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Rodada #1 Língua Portuguesa

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Academic year: 2021

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Assunto(s) da Rodada

LÍNGUA PORTUGUESA: 1. Análise, compreensão e interpretação de textos. 2.

Semântica. 3. Classes de palavras. 4. Concordância verbal e nominal. 5. Regência verbal e nominal. 6. Crase. 7. Pontuação.

Rodada #1

Língua Portuguesa

Professor Albert Iglésia

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LÍNGUA PORTUGUESA

2

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LÍNGUA PORTUGUESA

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a. Teoria

1. Breve exposição sobre a classificação dos pronomes (na próxima aula, continuaremos falando sobre classe gramatical).

Pronome

Palavra que substitui o nome (pronome substantivo) ou que o acompanha (pronome adjetivo) para tornar claro o seu significado.

Existem seis classes de pronomes:

pessoal

Indica diretamente as pessoas do discurso (no singular ou no plural): 1ª pessoa: quem fala; 2ª pessoa: com quem se fala; 3ª pessoa: de quem se fala. Eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas (do caso reto). Me, te, se, lhe, o, a, nos, vos, se, lhes, os, as (do caso oblíquo átono). Mim, comigo, ti, contigo, si, consigo, conosco, convosco (do caso oblíquo tônico). Também são pessoais os pronomes de tratamento: você, senhor, senhora, vossa senhoria, vossa excelência, etc.

possessivo

Refere-se às pessoas gramaticais, atribuindo-lhes a posse de algo:

Meu, minha, meus, minhas, nosso, nossa, nossos, nossas, teu, tua, teus, tuas, vosso, vossa, vossos, vossas, seu, sua, seus, suas.

demonstrativo

Indica a posição dos seres em relação às pessoas do discurso, situando-os no tempo e no espaço.

1ª. Pessoa: Este, esta, estes, estas, isto.

2ª. Pessoa: Esse, essa, esses, essas, isso.

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LÍNGUA PORTUGUESA

4 3ª. Pessoa: Aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo.

relativo

É aquele que, em uma oração, se refere a um termo constante em oração anterior, chamado antecedente. Exemplo: O avião que chegou estava danificado. São pronomes relativos: que, quem, quanto(s), quanta(s), cujo(s), cuja(s), o qual, a qual, os quais, as quais.

indefinido

Refere-se à terceira pessoa do discurso num sentido vago ou exprimindo quantidade indeterminada. Exemplos: Quem espera sempre alcança. Alguns podem flexionar-se em gênero e número.

São pronomes indefinidos: algum, alguns, nenhum, nenhuns, qualquer, quaisquer, ninguém, todo, tudo, nada, algo etc.

interrogativo É aquele usado para formular uma pergunta direta ou indireta: que, quem, qual, quanto.

2. Diferença quanto ao emprego dos pronomes pessoais

2.1 Na função de sujeito e de predicativo, o pronome pessoal utilizado será, via de regra, do caso reto.

Ele tornou-se ela.

2.2 Serão empregados os do caso oblíquo nas demais funções sintáticas:

complemento verbal, complemento nominal etc.

Quero falar com ele. (adjunto adverbial) Sou útil a ele. (complemento nominal)

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LÍNGUA PORTUGUESA

5 Vi-o na rua. (objeto direto)

2.3 O pronome lhe, como complemento de verbo, funciona como objeto indireto.

Já os pronomes o e a, como complemento de verbo, funcionam como objetos diretos.

Maria fez aniversário. Pedro deu-lhe um presente. (OI do verbo “deu”) Maria fez aniversário. Pedro a presenteou. (OD do verbo “presenteou”).

3. Particularidades dos pronomes de tratamento

3.1 Vossa Excelência fez um belo discurso. (dirigir-se diretamente à pessoa, ainda que por meio de correspondências)

Sua Excelência fez um belo discurso. (fala-se da pessoa)

3.2 Vossa Excelência apresentará seus projetos? (observe que o verbo e o pronome correspondem à terceira pessoa; o adjetivo – quando houver – tende a concordar com o gênero da pessoa que se tem em mente – concordância ideológica)

3.3 Se você chegar cedo, eu vou te ajudar. (errado, pois o pronome deve ser empregado na terceira pessoa)

Se você chegar cedo, eu vou ajudá-lo (você). (certo: mesmo o pronome de tratamento informal leva os outros pronomes para a terceira pessoa)

4. Emprego de pronomes demonstrativos

PRONOMES TEMPO ESPAÇO

Este(s), esta(s), isto Presente; momento atual Perto de quem fala

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LÍNGUA PORTUGUESA

6 Esse(s), essa(s), isso Passado próximo Perto da pessoa com quem

se fala Aquele(s), aquela(s),

aquilo

Passado longínquo Longe de quem fala e da pessoa com quem se fala 4.1 Como elementos de coesão textual

a) Meu argumento é este: não há democracia sem justiça. (Este: empregado quando ainda vai ser feita a referência; promove a coesão textual conhecida como catafórica.).

b) Não há democracia sem justiça. Esse é meu argumento. (Esse: empregado quando já foi feita a referência; promove a coesão textual conhecida como anafórica)

c) Comprei um carro e uma bicicleta. Esta eu dei para meu irmão; aquele, para mim mesmo. (Este e aquele servem para retomar elementos já citados.

Este diz respeito ao último termo; aquele, ao primeiro.) d) O que ele disse era verdade.

Passará a que for mais capacitada. (O e a diante de que – pronome relativo – e de – preposição – serão pronomes demonstrativos).

5. Emprego de pronomes relativos

5.1 Que: para ser conjunção integrante, esse vocábulo deve unir uma oração subordinada de valor substantivo (objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, sujeito, predicativo, aposto) à sua principal. Considere este fragmento: “...eles explicam que tipo de rodovia cada uma é.”, em que a oração sublinhada é objeto direto

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LÍNGUA PORTUGUESA

7 da forma verbal “explicam” e o “que” não é pronome relativo. Veja a diferença, pois agora o que retoma um antecedente:

Eis o instrumento de que lhe falei.

5.2 Onde: usado restritivamente em referência a lugar, é pronome relativo quando substitui um termo antecedente, como no primeiro exemplo (onde = escola).

A escola onde estudo foi fechada.

Não deve ser confundido com onde = advérbio interrogativo: “Onde você estuda?”. Observe que agora o vocábulo onde não substitui nenhum termo anterior, apenas introduz uma pergunta que exprime a ideia de lugar.

5.3 Cujo: estabelece uma relação de posse/dependência entre os termos antecedente e consequente. Concorda em gênero e número com a “coisa” possuída.

É uma pessoa com cujas opiniões não podemos concordar.

Muito cuidado quando a banca lhe propuser a substituição dele por outro relativo (que, a/o qual, quem), a pretexto de que serão mantidas a correção gramatical e a coerência argumentativa. ISSO NÃO É VERDADE. NÃO É POSSÍVEL FAZER TAL SUBSTITUIÇÃO.

Observe esta construção: O professor cujo o filho nasceu está feliz. O que acha dela? Certa ou errada? ERRADA. A norma gramatical não abona o emprego de artigo antes (...o cujo...) ou depois (...cujo o...) do relativo CUJO, daí o motivo de não se empregar o acento indicativo de crase diante dele.

6 Casos de próclise, ênclise e mesóclise

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LÍNGUA PORTUGUESA

8 Casos de Próclise

a) Palavras de sentido negativo

Nada me fará desistir.

Ninguém me fará desistir.

b) Advérbios sem pausa

Aqui se fazem chaves.

Talvez se cumprimentassem.

c) Conjunções subordinativas e pronomes relativos

Quando lhe dissemos a verdade, chorou muito.

O livro que me deste é muito interessante.

d) Conjunções coordenativas alternativas

Ora se atribulava, ora se aquietava.

Das duas uma: ou as faz ela, ou as faço eu.

e) Pronomes e advérbios interrogativos

Quem lhe contou a verdade?

Por que te afliges tanto?

f) Pronomes indefinidos

Tudo me foi dado.

