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3. O Modelo de Referência ODP

3.3. O EMC e os Fundamentos do Padrão ODP

3.3.1. Modelo dos cinco pontos de vista

3.3.1.4. Ponto de Vista da Engenharia

O Ponto de Vista da Engenharia é utilizado para descrever o projeto de um sistema ODP nos aspectos orientados pela distribuição; ele define um modelo para a infra-estrutura de sistemas distribuídos (RAYMOND, 1995).

O Ponto de Vista da Engenharia está focado no modo como é alcançada a interação dos objetos no ambiente distribuído. Será necessário na definição do modelo de infra-estrutura de sistemas distribuídos do EMC.

Várias funções do RM-ODP estão relacionadas com o Ponto de Vista da Engenharia; entre elas os agrupamentos (clusters) e gerenciamento de agrupamentos, cápsulas e gerenciamento de cápsulas, os nós e seus núcleos (JOYNER, 1996).

Uma cápsula corresponde a uma configuração de objetos de engenharia que criam uma estrutura simples e compacta, com o objetivo de encapsular o processo e o armazenamento.

As entidades fundamentais descritas pelo Ponto de Vista da Engenharia são os objetos e os canais, apresentados a seguir:

O b j e t o s

O Ponto de Vista da Computação está voltado aos próprios objetos, enquanto o Ponto de Vista da Engenharia está interessado nas formas de disponibilização dos objetos.

Os objetos, segundo o Ponto de Vista da Engenharia, podem ser divididos em duas categorias: Objetos Básicos de Engenharia, correspondentes às especificações do Ponto de Vista da Computação e

Ob jetos de I nfra-e s trut ura, co mo um obje to pr otoco lo, por exe mplo

(RAYMOND, 1995).

O objeto básico de engenharia é a caracterização de um objeto computacional em uma especificação de engenharia. Uma especificação computacional está relacionada ao próprio objeto, enquanto uma especificação de engenharia está preocupada em como o objeto é criado, aonde ele ocorre no sistema, em qual nó, cápsula ou agrupamento, em como localizar dinamicamente o objeto através de ativações, desativações, relocações, etc., e como os objetos interagem via canais (JOYNER, 1996).

Objetos que suportam a infra-estrutura também aparecem no Ponto de Vista da Engenharia, como adaptadores (stubs), conectores, objetos de protocolo, interceptores. Como esses objetos são abstratos, isto é, não são visíveis, no Ponto de Vista da Computação eles não são considerados objetos básicos de engenharia (JOYNER, 1996).

Segundo Becerra (1998), um adaptador (stub) é um objeto que interage diretamente com o objeto básico de engenharia, oferecendo os serviços de conversão dos dados que são gerados na interação. As interfaces que o conectam com o objeto básico e com o conector

(binder), possuem uma interface de controle para interatuar com um objeto gerenciador.

C a n a i s

Um canal corresponde a um conector ou a um objeto conexão na especificação sob o Ponto de Vista da Computação.

As conexões do Ponto de Vista da Computação não requerem necessariamente um canal. Conexões entre objetos de um mesmo agrupamento ou cápsula também não requerem um canal. Objetos que não ficam situados dentro de uma mesma cápsula, mas dentro de um nó podem usar mecanismos específicos de sistema para realizar uma interação. Tais conexões são conexões locais e podem ser definidas por uma linguagem particular e um compilador para otimizar seu desempenho. Conexões locais não estão sujeitas a padronizações de ODP. Por outro lado, conexões distribuídas requerem canais de engenharia ODP para se comunicar com objetos que ficam situados em outras cápsulas ou nós. Conexões distribuídas são objetos de padronização ODP (JOYNER, 1996).

São apresentadas a seguir as definições sobre referências de interface, nós, cápsulas e agrupamentos, encontrados em (JOYNER, 1996).

