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Plano de investimentos para o curto prazo

7.4 Orçamento por Sub-bacia

7.5. Seleção dos Investimentos no Curto, Médio e Longo Prazo

7.5.2. Plano de investimentos para o curto prazo

Como o leque de ações previstas para a conservação, proteção e recuperação da bacia é muito amplo, optou-se pela seleção de um grupo estratégico de ações que seja capaz, por um lado, de reverter os atuais patamares de comprometimento dos recursos hídricos e, por outro, de estruturar e operacionalizar a gestão na bacia no curto prazo. Esse conjunto de ações estratégicas visa facilitar o processo de tomada de decisão do CEIVAP, pois constitui uma seleção preliminar de todos os investimentos propostos no Plano.

É importante ressaltar que essa seleção foi efetuada com o cuidado de não restringir as possibilidades de escolha do Comitê. Sendo assim, preservou-se, nos investimentos de curto prazo, a mesma estrutura temática das ações globais apresentadas no item 7.1, além disso, a seleção se deu somente no âmbito do período considerado, não implicando uma ordem pré- estabelecida na implantação das ações individuais.

Outra característica peculiar dessa “cesta de investimentos potenciais de curto prazo” é o seu tamanho, em termos financeiros, devendo ser necessariamente maior que a capacidade financeira potencial da bacia para o período de sua aplicação (2007-2010). Nesse sentido, o somatório dos investimentos pré-selecionados para a “cesta de investimentos potenciais de curto prazo” assegura ao CEIVAP a possibilidade de compor várias alternativas possíveis de investimentos e decidir, em um processo de negociação entre seus membros, a alternativa que melhor atenda aos interesses ali representados.

Quanto à composição da “cesta de investimentos potenciais de curto prazo”, ela compreende duas grandes linhas de ação:

ƒ ações essencialmente estruturais, relativos aos sistemas de coleta e tratamento de

esgotos domésticos, aos sistemas de tratamento de água e à disposição final de resíduos sólidos urbanos; e

ƒ programas de planejamento e gestão dos recursos hídricos, compreendendo ações

estruturais e não-estruturais, sobre os seguintes temas: prevenção e controle de inundações, proteção de mananciais e sustentabilidade do uso do solo, racionalização de uso dos recursos hídricos, ampliação da base de dados e informações, e ferramentas de construção da gestão participativa.

Para compor essa cesta, adotou-se a seguinte abordagem: 1) Priorização de ações estruturais

Somente foram selecionadas ações de natureza estrutural de um mesmo programa que implicam competição interna, como por exemplo: adequar a disposição final dos resíduos sólidos da cidade A é de maior impacto, do ponto de vista ambiental, do que a da cidade B. Não foram confrontadas ações estruturais de programas distintos, tais como, o impacto ambiental do tratamento de esgotos da cidade A em relação à disposição final dos resíduos sólidos da cidade B.

Uma vez escolhidas as ações estruturais de cada programa temático, procedeu-se à sua priorização de modo a compor a “cesta de investimentos potenciais de curto prazo”. Essa priorização consistiu em definir uma linha de corte, na lista hierarquizada, que correspondesse ao montante total para aquele programa na referida cesta.

No caso de coleta e tratamento de esgoto sanitário, foi priorizado um conjunto de sistemas, com auxílio de modelagem de qualidade da água, sem estabelecer uma hierarquização entre eles. Essa hierarquização caberá ao Comitê.

2) Priorização de programas de grande abrangência temática e espacial

Duas áreas temáticas estudadas na Bacia do Paraíba do Sul – drenagem e erosão – necessitam de grandes investimentos em ações estruturais e não-estruturais integradas e, por isso, constituem dois planos específicos: i) controle de inundações; e, ii) proteção de mananciais e sustentabilidade do uso do solo.

Devido à gravidade e amplitude dos problemas relativos à erosão e inundação na bacia, todas as ações que compõem os referidos planos são consideradas prioritárias e foram concebidas para serem desenvolvidas a longo prazo, a partir de uma fase inicial de curto prazo compatível com a disponibilidade de recursos. Além disso, embora os estudos realizados apontem diferentes níveis de criticidade nesses problemas não é possível hierarquizar, nessa etapa, locais prioritários para as intervenções, pois são muitas as regiões da bacia que necessitam de investimentos imediatos em controle de erosão e inundação.