Alguém te contou a verdade?

g) Frases exclamativas e optativas

Como te atreves!

Deus o abençoe, meu filho!

h) Preposição em + verbo no gerúndio

Em se tratando desse assunto, nada mudará.

Casos de Mesóclise

a) Verbo no futuro do presente Amar-te-ei a vida inteira. (Não te amarei a vida

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LÍNGUA PORTUGUESA

9 ou do pretérito, sem palavra atrativa inteira.)

Dar-lhe-ia o livro. (Jamais lhe daria o livro.) Casos de Ênclise

a) Antes de tentar decorar qualquer outra regra, é fundamental saber que a tendência da língua portuguesa recai sobre o uso da ênclise. Portanto, se não ocorrer qualquer um dos casos mencionados anteriormente, usaremos a ênclise.

Levante-se e lute.

Tratando-se desse assunto, nada mudará.

Vendê-lo era o que mais importava.

Aqui, fazem-se chaves.

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b. Mapa mental

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c. Revisão 1

QUESTÃO 1 (VUNESP/2009/IAMSPE/AUXILIAR DE ENFERMAGEM) Considere as frases:

I. Pediram-me que eu entregasse o relatório médico à enfermeira.

II. Queriam falar conosco, no sábado, às quinze horas.

III. Avisaram nós que a paciente foi transferida à uma outra enfermaria.

O emprego dos pronomes e o uso da crase estão corretos apenas em a) I.

b) II.

c) III.

d) I e II.

e) II e III.

Francisco, os gays e a doutrina

“Se alguém que é gay procura Deus e tem boa vontade, quem sou eu para julgá‐lo?” A declaração do Papa Francisco, pronunciada durante uma entrevista à imprensa no final de sua visita ao Brasil, ecoou como um trovão mundo afora. Nela, existe mais forma que substância – mas a forma conta.

[...]

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(Axé Silva, O Mundo, setembro 2013)

QUESTÃO 2 (FGV/2014/SUSAM/ADVOGADO)

Sobre a estrutura linguística da declaração do Papa, assinale a afirmativa inadequada.

a) A condição colocada na declaração abarca ser gay, procurar Deus e ter boa vontade.

b) O pronome “eu” tem seu referente (o Papa) esclarecido na continuidade do texto.

c) O pronome “lo” tem seu referente esclarecido no segmento anterior do texto.

d) A pergunta formulada pelo Papa supõe uma impossibilidade de o Papa realizar o julgamento.

e) O pronome interrogativo “quem”, no contexto, significa procura da identificação do autor da pergunta.

QUESTÃO 3 (VUNESP/2009/CESP/AUXILIAR DE RECURSOS HUMANOS) O pronome destacado está empregado conforme a norma culta da língua em:

a) A demora na estrada levou ele a desistir de viajar.

b) Não havia acordo possível entre eu e eles.

c) Poderíamos encontrar elas naquela praia.

d) Espero que, no final de semana, não viajem sem mim.

e) Convidou nós para jantar em um lugar diferente.

QUESTÃO 4 (FGV/2015/SMF-NITERÓI-RJ/FISCAL DE POSTURAS)

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“A publicidade cerca-nos de todos os lados – na TV, nas ruas, nas revistas e nos jornais – e força-nos a ser mais consumidores que cidadãos”.

Se, em lugar do pronome “nós”, empregássemos o pronome “eles”, as formas sublinhadas deveriam ser substituídas, respectivamente, por:

a) lhes/lhes;

b) os/lhes;

c) lhes/os;

d) os/os;

e) a eles/a eles.

QUESTÃO 5 (VUNESP/2014/EMPLASA/ANALISTA JURÍDICO)

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas nas falas das personagens devem ser preenchidas, respectivamente, com:

a) esta ... o ... Espera ... sua b) essa ... lhe ... Espera ... tua

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LÍNGUA PORTUGUESA

14 c) esta ... lhe ...Espera ... sua

d) essa ... o ...Espere ... tua e) esta ... o ...Espere ... sua

A GRATIDÃO

Desta vez, trago-vos algumas histórias e fico grato pelo tempo que possa ser dispensado à sua leitura. Falam-nos de gratidão e poderão fazer-nos pensar no quanto a gratidão fará, ou não, parte das nossas vidas. Estou certo de que sabereis extrair a moral da história.

[...]

(José Pacheco, Dicionário de valores) QUESTÃO 6 (FGV/2014/FUNARTE/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO)

A primeira frase do texto emprega a expressão “Desta vez”; a forma “esta” do pronome demonstrativo se justifica porque:

a) se refere a um local próximo ao enunciador;

b) se liga a um termo referido anteriormente;

c) se prende ao último termo de uma enumeração;

d) alude a um momento presente;

e) antecipa um termo do futuro do texto.

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LÍNGUA PORTUGUESA

15 A epidemia da dengue tem feito estragos na cidade de São Paulo. Só este ano, já foram registrados cerca de 15 mil casos da doença, segundo dados da Prefeitura.

As subprefeituras e a Vigilância Sanitária dizem que existe um protocolo para identificar os focos de reprodução do mosquito transmissor, depois que uma pessoa é infectada. Mas quando alguém fica doente e avisa as autoridades, não é bem isso que acontece.

(Saúde Uol)

QUESTÃO 7 (FGV/2014/PREFEITURA DE OSASCO-SP – ADAPTADA)

O texto emprega a forma do demonstrativo “este” em “Só este ano...” com finalidade semelhante em

a) “Estas vacinas são eficientes.”

b) “Este casaco que visto protege do frio.”

c) “João e Maria vieram, mas esta chegou de táxi.”

d) “Este é o resultado a que cheguei.”

e) “Este momento me traz preocupações.”

BEM TRATADA, FAZ BEM

Sérgio Magalhães, O Globo

O arquiteto Jaime Lerner cunhou esta frase premonitória: “O carro é o cigarro do futuro.” Quem poderia imaginar a reversão cultural que se deu no consumo do tabaco?

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LÍNGUA PORTUGUESA

16 Talvez o automóvel não seja descartável tão facilmente. Este jornal, em uma série de reportagens, nestes dias, mostrou o privilégio que os governos dão ao uso do carro e o desprezo ao transporte coletivo. Surpreendentemente, houve entrevistado que opinou favoravelmente, valorizando Los Angeles – um caso típico de cidade rodoviária e dispersa.

Ainda nestes dias, a ONU reafirmou o compromisso desta geração com o futuro da humanidade e contra o aquecimento global – para o qual a emissão de CO2 do rodoviarismo é agente básico. (A USP acaba de divulgar estudo advertindo que a poluição em São Paulo mata o dobro do que o trânsito.)

O transporte também esteve no centro dos protestos de junho de 2013.

Lembremos: ele está interrelacionado com a moradia, o emprego, o lazer. Como se vê, não faltam razões para o debate do tema.

QUESTÃO 8 (FGV/2014/TJ-RJ/ANALISTA JUDICIÁRIO)

Observe o emprego do demonstrativo “este” nos segmentos a seguir:

I – “O arquiteto Jaime Lerner cunhou esta frase premonitória”;

II – “Este jornal, em uma série de reportagens,...”;

III – “... nestes dias, mostrou o privilégio que os governos dão ao uso do carro e o desprezo ao transporte coletivo”;

IV – “a ONU reafirmou o compromisso desta geração com o futuro da humanidade”.

As frases acima que apresentam exatamente o mesmo motivo da utilização desse demonstrativo são:

a) I - II;

b) I - III;

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LÍNGUA PORTUGUESA

17 c) II - IV;

d) III - IV;

e) II - III - IV.

QUESTÃO 9 (FGV/2014/BNB/ANALISTA BANCÁRIO)

Na frase “Foi melancólico o 1º de Maio deste ano”, o emprego do demonstrativo “este”

se justifica pela mesma razão que na seguinte frase:

a) João e Mário partiram, mas só este foi de ônibus;

b) Não me venha com este pedido de novo;

c) Passo por este momento com muita revolta;

d) Este é o meu e esse é o seu!

e) Este livro não me pertence.

