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48 O ponto decisivo é mesmo a última expressão. Observe atentamente a presença do

No documento Rodada #1 Língua Portuguesa (páginas 48-59)

pronome relativo “que” (trata-se de uma oração subordinada adjetiva). Ele é um elemento de atração, o que obriga a próclise. Risque a letra D.

QUESTÃO 16 (VUNESP/2013/PC-SP/AUXILIAR DE PAPILOSCOPISTA)

Assinale a alternativa em que a colocação dos pronomes está de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.

a) Os policiais sempre ofereceram-nos ajuda.

b) Nunca informaram-me sobre o seguro desemprego c) Nos avisaram que a polícia já havia sido chamada d) Assim que telefonarem-lhe, ele tomará providências.

e) Não lhe disseram que os passaportes eram falsos.

Nas alternativas A, B e D, os pronomes são atraídos, respectivamente, pelos advérbios sem

pausa “sempre” e “nunca” e pela locução conjuntiva adverbial “assim que”. Na alternativa C,

não é possível iniciar a oração com pronome oblíquo átono.

QUESTÃO 17 (FGV/2014/DPE-DF/ANALISTA JUDICIÁRIO)

“Coloca fogo em pneus, quebra ônibus, quebra vitrines, ataca a polícia que, em

princípio, existe para protegê-lo, joga pedra, rojão ou o que estiver à mão para fazer

suas reivindicações.”

Os três primeiros termos desse segmento que estabelecem coesão com elementos anteriores são:

LÍNGUA PORTUGUESA 49 a) lo / o / que. b) que / lo / o. c) que / o / suas. d) lo / que / suas. e) lo / o / que.

Não se desespere! A banca quer apenas que você reconheça elementos de coesão anafórica, ou seja, aqueles que retomam termos anteriores. Então, o primeiro é o pronome relativo

“que” (retoma “polícia”); o segundo é o pronome oblíquo “lo” (seu referente não consta

explicitamente no trecho destacado, mas é fácil deduzir que ele está oculto e já foi

mencionado anteriormente); e o terceiro, na sequência, é o pronome demonstrativo “o”

(que retoma a ideia de alguém jogar algo). Cuidado com a letra E, pois nela os termos não apareceram na ordem.

QUESTÃO 18 (VUNESP/2013/CTA/ANALISTA)

Assinale a alternativa em que o pronome está posicionado em conformidade com a norma-padrão da língua.

a) As crianças não dispuseram-se a fazer suas malas. b) Ninguém recusou-se a arrumar as malas no carro.

c) Meus amigos dedicaram-se a deixar a casa em ordem.

d) Hoje os motoristas nem irritaram-se uns com os outros. e) Nada apresentou-se como um empecilho para a viagem.

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Observe com atenção as palavras atrativas: “não”, “ninguém”, “nem” (sentido negativo), “nada”.

QUESTÃO 19 (VUNESP/2009/CEETEPS/AUXILIAR ADMINISTRATIVO)

Assinale a oração em que a colocação do pronome átono acontece pelo mesmo motivo por que ocorre em –E são mais comuns do que se imagina.

a) Os tricôs e as camisas vaporosas se apresentaram no verão passado.

b) O governo se comprometeu a encontrar uma solução para os desabrigados. c) O corredor, depois que venceu a competição, se viu nos braços da multidão.

d) Ninguém sabe por que ela se inquieta diante de tão pouco.

e) No Brasil, muitas pessoas costumam se associar a clubes esportivos.

O pronome referido é o “se” (oblíquo átono), que ocupa posição proclítica em relação ao verbo “imagina”. Isso ocorre em orações subordinadas, em que o pronome é atraído pelo conectivo subordinante. Repare que na quarta opção temos também uma oração

subordinada: “por que ela se inquieta diante de tão pouco”.

Nas demais alternativas, o pronome “se” integra a oração principal.

