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Plataformas LMS

No documento O E-Learning na Manutenção Industrial (páginas 107-112)

1 Introdução

2.3 Manutenção

2.4.5 Plataformas LMS

A utilização das plataformas de gestão de aprendizagem (Learning Management Systems – LMS), possibilita o reforço do trabalho colaborativo e da interactividade e favorece a

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motivação e o interesse do formando pelas tarefas formativas, contribuindo para o desenvolvimento de competências, nas Tecnologias da Comunicação e da Informação (Lima & Capitão, 2003). De facto, a utilização da plataforma Moodle (entre outras), como apoio à formação, permite criar um ambiente de trabalho colaborativo, com reforço da interacção entre os formandos através dos fóruns e do acesso a recursos didácticos diversificados (simuladores interactivos, aplicações de geometria, etc.), e possibilitando a formação de portefólios digitais (Alves & Gomes, 2007).

Os sistemas de gestão da aprendizagem incluem diversas funcionalidades para garantirem o suporte administrativo do curso, a gestão dos formadores, formandos e conteúdos (conhecimento).

Entretanto, tem vindo a generalizar-se, fora do âmbito das plataformas LMS, um novo conceito de ensino, apoiado nas tecnologias e designado por Ambiente Pessoal de Aprendizagem (ou Personal Learning Environment – PLE. Nesta modalidade, o usuário (formador ou formando), utiliza um software próprio (Netvibes, entre outros) para agregar diversas ferramentas disponíveis na web, por exemplo, SlideShare para partilhar apresentações, Delicious para construir listas de recursos online, entre outras.

A necessidade de conciliar a utilização das LMS, geralmente associadas à respeitabilidade e segurança da rede interna de uma instituição educativa com o dinamismo e flexibilidade dos PLEs, está na origem de um novo modelo “Open Learning Network - OLN”, que procura uma síntese tecnológica dos dois tipos de plataformas, LMS e PLE (Mott, 2010).

Entretanto, face à grande diversidade de LMS, de acordo com o tipo de licença (software livre ou proprietário), características técnicas, público alvo, etc., para esta formação foi escolhida a plataforma Moodle por ser a que reune os requisitos exigidos e por ser a que tem maior divulgação em Portugal e no contexto internacional.

A Moodle (Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment) é um sistema de gestão de conteúdos, de distribuição livre (open source) que facilita a gestão de cursos e que possibilita aos professores a criação de comunidades virtuais de aprendizagem.

A plataforma foi construída por Martin Dougiamas em 1999 na Austrália, segundo uma concepção de aprendizagem fundamentada no constructivismo social e disponibilizada sob uma licença GPL (GNU Public License). Caracteriza-se pela sua estrutura modular e por uma extensa rede mundial de programadores , que continuamente a aperfeiçoam. Também disponibiliza uma gama extensa de tutoriais e documentação, em diversas línguas (Alves & Gomes, 2007). É utilizada em instituições privadas e públicas e em centros educativos, de todo o mundo.

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Apresenta facilidade de utilização, não necessita de longos períodos de aprendizagem, adapta-se facilmente a pequenas e grandes organizações, é fiável, segura e estável e pode ser executada em diversos sistemas operacionais (Moodle, 2011).

Em Portugal, devido às suas características técnicas e pedagógicas e por ser um produto gratuito, está instalada, em muitas empresas e na generalidade das escolas básicas e secundárias, e tem milhares de utilizadores (Pedro, Soares, Matos, & Santos, 2008).

A Moodle facilita o trabalho dos professores e alunos (e formadores/formandos) na elaboração, preparação e disponibilização dos materiais didácticos, devido a proporcionar uma grande diversidade de recursos e ferramentas, designadamente, materiais, avaliação do curso, chat, diálogo, diário, fórum, glossário, lição, pesquisa de opinião, questionário, SCORM, tarefa, trabalho com revisão e wiki, entre outros.

Os cursos na plataforma Moodle podem ser apresentados, conforme a organização de conteúdos que se pretenda, em três formatos: Social, Semanal e Tópicos. Também é possível criar espaços virtuais de trabalho constituídos por recursos informativos e formativos de diversa natureza. Em qualquer dos casos, a navegação, o acesso e a utilização das diversas ferramentas é intuitiva e de aprendizagem rápida.

Após preencher os requisitos de acesso, o formando acede à página principal onde encontra informação sobre os módulo formativos em que está inscrito.

Figura 2-28: Plataforma Moodle - As minha disciplinas

De onde pode aceder à página do seu curso onde encontra todas as informações necessárias ao início da sua actividade.

94 Figura 2-29: Plataforma Moodle - Lista de tópicos

Nas zonas laterais estão disponíveis informações e recursos complementares, designadamente o bloco “pessoas”, que permite aceder aos participantes no curso. Clicando num dos nomes acede-se à janela de mensagens do moodle e pode-se comunicar com a pessoa pretendida.

Figura 2-30: Plataforma Moodle - Contactos

A mensagem enviada através deste sistema chega ao destinatário através do sistema de mensagens interno do moodle e através do correio electrónico do usuário. Nesta página, também é possível gerir os contactos (inserir, remover contacto, etc.). Relativamente às mensagens é conveniente sublinhar que, conhecida a importância da comunicação e da interacção é essencial que o formando tenha feedback rápido e adequado às suas questões e trabalhos.

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Através da opção “definições do menu “perfil“ no bloco inferior esquerdo (Settings), é possível aceder à janela de actualização dos dados pessoais e fazer a actualização da password, por exemplo.

Figura 2-31: Plataforma Moodle - Utilizador

Através do bloco “eventos do mês” é possível consultar um mapa com as actividades programadas para cada dia do mês e actualizar os dados e/ou registar um novo evento.

Figura 2-32: Plataforma Moodle - Eventos

No âmbito da Moodle, entende-se por recursos os elementos que contém informação para ser lida, visualizada ou para descarregar da rede. Alguns exemplos de recursos são: páginas de texto plano, ficheiros carregados no servidor, links para recursos online, páginas web, entre outros. Por actividades, entende-se os trabalhos executados de acordo com os recursos

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disponibilizados e podem designar-se por: Tarefas, questionários, Trabalho com revisão, Wikis, entre outras.

No entanto, algumas actividades também podem ser designadas como recursos devido às suas características, por exemplo, os Glossários, Lições, Pesquisa de opinião, entre outras.

Os fóruns têm uma especial importância pois a Moodle está projectada de acordo com o conceito de construtivismo social é nos foros que este conceito é melhor concretizado. Podem existir diversos tipos de fóruns e as intervenções nesses espaços de comunicação são geralmente avaliadas

Com o recurso “Glossário” é possível apresentar as definições dos conceitos-chave da Unidade Didáctica. Com a actividade “Material” o formando pode aceder à informação que o formador preparou para o estudo dos formandos. Através da “Tarefa” o professor pode definir (e classificar) os trabalhos (ensaios, projectos, vídeos, etc.) a realizar pelos formandos. Finalmente, através da “Lição”, o formador pode desenvolver os conteúdos programáticos da Unidade Didáctica.

No documento O E-Learning na Manutenção Industrial (páginas 107-112)

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