QUESTÃO 10 (FGV/2014/FUNARTE/CONTADOR)

No segundo parágrafo, para referir-se às colunas da brasilidade, anunciadas no parágrafo anterior, o cronista empregou, respectivamente, as palavras “a primeira” e “a segunda”. Caso fossem empregados pronomes demonstrativos em substituição a esses numerais ordinais, as formas adequadas seriam, respectivamente:

a) esta / essa;

b) essa / aquela;

c) aquela / esta;

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LÍNGUA PORTUGUESA

18 d) aquela / essa;

e) essa / esta.

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d. Revisão 2

QUESTÃO 11 (FGV/2016/COMPESA/ANALISTA DE GESTÃO)

Assinale a opção que indica a frase em que o emprego do demonstrativo sublinhado está adequado.

a) “As principais ameaças nessa vida são as pessoas que querem mudar tudo... ou nada”.

b) “O mundo anda mudando tão rápido que aquele que diz que alguma coisa não pode ser feita é geralmente interrompido por alguém fazendo esta coisa”.

c) “Crianças e loucos dizem a verdade. Por isso se educam essas e se encarceram estes”.

d) “O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isto”.

e) “Lamentar aquilo que não temos é desperdiçar aquilo que possuímos”.

QUESTÃO 12 (VUNESP/2014/PC-SP/OFICIAL ADMINISTRATIVO)

De 38 países pesquisados, o Brasil é o segundo mercado em que as empresas têm mais dificuldade para encontrar talentos, atrás apenas do Japão.

A expressão destacada pode ser corretamente substituída, mantendo-se inalterado o sentido do texto original e de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, por:

a) no qual.

b) pelo qual.

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LÍNGUA PORTUGUESA

20 c) do qual

d) com o qual.

e) em cujo o qual.

QUESTÃO 13 (FGV/2008/TJ-MS/JUIZ SUBSTITUTO)

“Mas a correlação de forças não lhes permite ir mais longe, e essa paralisia favorece o retorno dos acordos bilaterais ou regionais. Com isso, falta um projeto mundial coerente em que o desenvolvimento do comércio seja articulado ao equilíbrio social e ambiental.”

Os pronomes grifados no trecho acima têm, respectivamente, valor:

a) catafórico e catafórico.

b) anafórico e anafórico.

c) dêitico e dêitico.

d) anafórico e catafórico.

e) catafórico e anafórico.

QUESTÃO 14 (VUNESP/2014/PC-SP/ESCRIVÃO)

Considerando apenas as regras de regência e de colocação pronominal da norma- padrão da língua portuguesa, a expressão destacada em – Ainda assim, 60% afirmam que raramente ou nunca têm informações sobre o impacto ambiental do produto ou do comportamento da empresa. – pode ser corretamente substituída por:

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LÍNGUA PORTUGUESA

21 a) ... nunca informam-se sob o impacto...

b) ... nunca se informam o impacto...

c) ... nunca informam-se ao impacto...

d) .. nunca se informam do impacto...

e) ... nunca informam-se no impacto...

QUESTÃO 15 (VUNESP/2017/CÂMARA DE MOGI DAS CRUZES-SP/PROCURADOR JURÍDICO)

Observe as expressões destacadas nas frases reescritas do texto.

• Ambientada no século 23, a série sempre retratava as aventuras dos tripulantes da Enterprise, e a missão era explorar o espaço enfrentando o desconhecido.

• Trinta anos depois, a Motorola lançou o StarTAC, que popularizou o uso da telefonia móvel.

Assinale a alternativa em que os pronomes substituem, corretamente, as expressões destacadas e estão colocados adequadamente nas frases de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.

a) … sempre retratava-as… / … era explorá-lo… / … que lhe popularizou…

b) … sempre retratava-as… / … era o explorar… / … que o popularizou…

c) … sempre lhes retratava… / … era explorá-lo… / … que popularizou-lhe…

d) … sempre as retratava… / … era o explorar… / … que popularizou-o…

e) … sempre as retratava… / … era explorá-lo… / … que o popularizou…

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LÍNGUA PORTUGUESA

22 QUESTÃO 16 (VUNESP/2013/PC-SP/AUXILIAR DE PAPILOSCOPISTA)

Assinale a alternativa em que a colocação dos pronomes está de acordo com a norma- padrão da língua portuguesa.

a) Os policiais sempre ofereceram-nos ajuda.

b) Nunca informaram-me sobre o seguro desemprego c) Nos avisaram que a polícia já havia sido chamada d) Assim que telefonarem-lhe, ele tomará providências.

e) Não lhe disseram que os passaportes eram falsos.

QUESTÃO 17 (FGV/2014/DPE-DF/ANALISTA JUDICIÁRIO)

“Coloca fogo em pneus, quebra ônibus, quebra vitrines, ataca a polícia que, em princípio, existe para protegê-lo, joga pedra, rojão ou o que estiver à mão para fazer suas reivindicações.”

Os três primeiros termos desse segmento que estabelecem coesão com elementos anteriores são:

a) lo / o / que.

b) que / lo / o.

c) que / o / suas.

d) lo / que / suas.

e) lo / o / que.

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23 QUESTÃO 18 (VUNESP/2013/CTA/ANALISTA)

Assinale a alternativa em que o pronome está posicionado em conformidade com a norma-padrão da língua.

a) As crianças não dispuseram-se a fazer suas malas.

b) Ninguém recusou-se a arrumar as malas no carro.

c) Meus amigos dedicaram-se a deixar a casa em ordem.

d) Hoje os motoristas nem irritaram-se uns com os outros.

e) Nada apresentou-se como um empecilho para a viagem.

QUESTÃO 19 (VUNESP/2009/CEETEPS/AUXILIAR ADMINISTRATIVO)

Assinale a oração em que a colocação do pronome átono acontece pelo mesmo motivo por que ocorre em – E são mais comuns do que se imagina.

a) Os tricôs e as camisas vaporosas se apresentaram no verão passado.

b) O governo se comprometeu a encontrar uma solução para os desabrigados.

c) O corredor, depois que venceu a competição, se viu nos braços da multidão.

d) Ninguém sabe por que ela se inquieta diante de tão pouco.

e) No Brasil, muitas pessoas costumam se associar a clubes esportivos.

QUESTÃO 20 (FGV/2014/BNB/ANALISTA BANCÁRIO)

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“A única solução para tantos infortúnios seria convidar o papa Francisco para apitar a final do Mundial, desde que Sua Santidade não roube...”; se, em lugar de “o papa Francisco” estivesse “o rei da Espanha”, a forma “Sua Santidade” deveria ser substituída adequadamente por:

a) Vossa Excelência;

b) Vossa Majestade;

c) Vossa Senhoria;

d) Sua Excelência;

e) Sua Majestade.

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e. Revisão 3

QUESTÃO 21 (FGV/2017/ALERJ/ESPECIALISTA LEGISLATIVO/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO)

Independentemente da posição no texto 1, se substituíssemos os complementos dos verbos abaixo por pronomes pessoais oblíquos enclíticos, a única forma INADEQUADA seria:

a) impregna a vida cotidiana / impregna-a;

b) entender os debates / entendê-los;

c) ganha destaque / ganha-o;

d) supõe um conhecimento / supõe-lo;

e) marcaram sua história / marcaram-na

QUESTÃO 22 (FGV/2014/BNB/ANALISTA BANCÁRIO)

Se colocarmos o pronome oblíquo “o” após a forma do verbo “empobrecem”, a forma correta da frase seria:

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LÍNGUA PORTUGUESA

26 a) empobrecem-o;

b) empobrecem-no;

c) empobrecem-lo;

d) empobrece-no;

e) empobrece-lo.

QUESTÃO 23 (VUNESP/2009/CESP/AUXILIAR DE RECURSOS HUMANOS)

O domingo é o dia da semana _____ muitas pessoas gostam, _____ há as que _____ o sábado.

a) do qual ... porque ... preferem b) com o qual ... então ... prefere c) de que ... mas ... preferem d) a que ... porém ... prefere

e) em que ... portanto ... preferem

Barreira da língua

A barreira da língua e dos regionalismos parece um mero detalhe em meio a tantas outras questões mais sérias já levantadas, como a falta de remédios, de equipes e de infraestrutura, mas não é.