Desse modo, a “cesta de investimentos potenciais de curto prazo” de ambos os planos inclui todas as ações previstas, dimensionadas para o curto prazo em função do que se considera razoável em termos de escopo de estruturação desses planos na bacia, no sentido de se estabelecer as bases para que se desenvolva a longo prazo um planejamento das ações pertinentes.

Portanto, a recomendação dada para o curto prazo em relação aos problemas de erosão e inundação é a de realização do escopo básico definido nos respectivos programas. O desenvolvimento desta etapa inicial, de curto prazo, deverá subsidiar o processo de decisão, a ser conduzido pelo CEIVAP junto aos diversos atores interessados, sobre aonde aplicar os recursos disponíveis para as ações de “caráter espacial” delineadas nos programas.

3) Integração dos outros programas de investimento

Os demais programas de investimento, de caráter de planejamento e gestão, foram considerados na sua íntegra, por compreenderem temas distintos de ação necessários à operacionalização da gestão da bacia do Paraíba do Sul e por envolverem um montante menor de recursos financeiros.

As ações integrantes da “cesta de investimentos potenciais de curto prazo” estão resumidamente, relacionadas no Quadro a seguir.

O Quadro 7.5.2.1 apresenta a “cesta de investimentos” concebida para o curto prazo. Caberá ao CEIVAP definir a ordem de prioridade das ações em relação ao horizonte de planejamento adotado no Plano.

No Anexo A deste relatório são apresentados quadros detalhando os investimentos em esgotamento sanitário, abastecimento de água e resíduos sólidos especificando os municípios, sistemas e sub-bacias onde estão inseridas as correspondentes ações de curto prazo (2007- 2010).

Quadro 7.5.2.1

Cesta de investimentos concebida para o curto prazo (2007-2010)

COMPONENTES, SUBCOMPONENTES E PROGRAMAS

Custo (R$)

COMPONENTE 1: GERENCIAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS

Subcomponente 1.1: Planejamento de Recursos Hídricos

1.1.1 Planejamento Local para Recuperação Ambiental – Área de influência da transposição das Vazões do rio Paraíba do Sul

para o Sistema Light 3.800.000,00

1.1.2 Planejamento Local para Recuperação Ambiental - Sistema de canais e complexo lagunar da Baixada dos Goytacazes 1.300.000,00 1.1.3 Planejamento Local para Recuperação Ambiental – Áreas de conflito nos rios Piagui e Pirapitingui e nos ribeirões da

Serragem e Guaratinguetá 150.000,00

1.1.4 Subsídio ao Disciplinamento da Atividade Mineral 1.800.000,00

1.1.5 Estudos Hidrogeológicos na bacia do rio Paraíba do Sul 4.950.000,00

1.1.6 Avaliação da Operação Hidráulica Integrada à Geração de Energia Elétrica no Sistema Paraíba do Sul/Complexo

Hidrelétrico de Lajes/Rio Guandu/Canal de São Francisco 300.000,00

Subcomponente 1.2: Ampliação da Base de Dados e Informações

1.2.1 Desenvolvimento do Sistema de Monitoramento de Qualidade e Quantidade dos Recursos Hídricos 4.730.670,00 1.2.2 Desenvolvimento de um Sistema Piloto de Monitoramento Biológico na bacia do rio Paraíba do Sul 2.500.000,00 1.2.3 Desenvolvimento de um Sistema Piloto de Monitoramento de Erosão e Assoreamento em rios e reservatórios 700.000,00 1.2.4 Desenvolvimento de um Sistema de Acompanhamento de Poluição por Cargas Acidentais em Rios e Reservatórios 2.000.000,00

1.2.5 Desenvolvimento de um Sistema de Monitoramento da Poluição Difusa 600.000,00

1.2.6 Elaboração de cadastro de resíduos sólidos industriais 900.000,00

Subcomponente 1.3: Ferramentas de Construção da Gestão Participativa

1.3.1 Plano de Comunicação social e Tratamento da Informação Qualificada 5.000.000,00

1.3.2 Programas de Educação Ambiental 3.700.000,00

1.3.3 Programa de Mobilização Participativa 1.850.000,00

1.3.4 Curso de Capacitação Técnica 1.850.000,00

(Continuação)

COMPONENTES, SUBCOMPONENTES E PROGRAMAS

Custo (R$)

COMPONENTE 2: RECUPERAÇÃO DA QUALIDADE AMBIENTAL