• Nenhum resultado encontrado

5. MODELAGEM NUMÉRICA DE TENSÕES EM ANÁLOGOS DE

4.3. RESULTADOS

4.3.2. Plastificação

O escoamento plástico representa as regiões onde o material se deformou de forma permanente (cor vermelha). Os valores da plastificação seguem os mesmos padrões que aquele apresentado pelo acumulo de RFS. No modelo 1 (Fig 5A) quase não aparece zonas com acúmulo de tensão. Porém, aparece uma quebra discreta nas pontas das fraturas, principalmente das fraturas NE, bem como na conexão destas com as fraturas NS. No modelo 2 (Fig 5B) a quebra ocorre na lincagem das fraturas de diferentes direções e as terminações das fraturas NE. O modelo 3 (Fig 5C), assim como no RFS, apresenta resultados semelhantes ao modelo 2: as fraturas maiores de direção NE-SW concentram a deformação. As zonas de plastificação

PPGG - UFRN 69 também ocorrem nas proximidades das maiores fraturas independente das direções. No modelo 4 (Fig 5D) a plastificação nas fraturas NW é controlada pelas fraturas NE.

Figura 4.5 - Resultados dos valores da Plastificação para as áreas alvos. A localização de cada área é mostrada na

Figura 1.

4.4. CONCLUSÕES

O conhecimento do controle estrutural sobre o processo de carstificação é de importância fundamental para a modelagem e planejamento da produção em reservatórios carbonáticos, principalmente quando esses são fraturados. Esse controle é capaz de criar zonas de forte incremento, se as fraturas forem abertas, do espaço permo-poroso em reservatórios, de forma concentrada ao longo da rede de fraturas. A relação dos parâmetros com a dissolução superficial

PPGG - UFRN 70 mostra relação entre a concentração da tensão com a formação de feições cársticas, como dolinas, cavernas e fraturas abertas. A modelagem numérica indica que comportamento mecânico das fraturas pré-existentes contribuem para o desenvolvimento do carste, podendo ser usado com ferramenta preditiva para a dissolução em reservatórios carbonáticos fraturados.

Agradecimentos

O presente trabalho faz parte do projeto “Projeto Avançado de Aquisição e Interpretação de Parâmetros para Caracterização e Modelagem de Reservatórios Carstificados – PROCARSTE” executado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte e financiado pela Petrobras. A primeira autora agradece à Capes por sua bolsa de doutorado, ao Programa de Pós- Graduação em Geodinâmica e Geofísica e ao LABSIS pelas condições de trabalho.

REFERÊNCIAS

Antonellini, M., Tondi, E., Agosta, F., Aydin, A., Cello, G., 2008. Failure modes in deep-water carbonates and their impact for fault development: Majella Mountain, Central Apennines, Italy. Mar. Pet. Geol. 25, 1074–1096. https://doi.org/10.1016/j.marpetgeo.2007.10.008

Aydin, A., 2000. Fractures, faults, and hydrocarbon entrapment, migration and flow. Mar. Pet. Geol. 17, 797–814. https://doi.org/10.1016/S0264-8172(00)00020-9

Bense, V.F., Gleeson, T., Loveless, S.E., Bour, O., Scibek, J., 2013. Fault zone hydrogeology. Earth-Science Rev. 127, 171–192. https://doi.org/10.1016/j.earscirev.2013.09.008

Bezerra, F.H.R., do Nascimento, A.F., Ferreira, J.M., Nogueira, F.C., Fuck, R.A., Neves, B.B.B., Sousa, M.O.L., 2011. Review of active faults in the Borborema Province, Intraplate South America - Integration of seismological and paleoseismological data. Tectonophysics 510, 269–290. https://doi.org/10.1016/j.tecto.2011.08.005

PPGG - UFRN 71 Bisdom, K., Bertotti, G., & Bezerra, F. H., 2017. Inter-well scale natural fracture geometry and

permeability variations in low-deformation carbonate rocks. Journal of Structural

Geology, 97, 23–36. https://doi.org/10.1016/j.jsg.2017.02.011

Bisdom, K., Bertotti, G., & Nick, H. M., 2016. The impact of in-situ stress and outcrop-based fracture geometry on hydraulic aperture and upscaled permeability in fractured reservoirs.