R e f e r ê n c i a s d e I n t e r f a c e

É uma referência de engenharia a uma interface de um objeto para a qual uma conexão distribuída pode acontecer. Um objeto pode conectar-se a uma interface quando estiver em posse de sua referência de interface. A referência de interface contém informação suficiente para habilitar a ocorrência da conexão. Uma referência de interface é como um link numa página WEB; quando se clica num

link , o bro wse r se cone c ta a u m novo servidor que in te rpr eta algu ma

N ó s , C á p s u l a s e A g r u p a m e n t o s

Nós são basicamente um único recurso de sistema (um ou vários processadores de informação) sob o controle de um único núcleo. Nós contêm cápsulas.

Agrupamentos (clusters) são os menores grupos de objetos dentro de uma cápsula. São conjuntos de objetos agrupados por alguma relação particular que pode ser uma relação estrutural entre eles ou porque possuem comportamentos com características comuns.

Objetos se reúnem em um agrupamento para executar funções comuns como pontos de verificação ou checagem, armazenamento persistente, desativação e reativação e transferência para outro nó. Essas funções de operações funcionam no mínimo em um agrupamento, mesmo que um agrupamento contenha apenas um único objeto (JOYNER, 1996).

Estes agrupamentos ou agrupamento podem ser controlados por um único objeto autoridade, que é o domínio.

Uma visão conceitual dos elementos presentes no Ponto de Vista da Engenharia pode ser vista na figura 6.

Todos os objetos computacionais são implementados nas especificações da engenharia como objetos básicos de engenharia. O Ponto de Vista da Engenharia poderá ter seus próprios objetos, mas estes não serão visíveis no modelo computacional. Conexões do Ponto de Vista da Computação são implementadas como conexões do Ponto de Vista da Engenharia, que correspondem a canais de engenharia compostos de adaptadores, conexões e protocolos (JOYNER, 1996).

AGRUPAMENTO AGRUPAMENTO Objeto Básico de Engenharia (Servidor) Adaptador Servidor Conector Servidor Protocolo Servidor Objeto Básico de Engenharia (Cliente) Adaptador Cliente Conector Cliente Protocolo Cliente Interceptor Interface de Controle Interface Computacional

CANAL

Gerenciador de Agrupa- mento Gerenciador de Cápsula Gerenciador de Cápsula Gerenciador de Agrupa- mento NÚCLEO NÚCLEO

Fig 6: Ele mentos p rese nt es n o Pon to de V ist a da Engenharia (ISO / IE C, 107 46 -1, Overview, 1998 a).

Joyner (1996) define as seguintes correspondências entre os pontos de vista:

O Ponto de Vista da Engenharia tem de estar de acordo com as políticas do Ponto de Vista Empresarial. Ele descreve os meios de implementação dos objetos descritos nos Pontos de Vista Empresarial, de Informações e da Computação. Objetos computacionais são implementados numa especificação de engenharia como objetos básicos de engenharia que podem ser gerados automaticamente por alguma ferramenta, como um compilador. Conexões computacionais são concretizadas utilizando-se conexões e canais de engenharia. Uma especificação de engenharia não faz referências sobre implementações particulares de tecnologias que serão usadas.

Ainda Joyner (1996) identifica os seguintes termos no Ponto de Vista da Engenharia: • n ó • n ú c l e o • c á p s u l a • g e r e n c i a d o r d e c á p s u l a • a g r u p a m e n t o ( c l u s t e r ) • g e r e n c i a d o r d e a g r u p a m e n t o • o b j e t o b á s i c o d e e n g e n h a r i a • c o n e x ã o ( b i n d i n g ) d e e n g e n h a r i a • c o n e x ã o l o c a l • c o n e x ã o d i s t r i b u í d a • c a n a l • a d a p t a d o r ( s t u b ) • c o n e c t o r ( b i n d e r ) • o b j e t o d e p r o t o c o l o • i n t e r c e p t o r • i n t e r f a c e d e r e f e r ê n c i a

No caso do EMC, o Ponto de Vista da Engenharia irá preocupar- se em suportar a interação entre objetos do EMC na forma de mecanismos, funções e estruturas que viabilizam a comunicação entre

ob j e t o s c o mp u t a çã o distribu ídos no siste ma ODP do EMC.

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