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Planeamento Estratégico/Modelo

Fase III – Pano de Melhorias/prioritização

Categoria 3: Planeamento Estratégico/Modelo

Subcategorias: Princípios implícitos na definição do âmbito da missão da

avaliação; modelo de AA; áreas, serviços, projetos e resultados que devem ser objeto de AA; sistematicidade de recolha, tratamento e divulgação da informação.

(O quadro com os indicadores referentes a esta categoria poderá ser consultado no anexo XVII).

Existe “uma equipa diversificada” (FG) que assume uma atitude de procura de conhecimento concretizada nas parcerias implementadas, conforme pude testemunhar. Compara a sua prática com outras, “com partilha de experiências” (EB), numa lógica de bench learning, permitindo a reflexão quanto ao que já se faz bem e no procurar inspiração em boas práticas, de maneira a não se cometerem os mesmos erros, apoiando-se, no âmbito do PAR nessa rede de partilha e troca de experiências fundamentais à mudança. Pude constatar que esta postura tem vindo a permitir institucionalizar uma dinâmica cada vez mais estruturada e consistente, não se confinando à instalação de rotinas, mas sim num constante desassossego na demanda de mudanças com rumo a uma melhoria constante e que tem permitido que, lentamente, se venha a inverter a situação e ajudado a implementar melhorias ao nível da concretização de todo o processo, tanto na construção e aplicação de instrumentos, como no tratamento e análise dos dados, a fim de integrar as diferentes perspetivas e interesses dos diferentes Stakeholders. O envolvimento destes dois parceiros tem assim contribuído para aumentar a objetividade e a validade da AA e na criação de um clima propício, mais favorável à implementação da AA no agrupamento.

O âmbito e a missão da AA é definido pela equipa “em função do PE” (EA; EB) e parte também do “relatório da IGEC” (EB; FG).

Baseados na análise do PE (anexo VI), um dos documentos orientadores da política educativa do Agrupamento respeitante já ao triénio de 2014/2017, uma vez que no decorrer da investigação, o documento foi reformulado, pudemos verificar que adotou como missão promover a construção de uma escola cidadã e democrática que reconhece “a autonomia pessoal, a dignidade,

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os direitos humanos e os valores democráticos” (p.8), tendo como objetivos “estimular uma cultura de agrupamento” (p.7); “salvaguardar o contexto único de cada nível de ensino” (p.7); “assegurar uma consciência coletiva de compromisso com este PE” (p.7), enquanto documento agregador e constituinte do referencial da sua identidade; promover uma “comunicação eficaz” entre os diversos interveninentes no processo educativo, baseada na “construção de consensos” (p.7) e pretende através da rentabilização de “todas as potencialidades” do meio escolar e social envolvente, poder “atenuar as assimetrias” (p.7) que se fazem sentir ao nível das estruturas físicas, como em relação aos “diversos contextos socioeconómicos e culturais (p.7) que integram o agrupamento. O PE tem atualmente duas dimensões prioritárias no âmbito do Plano de Melhoria, que são os “Elevados Padrões Académicos” e a “Aprendizagem Ativa” (p.8), contando com um conjunto de ações que se estruturam em torno de dois eixos principais, baseados em “projetos gerados pelo próprio Agrupamento” e “aqueles que resultam de parcerias com entidades externas” (p.8).

Constatamos que na ata número quatro do CP de 14 de novembro de 2013, ponto dois, foi apresentado e aprovado o respetivo Plano de Melhoria do Agrupamento, conforme registo efetuado

“No que concerne ao ponto dois, foi analisada a proposta de Plano de Melhoria do Agrupamento. Para cada estratégia foi discutida, pormenorizadamente, a metodologia de avaliação. Após sugestões de alteração, o documento foi aprovado e vigorará de 2013 a 2017. Os Elevados padrões Académicos e a Aprendizagem Ativa constituem as dimensões a trabalhar”

O agrupamento não segue nenhum modelo específico de AA, orientando- se pelas linhas do Observatório de Melhoria e Eficácia da Escola e, atualmente, do PAR, produzindo “um modelo próprio” (EB), numa tentativa de tentar “diluir as duas orientações” (EB) e ter “o próprio caminho” (EB). Aqui é igualmente realçada a “partilha de experiências” (EB) que se faz com outras escolas no âmbito das duas parcerias existentes.