Tectonophysics, 690, 63–75. https://doi.org/10.1016/j.tecto.2016.04.006

Bouchard, P. O., Bay, F., & Chastel, Y., 2003. Numerical modelling of crack propagation: Automatic remeshing and comparison of different criteria. Computer Methods in Applied

Mechanics and Engineering, 192(35–36), 3887–3908. https://doi.org/10.1016/S0045-

7825(03)00391-8

Caine, J.S., Forster, C.B., 1999. Fault zone architecture and fluid flow: Insights from field data

and numerical modeling. Geophysical Monograph Series 101–127.

https://doi.org/10.1029/GM113p0101

Chemenda, A.I., Cavalié, O., Vergnolle, M., Bouissou, S., Delouis, B., 2016. Numerical model of formation of a 3-strike-slip fault system. Comptes Rendus - Geosci. 348, 61–69. https://doi.org/10.1016/j.crte.2015.09.008

de Graaf, S., Reijmer, J. J. G., Bertotti, G. V., Bezerra, F. H. R., Cazarin, C. L., Bisdom, K., & Vonhof, H. B., 2017. Fracturing and calcite cementation controlling fluid flow in the shallow-water carbonates of the Jandaíra Formation, Brazil. Marine and Petroleum

Geology, 80, 382–393. https://doi.org/10.1016/j.marpetgeo.2016.12.014

Duretz, T., Gerya, T. V., May, D.A., 2011. Numerical modelling of spontaneous slab breakoff and subsequent topographic response. Tectonophysics 502, 244–256. https://doi.org/10.1016/j.tecto.2010.05.024

PPGG - UFRN 72 Ehrenberg, S.N., Nadeau, P.H., 2006. Sandstone vs. carbonate petroleum reservoirs: A global

perspective on porosity-depth and porosity-permeability relationships. Am. Assoc. Pet. Geol. Bull. 89, 435–445. https://doi.org/10.1306/11230404071

Faulkner, D.R., Armitage, P.J., 2013. The effect of tectonic environment on permeability development around faults and in the brittle crust. Earth Planet. Sci. Lett. 375, 71–77. https://doi.org/10.1016/j.epsl.2013.05.006

Ferreira, J.M., Oliveira, R.T., Takeya, M.K., Assumpção, M., 1998. Superposition of local and regional stresses in northeast Brazil: evidence from focal mechanisms around the Potiguar marginal basin. Geophys. J. Int. 134, 341–355. https://doi.org/10.1046/j.1365- 246X.1998.00563.x

Fjaer, E., Holt, R. M., Horsrud, P., Raaen, A. M., & Risnes, R., 2008. Geological aspects of petroleum related rock mechanics. Earth, 53, 103–133.

Fu, J.W., Zhang, X.Z., Zhu, W.S., Chen, K., Guan, J.F., 2017. Simulating progressive failure in brittle jointed rock masses using a modified elastic-brittle model and the application. Eng. Fract. Mech. 178, 212–230. https://doi.org/10.1016/j.engfracmech. 2017.04.037

Gale, J.F.W., Gomez, L.A., 2007. Late opening-mode fractures in karst-brecciated dolostones of the Lower Ordovician Ellenburger Group, west Texas: Recognition, characterization, and implications for fluid flow. Am. Assoc. Pet. Geol. Bull. 91, 1005–1023. https://doi.org/10.1306/03130706066

Heusermann, S., Rolfs, O., Schmidt, U., 2003. Nonlinear finite-element analysis of solution mined storage caverns in rock salt using the LUBBY2 constitutive model. Comput. Struct. 81, 629–638. https://doi.org/10.1016/S0045-7949(02)00415-7