Como é possível estabelecer uma relação médico-paciente,

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LÍNGUA PORTUGUESA

27 um diagnóstico correto, se o médico não compreende o paciente e vice-versa?

Sim, essa dificuldade já existe no Brasil mesmo com médicos e pacientes falando português, mas ela só tende a piorar com o “portunhol” que se vislumbra pela frente.

O ministro da Saúde já disse que isso não será problema, que é mais fácil treinar um médico em português do que ficar esperando sete ou oito anos até um médico brasileiro ser formado.

[...]

(Cláudia Collucci, Barreira da língua. Folha de S.Paulo, 03.07.2013. Adaptado)

QUESTÃO 24 (VUNESP/2013/MPE-ES/ANALISTA DE BANCO DE DADOS)

No trecho – … essa dificuldade já existe no Brasil mesmo com médicos e pacientes falando português… – (3º parágrafo), o termo em destaque assume o sentido de

a) dúvida e equivale a “talvez”.

b) afirmação e equivale a “realmente”.

c) inclusão e equivale a “também”.

d) intensidade e equivale a “inclusive”.

e) oposição e equivale a “apesar de”.

QUESTÃO 25 (FCC/2013/TRT-18ª REGIÃO (GO)/ANALISTA JUDICIÁRIO)

A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente foi realizada de modo INCORRETO em:

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LÍNGUA PORTUGUESA

28 a) sem levar em consideração os rótulos = sem levá-los em consideração

b) capaz de abstrair um conceito geral = capaz de abstraí-lo c) suprissem suas necessidades = suprissem-nas

d) conferem “consciência” a criaturas = conferem-lhes consciência

e) que reconhecem seus parentes consanguíneos = que lhes reconhecem

QUESTÃO 26 (FCC/2014/AL-PE/ANALISTA LEGISLATIVO/COMUNICAÇÃO SOCIAL) Considerada a norma culta escrita, há correta substituição de estrutura nominal por pronome em:

a) Agradeço antecipadamente sua resposta // Agradeço-lhes antecipadamente.

b) do verbo fabricar se extraiu o substantivo fábrica. // do verbo fabricar se extraiu-lhe.

c) não faltam lexicógrafos // não faltam-os.

d) Gostaria de conhecer suas considerações // Gostaria de conhecê-las.

e) incluindo a palavra ‘aguardo’ // incluindo ela.

QUESTÃO 27 (FCC/2013/PGE-BA/ASSISTENTE DE PROCURADORIA)

Considere: Os passageiros do ônibus ... as muitas pessoas viajavam, tinham ... celulares que ficavam ligados. Usavam ... aparelhos para falar em voz alta com os amigos, perturbando os que desejavam viajar em paz; ... perdiam o sossego e ... os ignoravam.

Preenchem, adequadamente, as respectivas lacunas do texto, os seguintes pronomes:

a) onde - delas - tais - estes - aqueles

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LÍNGUA PORTUGUESA

29 b) no qual - delas - esses - aqueles - estes

c) que - seus - esses - eles - aqueles d) em que - seus - esses - estes - aqueles e) cujas - delas - tais - aqueles - esses

Na margem esquerda do rio Amazonas, entre Manaus e Itacoatiara, foram encontrados vestígios de inúmeros sítios indígenas pré-históricos. O que muitos de nós não sabemos é que ainda existem regiões ocultas situadas no interior da Amazônia e um povo, também desconhecido, que teria vivido por aquelas paragens, ainda hoje não totalmente desbravadas.

Em 1870, o explorador João Barbosa Rodrigues descobriu uma grande necrópole indígena contendo vasta gama de peças em cerâmica de incrível perfeição; teria sido construída por uma civilização até então desconhecida em nosso país. Utilizando a língua dos índios da região, ele denominou o sítio de Miracanguera. A atenção do pesquisador foi atraída primeiramente por uma vasilha de cerâmica, propriedade de um viajante. Este informante disse tê-la adquirido de um mestiço, residente na Vila do Serpa (atual Itacoatiara), que dispunha de diversas peças, as quais teria recolhido na Várzea de Matari. Barbosa Rodrigues suspeitou que poderia se tratar de um sítio arqueológico de uma cultura totalmente diferente das já identificadas na Amazônia.

Em seu interior as vasilhas continham ossos calcinados, demonstrando que a maioria dos mortos tinham sido incinerados. De fato, a maior parte dos despojos dos miracangueras era composta de cinzas. Além das vasilhas mortuárias, o pesquisador encontrou diversas tigelas e pratos utilitários, todos de formas elegantes e cobertos por uma fina camada de barro branco, que os arqueólogos denominam de “engobe", tão perfeito que dava ao conjunto a aparência de porcelana. Uma parte das vasilhas

(30)

LÍNGUA PORTUGUESA

30 apresentava curiosas decorações e pinturas em preto e vermelho. Outro detalhe que surpreendeu o pesquisador foi a variedade de formas existentes nos sítios onde escavou, destacando-se certas vasilhas em forma de taças de pés altos, as quais lembram congêneres da Grécia Clássica.

[...]

(Adaptado de: Museu Nacional do Rio de Janeiro. Disponível em:

ttps://saemuseunacional.wordpress.com. SILVA, Carlos Augusto da. A dinâmica do uso da terra nos locais onde há sítios arqueológicos: o caso da comunidade Cai N'água, Maniquiri-AM / (Dissertação de Mestrado) - UFAM, 2010)

QUESTÃO 28 (FCC/2015/MANAUSPREV/TÉCNICO PREVIDENCIÁRIO) ...que os arqueólogos denominam de “engobe”... (3º parágrafo)

...onde escavou, destacando-se certas vasilhas... (3º parágrafo) ... que dispunha de diversas peças... (2º parágrafo)

Os pronomes sublinhados nas frases acima referem-se, respectivamente, a:

a) tigelas e pratos utilitários - sítios - Vila do Serpa b) fina camada de barro branco - formas - mestiço c) formas elegantes - formas - Vila do Serpa

d) fina camada de barro branco - sítios - mestiço e) tigelas e pratos utilitários - sítios - mestiço

QUESTÃO 29 (FCC/2014/TRT-10ª REGIÃO (RJ)/ANALISTA JUDICIÁRIO)

(31)

LÍNGUA PORTUGUESA

31 As expressões onde e em cujo preenchem corretamente, na ordem dada, as lacunas da seguinte frase:

a) ... iriam os artistas da época, senão ao Rio, atrás do sucesso artístico ... todos queriam alcançar e se realizar.

b) Rodado na cidade do Rio de Janeiro, ... se viviam algumas tensões políticas, o filme provocou um grande debate, ... calor muita gente mergulhou.

c) O filme Rio, 40 graus foi exibido no ano de 1955, ... a atmosfera política propiciaria um período de realizações ... o maior responsável seria o novo presidente da República.

d) Ao realizar Rio, zona norte, filme ... Nelson Pereira dos Santos lançou em 1957, o cineasta dava sequência a um filme anterior, ... valor já fora reconhecido.

e) O Rio era uma cidade ... muitos buscavam para viver melhor, a capital ...

esplendor todos os cariocas se orgulhavam.

QUESTÃO 30 (FCC/2015/MANAUSPREV/TÉCNICO PREVIDENCIÁRIO) O elemento em destaque está empregado corretamente em:

a) A árvore é símbolo recorrente com que fazemos uso para falar de meio ambiente.

b) A natureza, por cuja preservação lutamos, nega-se, no entanto, a ser domesticada.

c) Natureza e arte não são elementos estanques, esta faz a que melhor compreendamos aquela.

(32)

LÍNGUA PORTUGUESA

32 d) Cada vez mais o mundo tecnológico nos afasta da natureza em que fazemos

parte.

e) As obras de arte de que se tenta retratar a natureza, emprestam-lhe voz humana.

