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Dentro deste panorama global e dentro dos contextos apresentados, será dever do Município procurar uma melhor situação possível, capaz de satisfazer todas as partes envolvidas neste processo.

3.5.1 – Por iniciativa do Município

Assim pretendeu-se adoptar uma solução de compromisso: sem esquecer o futuro, e porque o passado apresenta para o Município um muito vasto conjunto de situações bastante mais complexas, foi procurada, de modo mais ou menos generalista, uma hipótese de

funcionamento que tentasse de algum modo, também não impor ao Distribuidor e por contrato, explorador / encarregado da manutenção dos equipamentos, uma solução de possível ruptura.

Deste modo a proposta alcançada irá passar, primeiro, pela definição de 3 situações: 1ª – as instalações são novas ou a desenvolver;

2ª – as instalações existem e têm mais de 10 anos; 3ª – as instalações existem mas têm menos de 10 anos.

Estas 3 situações podem ser resumidas conforme fluxograma [11] que se indica na figura seguinte:

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Figura 3.12 – Fluxograma modelo de decisão Ou seja:

3.5.1.1 – Instalações novas

Sempre que economicamente razoável, a solução passará pela utilização de sistemas de iluminação com luminárias novas, com LED’s e com utilização de sistemas de redução de fluxo luminoso, um deles, face ao estudo criterioso e caso a caso, de cada uma das situações que se levantem, embora se recomende o ponto-a-ponto, pela sua melhor capacidade e mais particular especificidade de serviço.

Quando não economicamente viável, opção ainda por novos equipamentos, mas tradicionais ou seja sem LED’s, mas munidos de balastros electrónicos e capacidade para suportar também a utilização de sistemas de redução de fluxo luminoso, também um qualquer deles, nas mesmas condições acima.

3.5.1.2 – Instalações com mais de 10 anos.

Uma instalação nestas condições já não tem as melhores características e condições de funcionamento.

Todavia, tornar-se-á consideravelmente dispendiosa a sua total substituição, face ao carácter nem sempre bem definido das redes de alimentação, á dificuldade em se conseguirem condições infra-estruturais para a aplicação de novas soluções e equipamentos, etc.

Assim, considerar-se-á, apenas, a possibilidade da substituição da luminária existente, com aplicação de nova, com lâmpada com melhores características e com aplicação de balastro electrónico (fixo ou regulável), para se assegurar a capacidade de suporte de sistema de telegestão (qualquer um deles), embora se recomende também o indicado acima. 3.5.1.3 – Instalações com menos de 10 anos.

Nesta situação a análise terá de ser feita à tipologia dos equipamentos instalados. Se estes, apesar de mais novos, não tiverem a capacidade de suportar o funcionamento de um sistema de regulação de fluxo, deverão ser substituídos por equipamentos que possuam essa

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A partir daí, tendo-a, será uma questão de a aproveitar – assegurando a sua utilização, sobre qualquer tipo de processo, recomendando-se a regulação central, por uma questão de mais difícil o acesso à rede.

3.5.2 – Por imposição regulamentar

Uma outra análise que obrigatoriamente se terá de passar a fazer é definida no novo

Documento de Referência para a Eficiência Energética na Iluminação Pública, publicado em Janeiro de 2011 [1] e o qual tem como objectivo estabelecer, como referência, uma série de parâmetros técnicos a que deve seguir um projecto de IP de modo a se obter uma maior eficiência energética desta tipologia de instalações e, consequentemente, conduzir a uma diminuição das emissões de CO2 durante o período de utilização das mesmas.

O documento aponta para a classificação energética de uma instalação de IP com recurso a um código de letras (como acontece já em alguns electrodomésticos e também nos edifícios, por exemplo) e referenciará o modo e o conteúdo de apresentação de um projecto de IP eficiente do ponto de vista energético e luminotécnico.

O referido documento insere-se num quadro de utilização de materiais normalizados pelas autarquias, concessionárias das redes e/ou entidades com responsabilidade em implementar, operar e manter redes de IP.

Aplica-se a novos projectos de iluminação pública ou a remodelações completas (conjuntos de luminárias e/ou apoios com rede de alimentação) de instalações existentes. O disposto neste documento poderá não se aplicar a:

· Remodelações parciais, processos de manutenção ou operação das redes existentes; · Zonas especiais de intervenção, assim classificadas pelos Municípios, iluminação

ornamental / decorativa, iluminação monumental, instalações militares, túneis, iluminação de segurança, zonas históricas ou outras que sejam objecto de regulamentação específica. Como em qualquer sistema de controlo e monitorização da eficiência energética, também na IP é necessário medir e monitorizar, no período imediatamente a seguir à instalação, no caso de uma nova instalação, ou antes e depois, no caso de uma remodelação.

A avaliação dos níveis de iluminação deve ser realizada comparando os valores obtidos em simulação de software com os valores medidos com equipamento apropriado, sendo que a variação não deverá ser superior a +/- 10 % (como referência).

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CAPÍTULO 4 – SITUAÇÕES POSSÍVEIS DE URE: OUTRAS FACTURAS

Ainda conforme indicado no Capítulo 1, é pretendido analisar 2 questões especificamente relacionadas com a URE e as quais, neste caso, estão directamente ligadas com as facturas energéticas do Município, propriamente ditas, e relativas ao conjunto de instalações e

equipamentos de propriedade e geridos pelo mesmo, e cujos consumos se traduzem em custos apresentados através da facturação contratualizada com o Distribuidor.

As medidas em questão, deverão ser reflectidas na diminuição dos consumos ocorridos nas diversas instalações do Município e as quais se traduzem, directamente, nas facturas de energia apresentadas pelo Distribuidor e relativas aos respectivos contratos de fornecimento de energia eléctrica.

Existem vários caminhos essenciais no assegurar de uma significativa sustentabilidade e eficiência energética neste campo, por exemplo: