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Planificações do 1.º Ciclo do Ensino Básico

No documento Relatório de Estágio Vanda Santos (páginas 179-183)

CAPÍTULO II – Planificações

2.3. Planificações do 1.º Ciclo do Ensino Básico

Neste subcapítulo encontrar-se-ão duas planificações relativas a aulas que lecionei durante o meu estágio no 1.º Ciclo do Ensino Básico.

2.3.1. Planificação da aula de Estudo do Meio

De seguida apresento o quadro 14 respeitante à aula de Estudo do Meio no 2.º ano de escolaridade. Esta aula integrou um conjunto de aulas lecionadas durante uma hora mas esta planificação é uma excepção em relação às outras apresentadas. Nesta aula falei sobre o algodão e o seu processo industrial.

Quadro 14 – Plano de aula de Estudo do Meio sobre o algodão Bibe: Verde A/2.º ano

Professora: MC Duração: 20 minutos Data: 25.05.2012 Espaço: Coreto

Área: Estudo do Meio

Conteúdos conceptuais Procedimentos/Métodos

 Tipos de tecidos: o algodão

um pequeno jogo, em que os alunos Iniciar a aula (em sala de aula) com terão de descobrir a palavra-chave desta aula: o algodão;

Dirigir a turma para o coreto;

Dar a conhecer aos alunos um algodoeiro, rever as partes constituintes das plantas e associar o algodão à flor da planta;

Mostrar aos alunos algumas peças em que o material principal é o algodão;

Explicar o processo de limpeza e de fabrico do algodão, bem como a sua utilização no dia-a-dia dos alunos.

Capacidades/Destrezas Objetivos Atitudes/Valores

 Classificação: - Caracterizar  Integração no meio: - Escutar - Dialogar

Respeito: - Saber ouvir  Motivação: - Interesse - Curiosidade

Recursos: imagens; algodoeiro; peças feitas de algodão.

Estagiária: Vanda Santos, n.º 19

- Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico A

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2.3.1.1. Inferências

Escolhi a aula de Estudo do Meio para lecionar o tema sobre o algodoeiro. Assim, troquei a turma de espaço, levando os alunos para o corredor ao lado da sala. A minha ideia inicial era levar os alunos até ao coreto situado no recreio, porém, na mesma altura, outra colega estava a dinamizar uma atividade. Apesar da aula estar muito bem pensada e planeada, há sempre a possibilidade de ocorrerem imprevistos como este. Para Januário (1996, p. 70), “é corrente afirmar-se que o ensino depende das decisões de planeamento previamente tomadas”. Com esta afirmação pretendo realçar que apesar da mudança de espaço nesta última aula, não deixei de lecionar os conteúdos que tinha decidido anteriormente. O mesmo autor (1996, p. 88) refere que “os comportamentos reais dos professores podem não ser sempre congruentes com as suas teorias de acção.”

Na aula sobre o algodoeiro excedi um pouco o tempo previsto, algo que já esperava. Era um tema que requeria muita informação para que os alunos percebessem bem o processo de confeção de uma t-shirt de algodão em fábrica. Nesta altura, a turma também ficou um pouco mais agitada e talvez tenha sido pela mudança de espaço. Tal como referem Carneiro, Leite e Malpique (1983, p. 9), “todo o lugar é, potencialmente, um lugar para se fazerem aprendizagens: pode pois aprender-se em todo o sítio.” Optei por esta estratégia porque era um tema que podia ser dado de uma forma diferente, contrariando assim a disposição tradicional de sala de aula em que o aluno “não tem mobilidade nem domina o espaço de trabalho”, (1983, pp. 106-107). Pedi aos alunos para se sentarem em semicírculo e fomentei o diálogo de modo a que fosse mais dinâmico e interativo. Também criei um espaço em que a comunicação se faz “em dois sentidos” – crianças-professor – e em que o professor “conduz” e estimula o interesse pelo saber.