(33)

LÍNGUA PORTUGUESA

33

f. Gabarito

1 2 3 4 5

D E D D E

6 7 8 9 10

D E D C C

11 12 13 14 15

E A B D E

16 17 18 19 20

E B C D E

21 22 23 24 25

D B C C E

26 27 28 29 30

D D D B B

(34)

LÍNGUA PORTUGUESA

34

g. Breves comentários às questões

QUESTÃO 1 (VUNESP/2009/IAMSPE/AUXILIAR DE ENFERMAGEM) Considere as frases:

I. Pediram-me que eu entregasse o relatório médico à enfermeira.

II. Queriam falar conosco, no sábado, às quinze horas.

III. Avisaram nós que a paciente foi transferida à uma outra enfermaria.

O emprego dos pronomes e o uso da crase estão corretos apenas em a) I.

b) II.

c) III.

d) I e II.

e) II e III.

Item I: na função de complemento verbal (objeto direto e objeto indireto), o pronome pessoal adequado é o oblíquo (me, te, se, nos etc.). Na função de sujeito, o adequado é o do caso reto (eu, tu, ele...). No período, “me” funciona como objeto indireto de “Pediram” e “eu”, como sujeito de “entregasse”. A crase decorre da fusão entre a preposição “a” exigida pela regência do verbo entregar (algo a alguém) e o artigo feminino “a” que acompanha o substantivo “enfermeira”.

Item II: usa-se com nós ou com vós quando tais expressões vêm acompanhadas de elementos de realce, numeral, pronome ou oração adjetiva. Caso contrário, as formas

(35)

LÍNGUA PORTUGUESA

35 adequadas são conosco e convosco, como na questão da prova. Nas locuções adverbiais femininas (à vista, às claras , à esquerda, à direita etc.) a crase surge obrigatoriamente.

Item III: o primeiro erro diz respeito ao uso do pronome pessoal do caso reto “nós” para completar o sentido do verbo avisar. Na função de objeto (direto ou indireto), usa-se o pronome pessoal do caso oblíquo átono ou tônico: Avisaram-nos (ou ainda: Avisaram a nós). Também há problema com o acento indicativo de crase, pois ela não ocorre antes de palavras de sentido indefinido (artigo ou pronome indefinido, por exemplo). Na prática, troque a palavra feminina “enfermaria” por uma masculina, “consultório, por exemplo: a paciente foi transferida a um outro hospital. Percebeu que o “a” é apenas preposição, que não existe aí fusão com um artigo?

Francisco, os gays e a doutrina

“Se alguém que é gay procura Deus e tem boa vontade, quem sou eu para julgá‐lo?” A declaração do Papa Francisco, pronunciada durante uma entrevista à imprensa no final de sua visita ao Brasil, ecoou como um trovão mundo afora. Nela, existe mais forma que substância – mas a forma conta.

[...]

(Axé Silva, O Mundo, setembro 2013)

QUESTÃO 2 (FGV/2014/SUSAM/ADVOGADO)

Sobre a estrutura linguística da declaração do Papa, assinale a afirmativa inadequada.

a) A condição colocada na declaração abarca ser gay, procurar Deus e ter boa vontade.

b) O pronome “eu” tem seu referente (o Papa) esclarecido na continuidade do texto.

(36)

LÍNGUA PORTUGUESA

36 c) O pronome “lo” tem seu referente esclarecido no segmento anterior do texto.

d) A pergunta formulada pelo Papa supõe uma impossibilidade de o Papa realizar o julgamento.

e) O pronome interrogativo “quem”, no contexto, significa procura da identificação do autor da pergunta.

O contexto nos ajuda a identificar facilmente o autor da pergunta. Na verdade, o pronome

“quem”, na estrutura linguística em que surge, ajuda a desqualificar o autor da pergunta para julgar alguém que é gay e, de boa vontade, procura Deus.

QUESTÃO 3 (VUNESP/2009/CESP/AUXILIAR DE RECURSOS HUMANOS) O pronome destacado está empregado conforme a norma culta da língua em:

a) A demora na estrada levou ele a desistir de viajar.

b) Não havia acordo possível entre eu e eles.

c) Poderíamos encontrar elas naquela praia.

d) Espero que, no final de semana, não viajem sem mim.

e) Convidou nós para jantar em um lugar diferente.

Alternativa A: como complemento de verbo (objeto direto ou indireto), o pronome pessoal adequado é o do caso oblíquo: “levou-o”.

Alternativa B: construção frequentemente verificada na linguagem popular; na forma padrão o pronome pessoal do caso reto “eu” só surgirá depois da preposição essencial (“entre”) quando for sujeito de um verbo no infinitivo: Entre eu mentir e falar a verdade, prefiro a segunda opção. Portanto a forma correta aqui é “entre mim e eles”.

(37)

LÍNGUA PORTUGUESA

37 Alternativa C: aplica-se aqui também a correção feita à alternativa A. O correto é “encontrá- las”. Formas verbais que terminam em –r, -s e –z perdem essas letras; os pronomes oblíquos o(s) e a(s) recebem a letra l.

Alternativa D: tome como referência o que eu expliquei em B e constate que a construção

“sem mim” está corretíssima (surgiu uma preposição essencial; o pronome pessoal não é sujeito de nenhum verbo no infinitivo; então o certo é mesmo o emprego de pronome oblíquo).

Alternativa E: “nós” (note que antes não vem preposição) caracteriza pronome pessoal do caso reto, que não pode funcionar como complemento de verbo. Nessa função, certo estaria o emprego do pronome oblíquo átono nos (“Convidou-nos para juntar...”).

QUESTÃO 4 (FGV/2015/SMF-NITERÓI-RJ/FISCAL DE POSTURAS)

“A publicidade cerca-nos de todos os lados – na TV, nas ruas, nas revistas e nos jornais – e força-nos a ser mais consumidores que cidadãos”.

Se, em lugar do pronome “nós”, empregássemos o pronome “eles”, as formas sublinhadas deveriam ser substituídas, respectivamente, por:

a) lhes/lhes;

b) os/lhes;

c) lhes/os;

d) os/os;

e) a eles/a eles.

É importante compreender que, nos dois casos, os pronomes sublinhados desempenham função de objetos diretos dos verbos cercar e forçar. A proposta do examinador sugere o

(38)

LÍNGUA PORTUGUESA

38 emprego de um pronome que representa a terceira pessoa do plural, sem alterar a função original. Nesse caso, resta-nos a alternativa D: “os/os”, que cumprem os pré-requisitos. O pronome “lhe(s)” funciona como objeto indireto de verbos. A última alternativa também traria conflito sintático ao período, pelo mesmo motivo.

QUESTÃO 5 (VUNESP/2014/EMPLASA/ANALISTA JURÍDICO)

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas nas falas das personagens devem ser preenchidas, respectivamente, com:

a) esta ... o ... Espera ... sua b) essa ... lhe ... Espera ... tua c) esta ... lhe ...Espera ... sua d) essa ... o ...Espere ... tua e) esta ... o ...Espere ... sua

Observe que a receita se encontra na mão de quem fala. Portanto o pronome adequado para se referir a ela é “esta”. O verbo “incluí” necessita de um complemento direto (objeto direto), por isso o “lhe” (que funciona como complemento indireto) não serve. A forma

(39)

LÍNGUA PORTUGUESA

39 verbal “Espera” corresponde à segunda pessoa do singular (tu) do imperativo afirmativo.

Como estamos tratando com o “o” (terceira pessoa), a forma verbal correta é “Espere”

(terceira pessoa do singular do imperativo afirmativo).

A GRATIDÃO

Desta vez, trago-vos algumas histórias e fico grato pelo tempo que possa ser dispensado à sua leitura. Falam-nos de gratidão e poderão fazer-nos pensar no quanto a gratidão fará, ou não, parte das nossas vidas. Estou certo de que sabereis extrair a moral da história.

[...]