Jeanne, P., Guglielmi, Y., Lamarche, J., Cappa, F., & Marie, L., 2012. Architectural characteristics and petrophysical properties evolution of a strike-slip fault zone in a

PPGG - UFRN 73 fractured porous carbonate reservoir. Journal of Structural Geology, 44, 93–109. https://doi.org/10.1016/j.jsg.2012.08.016

Lee, J., Hong, J.W., Jung, J.W., 2017. The mechanism of fracture coalescence in pre-cracked

rock-type material with three flaws. Eng. Geol. 223, 31–47.

https://doi.org/10.1016/j.enggeo.2017.04.014

Lima, C., Nascimento, E., Assumpção, M., 1997. Stress orientations in Brazilian sedimentary basins from breakout analysis: Implications for force models in the South American plate. Geophys. J. Int. 130, 112–124. https://doi.org/10.1111/j.1365-246X.1997.tb00991.x

Maligno, A. R., Rajaratnam, S., Leen, S. B., & Williams, E. J., 2010. A three-dimensional (3D) numerical study of fatigue crack growth using remeshing techniques. Engineering

Fracture Mechanics, 77(1), 94–111. https://doi.org/10.1016/j.engfracmech.2009.09.017

Moraes, A., 2016. Mecânica do Contínuo para Geologia Estrutural. 2° ed. São Paulo: PerSe.

Ord, A., 1991. Effects of snow pack removal on soil hydrolase enzyme activities in an alpine Abies faxoniana forest of western Sichuan. Shengtai Xuebao/ Acta Ecol. Sin. 7052. https://doi.org/10.5846/stxb201110131507

Pessoa Neto, O., Soares, U. M., Fernandes Da Silva, J. G., Roesner, E. H., Florencio, C. P., Valentin De Souza, C. A., 2007. Bacia Potiguar. Boletim de Geociencias Da Petrobras,

15(2), 357–369

Petrunin, A.G., Sobolev, S. V., 2008. Three-dimensional numerical models of the evolution of

pull-apart basins. Phys. Earth Planet. Inter. 171, 387–399.

https://doi.org/10.1016/j.pepi.2008.08.017

Rabelo, J.G., Silva, A.T., Bezerra, F.H.R., Moraes, A., 2015. Modelagem numérica da deformação em carbonatos e implicações na formação de carste. Geol. USP - Ser. Cient. 15, 99–110. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v15i2p99-110

PPGG - UFRN 74 Reis, A.F.C., Bezerra, F.H.R., Ferreira, J.M., Do Nascimento, A.F., Lima, C.C., 2013. Stress

magnitude and orientation in the Potiguar Basin, Brazil: Implications on faulting style and reactivation. J. Geophys. Res. Solid Earth 118, 5550–5563. https://doi.org/10.1002/2012JB009953

Rowe, P.W., 1962. The Stress-Dilatancy Relation for Static Equilibrium of an Assembly of Particles in Contact. Proc. R. Soc. A Math. Phys. Eng. Sci. 269, 500–527. https://doi.org/10.1098/rspa.1962.0193

Silva, A.T., 2013. Faults and fractures in the Jandaíra Formation , Potiguar Basin. Dipartimento di Scienze Geologiche, Universitá Degli Studi, PhD Thesis in Geologia dell'ambiente e delle Risorse, 116 p.

Smart, K.J., Ferrill, D.A., Morris, A.P., McGinnis, R.N., 2012. Geomechanical modeling of stress and strain evolution during contractional fault-related folding. Tectonophysics 576–577, 171–196. https://doi.org/10.1016/j.tecto.2012.05.024

Tradegard, A.; Nilsson, F.; Ostlund, S., 1998: FEM-remeshing technique applied to crack growth problems, Computer Methods in Applied Mechanics and Engineering, Vol.60, pp.115-131.