QUESTÃO 20 (FGV/2014/BNB/ANALISTA BANCÁRIO)

“A única solução para tantos infortúnios seria convidar o papa Francisco para apitar a final do Mundial, desde que Sua Santidade não roube...”; se, em lugar de “o papa Francisco” estivesse “o rei da Espanha”, a forma “Sua Santidade” deveria ser substituída

LÍNGUA PORTUGUESA 51 a) Vossa Excelência; b) Vossa Majestade; c) Vossa Senhoria; d) Sua Excelência; e) Sua Majestade.

O tratamento correspondente a rei é majestade. Como se está falando do rei (e não com o rei), a forma adequada é a que consta na última alternativa.

QUESTÃO 21 (FGV/2017/ALERJ/ESPECIALISTA LEGISLATIVO/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO)

Independentemente da posição no texto 1, se substituíssemos os complementos dos verbos abaixo por pronomes pessoais oblíquos enclíticos, a única forma INADEQUADA seria:

a) impregna a vida cotidiana / impregna-a; b) entender os debates / entendê-los; c) ganha destaque / ganha-o;

d) supõe um conhecimento / supõe-lo;

e) marcaram sua história / marcaram-na

Que tal recordar a forma correta de juntar pronomes oblíquos átonos a verbos?

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a) associados a verbos terminados em –r, –s ou –z e à palavra eis, os pronomes o, a, os, as assumem as antigas formas lo, la, los, las, caindo aquelas consoantes: Mandaram prendê-lo. / Ajudemo-la. / Fê-los entrar. / Ei-lo aqui!

b) associados a verbos terminados em ditongo nasal (-am, -em; -ão, -õe), os ditos pronomes tomam as forma no, na, nos, nas: Trazem-no. / Ajudavam-na. / Dão-nos de graça. / Põe-no aqui.

c) associados a verbos conjugados no futuro do presente do indicativo ou no futuro

do pretérito do indicativo, os pronomes “dividem” o verbo, sendo empregados

logo após o infinitivo e antes da desinência, respeitando as regras anteriores: cantar + o + ei = cantá-lo-ei; dar + lhe + ei = dar-lhe-ei.

Conclui-se, assim, que a forma INADEQUADA é “supõe-lo”.

QUESTÃO 22 (FGV/2014/BNB/ANALISTA BANCÁRIO)

Se colocarmos o pronome oblíquo “o” após a forma do verbo “empobrecem”, a forma

correta da frase seria: a) empobrecem-o;

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c) empobrecem-lo; d) empobrece-no; e) empobrece-lo.

A forma verbal “empobrecem” termina em ditongo nasal (-em). Nesse caso, o pronome

oblíquo “o” assume a forma no. Saiba mais sobre o emprego dos pronomes me, te, se, lhe, lhes, o, a, os, as, nos, vos:

I. associados a verbos terminados em –r, –s ou –z e à palavra eis, os pronomes o, a, os, as assumem as antigas formas lo, la, los, las, caindo aquelas consoantes: Mandaram prendê-lo. / Ajudemo-la. / Fê-los entrar. / Ei-lo aqui!

II. associados a verbos terminados em ditongo nasal (-am, -em; -ão, -õe), os ditos pronomes tomam as forma no, na, nos, nas: Trazem-no. / Ajudavam-na. / Dão-nos de graça. / Põe-no aqui.

III. associados a verbos conjugados no futuro do presente do indicativo ou no futuro do

pretérito do indicativo, os pronomes “dividem” o verbo, sendo empregados logo

após o infinitivo e antes da desinência, respeitando as regras anteriores: cantar + o + ei = cantá-lo-ei; dar + lhe + ei = dar-lhe-ei.

