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O arquivo representando a distribuição de ocupação do solo em Guyancourt

(FIG. 5.8), gerado no QGIS a partir dos dados IGN, está no formato shapefile.

Entretanto, a plataforma Multi-Hydro, sendo um modelo hidrológico totalmente

distribuído, realiza os cálculos com base numa malha pixelada com a dimensão

dos pixels definida pelo usuário. Assim, é necessário converter o arquivo

shapefile (obtido no item 5.2), que não é formado por pixels, em um arquivo

rasterfile, formado por pixels. Para facilitar essa conversão, foi desenvolvida a

plataforma MH-AssimTool, um programa para a assimilação de informações

FIG 5.10 – Rede de águas pluviais em formato a) PDF; b)

Shapefile

a)

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geográficas especialmente dedicado às necessidades do Multi-Hydro (RICHARD

et al., 2014).

Além da assimilação do arquivo de ocupação do solo, o MH-AssimTool

também converte o arquivo shapefile confeccionado no QGIS contendo as

informações sobre a rede de águas pluviais em um arquivo no formato INP,

capaz de ser lido e manuseado pelo SWMM, o software responsável pelo módulo

de drenagem do Multi-Hydro (ver item 5.1.3), durante as simulações.

5.5.1 Sequência de execução do MH-AssimTool

Para executar a plataforma MH-AssimTool deve-se, inicialmente, clicar no

ícone “New watershed” (FIG. 5.11).

Na sequência, abre-se uma janela (FIG. 5.12) na qual deve-se selecionar

uma pasta de destino para os arquivos de saída do programa (FIG. 5.12.a).

FIG 5.11 – Barra de ferramentas do MH-AssimTool

FIG 5.12 – Janela do MH-AssimTool para a introdução

dos dados de entrada

a

)

b

)

c

)

d

)

47

Nessa mesma janela (FIG. 5.12), após especificar a pasta de destino, é

preciso selecionar os dados de entrada. No campo “DRAINAGE MODULE” (FIG.

5.12.d) deve-se clicar no botão “Sewer” e selecionar o arquivo, no formato

shapefile, que representa a rede de águas pluviais existente em Guyancourt.

Após selecionar o arquivo, abre-se uma nova janela (FIG. 5.13) onde devem ser

determinadas, se possível, as características (e.g. formato e dimensão dos

tubos) da rede. Caso nada seja informado, o MH-AssimTool usa dados padrão.

No campo “SOIL MODULE” (FIG. 5.12.c) deve-se clicar do botão “Define” e

definir as características do solo existente. Primeiro, é preciso determinar o

número de camadas do solo e a profundidade do lençol freático (FIG. 5.14).

Segundo, deve-se selecionar as características de cada camada, bem como

suas espessuras (FIG. 5.15). Nesse trabalho não foi utilizado o módulo do

terreno (MHGM), mas ainda assim é necessário preencher as informações

solicitadas para que o programa MH-AssimTool funcione.

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No campo “SURFACE MODULE” (FIG. 5.12.b) deve-se selecionar a opção

New data” e proceder aos seguintes passos: clicar no botão “Topography” e

selecionar o arquivo, com a extensão “.asc”, que representa a topografia da

sub-bacia de Guyancourt; clicar no botão “Catchment limit” e selecionar o arquivo, no

formato shapefile, que determina os limites da sub-bacia de Guyancourt; e clicar

no botão “Land use” e selecionar o arquivo, no formato shapefile, que representa

a distribuição de ocupação do solo em Guyancourt.

O arquivo shapefile representando a ocupação do solo possui uma tabela de

atributos vinculada a ele. Assim, após ser selecionado, abre-se uma nova janela

(FIG. 5.16) na qual deve ser indicada a coluna da tabela de atributos contendo

FIG 5.14 – Janela para a determinação do número de

camadas do solo e da profundidade do lençol freático

FIG 5.15 – Janela para a determinação das espessuras

e das características de cada camada de solo

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as informações relativas à ocupação do solo (nesse trabalho o nome escolhido

foi “land_use”, vide o item 5.2).

Na sequência, abre-se uma outra janela (FIG. 5.17) na qual deve ser

especificada a ordem crescente de prioridade (ver item 5.2) das camadas

consideradas na confecção do mapa de ocupação do solo (FIG. 5.8), a saber:

“Bueiros”, “Estradas”, “Edificações”, “Floresta”, “Grama”, e “Superfície d’água”.

Finalmente, é preciso definir qual o tipo de solo referente a cada uma das

camadas consideradas (FIG. 5.18).

FIG 5.16 – Janela para a seleção da

informação relativa à ocupação do solo

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O último passo antes de rodar o programa é escolher o tamanho dos pixels

da malha (FIG. 5.19), que nesse trabalho é de 10 m.

FIG 5.18 – Janela para definir as características da camada

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5.5.2 Resultados do MH-AssimTool

Os dados de saída da plataforma MH-AssimTool são a distribuição de

ocupação do solo em formato rasterfile (FIG. 5.20) e a rede de águas pluviais

em formato INP (FIG. 5.21), arquivos necessários ao funcionamento do

Multi-Hydro. Além disso o programa também fornece o “general_input”, um arquivo

.txt” com os parâmetros necessários à simulação com o Multi-Hydro.

FIG 5.20 – Dado de saída do MH-AssimTool: mapa de ocupação do solo

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5.5.3 Tratamento dos dados de saída do MH-AssimTool

A rede de drenagem fornecida como dado de saída pelo MH-AssimTool

apresentou-se incompleta. As correções foram realizadas manualmente para

cada tubo e cada nó (ponto de encontro entre dois ou mais tubos) da rede de

drenagem utilizando-se as ferramentas do SWMM.

Primeiramente, foi necessário alterar a dimensão das tubulações, pois o

MH-AssimTool associou um formato (circular) e uma dimensão padrão (diâmetro de

1 m) para todos os tubos. Ao passo que o formato circular foi mantido, o diâmetro

foi alterado. Tais alterações foram realizadas de acordo com as informações

contidas no mapa PDF obtido junto ao PLUi (ver item 5.4). Infelizmente, essas

informações não estavam disponíveis para todos os tubos, de modo que foi

preciso arbitrar o valor de diâmetro de alguns tubos.

A segunda alteração foi realizada na elevação dos nós da rede de drenagem.

A elevação padrão, atribuída pela Multi-Hydro com base na topografia local, não

corresponde à elevação real dos nós, uma vez que as tubulações são enterradas

FIG 5.21 – Dado de saída do MH-AssimTool: rede de águas

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