Nas entrevistas, foi consensual que todas as áreas deverão ser objeto de avaliação, desde a “área pedagógica” (EA) à “área administrativa” (EA), mas não

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em simultâneo. Nas entrevistas refere-se que, no início do processo de AA no agrupamento, avaliaram-se “os serviços da reprografia, os serviços do refeitório, a liderança, a direção” (FG), no entanto, referiram que faz sentido a escolha de uma área em exclusivo “ano após ano ou de dois em dois anos” (FG). No ano letivo de 2012/2013, dedicaram-se à “Indisciplina” (FG) e ao “Clima Social” (FG), conforme consignado no PE do agrupamento.

Relativamente à sistematicidade da recolha, tratamento e divulgação da informação, referiu-se que “exige continuidade” (EA) e que deve ser realizada no mínimo “uma vez por ano letivo” (EB), podendo ser trimestral, nomeadamente em relação aos resultados académicos. Referiu-se igualmente que o feedback do trabalho realizado deverá ser anual, tendo em conta que a área a avaliar também é selecionada anualmente, mas que tudo dependerá do que está a ser monitorizado.

Foi amplamente referido nas entrevistas, e por nós constatado, a existência de uma caixa de sugestões, colocada em cada escola do Agrupamento, e de um apartado na sala de professores, em nome da equipa de AI, onde poderão ser colocadas sugestões ou qualquer pedido de esclarecimento relacionado com a avaliação, para além da existência de um email para contacto com a equipa, criado no presente ano letivo, como forma de recolher alguma informação.

Relativamente a esta categoria, podemos inferir que a equipa goza de autonomia quanto ao trabalho que desenvolve, ancorado nas duas parcerias existentes (Observatório de Melhoria e Eficácia da Escola e, em 2013/2014, com o PAR- Projeto de Avaliação em Rede).

Pelo trabalho já realizado com outros agrupamentos, no âmbito do PAR, a equipa evidencia assim a sua postura de abertura e de partilha, numa perspetiva de benchmarking, apesar de determinada ao deixar claro que procura seguir o seu próprio caminho.

Quanto à sistematicidade de recolha, tratamento e divulgação de dados, concluímos que os resultados académicos são apresentados, trimestralmente, nas reuniões dos diferentes órgãos, conforme consta nas respetivas atas dos

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departamentos e do CP e que o relatório final da equipa de AI também é aí divulgado, para além de ser apresentado no CP. Posteriormente, a diretora dá conta dele na reunião do CG e refere-o na reunião geral do final de ano letivo.

Pudemos constatar que não existe feedback parcelar da informação a todos os stakeholders em nenhuma das fases do processo de AA. Aos docentes é devolvida informação quanto aos resultados académicos obtidos e restantes aspetos que estejam a ser monitorizados pela equipa, mas, por exemplo, não tive conhecimento de que tenha sido devolvida informação aos EE ou aos alunos, após a aplicação de inquéritos, tendo estes apenas servido para sustentar o trabalho desenvolvido pela equipa de AI.Tal como refere Alaíz & Gonçalves, num processo de avaliação “são feitas perguntas, remexidos arquivos, incomodadas muitas pessoas” (2003:106), sendo então legítimo que lhes sejam devolvidas respostas/ conclusões, que possam sustentar novo debate que pode ou não originar revisão das conclusões por parte da equipa de AI. Entendendo-se que destes debates possam surgir novos dados ou diferentes pontos de vista que deverão ser tidos em conta pela equipa de AI.

Constatamos que tem havido evolução ao nível do trabalho desenvolvido, tendo inicialmente partido dos referenciais da IGEC, com o apoio da parceria tida com o Observatório da Melhoria e Eficácia da Escola. No entanto, pudemos constatar que já são visíveis alterações com a parceria implementada no âmbito do PAR, no presente ano letivo, estando claramente numa nova fase de desenvolvimento do trabalho. Nota-se uma maior focalização em relação aos aspetos a avaliar e já pudemos constatar a criação de referenciais relativos aos objetos avaliados, conforme planificação consultada (anexo XIX). No presente ano letivo, alargaram-se também os canais de comunicação com a CE, nomeadamente com a criação de uma conta de correio eletrónico da AI.