliação geral de desempenho da prestação dos serviços representada pelas áreas administrativa, financeira e operacional de água e esgotos. Na análise do período compreendido pelos últimos oito anos (dez/2003 a dez/2011) verifica-se que nove dos dez indicadores selecionados apresentaram desempenho positivo, com melhorias que variaram de 2,0% a 28,4%.

Destacam-se a boa evolução do índice de suficiência de caixa, que retrata o fluxo financeiro do prestador de serviços, cujo incremento no período foi de 7,1%, e dos índices de atendimento com os serviços de esgotos, quer seja a coleta, com incremento de 24,9%, quer seja o tratamento que melhorou em 28,4%.

Em patamar de evolução intermediária vêem-se índices importantes para a análise de desempenho, como aqueles que medem as perdas de água nos sistemas (melhoria de 9,6% no período) e a produtividade de pessoal (incremento de 17,8%).

Observa-se ainda que o setor possui um bom nível de arrecadação

das receitas, cuja melhoria nos últimos cinco anos foi de 7,1%.

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