Tsesarsky, M., Gal, E., Machlav, E., 2013. 3-D global-local finite element analysis of shallow underground caverns in soft sedimentary rock. Int. J. Rock Mech. Min. Sci. 57, 89–99. https://doi.org/10.1016/j.ijrmms.2012.07.034

Vermeer, P.A., Borst, R., 1984. Non-Associated Plasticity for Soils, Concrete and Rock. https://doi.org/10.1007/978-94-017-2653-5_10

Wan, R., Guo, P., 2014. Microstructural formulation of stress dilatancy. Comptes Rendus - Mec. 342, 198–207. https://doi.org/10.1016/j.crme.2014.01.005

PPGG - UFRN 75 Wang, Y., Zhou, X., Shou, Y., 2017. The modeling of crack propagation and coalescence in

rocks under uniaxial compression using the novel conjugated bond-based peridynamics. Int. J. Mech. Sci. 128–129, 614–643. https://doi.org/10.1016/j.ijmecsci.2017.05.019

Yang, X.X., Jing, H.W., Tang, C.A., Yang, S.Q., 2017. Effect of parallel joint interaction on mechanical behavior of jointed rock mass models. Int. J. Rock Mech. Min. Sci. 92, 40– 53. https://doi.org/10.1016/j.ijrmms.2016.12.010

Zhou, C.Y., Zhu, F.X., 2010. An elasto-plastic damage constitutive model with double yield surfaces for saturated soft rock. Int. J. Rock Mech. Min. Sci. 47, 385–395. https://doi.org/10.1016/j.ijrmms.2010.01.002

Zhou, X.P., Yang, H.Q., 2012. Multiscale numerical modeling of propagation and coalescence of multiple cracks in rock masses. Int. J. Rock Mech. Min. Sci. 55, 15–27. https://doi.org/10.1016/j.ijrmms.2012.06.001

Capítulo 5

PPGG - UFRN 77

5.

DISCUSSÕES E CONCLUSÕES

Como demostrando no início desse estudo, a previsão da porosidade e da permeabilidade em reservatórios carbonáticos naturalmente fraturados é uma tarefa desafiadora. A distribuição permo-porosa nas rochas carbonáticas é facilmente alterada, pois a alta susceptibilidade química dos carbonatos causa uma dinâmica de dissolução, reprecipitação e neomineralização ao longo das diferentes fácies que compõe o reservatório (Ehrenberg and Nadeau, 2006; Gale and Gomez, 2007; Jeanne et al., 2012; Silva, 2005). As descontinuidades presentes nestas rochas, como acamamento sedimentar e/ou fraturas tem grande importância no desenvolvimento de porosidade e permeabilidade secundária (Klimchouk, 2009; Robert G. Loucks, 1999). Além disso, muitas fraturas estão abaixo da resolução de imageamento dos métodos geofísicos, como eletro-resistividade e sísmica (Aydin, 2000; Bense et al., 2013; Faulkner et al., 2010).

As fraturas, por sua vez, podem nuclear e reativar formando condutos ou barreiras para o fluxo de fluido (Aydin, 2000; Baqués et al., 2010; Bertotti et al., 2017; Giuffrida et al., 2019; Peacock et al., 2017; Rotevatn and Bastesen, 2014). A concentração de fluxo de fluido ocorre porque as fraturas geram zonas de alta conectividade em unidades carbonáticas com matriz porosa mais baixa (Bauer et al., 2016; Dimmen et al., 2017; Rotevatn and Bastesen, 2014). As rochas ao redor da falha, na zona de dano, apresentam alta intensidade de fraturamento o que facilita a percolação de fluido, resultando na erosão diferencial, na dissolução da fratura e no desenvolvimento de feições cársticas (Agosta et al., 2010; Caine et al., 1996).