QUESTÃO 23 (VUNESP/2009/CESP/AUXILIAR DE RECURSOS HUMANOS)

O domingo é o dia da semana _____ muitas pessoas gostam, _____ há as que _____ o sábado.

a) do qual ... porque ... preferem b) com o qual ... então ... prefere

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d) a que ... porém ... prefere

e) em que ... portanto ... preferem

Sempre que surgir um pronome relativo na frase, fique de olho no verbo ou nome que surgir depois. Caso eles reclamem uma preposição e o relativo seja o termo regido, a tal preposição deverá ser empregada antes do pronome.

Na prática, é assim: o verbo “gostam” é transitivo indireto; seu complemento vem introduzido pela preposição “de”; o termo regido é o pronome relativo, o qual representa o substantivo “domingo”. Veja a construção: Muitas pessoas gostam do domingo.

Vamos agora usar o pronome relativo no lugar do substantivo: O domingo é o dia da semana de que (ou do qual) muitas pessoas gostam. Como se percebe, não dá para “matar” a questão agora, pois a primeira lacuna aceita tanto “de que” quanto “do qual”. Mas dá

para descartar as alternativas B, D e E.

A segunda lacuna é muito importante. Não faz sentido usarmos a conjunção explicativa

“porque” para justificar que muitas pessoas gostam do domingo “porque” há as que

preferem o sábado. É ilógico. Mas é perfeitamente coerente dizer que muitas pessoas gostam do domingo e outras gostam do sábado. A relação que sobressai entre as orações é mesmo de oposição, e não de explicação. Assim, a segunda lacuna deve ser preenchida com

o conectivo “mas”.

Para finalizar, ressalte-se que o verbo “preferem” concorda em número e pessoa com o antecedente do pronome relativo “que”, o pronome demonstrativo “as” (= aquelas).

Barreira da língua

A barreira da língua e dos regionalismos parece um mero detalhe em meio a tantas outras questões mais sérias já levantadas, como

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a falta de remédios, de equipes e de infraestrutura, mas não é. Como é possível estabelecer uma relação médico-paciente, um diagnóstico correto, se o médico não compreende o paciente e vice-versa?

Sim, essa dificuldade já existe no Brasil mesmo com médicos e pacientes falando português, mas ela só tende a piorar com

o “portunhol” que se vislumbra pela frente.

O ministro da Saúde já disse que isso não será problema, que é mais fácil treinar um médico em português do que ficar esperando sete ou oito anos até um médico brasileiro ser formado.

[...]

(Cláudia Collucci, Barreira da língua. Folha de S.Paulo, 03.07.2013. Adaptado)

QUESTÃO 24 (VUNESP/2013/MPE-ES/ANALISTA DE BANCO DE DADOS)

No trecho – … essa dificuldade já existe no Brasil mesmo com médicos e pacientes

falando português… – (3º parágrafo), o termo em destaque assume o sentido de

a) dúvida e equivale a “talvez”.

b) afirmação e equivale a “realmente”.

c) inclusão e equivale a “também”.

d) intensidade e equivale a “inclusive”.

e) oposição e equivale a “apesar de”.

Salvo opinião contrária, a questão não é tão difícil. Basta ler com atenção o trecho apontado. Mesmo nos comunica a ideia de inclusão. Ou seja, o Brasil também está incluído entre os países onde há dificuldades de entendimento na relação médico-paciente, inclusive

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56 com médicos e pacientes falando português. A ideia, portanto, é de inclusão, somatório, adição. Só tome cuidado com a ideia contida na letra D. Embora fale de inclusão, traz uma ideia de intensidade que se divorcia do sentido do termo destacado.