(José Pacheco, Dicionário de valores) QUESTÃO 6 (FGV/2014/FUNARTE/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO)

A primeira frase do texto emprega a expressão “Desta vez”; a forma “esta” do pronome demonstrativo se justifica porque:

a) se refere a um local próximo ao enunciador;

b) se liga a um termo referido anteriormente;

c) se prende ao último termo de uma enumeração;

d) alude a um momento presente;

e) antecipa um termo do futuro do texto.

O enunciador alude a um momento atual em relação à sua fala.

(40)

LÍNGUA PORTUGUESA

40 A epidemia da dengue tem feito estragos na cidade de São Paulo. Só este ano, já foram registrados cerca de 15 mil casos da doença, segundo dados da Prefeitura.

As subprefeituras e a Vigilância Sanitária dizem que existe um protocolo para identificar os focos de reprodução do mosquito transmissor, depois que uma pessoa é infectada. Mas quando alguém fica doente e avisa as autoridades, não é bem isso que acontece.

(Saúde Uol)

QUESTÃO 7 (FGV/2014/PREFEITURA DE OSASCO-SP – ADAPTADA)

O texto emprega a forma do demonstrativo “este” em “Só este ano...” com finalidade semelhante em

a) “Estas vacinas são eficientes.”

b) “Este casaco que visto protege do frio.”

c) “João e Maria vieram, mas esta chegou de táxi.”

d) “Este é o resultado a que cheguei.”

e) “Este momento me traz preocupações.”

É importante perceber que a finalidade do emprego do demonstrativo “este” em “Só este ano...” é marcar o período atual de tempo, concomitante ao discurso do enunciador. Isso só ocorre na última alternativa. Nas demais, o pronome foi empregado por motivos diferentes.

Em A, B e D, faz-se alusão a seres do discurso em relação à posição do enunciador. Não tem nada a ver com a sugestão de tempo atual. Em C, o pronome foi usado como elemento anafórico (retoma “Maria”) para distinguir quem chegou de táxi.

BEM TRATADA, FAZ BEM

(41)

LÍNGUA PORTUGUESA

41

Sérgio Magalhães, O Globo

O arquiteto Jaime Lerner cunhou esta frase premonitória: “O carro é o cigarro do futuro.” Quem poderia imaginar a reversão cultural que se deu no consumo do tabaco?

Talvez o automóvel não seja descartável tão facilmente. Este jornal, em uma série de reportagens, nestes dias, mostrou o privilégio que os governos dão ao uso do carro e o desprezo ao transporte coletivo. Surpreendentemente, houve entrevistado que opinou favoravelmente, valorizando Los Angeles – um caso típico de cidade rodoviária e dispersa.

Ainda nestes dias, a ONU reafirmou o compromisso desta geração com o futuro da humanidade e contra o aquecimento global – para o qual a emissão de CO2 do rodoviarismo é agente básico. (A USP acaba de divulgar estudo advertindo que a poluição em São Paulo mata o dobro do que o trânsito.)

O transporte também esteve no centro dos protestos de junho de 2013.

Lembremos: ele está interrelacionado com a moradia, o emprego, o lazer. Como se vê, não faltam razões para o debate do tema.

QUESTÃO 8 (FGV/2014/TJ-RJ/ANALISTA JUDICIÁRIO)

Observe o emprego do demonstrativo “este” nos segmentos a seguir:

I – “O arquiteto Jaime Lerner cunhou esta frase premonitória”;

II – “Este jornal, em uma série de reportagens,...”;

III – “... nestes dias, mostrou o privilégio que os governos dão ao uso do carro e o desprezo ao transporte coletivo”;

IV – “a ONU reafirmou o compromisso desta geração com o futuro da humanidade”.

(42)

LÍNGUA PORTUGUESA

42 As frases acima que apresentam exatamente o mesmo motivo da utilização desse demonstrativo são:

a) I - II;

b) I - III;

c) II - IV;

d) III - IV;

e) II - III - IV.

Item I: o pronome cumpre função catafórica, ou seja, aponta para um segmento textual posterior a ele: “O carro é o cigarro do futuro.”.

Item II: o uso do pronome se justifica porque o enunciador tem em mente, como referência, o próprio jornal em que ele escreve. Em outras palavras, o pronome foi usado com a finalidade de exprimir a situação espacial entre o autor do texto e o próprio jornal que veicula o texto dele.

Item III: ressalta-se agora o aspecto temporal, isto é, o momento atual, o tempo presente em que o autor vive.

Item IV: mais uma vez emerge a noção temporal. O autor se vê como parte da geração atual. Cabe lembrar que um conceito de “geração” é “o grupo de pessoas que convivem numa mesma época”.

QUESTÃO 9 (FGV/2014/BNB/ANALISTA BANCÁRIO)

Na frase “Foi melancólico o 1º de Maio deste ano”, o emprego do demonstrativo “este”

se justifica pela mesma razão que na seguinte frase:

(43)

LÍNGUA PORTUGUESA

43 a) João e Mário partiram, mas só este foi de ônibus;

b) Não me venha com este pedido de novo;

c) Passo por este momento com muita revolta;

d) Este é o meu e esse é o seu!

e) Este livro não me pertence.

Pode parecer incrível, mas é isto mesmo: as questões acabam se repetindo. Mesmo com outros elementos, a essência é a mesma! Compare com a questão anterior. Aqui, o pronome “este” também foi usado para marcar o período atual de tempo, concomitante ao discurso do enunciador. Isso só repete na terceira alternativa.

QUESTÃO 10 (FGV/2014/FUNARTE/CONTADOR)

No segundo parágrafo, para referir-se às colunas da brasilidade, anunciadas no parágrafo anterior, o cronista empregou, respectivamente, as palavras “a primeira” e “a segunda”. Caso fossem empregados pronomes demonstrativos em substituição a esses numerais ordinais, as formas adequadas seriam, respectivamente:

a) esta / essa;

b) essa / aquela;

c) aquela / esta;

d) aquela / essa;

e) essa / esta.

O enunciador “falou diferente”, isto é, usou “a primeira” e “a segunda” em vez de “aquela” e

“esta” para retomar e distinguir claramente os dois elementos já citados.

(44)

LÍNGUA PORTUGUESA

44 QUESTÃO 11 (FGV/2016/COMPESA/ANALISTA DE GESTÃO)

Assinale a opção que indica a frase em que o emprego do demonstrativo sublinhado está adequado.

a) “As principais ameaças nessa vida são as pessoas que querem mudar tudo... ou nada”.

b) “O mundo anda mudando tão rápido que aquele que diz que alguma coisa não pode ser feita é geralmente interrompido por alguém fazendo esta coisa”.

c) “Crianças e loucos dizem a verdade. Por isso se educam essas e se encarceram estes”.

d) “O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isto”.

e) “Lamentar aquilo que não temos é desperdiçar aquilo que possuímos”.

Alternativa A: errada. O enunciador refere-se à vida da qual ele é participante. Portanto a forma correta é nesta.

Alternativa B: errada. Ao retomar um expressão ou um conceito já mencionado, deve-se usar a forma essa.

Alternativa C: errada. Para retomar dois termos já mencionados e desfazer qualquer mal- entendido na comunicação, o examinador deveria utiliza a forma aquelas para o termo mais distante, dito primeiramente (“Crianças”).

Alternativa D: errada. Repare que a intenção é retomar o que já foi mencionado (“O pior dos problemas da gente”). Sendo assim, a forma pronominal adequada é isso.

Alternativa E: correta. Usa-se o pronome aquilo em referência ao que está distante tanto do enunciador quanto do seu interlocutor.

(45)

LÍNGUA PORTUGUESA

45 QUESTÃO 12 (VUNESP/2014/PC-SP/OFICIAL ADMINISTRATIVO)

De 38 países pesquisados, o Brasil é o segundo mercado em que as empresas têm mais dificuldade para encontrar talentos, atrás apenas do Japão.

A expressão destacada pode ser corretamente substituída, mantendo-se inalterado o sentido do texto original e de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, por:

a) no qual.

b) pelo qual.

c) do qual d) com o qual.

e) em cujo o qual.

