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Pingo Doce - Vendas Líquidas (millhões de euros)

5. Perspectivas para 2015

5.1. Polónia

5. Perspectivas para 2015

5.1. Polónia

Conjuntura Macroeconómica

Para 2015, espera-se que a economia polaca mantenha a tendência de crescimento sustentado do PIB que se observou durante 2014. Este desenvolvimento deverá ocorrer em paralelo com uma ligeira melhoria da economia europeia, incluindo a Alemanha, principal parceiro comercial da Polónia. As estimativas mais recentes para o crescimento do PIB em 2015 apontam para 3,4%.

O crescimento do PIB deverá ser sustentado pela procura interna, com destaque para o consumo privado. No entanto, atendendo à deflação de 0,7% registada no último trimestre de 2014, afigura-se como possível um cenário de inflação nula ou mesmo de deflação em 2015, o que pode aumentar a pressão sobre o crescimento económico. O desemprego deverá cair para um nível inferior a 11%, significativamente abaixo do registado em 2014. O Orçamento de Estado aprovado para 2015 prevê um défice de cerca de 46,8 mil milhões de zlotys, ficando abaixo do nível de 3% do PIB, imposto pela União Europeia.

No que respeita à política monetária para 2015, é expectável que o Conselho Monetário Polaco mantenha uma postura orientada para o crescimento económico sendo mais tolerante com a evolução dos preços. Desta forma, é provável que a taxa de referência seja mantida no actual nível, a menos que se verifique uma desaceleração do crescimento económico.

Relativamente à taxa de câmbio, esta deverá permanecer acima dos quatro zlotys por euro no longo prazo. No entanto, as expectativas de curto prazo estão fortemente dependentes das políticas adoptadas pelo Banco Central Europeu e pela Reserva Federal dos Estados Unidos da América, introduzindo uma elevada volatilidade e tornando difícil prever o comportamento da moeda polaca ao longo do ano de 2015.

Retalho Alimentar Moderno

Como consequência de perspectivas macroeconómicas mais favoráveis, o mercado de retalho alimentar deverá crescer a um ritmo mais elevado do que o registado em 2014.

Espera-se que os consumidores aumentem a sua despesa em bens alimentares em comparação com anos anteriores. No entanto, a procura crescente de uma alimentação saudável e um papel cada vez mais relevante da qualidade dos produtos irão exigir dos operadores uma adaptação do seu sortido.

O canal de vendas online continuará com elevadas taxas de crescimento, com particular destaque para o retalho alimentar, uma vez que está ainda numa fase inicial do seu desenvolvimento.

De acordo com as projecções da PMR, as lojas que privilegiam a proximidade deverão continuar a progredir mais rapidamente. Os canais de distribuição com crescimento mais rápido deverão continuar a ser os discount e as lojas de conveniência.

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Devido à forte pressão sobre as margens no retalho, resultado de uma forte dinâmica promocional e da inflação baixa ou negativa, é expectável que se observe uma maior consolidação no mercado. No entanto, esta será obviamente condicionada pelo escrutínio da Autoridade da Concorrência polaca.

Retalho de Saúde e Beleza

O mercado de Saúde e Beleza na Polónia deve continuar a expandir-se a um ritmo superior a 5% ao ano, uma vez que os gastos do consumidor polaco em produtos de Saúde e Beleza são ainda inferiores à média da Europa Ocidental.

Para além da expansão das cadeias de produtos de Saúde e Beleza da distribuição moderna, para as quais se espera que atinjam cerca de 60% de quota de mercado nos próximos três anos, dos actuais 42%, prevê-se que as redes de franchising, bem como as associações e cooperativas de compra, continuem a sua expansão no mercado.

O canal de vendas online, beneficiando das alterações do ritmo de vida dos consumidores, bem como do crescimento do número de utilizadores de internet, deverá promover o seu conceito de conveniência através da possibilidade de economia de tempo e fácil acesso a preços baixos.

De acordo com um estudo da PMR, a crescente racionalização do consumidor polaco, bem como o aumento do custo de vida, serão determinantes na definição das preferências de consumo. A tendência incidirá sobre a compra de produtos com qualidade a preços baixos. Por outro lado, o consumidor permanecerá atento às novidades no mercado cosmético, porque mesmo em ambiente de menor confiança económica, estes produtos são encarados como um luxo acessível.

5.2. Portugal

Conjuntura Macroeconómica

De acordo com o mais recente boletim económico publicado pelo Banco de Portugal, as projecções apontam para um crescimento económico de 1,5% em 2015, o que significará um crescimento do PIB ligeiramente acima da média da Zona Euro (+1,1%). Apesar do impacto negativo expectável da redução do número de funcionários públicos, é também esperada uma evolução positiva dos níveis de emprego, porém mais moderada quando comparada com 2014.

A evolução positiva projectada para a economia portuguesa está suportada pelo crescimento robusto das exportações (+4,2%), que por sua vez assenta na premissa de uma conjuntura macroeconómica favorável da Zona Euro, bem como dos fluxos do comércio internacional global. No mesmo sentido, aponta-se para uma aceleração do investimento em 2015 (+4,2%), depois de um crescimento de 2,2% em 2014.

Em sentido inverso, devido ao elevado endividamento do sector privado, é esperada uma ligeira desaceleração do crescimento do consumo privado, que se deverá reflectir num menor consumo de bens duradouros. Em paralelo, o actual processo de consolidação orçamental deverá continuar a afectar negativamente o consumo público (-0,5%). Desta forma, é expectável que a procura interna recue para 1,0% em 2015, após o crescimento de 2,3% em 2014.

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Em relação à inflação, é esperado um ligeiro aumento em 2015 para 0,7%. Contudo, a queda continuada que se verifica nos preços do petróleo, poderá levar a níveis de inflação mais baixos do que os previstos.

Em 2015 é também esperada uma depreciação do Euro face ao Dólar, o que, a verificar-se, deverá resultar numa maior competitividade das exportações dos países da Zona Euro.

De acordo com as projecções do Governo, o défice das administrações públicas para 2015 deverá fixar-se em 2,7% do PIB. Paralelamente, é esperado uma diminuição do rácio da divida pública em 3,5 p.p., situando-se em 123,7% do PIB em 2015.

No entanto, 2015 apresenta também alguma incerteza, devido à realização de eleições legislativas.

Retalho Alimentar Moderno

Após alguns anos de forte recessão, 2014 foi um ano de melhoria de alguns indicadores económicos. Para 2015, espera-se um ano de continuação da lenta recuperação da economia portuguesa, com o consumo privado a registar um modesto crescimento de 2,1%.

Apesar da recuperação económica, espera-se que os hábitos adquiridos pelos consumidores nos últimos anos, relativamente aos bens alimentares, se mantenham no futuro próximo: uma maior racionalidade nas compras e a importância dada às promoções. Acredita-se ainda que em 2015 continuará a existir uma forte pressão sobre o preço dos bens alimentares, marcado por um forte ambiente competitivo no retalho.

Mercado Grossista Alimentar

Em 2015 é de esperar que a deflação persista, bem como o ambiente de austeridade e, por isso, que o consumo fora do lar se mantenha a níveis reduzidos. No entanto, o bom desempenho do turismo e da hotelaria deverão animar a economia em Portugal, podendo assim beneficiar o mercado grossista. Por sua vez, o Retalho Tradicional irá continuar a apostar na modernização e melhoria do parque de lojas, apoiado pelos programas de comércio integrado, como o Amanhecer.

Assim, é de esperar que o sector HoReCa apresente maior volume de negócio em 2015, potenciando a procura de bens alimentares, e por seu lado é expectável que a renovação das lojas do retalho tradicional se traduza em mais vendas e mais clientes a comprar no comércio de bairro, gerando assim maior procura no mercado dos Cash

& Carry.

5.3. Colômbia

Conjuntura Macroeconómica

O Governo Colombiano estima um crescimento económico de 4,2% para 2015, podendo ser superior caso as conversações de paz resultem num acordo com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).

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