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2.3.2. Planificação da aula de Português

O quadro 15 representa a planificação elaborada para uma aula de Português numa turma de 4.º ano de escolaridade (relato do dia 18 de janeiro de 2013). Na aula ensinei as características do tipo de texto expositivo e comparei-as com os outros tipos de textos.

Quadro 15 – Plano de aula de Português sobre o texto expositivo 4.º ano A

Professora: Sofia Barreiros Duração: 50 minutos Data: 18.01.2013 Espaço: Sala de aula

Área: Português

Conteúdos Conceptuais Procedimentos/Métodos

 Tipos de texto: o texto expositivo  Iniciar a aula revendo os tipos de texto que os alunos já conhecem através de textos apresentados em PowerPoint;  Realizar uma atividade em que os alunos terão na sua posse vários cartões que contêm diferentes tipos de texto e em que terão de identificar a que tipo de texto corresponde cada um;

 Ensinar aos alunos as características do texto expositivo, através dos cartões de jogo e de uma apresentação em PowerPoint.

Capacidades/Destrezas Objetivos Atitudes/Valores

 Expressão oral e escrita: - Compreensão da leitura; - Interpretar.  Integração no meio: - Observar; - Dialogar.  Motivação: - Curiosidade; - Interesse.  Empatia: - Ser compreensivo; - Ser comunicativo.

Recursos: proposta de trabalho; quadro interativo – PowerPoint.

Estagiária: Vanda Santos, n.º 19

- Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico A

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2.3.1.2. Inferências

O planeamento desta aula foi bastante difícil, pois o conteúdo levou-me a criar várias hipóteses para a conduzir. Tive muitos momentos de indecisão e insatisfação com as estratégias escolhidas. Por fim, como principal objetivo estabeleci a identificação de tipos de textos distintos, incluindo o expositivo. Para esta aula queria também que os alunos aplicassem a leitura e a escrita.

Como descrevi no relato deste dia (capítulo I) distribuí aos alunos uma proposta de trabalho que continha vários textos, em que alguns deles criavam entre si um texto do tipo expositivo (acerca da vida e obra de John Venn). Com este procedimento os alunos leram e explicaram aquilo que tinham acabado de ler, ao mesmo tempo que iam tirando dúvidas: onde fica a cidade onde nasceu John Venn; o que é a Ciência Moral (disciplina que John Venn lecionou), entre outros. Penso que nesta aula se atingiu o objetivo de trabalhar a leitura, pois segundo Sim-Sim et al. (1997, p. 27), a leitura é vista como um “processo interactivo entre o leitor e o texto, através do qual o primeiro reconstrói o significado do segundo”. O significado que se extrai do texto é um dos objetivos centrais da leitura que depende do nível de compreensão atingido e do conhecimento prévio que leitor detém (Sim-Sim et al., 1997, p. 27). Percebi que os alunos a pouco e pouco foram percebendo a lógica do funcionamento dos cartões de que dispunham, visto que, através da leitura e compreensão dos textos, repararam que uns não faziam sentido com a vida e obra de John Venn.

Referi anteriormente que um dos meus objectivos quando planeei esta aula, se prendeu com a utilização da escrita. Não consegui planear uma atividade que envolvesse a expressão ou a comunicação escrita, pois o tempo já era pouco com a realização dos procedimentos anteriores. No entanto, com a leitura houve espaço para a expressão oral, atendendo que os alunos planearam aquilo que queriam dizer e desenvolveram o vocabulário com a introdução de palavras novas, nomeadamente a palavra “moral”, cujo significado foi procurado pelos alunos no dicionário. Sim-Sim et al. (2007, p. 28) referem que a expressão oral é um meio de comunicação que “envolve o planeamento do que se pretende dizer, a formatação linguística do enunciado e a execução articulatória do mesmo”. As autoras sugerem que é a escola a quem devemos atribuir o papel de construtora de boas capacidades para que o aluno consiga: exprimir-se para pedir e dar informações, defender os seus pontos de vista, participar construtivamente num debate e estruturar uma exposição sua (Sim- Sim, et al., 2007, p. 28).

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CAPÍTULO III

No documento Relatório de Estágio Vanda Santos (páginas 179-183)

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