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9 MATERIAIS E MÉTODOS

9.1 O município de Niterói

9.1.2 Política de Educação Inclusiva na Rede Municipal de Ensino de

QUADRO 3

Organograma da Superintendência de Desenvolvimento de Ensino

SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DE ENSINO DIRETORIA DE POLÍTICAS PEDAGÓGICAS

FSDE FSDEFSDE FSDE

CLCLCL

CLÉÉÉÉA MONTEIROA MONTEIROA MONTEIROA MONTEIRO

ESEDESED

ESEDESED COORDENACOORDENAÇCOORDENACOORDENAÇÇÕESÇÕESÕESÕES EAPEEAPEEAPEEAPE BIBLIOTECASBIBLIOTECASBIBLIOTECASBIBLIOTECAS

EDUCA EDUCA EDUCA

EDUCAÇÇÇÇÃO ESPEDCIALÃO ESPEDCIALÃO ESPEDCIALÃO ESPEDCIAL NELMA NELMA NELMA NELMA

EQUIPE DE ATRICULA EQUIPE DE ATRICULA EQUIPE DE ATRICULA EQUIPE DE ATRICULAÇÇÇÇÃO ÃO ÃO ÃO

PEDAG PEDAGPEDAG PEDAGÓÓÓÓGICAGICAGICAGICA

TATIANA TATIANA TATIANA TATIANA

ASSESSORIA DA ASSESSORIA DA ASSESSORIA DA ASSESSORIA DA SUPERINTENDÊNCIA SUPERINTENDÊNCIA SUPERINTENDÊNCIA SUPERINTENDÊNCIA NÁDIA E REGINA

SECRETARIA DA SECRETARIA DA SECRETARIA DA SECRETARIA DA SUPERINTENDÊNCIA SUPERINTENDÊNCIA SUPERINTENDÊNCIA SUPERINTENDÊNCIA ELIANA, ALESSANDRA,

RENAN E RAFAEL

1 11 1ºººº CICLOCICLOCICLOCICLO LUCIANA LUCIANA LUCIANA LUCIANA

2 22 2ºººº CICLOCICLOCICLOCICLO THEREZINHA THEREZINHA THEREZINHA THEREZINHA

3 33 3ºººº E 4E 4E 4ºººº CICLOE 4CICLOCICLOCICLO

CRISTINA CRISTINA CRISTINA CRISTINA

EJA EJAEJA EJA ANA CRISTINA ANA CRISTINA ANA CRISTINA ANA CRISTINA

EDUCA EDUCA EDUCA

EDUCAÇÇÇÇÃO EM SAÃO EM SAÃO EM SAÃO EM SAÚÚÚÚDEDEDEDE DAYSE DAYSEDAYSE DAYSE

EDUCA EDUCA EDUCA

EDUCAÇÇÇÇÃO AMBIEBTALÃO AMBIEBTALÃO AMBIEBTALÃO AMBIEBTAL SÔNIA SÔNIA SÔNIA SÔNIA

de profissionais solicitados a gerar uma nova prática para atender à demanda da rede escolar.

Ao longo da década de 2000, as ações da Coordenação de Educação Especial se estabelecem ao ritmo das deliberações político-administrativas dos dirigentes que assumem a Pasta da Educação nos diferentes governos do Município, bem como vivenciam momentos de oscilação para uma maior ou menor visibilidade e interação com outras coordenações e outros setores do Órgão Central. Com o objetivo de subsidiar e qualificar as ações desenvolvidas com os professores e os alunos com deficiência que constituem o público-alvo da política de inclusão, foram planejados e desenvolvidos procedimentos técnico-administrativos e pedagógicos como:

1999 – Implantação de Programa permanente de Capacitação e Atualização dos professores e profissionais da educação para atuação com alunos com necessidades especiais;

2000 – Implantação da primeira Sala de recursos na Escola Municipal Sebastiana Gonçalves Pinho;

2001 – Portaria FME nº 239/2001, que dispõe sobre a inclusão do aluno com necessidades educacionais especiais nas escolas da Rede Municipal de Ensino;

2002 – Constituição de Rede de Parcerias com Universidades, órgãos públicos e instituições privadas sem fins lucrativos e outras entidades municipais que atendem pessoas com necessidades especiais;

2003 – a) Portaria FME nº 407/2003 que regulamenta a instalação e atuação das Salas de Recursos do sistema municipal de ensino;

b) Criação do Núcleo PAI (Pais e Amigos da Inclusão) com objetivo de atendimento e suporte às famílias de alunos com necessidades especiais (ALMEIDA e PINTOR, 2008);

2004 – Implantação do Projeto EIDE de pesquisa e estimulação pedagógica para alunos com deficiência intelectual e múltipla, objeto de estudo desta pesquisa, entre outros, como ilustrado no QUADRO 4;

2005 – Implantação de Programas como: Professor de Apoio, Bilinguismo;

2007 – Convênio com AFR e INT;

2008 – Implantação do Programa de Transporte Adaptado;

2010 – Criação da Oficina de Tecnologias Assistivas.

As ações que dão corpo à Política de Educação Inclusiva surgiram com base nas demandas para responder a solicitações de pais, professores e alunos ou para solucionar problemas do cotidiano escolar em relação ao processo de inclusão dos alunos, compreendendo-se, desta forma, que “tratar de política é cuidar das decisões sobre problemas de interesse da coletividade” (DALLARI, 1999, p. 8). Elas foram condensadas ou deslocadas para construir os programas e projetos que acontecem nas escolas. Como se pode ver, os programas têm uma continuidade temporal, sendo este um fato que favorece a avaliação por parte da equipe de profissionais que compõe a Coordenação de Educação Especial.

Atualmente composta majoritariamente por professoras com carga horária de trabalho de quarenta horas semanais, possui vinte profissionais, todas com formação de terceiro grau, três com curso de Mestrado, duas em fase de Doutoramento, entre outras especializações adicionais. Quatro entre esses profissionais desempenham suas ações diretamente com o Projeto EIDE, além da Coordenadora, responsável por esta pesquisa.

QUADRO 4

Política Municipal de Educação Inclusiva em Niterói (2010)

POLÍTICA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA

FORUM ABERTO CONVERSANDO SOBRE INCLUSÃO

PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO E CAPACITAÇÃO DE PROFESSORES

PROGRAMA SALA DE RECURSOS MULTIFUNCIO NAIS

PROGRAMA ACOMPANHA MENTO ÀS ESCOLAS DA REDE PROGRAMA PROFESSORES DE APOIO

PROGRAMA DE INTERSETORI ALIDADE

PROGRAMA DE APOIO ÀS FAMÍLIAS NÚCLEO PAI

PROGRAMA DE PEDAGOGIA HOSPITALAR PROGRAM

A DE BILINGUÍS MO

ATENDIMENTO PEDAGÓGICO HOSPITALAR . HOSPITAL GETÚLIO VARGAS FILHO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ANTÔNIO PEDRO – UFF- ATENDIMENTO PEDAGÓGICO DOMICILIAR CONTRATAÇ

ÃO DE INTÉRPRETE S E INSTRUTORE S DE LIBRAS E GUIA INTÉRPRETE S PARA SURDOSCEG OS PROJETO DE ATENDIMENTO ÀS FAMÍLIAS DE ALUNOS COM NEEs PROJETO DE

ATENDIMENTO MULTIDISCIPLINAR – AFR E PESTALOZZI - PROJETO OUVIR – APADA PROJETO INSERÇÃO PROFISSIONAL – ANDEF PROJETO INICIAÇÃO PROFISSIONAL – CASA Mª DE MAGDALA PROJETO RUGBI E PROJETO DE PRODUÇÃO DE PRODUTOS TECNOLÓGICOS – INT PROJETO DE ATENDIMENTO NEUROPEDIÁTRICO E LIGA DE PEDIATRIA – HUAP.

PROJETO OFICINA DE TECNOLOGIAS ASSISTIVAS PROJETO EIDE -

ATENDIMENTO PEDAGÓGICO DE ESTIMULAÇÃO PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL ACENTUADA E MÚLTIPLA GTS DE EDUCAÇÃO ESPECIAL –

CURSOS DE DEFICIÊNCIA (INTELECTUAL, FÍSICA, VISUAL, AUDITIVA, SURDOCEGUEIRA E MÚLTIPLA)

CURSO DE ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO OUTROS TEMAS LIGADOS AO PROCESSO DE INCLUSÃO

Legenda: No quadro acima, encontra-se em destaque o nosso objeto de estudo.

Durante a década de 2000, outras ações foram desenvolvidas junto aos professores e alunos da rede, como, por exemplo, o Projeto de Educação Física Adaptada para a Inclusão, desenvolvido em parceria com a Coordenação de Educação Física, com o objetivo de atender alunos com deficiência e oferecer conhecimento aos professores de educação física para a criação e adaptação de atividades e uso de materiais desportivos adaptados; o Projeto de Apoio à Educação de Jovens e Adultos (EJA) visava oferecer suporte aos professores da EJA no acompanhamento aos alunos, principalmente os que apresentavam deficiência intelectual; e o Programa de Prevenção à Cegueira e Higiene Visual, desenvolvido com a parceria do médico Oftalmologista Dr.

Augusto Duarte, com o objetivo de triar, avaliar e examinar todos os alunos da Rede Municipal de Ensino, a fim de prevenir a cegueira e problemas correlatos. As ações que permanecem em atividade sofrem reformulações e atualizações visando responder às demandas específicas da rede. Um detalhamento das ações de cada projeto ajuda na compreensão de sua dinâmica.

Além destes Programas e Projetos, a Coordenação de Educação Especial desenvolve atividades de:

assessoria técnica e científica à Presidência da FME;

assessoria técnico-científica aos Departamentos e Coordenações internas da FME;

representar a SME/FME junto à SEESP/MEC, ao Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência (Comped);

planejamento de ações de promoção da inclusão de alunos com necessidades especiais nas escolas públicas da Rede Municipal;

implementação, acompanhamento e avaliação de Programa de Capacitação em Serviço para professores e profissionais da educação;

elaboração de Portarias Internas para regulamentar as ações da inclusão educacional;

contratação de profissionais para ações específicas junto aos alunos com necessidades especiais;

liderar e coordenar equipe de profissionais na área da Educação Especial.

itinerância com visitas e acompanhamento semanais às escolas;

inclusão, avaliação e acompanhamento de alunos com necessidades especiais;

encaminhamento de alunos com necessidades educacionais especiais para atendimentos extraescolares;

acompanhamento de atendimentos junto às Instituições que compõem a rede de parceiras;

visitas domiciliares;

promoção e participação nas Capacitações nas Unidades Escolares;

participação em CAP Cis e CAP Ues11;

participação em reuniões intersetoriais (saúde, conselho tutelar, instituições de ensino e pesquisa, entre outros).

Em relação à cobertura dos alunos atendidos pela Educação Especial, os dados de levantamentos relativos ao número desses alunos matriculados nas escolas comuns da rede de ensino correspondem a cerca de 900 alunos, devendo-se esclarecer que este quantitativo apresenta flutuações ao longo do ano em função de variáveis como mobilidade, intersistemas de ensino, falecimento, mudança de domicílio e de município e evasão escolar. Um grande contingente de famílias tem migrado de outros sistemas educacionais em busca da escola municipal, alimentados pelo desejo de inclusão educacional de seus filhos. Dados do MEC/SEESP entre os anos de 2002-2005 indicam que as escolas municipais apresentaram 92% de matrícula de alunos com necessidades educacionais especiais em classes comuns, estando à frente das escolas da rede estadual (32,4%) e das particulares (8,4%). O QUADRO 5 apresenta o levantamento de alunos por deficiência, referente ao ano de 2009.

11 CAP Cis = Conselho de Avaliação e Planejamento dos Ciclos.

CAP UEs = Conselho de Avaliação e Planejamento das Unidades Escolares.

QUADRO 5

Número de alunos por deficiência nos polos em 2009

Os dados a seguir do QUADRO 6, tabulados com a colaboração dos técnicos da AEPE/FME, mostram a evolução do percentual de matrículas de alunos com necessidades educacionais especiais (NEE) matriculados nos anos de 2005 até 2010, bem como o número de professores em Salas de Recursos (SR) e para apoio individualizado. Os dados mostram uma relação proporcional de crescimento desta modalidade de atendimento, desde o ano em que foi implantado (2005) até os dias atuais. Deve-se verificar que o crescimento da matrícula não atinge a média de 10% de pessoas com deficiência na população, conforme os indicativos levantados pela OMS. O quadro também não apresenta os dados relativos aos números de evasão escolar desses alunos que, provavelmente, ocorreram ao longo desse corte temporal.

QUADRO 6

Evolução do número de matrículas e de professores por atendimento na Rede Municipal de Ensino de Niterói.

Nº DE PROFESSORES

ANO

NEE’S

Nº de Matrículas

da Rede

% de

NEE’S SR APOIO

RELAÇÃO PROF.

ALUNO

2005 511 25381 2.01% 28 45 1 p/ 11

alunos

2006 485 25763 1.88% 28 68

1 p/ 7 alunos

2007 601 25687 2.34% 31 56 1 p/ 11

alunos

2008 741 26059 2.84% 44 75

1 p/ 10 alunos

2009 822 28390 2.89% 51 135 1 p/ 6

alunos

2010 924 28190 3.27% 60 246

1 p/ 4 alunos