Neste contexto, esta Tese a partir das informações compiladas da literatura, dos resultados da análise estrutural e da modelagem numérica contribuíram para um melhor entendimento de como o campo de tensão (SHmax) atuante e as fraturas naturais influenciam no desenvolvimento

da distribuição da porosidade e da permeabilidade secundária, e como consequência na predição para o desenvolvimento de feições cársticas. Embora essa seja uma questão que ainda apresentam algumas incertezas, esses resultados corroboram aos trabalhos de outros autores, tal

PPGG - UFRN 78 como Bezerra et al., 2015, Bisdom et al., 2015, Carneiro et al., 2015, Fernandes et al., 2015, Rabelo et al., 2015.

A análise estrutural realizada a partir da interpretação de imagens VANT e dos dados de campo permitiu acompanhar como estruturas mesoescala, de aproximadamente 1 cm, foram reativadas para formar estruturas em macroescala.

a) As estruturas NS e EW, compatíveis com os veios e estilólitos, foram reativadas e geraram estruturas decimétricas a métricas. O que resultou no aumento da porosidade das rochas carbonáticas (~10% de porosidade de matriz rochas), favorecendo o fluxo de fluido e a dissolução estruturalmente controlada da superfície e subsuperfície. b) As propriedades como frequência, abertura e interseção de fraturas, bem como,

acamamento sedimentar e inconformidades deposicionais, formam zonas de alta conectividade que interligadas leva ao aumento da permeabilidade e concentra o fluxo de fluido ao longo dessas descontinuidades.

c) O fluxo de fluido vertical, ao longo dos planos das fraturas, pode atingir a zona freática, onde o fluxo de água pode fluir ao longo dos planos deposicionais favorecendo a dissolução horizontal e o desenvolvimento de estruturas de colapso.

d) Os condutos estruturalmente controlados são compatíveis com as estruturas superficiais. Como exemplo: a galeria das cavernas e dolinas orientadas segundo a direção preferencial das fraturas superficiais (NS e EW), além da presença de fraturas alargadas pela dissolução.

A modelagem numérica, através dos resultados de dilatância e de plastificação dos modelos, mostrou resultados realistas, quando comparados a imagem VANT e mapa de dissolução de até 15 metros de profundidade, para o desenvolvimento de feições cársticas:

Nos modelos numéricos gerados os locais preferenciais para dilatação e plastificação ocorrem em função da direção preferencial, comprimento e zonas de conexão e interseção das fraturas.

PPGG - UFRN 79 e) Os locais com maiores valores de dilatância e escoamento plástico ocorrem onde as

fraturas são ortogonais à compressão máxima. Fraturas paralelas ao campo de tensão que sofrem interferência ou estão em zonas de ligação com fraturas de outras direções também apresentam zonas dilatadas.

f) Regiões com fraturas pequenas e orientações aleatórias apresentam valores baixos ou de inexistência de dilatância e de escoamento plástico.

g) Durante o processo de dilatância e de escoamento plástico a tensão acumulada ao longo das fraturas pré-existentes gerou zonas que propiciaram o aumento da porosidade e permeabilidade, favorecendo ainda, a percolação do fluido e o desenvolvimento cárstico.

O presente estudo é relevante para entender as relações do campo de tensão atual na evolução de estruturas em mesoescalas para o desenvolvimento do sistema cásrtico. Essa descoberta indica que as fraturas, veios e estilólitos, foram reativadas como falhas e formam condutos verticais responsáveis pela circulação do fluido desenvolvendo o carste. A presença de falhas normais nucleadas com mesma direção de estruturas em mesoescalas, condutos estruturalmente controlados e zonas vadosas e freáticas carstificadas confirmam a previsibilidade do fluxo de fluido nessas estruturas de resolução subsísmica.

Dados estruturais associados a modelagem numérica do comportamento das fraturas pré- existentes muito podem contribuir para o entendimento do desenvolvimento da porosidade e permeabilidade secundária nas rochas carbonáticas, bem como, no desenvolvimento de feições cársticas. Estas conclusões apresentam implicações para o fluxo de fluido em aquíferos, reservatório de petróleo, sequestro e armazenamento de CO2, mapas de risco ambientais ou de

contaminantes, bem como de vazamentos de resíduos radioativos.