Os pronomes que e o qual são intercambiáveis. Havendo a preposição em na sentença, ela se contrai com o “o”: no qual.

QUESTÃO 13 (FGV/2008/TJ-MS/JUIZ SUBSTITUTO)

“Mas a correlação de forças não lhes permite ir mais longe, e essa paralisia favorece o retorno dos acordos bilaterais ou regionais. Com isso, falta um projeto mundial coerente em que o desenvolvimento do comércio seja articulado ao equilíbrio social e ambiental.”

Os pronomes grifados no trecho acima têm, respectivamente, valor:

a) catafórico e catafórico.

(46)

LÍNGUA PORTUGUESA

46 b) anafórico e anafórico.

c) dêitico e dêitico.

d) anafórico e catafórico.

e) catafórico e anafórico.

De novo! O demonstrativo “essa” faz referência a ideia de estagnação declarada no segmento anterior. Semelhantemente, o pronome “isso” também retoma uma ideia anterior: “o retorno dos acordos bilaterais ou regionais”. Ambos, portanto, têm valor anafórico.

QUESTÃO 14 (VUNESP/2014/PC-SP/ESCRIVÃO)

Considerando apenas as regras de regência e de colocação pronominal da norma- padrão da língua portuguesa, a expressão destacada em – Ainda assim, 60% afirmam que raramente ou nunca têm informações sobre o impacto ambiental do produto ou do comportamento da empresa. – pode ser corretamente substituída por:

a) ... nunca informam-se sob o impacto...

b) ... nunca se informam o impacto...

c) ... nunca informam-se ao impacto...

d) .. nunca se informam do impacto...

e) ... nunca informam-se no impacto...

O pronome é atraído pelo advérbio sem pausa, por isso deve ser empregado antes do verbo (próclise). Note que “quem se informa se informa de/sobre algo”.

(47)

LÍNGUA PORTUGUESA

47 QUESTÃO 15 (VUNESP/2017/CÂMARA DE MOGI DAS CRUZES-SP/PROCURADOR JURÍDICO)

Observe as expressões destacadas nas frases reescritas do texto.

• Ambientada no século 23, a série sempre retratava as aventuras dos tripulantes da Enterprise, e a missão era explorar o espaço enfrentando o desconhecido.

• Trinta anos depois, a Motorola lançou o StarTAC, que popularizou o uso da telefonia móvel.

Assinale a alternativa em que os pronomes substituem, corretamente, as expressões destacadas e estão colocados adequadamente nas frases de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.

a) … sempre retratava-as… / … era explorá-lo… / … que lhe popularizou…

b) … sempre retratava-as… / … era o explorar… / … que o popularizou…

c) … sempre lhes retratava… / … era explorá-lo… / … que popularizou-lhe…

d) … sempre as retratava… / … era o explorar… / … que popularizou-o…

e) … sempre as retratava… / … era explorá-lo… / … que o popularizou…

O verbo retratar é transitivo direto, portanto seu complemento não pode ser o pronome

“lhe”. Este funcionaria como objeto indireto. Sendo assim, descarte a alternativa C. Em seguida, note que o advérbio “sempre” atrai o pronome para uma posição proclítica. Então elimine as opções A e B também.

Em relação à segunda expressão destacada, o pronome pode ficar tanto antes do verbo (próclise) quanto depois dele (ênclise), pois não há nada que proíba uma ou outra posição.

(48)

LÍNGUA PORTUGUESA

48 O ponto decisivo é mesmo a última expressão. Observe atentamente a presença do pronome relativo “que” (trata-se de uma oração subordinada adjetiva). Ele é um elemento de atração, o que obriga a próclise. Risque a letra D.

QUESTÃO 16 (VUNESP/2013/PC-SP/AUXILIAR DE PAPILOSCOPISTA)

Assinale a alternativa em que a colocação dos pronomes está de acordo com a norma- padrão da língua portuguesa.

a) Os policiais sempre ofereceram-nos ajuda.

b) Nunca informaram-me sobre o seguro desemprego c) Nos avisaram que a polícia já havia sido chamada d) Assim que telefonarem-lhe, ele tomará providências.

e) Não lhe disseram que os passaportes eram falsos.

Nas alternativas A, B e D, os pronomes são atraídos, respectivamente, pelos advérbios sem pausa “sempre” e “nunca” e pela locução conjuntiva adverbial “assim que”. Na alternativa C, não é possível iniciar a oração com pronome oblíquo átono.

QUESTÃO 17 (FGV/2014/DPE-DF/ANALISTA JUDICIÁRIO)

“Coloca fogo em pneus, quebra ônibus, quebra vitrines, ataca a polícia que, em princípio, existe para protegê-lo, joga pedra, rojão ou o que estiver à mão para fazer suas reivindicações.”

Os três primeiros termos desse segmento que estabelecem coesão com elementos anteriores são:

(49)

LÍNGUA PORTUGUESA

49 a) lo / o / que.

b) que / lo / o.

c) que / o / suas.

d) lo / que / suas.

e) lo / o / que.

Não se desespere! A banca quer apenas que você reconheça elementos de coesão anafórica, ou seja, aqueles que retomam termos anteriores. Então, o primeiro é o pronome relativo

“que” (retoma “polícia”); o segundo é o pronome oblíquo “lo” (seu referente não consta explicitamente no trecho destacado, mas é fácil deduzir que ele está oculto e já foi mencionado anteriormente); e o terceiro, na sequência, é o pronome demonstrativo “o”

(que retoma a ideia de alguém jogar algo). Cuidado com a letra E, pois nela os termos não apareceram na ordem.

QUESTÃO 18 (VUNESP/2013/CTA/ANALISTA)

Assinale a alternativa em que o pronome está posicionado em conformidade com a norma-padrão da língua.

a) As crianças não dispuseram-se a fazer suas malas.

b) Ninguém recusou-se a arrumar as malas no carro.

c) Meus amigos dedicaram-se a deixar a casa em ordem.

d) Hoje os motoristas nem irritaram-se uns com os outros.

e) Nada apresentou-se como um empecilho para a viagem.

(50)

LÍNGUA PORTUGUESA

50 Observe com atenção as palavras atrativas: “não”, “ninguém”, “nem” (sentido negativo),

“nada”.

QUESTÃO 19 (VUNESP/2009/CEETEPS/AUXILIAR ADMINISTRATIVO)

Assinale a oração em que a colocação do pronome átono acontece pelo mesmo motivo por que ocorre em – E são mais comuns do que se imagina.

a) Os tricôs e as camisas vaporosas se apresentaram no verão passado.

b) O governo se comprometeu a encontrar uma solução para os desabrigados.

c) O corredor, depois que venceu a competição, se viu nos braços da multidão.

d) Ninguém sabe por que ela se inquieta diante de tão pouco.

e) No Brasil, muitas pessoas costumam se associar a clubes esportivos.

O pronome referido é o “se” (oblíquo átono), que ocupa posição proclítica em relação ao verbo “imagina”. Isso ocorre em orações subordinadas, em que o pronome é atraído pelo conectivo subordinante. Repare que na quarta opção temos também uma oração subordinada: “por que ela se inquieta diante de tão pouco”.

Nas demais alternativas, o pronome “se” integra a oração principal.

QUESTÃO 20 (FGV/2014/BNB/ANALISTA BANCÁRIO)

“A única solução para tantos infortúnios seria convidar o papa Francisco para apitar a final do Mundial, desde que Sua Santidade não roube...”; se, em lugar de “o papa Francisco” estivesse “o rei da Espanha”, a forma “Sua Santidade” deveria ser substituída adequadamente por:

(51)

LÍNGUA PORTUGUESA

51 a) Vossa Excelência;

b) Vossa Majestade;

c) Vossa Senhoria;

d) Sua Excelência;

e) Sua Majestade.

O tratamento correspondente a rei é majestade. Como se está falando do rei (e não com o rei), a forma adequada é a que consta na última alternativa.

