Proteção contra quedas: Não
6.8. Planejamento de Resgate Pós-Queda
6.8.1. Deve ser planejado e providenciado um resgate adequado para o trabalhador que sofre queda e ficar suspenso pelo sistema individual de proteção contra a queda. O tempo ideal para resgate deve ser menor que 6 min após o penduramente e não exceder 15 minutos, a menos que fatores mitigadores estejam disponíveis para prevenir o trauma por suspensão e a intolerância ortostática (intolerância por permanecer na posição vertical por muito tempo).
6.8.2. Um serviço local de resgate deve ser designado e treinado, a menos que um serviço profissional externo (como por exemplo o corpo de bombeiros) possa socorrer o trabalhador no limite máximo de 15min.
6.8.3. Se a opção for por serviço profissional de resgate terceirizado, é necessário que se verifique se o provedor está adequadamente equipado, treinado e capaz de providenciar os serviços de resgate pós-queda, em qualquer cenário a ser encontrado no site. Esta verificação deve ser realizada antes do provedor ser formalmente designado como responsável pelo sistema de resgate, e deve incluir uma visita na sede do provedor e antecipada revisão formal dos cenários de pós-queda.
6.8.4. Se a opção for utilizar o serviço de resgate próprio, com base nos cenários de resgate pós-queda, equipamentos de resgate de tipos e quantidades apropriados devem ser adquiridos e mantidos. O critério de inspeção deve ser o mencionado no item 6.7.
6.8.5. O plano de resgate pós-queda deve ser escrito e implantado. Os planos devem ser reciclados anualmente, e conforme necessário, revisados.
6.8.6. O simulado de resgate pós queda deve ser conduzido no mínimo anualmente. Para unidades que utilizam serviço externo de resgate, o simulado deve ser usado para verificar se o provedor está respondendo à tempo e efetivamente.
6.8.7. Após os simulados anuais e após qualquer evento de resgate pós-queda, deve ser conduzida uma reunião análise crítica, para avaliar a efetividade do plano de resgate. O plano escrito deve ser revisado, quando nas reuniões de análise crítica identificar quaisquer falhas ou oportunidade de melhoria.
Para o plano de resgate a análise crítica do plano de resgate, devem utilizados os seguintes documentos:
– Plano de Resgate – Anexo F.
– Plano de Resgate – Análise Crítica – Anexo G.
6.9. Treinamento
6.9.1. Deve se assegurar que os seguintes profissionais são adequadamente treinados:
- Próprios e provedores que acessem as áreas de telhado.
- Próprios e provedores que usem escadas e andaimes.
- Próprios e provedores que utilizem e inspecionem as proteções contra queda.
- Pessoa designada como competente2, e profissionais qualificados3. - Membros do time de resgate pós-queda.
Tabela 4 – Treinamentos.
Público Alvo Frequencia Requisitos
Próprios e provedores que acessem as áreas de telhado
Inicial– antes de acessar a área de telhado pela primeira vez
Reciclagem – anual
O treinamento deve conter no mínimo os seguintes tópicos:
- Reconhecimento de queda e outros perigos das áreas de telhado
- Explicação sobre o processo de permissão de acesso
- Recapitulação sobre as medidas de prevenção e proteção contra-queda aprovadas pela IP.
Próprios e provedores que usem escadas portáteis
Inicial – antes de usar a escada portátil pela primeira vez
Reciclagem – anual
O treinamento deve conter no mínimo os seguintes tópicos:
- Inspeção pré-uso - Ajuste adequado da escada
- Uso da escada e escalada segura (incluindo 3 pontos de contato)
- Considerações especiais (como usar escada nas proximidades de
equipamentos energizados) Próprios e provedores que
usem andaimes
Inicial – antes de usar o andaime pela primeira vez
Reciclagem – anual
O treinamento deve conter no mínimo os seguintes tópicos:
- Recapitulação sobre o uso de etiquetas
- Acesso e saída segura do andaime
- Proteções contra-queda requeridos para uso dos andaimes
Próprios que utilizem e inspecionem as proteções contra queda.
Inicial – antes de utilizar o equipamento de proteção contra queda pela primeira vez
Reciclagem – anual
O treinamento deve conter no mínimo os seguintes tópicos e incluir uma demonstração prática:
- Requisitos de inspeção específicos para cada tipo de equipamento
- Como identificar
equipamento defeituoso ou danificado
- Ação a ser tomada se um dano ou defeito for
encontrado no equipamento
Pessoa competente Inicial – Antes de designar a pessoa à “Pessoa Competente”
Reciclagem – a cada 2 anos
O treinamento deve conter no mínimo os seguintes tópicos:
- Identificação, eliminação e controle dos perigos de queda
- Legislação aplicável a proteção contra queda - Determinação de quando um sistema de proteção contra queda é inseguro - Desenvolvimento e implementação de
procedimentos do plano de resgate pós-queda
Profissional Qualificado Inicial – Antes de designar a pessoa à “Profissional Qualificado”
Reciclagem – a cada 2 anos
O treinamento deve conter no mínimo os seguintes tópicos:
- Identificação, eliminação e controle dos perigos de queda
- Legislação aplicável a proteção contra queda para sistemas de proteção contra queda, incluindo projeto, seleção e análise de ancoragens.
- Determinação da distância de queda livre, distância de queda e oscilação na queda
- Desenvolver
procedimentos de resgate pós queda
Membros do time de resgate pós-queda
Inicial – Antes de designar a pessoa à membro do time de resgate pós-queda Reciclagem – anualmente
O treinamento deve conter no mínimo os seguintes tópicos:
- Identificação, eliminação e controle dos perigos de queda
- Revisar os cenários específicos com base nos procedimentos de resgate de queda
- Selecionar equipamentos
de resgate pós-queda
elevatórias) que podem ser usadas no resgate pós-queda
Trabalhador capacitado para trabalho em altura
Inicial – Antes de designar a pessoa com “trabalhador capacitado para trabalho em altura”
Reciclagem –a cada 2 anos, ou quando ocorrer:
-Mudança nos
procedimentos, condições ou operações de trabalho;
- Evento que indique a necessidade de novo treinamento;
- Retorno de afastamento ao trabalho por período superior a noventa dias;
- Mudança de empresa.
O treinamento deve conter no mínimo os seguintes tópicos:
- Normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura;
- Análise de Risco e condições impeditivas;
- Riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e controle;
- Sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva;
- Equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura: seleção, inspeção, conservação e limitação de uso;
- Acidentes típicos em trabalhos em altura;
- Condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate e de primeiros socorros.