Por fim, a autora dessa Tese espera que esses resultados estimulem o desenvolvimento de novas pesquisas relacionadas a predição do desenvolvimento cárstico, pois ainda existe a necessidade de novas interpretações nas mais variadas escalas. Por exemplo, a análise de

PPGG - UFRN 80 microestruturas através do estudo de lâminas delgadas, que pode contribuir com a compressão da origem das meso e macro-estrtuturas a partir das microestruturas, uma vez que este trabalho sugere a previsibilidade do carste a partir da evolução de estruturas com diferentes escalas. Além disso, estudos geofísicos, como GPR e sísmica, complementam os dados de afloramento fornecendo informações de subsuperfície, permitindo correlacionar de forma mais completa os diferentes estágios de evolução do carste.

REFERÊNCIAS

Agosta, F., Alessandroni, M., Antonellini, M., Tondi, E., Giorgioni, M., 2010. From fractures to flow: A field-based quantitative analysis of an outcropping carbonate reservoir. Tectonophysics 490, 197–213. https://doi.org/10.1016/j.tecto.2010.05.005

Aydin, A., 2000. Fractures, faults, and hydrocarbon entrapment, migration and flow. Mar. Pet. Geol. 17, 797–814. https://doi.org/10.1016/S0264-8172(00)00020-9

Baqués, V., Travé, A., Benedicto, A., Labaume, P., Cantarero, I., 2010. Relationships between carbonate fault rocks and fluid flow regime during propagation of the Neogene extensional faults of the Penedès basin (Catalan Coastal Ranges, NE Spain). J. Geochemical Explor. 106, 24–33. https://doi.org/10.1016/j.gexplo.2009.11.010

Bauer, H., Schröckenfuchs, T.C., Decker, K., 2016. Hydrogeological properties of fault zones in a karstified carbonate aquifer (Northern Calcareous Alps, Austria). Hydrogeol. J. 24, 1147–1170. https://doi.org/10.1007/s10040-016-1388-9

Bense, V.F., Gleeson, T., Loveless, S.E., Bour, O., Scibek, J., 2013. Fault zone hydrogeology. Earth-Science Rev. 127, 171–192. https://doi.org/10.1016/j.earscirev.2013.09.008

Bertotti, G., de Graaf, S., Bisdom, K., Oskam, B., B. Vonhof, H., H. R. Bezerra, F., J. G. Reijmer, J., L. Cazarin, C., 2017. Fracturing and fluid-flow during post-rift subsidence in

PPGG - UFRN 81 carbonates of the Jandaíra Formation, Potiguar Basin, NE Brazil. Basin Res. 29, 836– 853. https://doi.org/10.1111/bre.12246

Bezerra, F.H.R., Cazarin, C., Nogueira, F.C.C., Rabelo, J.G., Bertotti, G., Bisdom, K., Silva, C., Maia, R., 2015. Dissolution along fracture systems in Turonian-Campanian carbonates in Brazil 17, 4099. https://doi.org/10.13140/RG.2.1.2718.4483

Bisdom, K., Silva, C., Maia, R., 2015. Dissolution along fracture systems in Turonian- Campanian carbonates in Brazil 17, 4099.

Caine, J.S., Evans, J.P., Forster, C.B., 1996. Fault zone architecture and permeability structure. Geology 24, 1025–1028.

Carneiro, M.A., Bezerra, F.H.R., da Silva, C.C.N., Maia, R.P., Cazarin, C.L., 2015. Structural control of the epigenetic karst system in the Jandaíra Formation, Potiguar Basin | Controle estrutural do sistema cárstico epigenético na Formação Jandaíra, Bacia Potiguar. Geociencias 34.

Dimmen, V., Rotevatn, A., Peacock, D.C.P., Nixon, C.W., Nærland, K., 2017. Quantifying structural controls on fluid flow: Insights from carbonate-hosted fault damage zones on the Maltese Islands. J. Struct. Geol. 101, 43–57. https://doi.org/10.1016/j.jsg.2017.05.012

Ehrenberg, S.N., Nadeau, P.H., 2006. Sandstone vs. carbonate petroleum reservoirs: A global perspective on porosity-depth and porosity-permeability relationships. Am. Assoc. Pet. Geol. Bull. 89, 435–445. https://doi.org/10.1306/11230404071

Faulkner, D.R., Jackson, C.A.L., Lunn, R.J., Schlische, R.W., Shipton, Z.K., Wibberley, C.A.J., Withjack, M.O., 2010. A review of recent developments concerning the structure, mechanics and fluid flow properties of fault zones. J. Struct. Geol. 32, 1557–1575. https://doi.org/10.1016/j.jsg.2010.06.009

PPGG - UFRN 82 Fernandes, A.L., Medeiros, W.E., Bezerra, F.H.R., Oliveira, J.G., Cazarin, C.L., 2015. GPR

investigation of karst guided by comparison with outcrop and unmanned aerial vehicle imagery. J. Appl. Geophys. 112, 268–278. https://doi.org/10.1016/j.jappgeo.2014.11.017

Gale, J.F.W., Gomez, L.A., 2007. Late opening-mode fractures in karst-brecciated dolostones of the Lower Ordovician Ellenburger Group, west Texas: Recognition, characterization, and implications for fluid flow. Am. Assoc. Pet. Geol. Bull. 91, 1005–1023. https://doi.org/10.1306/03130706066

Giuffrida, A., La Bruna, V., Castelluccio, P., Panza, E., Rustichelli, A., Tondi, E., Giorgioni, M., Agosta, F., 2019. Fracture simulation parameters of fractured reservoirs: Analogy with outcropping carbonates of the Inner Apulian Platform, southern Italy. J. Struct. Geol. 123, 18–41. https://doi.org/10.1016/j.jsg.2019.02.007

Jeanne, P., Guglielmi, Y., Lamarche, J., Cappa, F., Marié, L., 2012. Architectural characteristics and petrophysical properties evolution of a strike-slip fault zone in a fractured porous carbonate reservoir. J. Struct. Geol. 44, 93–109. https://doi.org/10.1016/j.jsg.2012.08.016

Klimchouk, A., 2009. Morphogenesis of hypogenic caves. Geomorphology 106, 100–117. https://doi.org/10.1016/j.geomorph.2008.09.013

Peacock, D.C.P., Dimmen, V., Rotevatn, A., Sanderson, D.J., 2017. A broader classification of damage zones. J. Struct. Geol. 102, 179–192. https://doi.org/10.1016/j.jsg.2017.08.004

Rabelo, J.G., Silva, A.T., Bezerra, F.H.R., Moraes, A., 2015. Modelagem numérica da deformação em carbonatos e implicações na formação de carste. Geol. USP - Ser. Cient. 15, 99–110. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v15i2p99-110

Robert G. Loucks, 1999. Paleocave Carbonate Reservoirs: Origins, Burial-Depth Modifications, Spatial Complexity, and Reservoir Implications. Am. Assoc. Pet. Geol. Bull. 83. https://doi.org/10.1306/e4fd426f-1732-11d7-8645000102c1865d

PPGG - UFRN 83 Rotevatn, A., Bastesen, E., 2014. Fault linkage and damage zone architecture in tight carbonate

rocks in the Suez Rift (Egypt): Implications for permeability structure along segmented normal faults. Geol. Soc. Spec. Publ. 374, 79–95. https://doi.org/10.1144/SP374.12

Silva, D.A., 2005. Dissertação de mestrado. Asp. ecológicos da fauna flebotomínea (Diptera, Psychodidae) e suas implicações na Epidemiol. das leishmanioses em Cotia, Estado São Paulo, Bras. São Paulo.

Documentos relacionados