QUESTÃO 21 (FGV/2017/ALERJ/ESPECIALISTA LEGISLATIVO/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO)

Independentemente da posição no texto 1, se substituíssemos os complementos dos verbos abaixo por pronomes pessoais oblíquos enclíticos, a única forma INADEQUADA seria:

a) impregna a vida cotidiana / impregna-a;

b) entender os debates / entendê-los;

c) ganha destaque / ganha-o;

d) supõe um conhecimento / supõe-lo;

e) marcaram sua história / marcaram-na

Que tal recordar a forma correta de juntar pronomes oblíquos átonos a verbos?

– me, te, se, lhe, lhes, o, a, os, as, nos, vos:

(52)

LÍNGUA PORTUGUESA

52 a) associados a verbos terminados em –r, –s ou –z e à palavra eis, os pronomes o,

a, os, as assumem as antigas formas lo, la, los, las, caindo aquelas consoantes:

Mandaram prendê-lo. / Ajudemo-la. / Fê-los entrar. / Ei-lo aqui!

b) associados a verbos terminados em ditongo nasal (-am, -em; -ão, -õe), os ditos pronomes tomam as forma no, na, nos, nas: Trazem-no. / Ajudavam-na. / Dão-nos de graça. / Põe-no aqui.

c) associados a verbos conjugados no futuro do presente do indicativo ou no futuro do pretérito do indicativo, os pronomes “dividem” o verbo, sendo empregados logo após o infinitivo e antes da desinência, respeitando as regras anteriores:

cantar + o + ei = cantá-lo-ei; dar + lhe + ei = dar-lhe-ei.

Conclui-se, assim, que a forma INADEQUADA é “supõe-lo”.

QUESTÃO 22 (FGV/2014/BNB/ANALISTA BANCÁRIO)

Se colocarmos o pronome oblíquo “o” após a forma do verbo “empobrecem”, a forma correta da frase seria:

a) empobrecem-o;

b) empobrecem-no;

(53)

LÍNGUA PORTUGUESA

53 c) empobrecem-lo;

d) empobrece-no;

e) empobrece-lo.

A forma verbal “empobrecem” termina em ditongo nasal (-em). Nesse caso, o pronome oblíquo “o” assume a forma no. Saiba mais sobre o emprego dos pronomes me, te, se, lhe, lhes, o, a, os, as, nos, vos:

I. associados a verbos terminados em –r, –s ou –z e à palavra eis, os pronomes o, a, os, as assumem as antigas formas lo, la, los, las, caindo aquelas consoantes:

Mandaram prendê-lo. / Ajudemo-la. / Fê-los entrar. / Ei-lo aqui!

II. associados a verbos terminados em ditongo nasal (-am, -em; -ão, -õe), os ditos pronomes tomam as forma no, na, nos, nas: Trazem-no. / Ajudavam-na. / Dão-nos de graça. / Põe-no aqui.

III. associados a verbos conjugados no futuro do presente do indicativo ou no futuro do pretérito do indicativo, os pronomes “dividem” o verbo, sendo empregados logo após o infinitivo e antes da desinência, respeitando as regras anteriores: cantar + o + ei = cantá-lo-ei; dar + lhe + ei = dar-lhe-ei.

QUESTÃO 23 (VUNESP/2009/CESP/AUXILIAR DE RECURSOS HUMANOS)

O domingo é o dia da semana _____ muitas pessoas gostam, _____ há as que _____ o sábado.

a) do qual ... porque ... preferem b) com o qual ... então ... prefere c) de que ... mas ... preferem

(54)

LÍNGUA PORTUGUESA

54 d) a que ... porém ... prefere

e) em que ... portanto ... preferem

Sempre que surgir um pronome relativo na frase, fique de olho no verbo ou nome que surgir depois. Caso eles reclamem uma preposição e o relativo seja o termo regido, a tal preposição deverá ser empregada antes do pronome.

Na prática, é assim: o verbo “gostam” é transitivo indireto; seu complemento vem introduzido pela preposição “de”; o termo regido é o pronome relativo, o qual representa o substantivo “domingo”. Veja a construção: Muitas pessoas gostam do domingo.

Vamos agora usar o pronome relativo no lugar do substantivo: O domingo é o dia da semana de que (ou do qual) muitas pessoas gostam. Como se percebe, não dá para “matar”

a questão agora, pois a primeira lacuna aceita tanto “de que” quanto “do qual”. Mas dá para descartar as alternativas B, D e E.

A segunda lacuna é muito importante. Não faz sentido usarmos a conjunção explicativa

“porque” para justificar que muitas pessoas gostam do domingo “porque” há as que preferem o sábado. É ilógico. Mas é perfeitamente coerente dizer que muitas pessoas gostam do domingo e outras gostam do sábado. A relação que sobressai entre as orações é mesmo de oposição, e não de explicação. Assim, a segunda lacuna deve ser preenchida com o conectivo “mas”.

Para finalizar, ressalte-se que o verbo “preferem” concorda em número e pessoa com o antecedente do pronome relativo “que”, o pronome demonstrativo “as” (= aquelas).

Barreira da língua

A barreira da língua e dos regionalismos parece um mero detalhe em meio a tantas outras questões mais sérias já levantadas, como

(55)

LÍNGUA PORTUGUESA

55 a falta de remédios, de equipes e de infraestrutura, mas não é.

Como é possível estabelecer uma relação médico-paciente, um diagnóstico correto, se o médico não compreende o paciente e vice-versa?

Sim, essa dificuldade já existe no Brasil mesmo com médicos e pacientes falando português, mas ela só tende a piorar com o “portunhol” que se vislumbra pela frente.

O ministro da Saúde já disse que isso não será problema, que é mais fácil treinar um médico em português do que ficar esperando sete ou oito anos até um médico brasileiro ser formado.

[...]

(Cláudia Collucci, Barreira da língua. Folha de S.Paulo, 03.07.2013. Adaptado)

QUESTÃO 24 (VUNESP/2013/MPE-ES/ANALISTA DE BANCO DE DADOS)

No trecho – … essa dificuldade já existe no Brasil mesmo com médicos e pacientes falando português… – (3º parágrafo), o termo em destaque assume o sentido de

a) dúvida e equivale a “talvez”.

b) afirmação e equivale a “realmente”.

c) inclusão e equivale a “também”.

d) intensidade e equivale a “inclusive”.

e) oposição e equivale a “apesar de”.

Salvo opinião contrária, a questão não é tão difícil. Basta ler com atenção o trecho apontado. Mesmo nos comunica a ideia de inclusão. Ou seja, o Brasil também está incluído entre os países onde há dificuldades de entendimento na relação médico-paciente, inclusive

(56)

LÍNGUA PORTUGUESA

56 com médicos e pacientes falando português. A ideia, portanto, é de inclusão, somatório, adição. Só tome cuidado com a ideia contida na letra D. Embora fale de inclusão, traz uma ideia de intensidade que se divorcia do sentido do termo destacado.

QUESTÃO 25 (FCC/2013/TRT-18ª REGIÃO (GO)/ANALISTA JUDICIÁRIO)

A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente foi realizada de modo INCORRETO em:

a) sem levar em consideração os rótulos = sem levá-los em consideração b) capaz de abstrair um conceito geral = capaz de abstraí-lo

c) suprissem suas necessidades = suprissem-nas

d) conferem “consciência” a criaturas = conferem-lhes consciência

e) que reconhecem seus parentes consanguíneos = que lhes reconhecem

Estamos novamente às voltas com o emprego de pronomes oblíquos, mormente os pronomes o e lhe. Como na questão anterior, você deve notar a função sintática que eles desempenham na oração: objeto direto e objeto indireto, respectivamente. Portanto está erra a última substituição. O verbo “reconhecem” é transitivo direto (quem reconhece reconhece algo) e o termo ”seus parentes consanguíneos” é seu objeto direto. Sendo assim, o pronome adequado é os, e não lhes: que os reconhecem.

QUESTÃO 26 (FCC/2014/AL-PE/ANALISTA LEGISLATIVO/COMUNICAÇÃO SOCIAL) Considerada a norma culta escrita, há correta substituição de estrutura nominal por pronome em:

Referências

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