QUESTÃO 25 (FCC/2013/TRT-18ª REGIÃO (GO)/ANALISTA JUDICIÁRIO)

A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente foi realizada de modo INCORRETO em:

a) sem levar em consideração os rótulos = sem levá-los em consideração b) capaz de abstrair um conceito geral = capaz de abstraí-lo

c) suprissem suas necessidades = suprissem-nas

d) conferem “consciência” a criaturas = conferem-lhes consciência

e) que reconhecem seus parentes consanguíneos = que lhes reconhecem

Estamos novamente às voltas com o emprego de pronomes oblíquos, mormente os pronomes o e lhe. Como na questão anterior, você deve notar a função sintática que eles desempenham na oração: objeto direto e objeto indireto, respectivamente. Portanto está

erra a última substituição. O verbo “reconhecem” é transitivo direto (quem reconhece reconhece algo) e o termo ”seus parentes consanguíneos” é seu objeto direto. Sendo assim,

o pronome adequado é os, e não lhes: que os reconhecem.

QUESTÃO 26 (FCC/2014/AL-PE/ANALISTA LEGISLATIVO/COMUNICAÇÃO SOCIAL)

Considerada a norma culta escrita, há correta substituição de estrutura nominal por pronome em:

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a) Agradeço antecipadamente sua resposta // Agradeço-lhes antecipadamente.

b) do verbo fabricar se extraiu o substantivo fábrica. // do verbo fabricar se extraiu-lhe. c) não faltam lexicógrafos // não faltam-os.

d) Gostaria de conhecer suas considerações // Gostaria de conhecê-las.

e) incluindo a palavra ‘aguardo’ // incluindo ela.

Alternativa A: errada. Você jamais poderia marcar a primeira opção. O pronome “lhes” está

no plural, mas na frase anterior todos os termos estão no singular. Não há coerência alguma.

Alternativa B: errada. Na frase original, temos voz passiva sintética. O que era objeto direto tornou-se sujeito paciente: “o substantivo fábrica”. O pronome “lhe” não se presta à

formação da voz passiva porque não pode funcionar como objeto direto e, consequentemente, como sujeito paciente.

Alternativa C: errada. Jamais o pronome oblíquo átono poderia ficar enclítico nessa

construção. O advérbio “não” é um elemento de atração e obriga todos os pronomes

oblíquos átonos a ocuparem posição proclítica.

Alternativa D: correta. O objeto direto “suas considerações” foi corretamente substituído pela forma pronominal “las".

Alternativa E: errada. Pronome pessoal do caso reto não pode funcionar como complemento de verbo. Note que não há preposição para caracterizar pronome oblíquo tônico.

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Considere: Os passageiros do ônibus ... as muitas pessoas viajavam, tinham ... celulares que ficavam ligados. Usavam ... aparelhos para falar em voz alta com os amigos, perturbando os que desejavam viajar em paz; ... perdiam o sossego e ... os ignoravam.

Preenchem, adequadamente, as respectivas lacunas do texto, os seguintes pronomes: a) onde - delas - tais - estes - aqueles

b) no qual - delas - esses - aqueles - estes c) que - seus - esses - eles - aqueles

d) em que - seus - esses - estes - aqueles

e) cujas - delas - tais - aqueles - esses

É significativo o uso do advérbio “adequadamente”, pois nos impõe a necessidade de

primar tanto pela correção gramatical quanto pelo sentido da informação transmitida. Com isso em mente, podemos resolver a questão.

Primeira lacuna: não pode ser preenchida com “cujas” (letra E), pois não deve surgir artigo após esse pronome relativo: ...cujas as... Também não deve ser preenchida apenas com o

relativo “que”, pois o verbo “viajavam” exige uma preposição para reger o termo que

complementa seu significado: em que, no qual. Se o relativo empregado for “onde”, a

preposição em desaparece. Mesmo descartando a letra C, a resposta ainda não pode ser dada.

Segunda lacuna: o sentido adequado da frase requer que entendamos que os celulares pertencem aos “passageiros”. Por isso o vocábulo “delas” é descabido no contexto.

Compare: ...tinham delas celulares... com ...tinham seus celulares... Só nos resta a letra D. A questão está faturada!

Terceira lacuna: aqui, há a retomada (coesão anafórica) dos celulares que ficavam ligados e pertenciam aos passageiros. Note a adequação: ...esses aparelhos...

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